A Freira


Em uma escura e sombria noite na longínqua Romênia, duas freiras tentam salvar o mundo da danação de um ser maligno há muito trancafiado nos terrenos do convento. O fim delas não é nada divino, mas aparentemente, tudo está bem. Ainda assim, o Vaticano necessita saber precisamente se o território está protegido ou se já se perdeu e dias depois envia uma jovem prestes a se tornar freira, papel de Taissa Farmiga, acompanhada de um sacerdote, personagem de Demian Bichir, especialista em casos paranormais para investigar.

A dupla é conduzida até o local dos incidentes por um morador, o todo espertão Frenchie (Jonas Bloquet). O rapaz está ali também, pois foi quem encontrou o corpo de uma das freiras sem vida e pendurado na entrada do castelo. Após realizarem uma cerimônia para enterrar o corpo, o trio começa a vasculhar o convento e conseguem encontrar a madre superior, mas esta pede que os visitantes respeitem as irmãs que estão tomando voto de silêncio em sacrifício e retornem outro dia. Oferece, contudo, hospedagem ao Padre Burke e a Irmã Irene e estes aceitam. O morador acha tudo um tanto suspeito, todavia, diz a Burke e Irene que retorna em dois dias para buscá-los e levá-los embora.

No caminho de volta, Frenchie toma um baita susto ao ver um vulto negro na floresta e não demora a ser atacado por ele, mas consegue se safar. Enquanto isto, o padre e a jovem noviça começam a sentir uma entranha presença no convento e iniciam a colheita de informações - e a gente a sofrer com sustinhos aqui e ali e qui de novo e de novo.

Derivado da franquia 'Invocação do Mal', iniciada em 2013, #AFreiraFilme estreia esta quinta-feira (06) e tem direção de Corin Hardy (A Maldição Da Floresta) e roteiro de Gary Dauberman em colaboração com James Wan.

Trailer

 Ficha Técnica
 
  • Título original e ano: The Nun, 2018Direção: Corin Hardy. Roteiro:Gary Dauberman e James Wan. Elenco: Taissa Farmiga, Bonnie Aarons, Charlotte Hope, Lynnette Gaza, Demiar Bichir, Augusto Maturo, Michael Smiley, David Horovitch e Jonas Bloquet. Gênero: Terror. Design de produção: Jennifer Spence. Efeitos Especiais: Grady Cofer. Trilha Sonora Original: Abel Korzeniowski. Fotografia: Maxime Alexandre. Figurino: Sharom Gilham. Edição: Ken Blackwell e Michael Aller. Distribuidor: WARNER BROS. Nacionalidade: Estados Unidos. Duração: 01h37min.
 
A premissa do filme é atraente. Suas conexões com 'Invocação do Mal' - a personagem central aqui aparece na sequência daquele - e 'Annabelle' fazem sentido, mas o caminhar da película não surpreende tanto quanto deveria. E os clichês podem ser enfileirados em uma looonga linha da exaustão.

Os personagens tem apresentações de backgrounds corretas e logo são postos para trabalhar em modo operandis da estupidez constante - joga a bolinha que eu vou atrás igual um cachorrinho. As freiras, claramente, fazem um trabalho para manter o mal aprisionado, mas os visitantes, inconscientes disto, metem o bedelho onde não são chamados. E claro a vila e seus habitantes tentam esquecer a existência do local, pois muitas coisas estranhas ocorrem por ali. 

Frenchie (Bloquet) ganha um lado engraçado e galanteador bem comum, Padre Burke (Bichir) faz a linha de corretão e a noviça Irene (Farmiga) faz cara de boa moça questionadora, porém de fé, porém manjadora dos misticismos. Ambos tem atuações beeeem ok, aliás, e os atores que se prestam a fazer os agouros, como a própria freira, vivida por Bonnie Aarons, também. 

Universo Invocação do Mal

Linha do tempo segundo a história
➤ A Freira (1952) - lançamento em setembro de 2018
➤Annabelle: A Criação do Mal (1958) - lançamento em agosto de 2017
➤Annabelle (1970) - lançamento em outubro de 2014
➤Invocação do Mal (1971) -  lançamento em setembro de 2013
➤Invocação do Mal 2 (1977) - lançamento em junho de 2016
e está previsto que  Invocação do Mal 3 seja lançado em 2019.

A produção abusa do girar de câmeras e tomadas misteriosas para dar o clima de mistério. A trilha sonora com um ''ÔÔÔÔÔ" esfuziante de monges em coro surge nos momentos de 'quase ação' do longa e atormenta tanto quanto a personagem principal.

Corin tem uma direção mediana. Fraqueja a não impedir os clichês que o filme traz e leva o filme bem deboaça. Fotografia invoca o munrah e traz muita fumaça e pouca luz pra dar aquele breu comum dos filmes do gênero. A edição emenda de mais alguns momentos, mas não se faz feia por cortes bruscos. Figurino, direção de arte e o design da produção caminham juntos de mãos dadas e com força no olhar.

 
Os famosos sustinhos (jump scares) e simulação de vultos aqui se tornam repetitivos e enjoam. Ponto positivo para a make carão da Freira. Indo sem expectativas, talvez, você possa se divertir sim. Leve os amigos e faça graça.

Avaliação: Dois votos de castidade e meio susto  (2,5/5)

06 de Setembro nos cinemas!


See Ya!

B-

Escrito por Bárbara Kruczyński

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