O filme se passa no futuro, onde a Terra foi quase totalmente devastada. Só restam dois lugares no planeta habitáveis: a “Federação Unida da Bretanha” e a “Colônia”, cada um em um lado do globo. A Bretanha é mais rica e é onde está o governo que manda nas duas nações, já a Colônia, uma espécie de favela futurística, é onde mora a população mais pobre. Muitos trabalhadores da Colônia saem diariamente para trabalhar na Bretanha e o único caminho possível para realizar esse trajeto é “A queda” (que é vista como símbolo de opressão pelos rebeldes que querem a independência da Colônia ).
É neste contexto que conhecemos Douglas Quaid (Colin Farrell), cidadão da Colônia e que trabalha em uma fábrica na Bretanha. Ele tem uma vida Ok: um trabalho estável, um melhor amigo e um casamento feliz, porém, não está satisfeito, pois sente que deveria estar desempenhando um papel mais importante na vida. Um dia, cansado de sua rotina, Douglas decide ir à Rekall, uma empresa especializada em criar memórias falsas (é injetado um químico que estimula o cérebro a criar uma ilusão do que o cliente quiser). Só que algo dá errado e ele se depara com a possibilidade de estar vivendo uma ilusão. Sem saber quem realmente é e com habilidades que nunca soube que tinha, ele passa então a ser perseguido pelo governo.
O filme é muito bom. É o típico sci-fi de ação, com cenas eletrizantes e bem montadas (As cenas de perseguição nos carros voadores e nos elevadores são de tirar o fôlego!), uma trama interessante e de fácil entendimento, ótimos cenários e bons efeitos especiais (os produtores optaram por construir a maioria do cenário, ao invés de trabalhar com a tela verde. Encareceu a produção, mas deu um ar mais realista!). Acho que se você gostou de “Minority Report” (meu filme de sci-fi preferido!) e “Eu,robô”, vai gostar também de “Total Recall”.
Só teve uma coisinha que me incomodou: senti falta de uma profundidade maior no roteiro. O conflito psicológico do protagonista poderia durar mais e a discussão sobre o que é a memória e sobre a diferença de classes no mundo criado poderia ser mais bem desenvolvido. Mas nada que atrapalhe o ritmo do filme.
O elenco está muito bem. Não acompanho a carreira do Colin Farrell e vi poucos filmes dele, mas achei que ele se deu bem como ator de ação. Só acho que ele passou o filme todo com a mesma expressão “Is this real life?”. Jessica Biel (Melina) está OK e Kate Beckinsale (Lori) manda bem em seu primeiro papel como vilã (achei muito legal que no começo do filme ela usa sotaque americano e depois que se revela vilã volta ao seu sotaque original, britânico). É ótimo ver o Bryan Cranston (Cohaagen) conquistando cada vez mais o cinema agora que “Breaking Bad” está acabando e Bill Night (Matthias) aparece pouco, mas faz valer cada minuto seu na tela.
Enfim, se você quer ver um bom filme de ação ou uma boa ficção científica corra pro cinema nesta sexta-feira (17/08)!
Obs: Eu não vi a outra versão, mas para quem viu tenha em mente que não é exatamente um REMAKE. É mais uma nova versão do conto.
Obs: Eu não vi a outra versão, mas para quem viu tenha em mente que não é exatamente um REMAKE. É mais uma nova versão do conto.
See ya! :]
7 comments:
Por isso que você recomendou. Porque não viu o primeiro. Esse remake é um abuso de ruim.
Não achei ruim, muito pelo contrário, como filme de ação cumpre o seu papel. Mas já que todo mundo tá comparando os dois, vou procurar ver o primeiro. Talvez mude de opiniao
Obrigado pelo comentário
Assisti o primeiro e fico curiosa em ver. Não acho que este remake será superior, mas acredito que antes de mais nada, é interessante assistir para saber falar!
;p
Fazer um remake diferente tudo bem. Só não entendo qual a lógica de se fazer um remake tão inferior ao original.
Mas o pior é que esta versão perde quase completamente a essência do conto em que foi inspirado. Essa essência pelo menos era bem melhor trabalhada no primeiro filme.
Na época, a primeira versão foi premiada pelos efeitos especiais à frente do tempo, além da trama original e muita ação, e mesmo com a fraca atuação de Schwarzenegger, o filme hoje é 'cult'. A nova versão ignorou o planeta Marte, mas, será que o tema deixou de ser interessante? Em suma, o filme foi elaborado para alcançar o público atual e suas exigências. E outra: estamos na temporada dos relançamentos e a originalidade parece estar escassa.
Tomei a iniciativa de assistir ao remake quando soube que a Kate Beckinsale estava no elenco, sou uma fiel fã. Assisti ao original dias antes de ir ao cinema ver o novo, e confesso que ele me prendeu bem mais que o remake, mas apesar disso, gostei mais do novo.
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