sábado, 23 de fevereiro de 2013

My Mad Fat Diary


Uma coisa que vocês precisam saber: não sou muito fã do estilo das séries inglesas. Embora goste de algumas, elas nunca figuram na minha lista de preferidas. Mas isso mudou quando, depois de ver algumas indicações na internet, decidi ver o piloto de My Mad Fat Diary. É uma daquelas séries para rir e chorar ao mesmo tempo, sabe?  Mesmo estando em final de semestre na faculdade (sim, final...) e tendo um bocado de trabalhos para fazer vi todos os 6 episódios da primeira temporada em dois dias! E aposto que você também vai querer DEVORAR os episódios. 

Produzida pelo canal E4 (o mesmo de Skins e Misfts), a série se passa no ano de 1996 e conta a história de Rachel “Rae” Earl (Sharon Rooney), que acaba de sair de uma temporada de quatro meses em um hospital psiquiátrico. Rae é uma menina gordinha, que teve depressão e por isso começou a se cortar. Mas depois de um tempo de terapia, medicação e com o apoio da sua (nova?) melhor amiga, Tix (Sophie Wright), ela fica pronta para lidar com sua mãe desajustada (que agora está abrigando um namorado imigrante ilegal) e enfrentar o mundo novamente...

Logo quando sai ela reencontra sua (ex?) melhor amiga, Chloe (Jodie Comer), que apresenta Rae aos seus novos amigos: a “guangue” composta por Archie (Dan Cohen), Finn (Nico Mirallegro), Chop (Jordan Murphy) e Izzy (Ciara Baxendale). Agora Rae tem que lutar para manter sua sanidade enquanto lida com os conflitos típicos da adolescência.

O primeiro motivo do porque você TEM que assistir MMFD é a protagonista. A Rae é HILÁRIA. Mesmo sendo um pouco revoltada e exagerada às vezes, ela faz rir simplesmente pelo seu modo de agir, sempre secretamente freaking out e tendo pensamentos... hm... luxuriosos sobre meninos! Uma coisa legal é que a série tem uns “desenhos” para demonstrar alguns pensamentos da Rae como se ela os tivesse escrito em seu diário. Ela também é autêntica e uma grande amiga, conquistando assim rapidamente a confiança de seus novos amigos.

A série vai além da diversão. Não tenho domínio sobre o assunto, mas senti que o tema “distúrbios mentais”, delicado como é e tão pouco discutido, foi muito bem trabalhado. E tratado com respeito. O modo como eles encontraram para mostrar como são as crises de Rae e Tix, consegue transportar o telespectador para a mente delas, fazendo com que entendamos como se sente alguém com esses problemas.  Um personagem bacana que é inserido nesse contexto é Kester (Ian Hurt), o psiquiatra de Rae. Ele é o primeiro a mostrar que está genuinamente interessado no que ela tem a dizer e que não há problema em ser quem ela é - inclusive admitindo suas fraquezas - e assim ele conquista aos poucos a sua confiança. Sempre com questões muito coerentes sobre quais nós mesmos podemos refletir.





Quantos aos demais personagens, todos têm o seu tempo na tela e são bem construídos, embora alguns tenham menos espaço que outros. Chloe te deixa sempre na dúvida se realmente é amiga de Rae ou se é mais falsa que nota de três reais. Archie é o primeiro menino (com excessão do médico dela) que desperta o interesse de Rae, mas ele esconde um segredo que a frustra. Finn não aprece muito no começo, mas logo ganha mais importância. Ele e Rae parecem se detestar a primeira vista, mas as coisas mudam ao longo dos episódios. Chop é o reponsável pelas festas e diversões e Izzy é uma menina meiga e bobinha, mas eles não tem lá muita importância na temporada além de completar o núcleo de amigos.

Alguns temas que são muito explorados nas demais produções adolescentes são pouco debatidos em MMFD, embora estejam presentes. Isso não é um ponto negativo, pois assim a trama evita cair no lugar comum. E acaba se destacando.  De qualquer forma, senti que o universo adolescente dos anos 90 - que aparentemente continua muito semelhante, devo dizer - foi muito bem retratado.


Então é isso. Se estiverem procurando uma série adolescente para assistir enquanto Awkward não volta que seja original, emocionante, envolvente e divertida “My Mad Fat Diary” é perfeita para você!

Ps: preparem-se para não só dar boas risadas, mas também deixar rolar algumas lágrimas! 

Ps 2: muito legal o modo como a série lida com os “body issues” da Rae, que é um grande problema na vida dela. Afinal, somos muito mais do que nossa aparência e - por mais batido que seja dizer isso - o que importa é o que temos dentro de nós.

Ps 3: a história é baseada na adolescência da criadora da série (e em um livro de mesmo nome),  que hoje é escritora e locutora de rádio.Será que a Rachel Earl da vida real é tão legal quanto a Rae Earl da série?

Ps 4: A trilha sonora é MUITO boa. Vai desde Macarena (haha) até Eels e Oasis.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A hospedeira (e superando preconceitos literários)

Faz tempo que o livro foi lançado, mas só agora tive interesse em ler. Por que? Puro preconceito. Meu pensamento era: uma ficção-cientifica escrita pela Stephenie Meyer... Quais as possibilidades de ser bom? #ShameOnMe, porque eu estava completamente errado! Foi só depois de ver o trailer da adaptação cinematográfica do livro e assistir a uma apresentação de um colega no inglês  que animei de começar a ler.

Tenho que confessar, porém, que para mim foi uma leitura...hm... “bipolar”. Como assim? Eu explico! É que a história estava me conquistando e eu não conseguia parar de ler, mas havia alguns elementos na trama que estava me irritando muito. E eram (quase) os mesmos elementos que me irritaram em crepúsculo! Mas persisti na leitura e, quer saber? No final, percebi que boa parte das minhas objeções era bobagem, pois era na verdade algo essencial para a trama e também um conflito que mais tarde seria solucionado (Não vou explicar quais eram porque senão revelo muito spoiler)!

Mas estou me adiantando. Bem, a história é ambientada em um futuro próximo, onde nosso planeta foi invadido por Aliens. Mas não pense que eles são verdes e portam armas. Eles são “almas”, uma espécie de parasita que entra no hospedeiro e toma o comando do seu corpo e de suas memórias. O que mais eu gostei é que as almas não querem destruir o planeta ou roubar nossos recursos naturais, como costuma ser o objetivo dos ETs na maioria das outras produções, mas melhorar nossa sociedade. As almas são criaturas que não conhecem o ódio, raiva e egoísmo.  O que é interessante também é que isso abre espaço para uma discussão bacana sobre o que faz parte da natureza humana.


Vixi... Divaguei um pouquinho. Voltando à sinopse: Peregrina é uma alma antiga, tendo estado em 8 planetas diferentes. Poucas almas estiveram em tantos! Quando chega a Terra, ela é colocada no corpo de Melanie Stryder, uma das poucas humanas que ainda resistia à invasão. Geralmente a alma consegue ter controle total dobre o corpo e as memórias do hospedeiro e o humano fica “adormecido”, mas Melanie é forte e resiste ao controle de Peregrina, tentando a todo custo evitar que ela descubra o paradeiro de outros humanos. Mas nem sempre ela consegue levantar essas barreiras mentais e tudo muda quando Peregrina consegue acessar as memórias referentes a dois outros humanos que viajavam com Melanie: Jamie, seu irmão, e Jared, seu namorado. Peregrina informa à buscadora da existência dos dois (uma espécie de “polícia” das almas, responsável por capturar rebeldes), mas pouco a pouco ela percebe que as memórias a afetaram mais do que deveriam e que ela acabou criando um enorme carinho por eles! Mesmo não querendo trair sua raça, Peregrina se torna aliada de Melanie e elas saem em uma jornada para encontrar Jamie e Jared. É então que elas descobrem uma colônia onde os humanos restantes tentam sobreviver. E eles não ficam nada felizes em ver que uma alma descobriu este lugar.


Enfim, o livro realmente me surpreendeu. A história parece um pouco parada em algumas partes e demora um pouco a te cativar (talvez porque seja difícil, em muitos momentos, adivinhar o rumo que a trama vai tomar), mas uma vez que isso acontece é impossível parar de ler. Achei a mitologia criada por Meyer muito original e muito bem trabalhada. Nunca pensei que uma história onde tem duas protagonistas em um mesmo corpo pudesse ser coerente ou interessante! Mas é sim. E em nenhum momento você fica confuso, pois as personalidades tanto de Melanie quanto de Peregrina são muito bem traçadas.

É uma ficção cientifica e tem cenas de ação bem dosadas. Mas a história é, sobretudo, sobre o amor, em suas mais variadas formas. O romance em si foi uma das coisas que me irritou no começo (não tem um triangulo amoroso, mas um quadrado! Mas só com três corpos... e como assim Peregrina se apaixona através de memórias?), porém tudo se encaixou no final.  O mais legal, entretanto, é o amor fraterno que floresce entre Peregrina e Jamie. Para ele, além de ter sua irmã de volta, ainda ganhou uma grande amiga.  Mas (quase) todos os demais relacionamentos são igualmente bem construídos.

O final, para mim, foi uma grande surpresa. Não que seja inédito ou algo assim, mas acho que a autora escolheu um final que não fosse tão previsível e ainda deixa um gancho para um possível segundo livro.  Enfim, mesmo com alguns probleminhas o saldo ao final foi muito positivo. Tenha você preconceitos (como eu tinha) por causa da outra série de Stephenie Meyer, ou seja um grande fã de Crepúsculo, vale muito a pena ler “A Hospedeira”. Tenho certeza que não vai se decepcionar e que vai ficar tão ansioso pelo filme quanto eu!!!!


Ps: The Host >>>>>>>>>>>>>>>>>> Twilight (in my opinion)

Ps 2: SPOILER
Um personagem que me irritou muito foi Jared e o sentimento de Peregrina para com ele. Ele só a maltratava, pois para ele uma alma não passa de uma “coisa”, e ela continuava caidinha por ele.

Ps3: Fãs de crepúsculo, por favor, não me apedrejem! Questão de opinião, Ok?

Ps4: O filme de "A Hospedeira" estreará no Brasil em 29 de março de 2013. Saoirse Ronan (Desejo e Reparação/ Um olhar do paraíso) será Melanie/Peregrina, Max Irons (A Garota da Capa Vermelha) será Jared, Chandler Canterbury (Presságio) será Jamie e Jake Abel (Percy Jackson e o Ladrão de Raios) será Ian. Alguns dos outros nomes no elenco são: Diane Kruger (a buscadora), Frances Fisher (Maggie), William Hurt (Jeb), Scott Lawrence (Doc) e Boyd Holbrook (Kyle)

TRAILER

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

''Meu Namorado É Um Zumbi''


Com o fim da Saga Crepúsculo e da Série Harry Potter, os estúdios de cinema estão loucos atrás de livros teens que possam ser adaptados e virarem mais uma fonte de lucro (vide Jogos Vorazes, já lançado, e Os Instrumentos Mortais - Cidades dos Ossos, que estréia em breve).
Paralelo a tal fato, a onda no mar flutua de acordo com o surfista, e, com isto, me refiro aos anos que ''certos tipos característicos de personagens'' viraram modinha no mundo das séries, filmes e livros. Tivemos os Bruxos, os Vampiros, os Emo-Vampiros,os ETS, Nerds, etc. E já tem um certo tempo que os ZUMBIS viraram a tendência do momento. Isso mesmo que vocês leram, zumbis! E, se não me falha a memória, foi com a ajuda da série pop ''THE WALKING DEAD'' e de livros como ''Orgulho e Preconceito e Zumbis'' (em breve também nas telonas) que isto se firmou. Bem, se o povo pediu pelos mortos ambulantes, eles conseguiram!   Chega aos cinemas, nesta sexta-feira, 08, o boa pinta: ''Meu Namorado É Um Zumbi'', estrelado por Nicholas Hoult ~suspirando ~, Teresa Palmer, Dave Franco ~hot hot hot~ e John Malkovich. Com direção de Jonathan Levine (50%) o longa é também uma adaptação!  (quem ficou surpreso ?? ninguém, neh?!). O livro da vez é do autor Isaac Marion e chama-se ''Sangue Quente'', caso queiram conferir. ; )

Na trama, o protagonista é R (Hoult), um zumbi que tenta se adaptar à sua nova condição (ou até velha,  já que ele não faz ideia do que aconteceu, de quem é ou era ou mesmo se seu nome é R). O cenário pós-apocalíptico o deixa completamente em crise existencial, o que o faz criar laços de amizade com uma humana (Ai, vocês imaginem um tubarão criando amizade com sua comida só que aqui ele gosta dela e promete que não vai comê-la lol). A linda e corajosa, Julie, vivida pela australiana irmã gêmea da Kristen Stewart, Teresa Palmer (Uma Noite Mais Que Louca e Eu sou o número quatro), que saiu de seu abrigo seguro com um grupo de voluntários para encontrarem remédios para as pessoas que precisam e, neste meio tempo, foram atacados pelo grupo de Zumbis famintos, ao qual R pertence. Julie acaba despertando EMOÇÕES em R, o que acontece antes mesmo que o morto-vivo devore o namorado da moça, possibilitando assim que Flashes da vida da vítima surjam, e, essas lembranças vívidas sejam adquiridas diretamente do cérebro consumido pelo Zumbi, que acaba conhecendo e se apaixonando ainda mais por Julie. A criatura, então, passa a proteger desesperadamente sua amada - quase uma dicotomia ( ou mistura mesmo) entre a bela e a fera/Edward e Bella, I MEANT IT. Bom, o problema (ou não) é que o relacionamento acaba causando uma reação em cadeia em outros mortos-vivos, os transformando de  algo vil, sem alma e com muita fome, em um ser renascido e pensante novamente, porém não todos eles. Assim, quando Julie volta para casa, ela tem que fazer de tudo para deter o pai, o general Grigio (Malkovich em um lugar incógnito) que insiste em matar os zumbis sem nem pestanejar e que se não for persuadido exterminará à todos, até o romântico, R.

R marcando a evolução do homem com horror! hahaha
 
De fato, o tom da trama é um tanto quanto bobo e o filme em si, é bem chick-flick, mas o que soa diferente nele é a BOA PEGADA MUSICAL - A trilha mistura clássicos do Rock (espere pela cena em que Guns'n'Roses embala os ouvidos) com músicas de uma vibe mais moderna do indie rock (M83 toca em uma cena muuuuuuito bacana). Outro ponto positivo é a bela mensagem que o filme quer passar. Talvez no livro ~ que eu não li~, isto fique até melhor exemplificado, mas no longa se entende que, basicamente, ''O AMOR TRANSFORMA'' e que a cura daquele seres tão vis, cruéis e sem compaixão alguma, só se dá por eles mesmos. ~ divaguei na filosofia budista, eu sei ~ mas é isso mesmo que acredito = ) .
Além disso, é hilário ver UM ZUMBI FICANDO EXCITADO ao ver o corpo quase nu de uma mulher (UM MORTO, meu povo?!?! é muita piração mesmo, onde chegamos kkkkkkkkkkkk), ele surtando com discos de vinis, e ah, ele não fala tá?! boa parte do filme, ouvimos o pensamento irônico dele e quando a transformação começa a se proliferar, R começa a grunir menos e soltar o verbo (outra cena legal é R falando ~aka grunindo ~ com seu melhor amigo e PAUSA DRAMÁTICA, só por isso, que ele ACHA que eles são melhores amigos). Loser ou okê? Diz ai!! lol


  Opa, e não podemos esquecer de falar dos carinhas hots do filme. O lindo irmãozito de James Franco, Dave Franco, é quem interpreta o namorado devorado...hahaha, coitadenho. Já ''R'', ganha vida e estranheza com a lindeza britânica de Nicholas Hoult, o filme mais recente dele foi X-man - Primeira Classe, no qual interpretou ''O FERA'', mas o meu predileto do moço de olhos penetrantes, é mesmo ''Um Grande Garoto'' de 2002, lembram do menino que sai enchendo a paciência do Hugh Grant? É ele mesmo, só que agora um homenzarrão pronto pra ser deflorado...opa, adorado. Temos também o renomado ator John Malkovich, que de uns tempos pra cá tem feito uns papéis um tanto quanto pequenos para sua grandeza como ator. Para fechar, o diretor do filme não é tão conhecido ou gatenho, mas fez um filme que chamou a atenção dos críticos, o recomendadissimo ''50%'' com Joseph Gordon-Levitt! (Se não viu, veja).


Trailer

Bom, o suspense/romance da Summit Entertainment, produtora que levou Crepúsculo às telas, é distribuído, aqui no Brasil, pela Paris Filmes e SOMENTE lá fora já alavancou vinte milhões de dólares. (No IMDB, ele atingiu pontuação de 7,4 até agora, mas isso só quer dizer que ele atingiu a grande massa, ok?!).

O filme tem duração de 1h e 37 minutos e é uma boa pedida para o fim das férias.
Classificação Indicativa: Não recomendado para menores de 14 anos 



Espero que tenham gostado.
See Ya.
B.