A ideia de reviver os clássicos contos infantis no cinema não é nova, mas foi só a partir do sucesso estrondoso de “Alice no país das maravilhas”, dirigido por Tim Burton, que essa tendência cresceu e se tornou prioridade em alguns estúdios de cinema. Porém, o mercado atualmente se encontra saturado dessas novas versões que buscam somente arrecadar uma gorda bilheteria com um roteiro ruim, trazendo pouca novidade para as histórias que muitos de nós ouvíamos quando crianças. Felizmente, este não é o caso de “Jack, o caçador de gigantes”, filme dirigido por Bryan Singer (X-Men) e inspirado no conto “João e o pé de feijão”.
Nesta nova versão Jack é um fazendeiro órfão e pobre que mora com seu tio. Um dia ele é mandado para o castelo para vender seu cavalo, porém acaba o trocando por “feijões especiais” que um monge em fuga o oferece. Seu tio, furioso, joga os feijões no chão. Jack os cata, mas um deles acaba caindo por uma fenda. Paralelamente, está a princesa Isabelle que foge do castelo esperando viver uma aventura e acaba se refugiando de uma na tempestade na casa de Jack. Por causa da tempestade o feijão é molhando e então cresce um pé enorme de feijão, levando a casa de Jack para as alturas. A princesa fica presa na casa, mas Jack cai dela. Ele então acorda com o rei apontando uma espada para ele, querendo saber o paradeiro de sua filha. É então que ele aceita a tarefa de, juntamente com os cavaleiros de o rei, subir no pé para resgatar a princesa. Mas eles não sabem que uma antiga lenda era verdade e que lá em cima moram terríveis gigantes que gostam de comer carne humana no jantar...
Então, é aquela velha história: um menino que nasce em um ambiente desfavorável, mas que possui coragem suficiente para transpor as barreiras impostas por sua condição social, a princesa que não quer ser só uma princesa, obedecendo a ordens e sendo mimada e o clássico vilão que é capaz de tudo para conseguir poder. Sim, já vimos/ouvimos coisas assim em diversos outros filmes e talvez seja por isso que “Jack...” não oferece muita profundidade no roteiro, mas o filme convida quem está assistindo para simplesmente esquecer-se de sua rotina e viver uma aventura junto com os personagens. No fim, esses elementos, mesmo clichês, funcionam e é isso que importa. Com um roteiro interessante e dinâmico, o filme prende a atenção do começo ao fim e consegue agradar não só os pequenos, mas a família toda.
O legal também é que os efeitos especiais e os cenários são muito bons! Além disso, o diretor conseguiu juntar um bom elenco, que além do talentoso Nicolas Hoult ainda conta com Ewan McGregor, Stanley Tucci (Ele muda muito de um filme para outro... Parece até um camaleão! Demorei a reconhecê-lo), Eleanor Tomlinson e Ian McShane.
Enfim, “Jack- o caçador de gigantes” em minha opinião cumpre muito bem um dos principais papéis do cinema: entreter. Por isso, se você gosta de grandes aventuras corra para os cinemas nesta sexta-feira (29/03)!
Ps1: podiam ter traduzido o nome "Jack" no Brasil, não? Já que a gente conhece a história como "João e o pé de feijão"... É igual quererem "transformar" a sininho em Tinker Bell u_u Para mim ela sempre será sininho!! hehe #saudosismoàinfância
Ps2: Não achei que o 3D é realmente necessário.. se optar pela versão tradicional acho que não vai perder muito
Ps3: E esse cabelo moderno do Ewan McGregor em um personagem da idade média? lol
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