'' 15 de Dezembro
A maioria das pessoas pensa que o mais assustador é saber que vai morrer. Não é. É saber que você pode ter que assistir a todo mundo que você já amou - ou mesmo apenas gostou - definhar e não poder fazer nada. Isso tem que acabar em algum momento, fico repetindo para mim mesma. E é verdade. Daqui a pouco não vai sobrar mais ninguém. E ai não vai fazer diferença se eu sobrevivi ou não, porque qualquer pessoa que pudesse se importar com isso estará morta. ''
O FIM DE TODOS NÓS, primeiro livro da trilogia ''The Fallen World'' da autora Megan Crewe, lançado aqui pela Editora Intrínseca, mostra o que acontece quando uma pequena ilha é tomada pelo caos de uma epidemia viral, desconhecida e sem cura, até então. Lá vive a adolescente Kaelyn e sua família e é pelo olhos dela que vamos conhecer como seus entes queridos, vizinhos e toda a população da ilha definhará por causa deste vírus. ~Supra indicado a quem está curtindo a modinha ''fim da humanidade'' que está rolando atualmente e também livros de gênero distópico.
O livro é dividido em três partes: Sintomas, Quarentena e Mortalidade! Na primeira parte conhecemos os personagens e o inicio da virose, na segunda o isolamento da ilha e a terceira o definhamento da população. Toda esta jornada nos é narrada por Kaelyn, uma menina de 16 anos que começa a escrever um diário para seu amigo Leo, o qual ela brigou e não fala há alguns dias. Ele foi estudar no continente e ela, por birrinha e ciúmes, parou de falar com ele por motivo de ~spoiler~. Bem, Kae, como é chamada pelos mais íntimos, e sua família, retornaram do continente tem pouco tempo e o motivo número nº 1 é que o pai dela, Gordon, é um especialista em microbiologia e foi convidado para trabalhar no instituto de pesquisa.
A volta deles a ilha não está exatamente conectada ao inicio do alastramento do vírus, mas acontece quase que paralelamente. Logo não é estranho ver Gordon proibindo os filhos, Kae e seu irmão Drew, de irem a escola,e, consequentemente sua mulher também deixa de trabalhar, pois uma das poucas coisas que Gordon descobre sobre o vírus é que ele se espalha por vias respiratórias e assim não se deve manter contato com quem está apresentando os sintomas iniciais.
'' Tudo tem início com uma coceira insistente. Então vêm a febre e o comichão na garganta. Dias depois você está contando seus segredos mais constrangedores por aí e conversando intimamente com qualquer desconhecido. Mais um pouco e começam as alucinações paranoicas. ENTÃO VOCÊ MORRE.''
O comércio, as escolas, igrejas, e etc , TUDO nas proximidades fecha. As pessoas param de sair de casa e começam a lotar o hospital da ilha. Algumas delas viram voluntárias para ajudar os doentes tanto no hospital quanto na distribuição de comida. Na verdade, vários grupos começam a agir com intenções distintas. Uns saqueiam as lojas para usufruto próprio e outros para dividir com quem não tem. Uma dessas pessoas é Gav e Warren que logo fazem amizade com Kaelyn, pois ela também fica insatisfeita em não poder fazer nada para ajudar na situação. Juntos eles lideram um sistema de distribuição de comida aos habitantes da ilha, pois as autoridades oficiais e o governo isolaram a mesma e estão mandando mantimentos e medicamentos em quantidade limitada.
O isolamento, que teve intuito de não deixar ninguém sair dali para não espalhar a doença, trouxe tumulto e algumas pessoas foram feridas e mortas, uma delas foi o tio de Kaelyn, Emmett que com sua morte deixou a pequena Meredith órfã de vez (sua mãe a abandonou há alguns anos). Para não ficar desamparada, Gordon e sua mulher a levam para sua casa e Kaelyn começa a tomar conta da prima.
Com todo o caos acontecendo, nossa narradora fica muito frustrada pelo pouco que faz para ajudar, ou pelo menos o pouco que acha que é, mas o que ela tem muita noção é que todos ao seu redor - amigos ou não, estão morrendo e nem ela sabe se vai conseguir fugir por mais tempo deste vírus letal.
Bem, eu tive muita simpatia pelo livro no começo (a capa dele é LINDA), mas com o desenrolar da história fui ficando empolgada e decepcionada ao mesmo tempo. Primeiro que você vê tudo desmoronar e os adultos parecem não se importar e nem agir. Exceto, o tio de Kaelyn, Emmett, que acaba morrendo por isto. Desta forma, os adolescentes se sentem no direito de tomar a frente das coisas e liderar os grupos de ajuda. O pai de Kaelyn é um cientista muito cauteloso tanto que até parece que ele está com medo de ajudar as pessoas. Aliás, gostei muito que a autora deu um irmão ''gay'' para a protagonista e isto mostrou como Gordon sente dificuldade com certos assuntos. As peculiaridades escolares da narradora são normais na vida de qualquer outra adolescente ~ ela conta nos dedos as amigas que tem, outra coisa que acabamos descobrindo é que ela gosta de um certo alguém e não tem este amor retribuído, mas nem sonha que achará um amor inesperado no meio dessa bagunça toda.
O isolamento, que teve intuito de não deixar ninguém sair dali para não espalhar a doença, trouxe tumulto e algumas pessoas foram feridas e mortas, uma delas foi o tio de Kaelyn, Emmett que com sua morte deixou a pequena Meredith órfã de vez (sua mãe a abandonou há alguns anos). Para não ficar desamparada, Gordon e sua mulher a levam para sua casa e Kaelyn começa a tomar conta da prima.
Com todo o caos acontecendo, nossa narradora fica muito frustrada pelo pouco que faz para ajudar, ou pelo menos o pouco que acha que é, mas o que ela tem muita noção é que todos ao seu redor - amigos ou não, estão morrendo e nem ela sabe se vai conseguir fugir por mais tempo deste vírus letal.
Bem, eu tive muita simpatia pelo livro no começo (a capa dele é LINDA), mas com o desenrolar da história fui ficando empolgada e decepcionada ao mesmo tempo. Primeiro que você vê tudo desmoronar e os adultos parecem não se importar e nem agir. Exceto, o tio de Kaelyn, Emmett, que acaba morrendo por isto. Desta forma, os adolescentes se sentem no direito de tomar a frente das coisas e liderar os grupos de ajuda. O pai de Kaelyn é um cientista muito cauteloso tanto que até parece que ele está com medo de ajudar as pessoas. Aliás, gostei muito que a autora deu um irmão ''gay'' para a protagonista e isto mostrou como Gordon sente dificuldade com certos assuntos. As peculiaridades escolares da narradora são normais na vida de qualquer outra adolescente ~ ela conta nos dedos as amigas que tem, outra coisa que acabamos descobrindo é que ela gosta de um certo alguém e não tem este amor retribuído, mas nem sonha que achará um amor inesperado no meio dessa bagunça toda.
Algo hilário que aconteceu foi ver a Kaelyn ficando paranoica, com toda a razão, com quem começava a se coçar e espirrar perto dela ~Eu também não podia ver ninguém assim que já ficava pensando no vírus rsrs!
Enfim, ''O Fim de Todos Nós'' é um livro interessante e atraente, mas também enrolado. A vontade de continuar com a série vai depender de cada um. Aliás, ainda não se tem notícia de quando será lançada a continuação que em inglês tem o nome de ''The Lives We Lost''.
Aqui minha playlist de leitura ''fim da humanidade'' hahaha
O livro já está nas livrarias de todo o Brasil !
(O primeiro capitulo está disponível aqui)
See ya.
B-