Consegui! Li todos os livros do John Green! Só não li as histórias curtinhas que são parte de outros livros... Mas anyway, a escrita inteligente, bem humorada e bastante reflexiva de John Green me conquistou e ele entrou definitivamente na minha lista de autores preferidos! Se você não conhece os livros, espero que com este post se sinta incentivado a correr para a livraria mais próxima! Mas se já conhece e ama se sinta livre para postar suas opiniões nos comentários!
Que tal primeiro conhecer um pouco mais sobre o autor? John Green cresceu em Orlando, na Flórida, mas se mudou para Ohio para cursar inglês e religião na universidade. Por vários meses após se graduar, John trabalhou como capelão em um hospital infantil e foi lá que teve a inspiração para escrever seu primeiro romance, "Quem é você, Alasca?", que se tornou um bestseller nos Estados Unidos e ganhou muitos prêmios literários.
*explicação do gif: John participou de um chat promovido pelo google com o presidente Obama! Sua esposa estava grávida na época e ela pediu para Obama escolher o nome da bebê, mas ele, politicamente correto, disse que não poderia. O "don't forget to be awesome" é uma espécie de lema dos "nerdfighters". :D Confira o vídeo aqui
Junto com seu irmão, Hank, John começou um projeto no YouTube chamado Brotherhood 2.0. A proposta do projeto seria passar todo o ano de 2007 sem se comunicar por texto, mas apenas por meio de vídeos, postados em dias alternados. Ao longo desse projeto, os irmãos passaram a chamar sua audiência de "nerdfighters", já que, supostamente, ela era toda composta por nerds. A popularidade do canal passou a aumentar cada vez mais com o tempo e o público que assistia já não se restringia a nerds. Os vlogbrothers agora explicam o que é nerdifighter com a popular frase: they are just like normal people, but instead of flesh and blood, they are made of awesome. Assim, a comunidade "nerdfighteria" continua crescendo e ganhando importância na internet.
fonte: skoob e wikipedia.
Legal neh?Agora vamos ao meu ranking dos livros do John Green!
*livro escrito em colaboração com as autoras Maureen Johnson e Lauren Myracle. Ainda não foi lançado no Brasil!
Ano de lançamento nos EUA: 2008
Sinopse: Montes de neve cintilantes, belos presentes embrulhados com fitas e luzes reluzentes e multicoloridas no meio de uma noite fria de inverno. Uma nevasca na véspera de natal transforma uma pequena cidade em um paraíso romântico, do tipo que você vê apenas em filmes. Bem, mais ou menos... Afinal, um fria e molhada caminhada de um trem encalhado até no meio do nada não iria normalmente acabar com o beijo de um charmoso estranho. E ninguém iria pensar que uma viagem para a casa de Waffles através de quatro pés de neve iria levar ao amor com uma antiga amiga. Ou que o caminho de volta para o amor verdadeiro começaria com um turno no Starbucks em uma dolorosa manhã. Graças a três dos autores adolescentes de maior sucesso, a mágica do natal brilha nesses contos hilários, charmosos e interconectados sobre amor, romance e beijos de tirar o fôlego. (tradução livre)
Comentários: "Let It Snow" é um livro de contos que, embora interligados, são (de certa forma) independentes. Então, como o post é sobre as obras do John, vou falar só sobre o conto dele, ok? Enfim, como o conto do John é o segundo do livro, ao começar a lê-lo você sente um estranhamento, já que no final da primeira história você já tinha começado a se acostumar com as personagens... Mas logo você se acostuma com a estrutura do livro. A história me lembrou um pouco aquele filme com a Whoopi Golberg ,"Tá todo mundo louco!", só que ao invés de dinheiro as personagens estão em uma corrida onde os prêmio são waffles e cheerleaders! haha Bem, o conto é simples, romântico e agradável; com personagens legais, mas pouco marcantes. Assim como todo o livro, ele consegue passar uma sensação gostosa, "um calor no coração"; como se você estivesse bebendo chocolate quente, enrolado nas cobertas e em frente a lareira em uma noite fria de natal.
Minha Nota: 3/5 (bom! a nota se deve mais pela simplicidade do enredo. Não quer dizer de forma alguma que seja ruim, apenas menos marcante!)
Nota no skoob: 4.3
Quote preferida:
"Eu sempre tive essa ideia de que você nunca deveria desistir de um 'meio feliz' esperando um 'final feliz', porque não existe isso de final feliz. Você entende o que quero dizer? Há tanto a perder"
Título original: An Abundance of Katherines
Ano de Lançamento nos EUA: 2006
Sinopse: Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam. Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou pelo menos é isso o que ele espera.
Comentários: Já tem resenha desse no blog! Clique aqui para ler
Minha Nota: 3/5 (bom!)
Nota do skoob: 4.1
Quote preferida:
"Como alguém para de ter pânico de ser deixado para trás e acabar sozinho para sempre e não significar nada para o mundo?"
*Livro escrito em parceria com David Levithan
Título original: Will Grayson, Will Grayson
Ano de lançamento nos EUA: 2010
Sinopse: Em uma noite fria, numa improvável esquina de Chicago, Will Grayson encontra... Will Grayson. Os dois adolescentes dividem o mesmo nome. E, aparentemente, apenas isso os une. Mas mesmo circulando em ambientes completamente diferentes, os dois estão prestes a embarcar em um aventura de épicas proporções: o mais fabuloso musical a jamais ser apresentado nos palcos politicamente corretos do ensino médio.
Comentários: Antes de mais nada, preciso dizer duas coisas: primeiro, que vi algumas pessoas dizendo ou melhor, escrevendo que o começo era confuso porque ficavam na dúvida de qual Will estava narrando o capítulo. Como assim gente??? Não fiquei confuso em nenhum momento, já que os dois Wills tem personalidades bem diferentes... Segundo, achei bastante corajoso da editora ter decidido lançar o livro aqui no Brasil já que há um romance gay na trama e vocês sabem, isso ainda é motivo de polêmicas por aqui... Ponto para eles! Mas dá para perceber que os atores não quiseram fazer da homossexualidade o tema central do livro. Ela é apenas só um elemento da história, que na verdade é sobre relacionamentos de diversas formas. Anyway... gostei bastante da história (embora no final eu tenha ficado com aquela sensação de "uai, acabou assim?). Achei que John e David tiveram uma boa sincronia ao escrever o livro (em caso esteja se perguntando John escreveu os capítulos ímpares e David os pares). Também gostei bastante dos personagens. Me identifiquei com os dois WIlls! Sim, com os dois... tem um lado de mim que é um pouco melancólico (embora tenha um lado de mim que é... normal?) e também sinto que as vezes quero viver sem ser de fato notado, para não atrair confusão e etc... Por isso amei as quotes que o livro traz: reflexões sobre amor, vida, morte, amizade... Mas não quero ficar falando de mim! Preciso falar ainda de um personagem importante, o personagem mais marcante do livro, Tiny! As vezes ele é irritante e egocêntrico, mas é também fascinante. Para terminar, deixa eu apontar um defeito do livro: achei que a trama podia ter sido melhor desenvolvida... (principalmente a relação de Jane e Will 1). Como disse, o livro acaba e você fica com uma sensação de que falta algo.
obs (spoiler?): preciso deixar registrado.. Maura é uma das piores amigas que eu já vi na literatura! Coisa horrível o que ela fez com o Will 2. Acho que se isso acontecesse comigo eu nunca perdoaria a pessoa...
Minha nota Nota: 3,5/5 (muito bom!)
Nota no skoob: 4.3
Quote:
"Estar em um relacionamento, isso é algo que você escolhe. Ser amigo, isso é simplesmente algo que você é.”
3º. Cidades de Papel
Título original: Paper Towns
Ano de lançamento nos EUA: 2008
Sinopse: Em "Cidades de papel", Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma. Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte. Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.
Comentários: O último a ser lançado no Brasil e também o último que li! O livro é bom, mas não simpatizei muito com o protagonista da história, o Quentin, porque em minha opinião falta um pouco de personalidade nele. A impressão que eu tive é que ele age como se fosse uma sombra de Margo - da Margo que ele acha que conhece - já que ele passa o livro inteiro obcecada com ela e esquece de si mesmo. Parece que não existe Quentin sem existir Margo... como se a vida dele estivesse em "stand by", esperando o momento em que sua vizinha apareceria e o faria começar a viver de verdade. De fato, o próprio Quentin diz que ama a rotina, que não fica entediado com o tédio e que seu sonho é simplesmente envelhecer (e não é que me identifico com isso? Mas eu daria um péssimo personagem de livro haha). Ironicamente, no entanto, ao embarcar nessa Jornada para descobrir Margo, Q acaba encontrando a si mesmo. Mas...hm... posso falar a verdade? gostei muito mais dos personagens coadjuvantes, Ben e Radar! De qualquer forma, "Cidades de Papel" é um livro muito divertido, de fácil leitura e que ainda trás reflexões legais sobre as expectativas que criamos sobre quem amamos, as vezes até idealizando-os e esquecendo que eles não passam de simples seres humanos.
Minha Nota: 3,5/5 (muito bom!)
Nota no skoob: 4.5
Quote preferida:
"Talvez todos os fios dele tenham se arrebentado"
Título original: Looking For Alasca
Ano de lançamento nos EUA: 2005
Sinopse: Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras que cansado de sua vidinha pacata e sem graça em casa vai estudar num colégio interno à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o "Grande Talvez". Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young, uma garota inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, que o levará para o seu labirinto e o catapultará em direção ao "Grande Talvez".
Comentários: Sobre esse eu também já falei em outro post :) você pode ler clicando aqui
Minha Nota: 4/5 (ótimo!)
Nota no skoob: 4.4
Quote preferida:
“ Não posso ser uma dessas pessoas que ficam sentadas falando que pretendem fazer isso e aquilo. Eu vou fazer e pronto. Imaginar o futuro é uma espécie de nostalgia. (..) Passamos a vida inteira no labirinto, perdidos, pensando em como um dia conseguiremos escapar e em quanto será legal. Imaginar esse futuro é o que nos impulsiona para a frente, mas nunca fazemos nada. Simplesmente usamos o futuro para escapar do presente."
1º. A Culpa é das Estrelas
Título Original: The Fault in Our Stars
Ano de lançamento nos EUA: 2012
Sinopse: A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, "A culpa é das estrelas" é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.
Comentários: Quando terminei de ler "A culpa é das estrelas", há algum tempo, quis muito fazer uma resenha dele... porque é aquele tipo de livro que toca sua alma e eu acho que todo mundo deveria conhecer. Mas não consegui! Não encontrei palavras para descrevê-lo... mas vou tentar agora! hehe Então, este é o último livro escrito pelo John até agora e sem dúvidas o melhor. Foi o primeiro que li e foi o que me fez querer ir atrás dos outros livros. É uma grande obra, com personagens super marcantes, diálogos pra lá de inteligentes e quotes memoráveis... profundo, sensível, sincero, reflexivo, inteligente, doce/triste/e bem humorado ao mesmo tempo. Não acho que o livro tenha uma trama "dinâmica", sabe? Não há grandes reviravoltas e grande "ação", mas não é de forma alguma parado porque a história é um explosão de sentimentos! E embora se tenha a ideia de que em história com personagens com câncer um certo desfecho é inevitável, você não sabe para onde a história vai seguir. A questão é: uma vez que você começa a ler, você embarca em uma jornada maravilhosa com Hazel Grace e August Waters e ao final você vai ficar muito feliz de ter feito parte dela! Isso é o máximo que eu consigo falar e nem sei se fez muito sentido... Mas leiam, pessoas! Não vão se arrepender.
Minha Nota: 5/5 (excelente!)
Nota no skoob: 4.7
Quote preferida: Impossível escolher só uma!!
"Enquanto ele lia, me apaixonei do mesmo jeito que alguém cai no sono: gradativamente e de repente, de uma hora para outra."
"Às vezes, um livro enche você de um estranho fervor religioso, e você se convence de que esse mundo despedaçado só vai se tornar inteiro de novo a menos que, e até que, todos os seres humanos o leiam. E aí tem livros como Uma Aflição Imperial, do qual você não consegue falar – livros tão especiais e raros e seus que fazer propaganda da sua adoração por eles parece traição. Não era nem pelo fato de o livro ser bom nem nada; era só porque o autor, Peter Van Houten, parecia me entender dos modos mais estranhos e improváveis. Uma aflição imperial era o meu livro, do mesmo jeito que meu corpo era meu corpo e meus pensamentos eram meus pensamentos."