Acredito que sempre que sai uma noticia dizendo que um livro vai ser adaptado para o cinema, todo fã sente duas coisas: a alegria de ver seu livro preferido “ganhar vida” e o medo de estragarem a história. Pelo menos é isso que acontece comigo! Eu sei que muita gente pensa "nossa, é só uma história fictícia”, mas a questão é que... não é só um livro, não é só uma historinha! Quando você gosta muito de uma história, ela deixa de ser só um produto de ficção e passa ser um amigo querido. Você passa a se importar com aqueles personagens que te fazem rir, chorar, torcer, sofrer, odiar, temer... E a pior coisa que pode acontecer é ver esses personagens serem descaracterizados e sua história preferida destruída no cinema, como se ninguém se importasse. Eu sei que parece exagero, mas fã é assim mesmo!
Estou ciente de que a linguagem literária e a linguagem cinematográfica são diferentes e sei que é impossível ver nas telas exatamente o que imaginei. Sim, mudanças são necessárias, mas tudo tem limite, né? A essência da trama e dos personagens, sem falar de alguns detalhes importantes, tem que permanecer. Não importa em qual linguagem a história é transmitida. E nem é tão difícil de fazer isso... Bons exemplos de adaptações que embora tenham sofrido mudanças mantiveram o que a história tem de essencial são “Jogos Vorazes”, “Orgulho e Preconceito” e os filmes de “O Senhor dos Anéis”. Ao assistir tais filmes, ficou nítido para mim o carinho que os envolvidos tiveram ao trabalhar com o material e o cuidado que tiveram para que a história permanecesse o mais fiel possível, fazendo assim jus à imaginação dos fãs. Claro que não há unanimidade, tem gente que torce o nariz, mas, é impossível agradar todo mundo, não é mesmo?
Já que estamos falando em unanimidade e divergência de opiniões, vamos falar de Harry Potter. Talvez a maior série já adaptada para o cinema, encantou multidões, mas também revoltou muito fãs ao longo dos anos. Eu sou daqueles que gosta muito dos filmes. Acho que no geral, a história de Harry foi bem contada, mantendo não só o que tinha de mais importante nos livros (há exceções hehe), como também aguçou nossa imaginação, nos presenteando com atuações excelentes, cenários impressionantes e efeitos especiais de tirar o fôlego. Concorda ou não? Gosta dos filmes do HP ou acha que poderiam ser melhores?
Enfim, falamos de boas adaptações, que tal agora citar algumas ruins? Aquelas que tomaram liberdade demais e acabaram frustrando todo mundo. Quando saiu a noticia de que “Percy Jackson” seria adaptado para as telonas por Chris Columbus (diretor dos dois primeiros filmes do Harry Potter), suspirei aliviado. Afinal, “A Pedra Filosofal” e “A Câmera Secreta” são bem fiéis aos livros. Pena que me frustrei ao assistir ao filme. Columbus e o roteirista Craig Titley simplesmente alteraram coisas importantes da mitologia da série e tiraram personagens e elementos que seriam essenciais para as continuações. É um filme ruim? Não como cinema, como puro entretimento, mas como adaptação... é uma tristeza. Outro exemplo é Eragon. Vi o filme antes de ler o livro. Achei até legal, mas ao ler o livro fiquei com a impressão de que a película foi feita de qualquer jeito, sem nenhum respeito ao material original.
Agora, que tal analisar o que essas duas adaptações tem em comum? Primeiro, o retorno do público. Ambos os filmes tiveram bilheterias bem abaixo do esperado. Percy só teve uma continuação por causa das boas vendas dos DVDs e mesmo assim “O Lago dos Monstros”, o segundo filme da série, afundou nas bilheterias. Segundo, o envolvimento dos autores dos livros nos longas; tanto Rick Riordan quanto Christopher Paolini tiveram muito pouco envolvimento com a produção dos filmes. O resultado? Os produtores, diretores e roteiristas pintaram e bordaram.
A mesma coisa não aconteceu com adaptações onde os autores acompanharam tudo de perto como, por exemplo, “Crepúsculo” e “As Vantagens de Ser Invisível” (neste, mais perto impossível já que o filme foi escrito e dirigido pelo autor do livro). Um caso muito especial - e que mostra como comprometimento é essencial – aconteceu com a adaptação de “Histórias Cruzadas”. O diretor/roteirista do filme, Tate Taylor, e a autora do livro, Kathryn Stockett, são amigos de infância e por isso Tate acompanhou o processo de escrita da obra e a luta para publicá-lo. A primeira vez que ele leu o livro completo, teve a certeza de que queria adapta-lo. Tate se importava tanto com aquela história quanto Kathryn e por isso colocou seu coração na adaptação (o que faz toda diferença). O resultado disso? Mais de 216 milhões de dólares arrecadados (sendo que o custo de produção foi de 25 milhões) e quatro indicações ao Oscar. My point is: o público sabe diferenciar uma boa adaptação de uma má e quando ela é boa, a recepção do público também é.
ps: Esqueci de comentar algo muito curioso que vem acontecendo há algum um tempo: roteiros de filmes, séries e até games originais viram livros. Alguns exemplos são "Garota Infernal", "Star Wars", "Halo", "Glee" e até "Homeland". O que acham disso? Eu não li nenhum então não posso dizer se são bons... alguém já leu?
Acabei minhas divagações sobre o assunto, mas o post não! hehe Fiz uma lista de 10 adaptações que estrearão nos cinemas em 2014 e que estão sendo muito aguardadas (pelo menos por mim hehe). Como o post ia ficar muito grande, a lista foi para outro post. Clique aqui para conferir!
Já que estamos falando em unanimidade e divergência de opiniões, vamos falar de Harry Potter. Talvez a maior série já adaptada para o cinema, encantou multidões, mas também revoltou muito fãs ao longo dos anos. Eu sou daqueles que gosta muito dos filmes. Acho que no geral, a história de Harry foi bem contada, mantendo não só o que tinha de mais importante nos livros (há exceções hehe), como também aguçou nossa imaginação, nos presenteando com atuações excelentes, cenários impressionantes e efeitos especiais de tirar o fôlego. Concorda ou não? Gosta dos filmes do HP ou acha que poderiam ser melhores?
Enfim, falamos de boas adaptações, que tal agora citar algumas ruins? Aquelas que tomaram liberdade demais e acabaram frustrando todo mundo. Quando saiu a noticia de que “Percy Jackson” seria adaptado para as telonas por Chris Columbus (diretor dos dois primeiros filmes do Harry Potter), suspirei aliviado. Afinal, “A Pedra Filosofal” e “A Câmera Secreta” são bem fiéis aos livros. Pena que me frustrei ao assistir ao filme. Columbus e o roteirista Craig Titley simplesmente alteraram coisas importantes da mitologia da série e tiraram personagens e elementos que seriam essenciais para as continuações. É um filme ruim? Não como cinema, como puro entretimento, mas como adaptação... é uma tristeza. Outro exemplo é Eragon. Vi o filme antes de ler o livro. Achei até legal, mas ao ler o livro fiquei com a impressão de que a película foi feita de qualquer jeito, sem nenhum respeito ao material original.
Agora, que tal analisar o que essas duas adaptações tem em comum? Primeiro, o retorno do público. Ambos os filmes tiveram bilheterias bem abaixo do esperado. Percy só teve uma continuação por causa das boas vendas dos DVDs e mesmo assim “O Lago dos Monstros”, o segundo filme da série, afundou nas bilheterias. Segundo, o envolvimento dos autores dos livros nos longas; tanto Rick Riordan quanto Christopher Paolini tiveram muito pouco envolvimento com a produção dos filmes. O resultado? Os produtores, diretores e roteiristas pintaram e bordaram.
A mesma coisa não aconteceu com adaptações onde os autores acompanharam tudo de perto como, por exemplo, “Crepúsculo” e “As Vantagens de Ser Invisível” (neste, mais perto impossível já que o filme foi escrito e dirigido pelo autor do livro). Um caso muito especial - e que mostra como comprometimento é essencial – aconteceu com a adaptação de “Histórias Cruzadas”. O diretor/roteirista do filme, Tate Taylor, e a autora do livro, Kathryn Stockett, são amigos de infância e por isso Tate acompanhou o processo de escrita da obra e a luta para publicá-lo. A primeira vez que ele leu o livro completo, teve a certeza de que queria adapta-lo. Tate se importava tanto com aquela história quanto Kathryn e por isso colocou seu coração na adaptação (o que faz toda diferença). O resultado disso? Mais de 216 milhões de dólares arrecadados (sendo que o custo de produção foi de 25 milhões) e quatro indicações ao Oscar. My point is: o público sabe diferenciar uma boa adaptação de uma má e quando ela é boa, a recepção do público também é.
ps: Esqueci de comentar algo muito curioso que vem acontecendo há algum um tempo: roteiros de filmes, séries e até games originais viram livros. Alguns exemplos são "Garota Infernal", "Star Wars", "Halo", "Glee" e até "Homeland". O que acham disso? Eu não li nenhum então não posso dizer se são bons... alguém já leu?
Acabei minhas divagações sobre o assunto, mas o post não! hehe Fiz uma lista de 10 adaptações que estrearão nos cinemas em 2014 e que estão sendo muito aguardadas (pelo menos por mim hehe). Como o post ia ficar muito grande, a lista foi para outro post. Clique aqui para conferir!
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