A irlandesa Philomena Lee tem uma história incrível para contar. Ela manteve em segredo por quase 50 anos que seu filho Antony foi tomado de seus braços por freiras do convento no qual residia e entregue para adoção. O fato aconteceu após seus pais a rejeitarem quando souberam que ela teve uma aventura amorosa e engravidou ainda adolescente. Esta história veio a público após o lançamento do livro ''The Lost Child of Philomena Lee'' de Martin Sixsmith. Jornalista que ajudou a pobre senhora na procura por seu filho. O livro foi adaptado em 2013 para a telona e chega aos cinemas nacionais nesta sexta (14).
O longa é distribuído pela Paris filmes e traz duas pessoas de mundos completamente diferentes, o jornalista Martin, vivido por Steve Coogan e uma senhora chamada Philomena, interpretada pela fenomenal Judi Dench. Juntos eles vão sair em busca por respostas dos acontecimentos do passado. Onde estará o filho de Philomena, Antony? Estará vivo e saudável? se recordará de sua mãe biológica? Bem, o escritor encontra com Philomena após conhecer sua filha e a mesma o relatar sobre o ocorrido com sua mãe. Ele está passando por alguns momentos turbulentos em sua vida, mas decide escrever sobre a história para mudar os rumos de sua carreira. Com alguns contatos que possui consegue achar uma agência para financiar a jornada e publicar a história.
Martin inicia o processo de busca desde o convento onde Philomena era mantida presa e não podia ser mãe ''full time'' do pequeno Antony, mas claro as freiras não ajudam em nada. Contudo, ao perambularem pela cidade descobrem que crianças foram entregues a casais americanos ricos na época em que Antony foi levado e que ele pode ser uma delas. Com a influência do jornalista eles acabam conseguindo várias pistas no Estados Unidos sobre o paradeiro do agora crescido filho de Philomena. Uma delas é que Antony tinha ganho o nome de Michael ao ser adotado e que levara uma vida de status nos Estados Unidos. A partir dai, Philomena começa a conhecer um pouco da vida de seu filho perdido e suas memórias do que aconteceu ganham cada vez mais força. O desfecho dessa tocante história é de deixar qualquer um mega emocionado e até revoltado com as atitudes dos membros dessa instituição chamada igreja.
E de fato um dos pontos positivos da película é que ela coloca em cheque tanto o ateísmo quanto a religião católica, pois a personagem de Philomena consegue demonstrar que a instituição e seus atos infundamentados e cruéis, não conseguiram diminuir sua fé e sua força. Por outro lado, Martin faz o papel de juiz e justiceiro da história, mas as questões são mais delicadas do que ele sequer possa imaginar.
O filme foi indicado a quatro categorias no Oscar de 2014. Melhor filme do ano, melhor atriz, melhor roteiro adaptado e melhor trilha original. Apesar de ser um drama, tem aquele bom humor inglês que fica a cargo do personagem de Steve Coogan. A brilhante performance de Judi Dench como essa senhora bondosa e de vida sofrida eleva o filme a nivel ouro. A trilha sonora perspicaz e suave de Alexandre Desplat dá também o tom certo no decorrer do longa. A direção é de Stephen Frears (A Rainha) e o roteiro é do próprio Steve Coogan em colaboração com Jeff Pope.
Definitivamente, Philomena é um filme para quem gosta das produções britânicas e está a fim de se emocionar.
Ficha Técnica: Philomena. Ano de produção: 2013. Direção de Stephen Frears. Roteiro: Steve Coogan e Jeff Pope. Com Judi Dench, Steve Coogan, Sophie Kennedy Clark, Mare Winningham, Peter Hermamm, Anna Maxwell Martin, Michelle Fairley. Gênero: Drama. Nacionalidade: Reino Unido, França, EUA. Distribuidora: Paris Filmes. 1h38min
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#Fikdik :14 de Fevereiro nos cinemas!!!
See Ya
B-
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