quarta-feira, 15 de abril de 2015

Chappie



Nesta quinta-feira, o diretor e roteirista Neil Blomkamp volta ao olho público com a estreia de mais um longa de ficção cientifica. O projeto, com cara e corpo de blockbuster, CHAPPIE. O filme mostra como a Africa do Sul tirou seus policiais das ruas para creditar a segurança nas mãos da Inteligência Artificial de robôs criados pelo engenheiro Deon Wilson, vivido pelo ator Dev Patel de Quem Quer Ser um Milionário?. Participam também da produção os atores Hugh Jackman, Sharlto Copley e Sigourney Weaver. 

Em um futuro próximo, o engenheiro Deon Wilson (Patel) cria um projeto de Inteligência Artificial robótica para atender o policiamento na região da Africa do Sul. Com o sucesso do programa, ele apresenta a sua então chefe, Michelle Bradley (Sigourney Weaver), um sistema de consciência, sem custo adicional, que vinha elaborando para implantar nos robôs, no entanto, interessada somente no sucesso do primeiro projeto, ela o orienta a não continuar e se concentrar somente em estabilizar o trabalho já feito. Deon, insatisfeito com a negativa de sua superior, concebe o robô Chappie a partir de um maquinário antigo e sem futuro que possui consciência e sentimentos próprios, mas perde o controle do mesmo quando um grupo de gângsters sequestra o protótipo recém-nascido e decide adicioná-lo a família. 






















Sharlto Copley vem trabalhando com Neill desde quando este ainda produzia curtas. E a parceria entre os dois renderam ainda três longas. Em dois deles, Distrito 9 e agora Chappie, Sharlto interpreta o protagonista. Aqui o ator tem de captar a essência dos movimentos do robô e nos mostrar como uma máquina com corpo adulto representaria um bebê. Pois sua consciência, na verdade, está em fase de crescimento e, apesar de ter uma evolução célere, não tem maturidade alguma, o que o deixa suscetível a corrupção. Os efeitos especiais ajudam bastante nesta etapa e se mantem fiel ao que já foi utilizado pelo diretor anteriormente.

Dev Patel tem nas mãos um personagem até interessante, mas consegue modela-lo como um mágico que transforma fumaça em emoções artificiais. Entre os mafiosos estão Yolandi e Ninja, os atores e músicos, na vida real, usam seus nomes e visuais verdadeiros. Eles 'interpretam pais de primeira viagem' e tomam conta de Chappie da forma mais anormal possível. Ambos, são tão ou mais contraditórios que a situação toda e trazem uma atuação simplória. Em contraste a isto, o engenheiro e ex-policial Vicent Moore (um Hugh Jackman  chato e de mullet), começa a perseguir Deon com inveja do sucesso do colega. Moore quer prejudicá-lo para conseguir que a ambiciosa Bradley (Weaver) ponha o seu robô parrudo e aterrorizante nas ruas, ao invés da versão econômica que Deon produziu e patentou.

Sinceramente, não vi o mesmo diretor que nos deu Distrito 9 em Chappie. Neill não salienta uma opinião coerente neste último trabalho. Mostra mais um blockbuster habitual das produções hollywoodianas. Os personagens são muito crus e contraditórios. Muito superficiais. Caem no clichê como a direção. Nem suas estranhezas os salvam.

Fotografia também não acrescenta. Revela o feio e o belo, contudo, prefere colorir o ambiente mais confuso que há no filme (o núcleo dos mafiosos). A trilha do famoso Hans Zimmer não consegue impor ritmo por causa da bagunça do contexto e este vacilo a prejudica.

Em suma, a trama cria muitas expectativas, tanto pelo seu trailer quanto pelos envolvidos na película, mas entrega uma confusão de temas mal explorados. Isto devido a condução do projeto tentar abordar tantos assuntos conturbados por um caminho tortuoso. Famoso por apontar as feridas das desigualdades sociais e do separatismo, Neill coloca em questão aqui a segurança nacional do futuro, o modo como a inteligência artificial pode ou não contribuir com isso, o papel dos mafiosos e suas famílias disfuncionais, a inveja do trabalho alheio e a ganância pessoal e das grandes corporações. Tal tentativa não seria tão falha se tivesse a oportunidade de mostrar menos exagero e contradição. Afinal, nas regras gerais da etiqueta ''o menos é sempre é mais''.


                                                                           Trailer


Ficha TécnicaChappie, 2015. Direção: Neill Blomkamp. Roteiro:  Neill Blomkamp e Terry Tatchell.  Elenco: Hugh Jackman, Sharlto Copley, Sigourney Weaver, Dev Patel, Ninja,  Yo-Landi Visser, Jose Pablo Cantillo.  Trilha Sonora: Hans Zimmer. Fotografia: Trent Opaloch . Nacionalidade: EUA, México. Gênero: Ação, Sci-Fi, Policial. Distribuidora: Sony Pictures. Duração: 1h54min

Avaliação: Dois pulos de insatisfação.

CHAPPIE entra em cartaz amanhã, 16 de abril!



See Ya-
B.


De Paul Thomas Anderson: Vício Inerente


Com uma filmografia invejável e uma autoconfiança inquestionável, o diretor Paul Thomas Anderson traz ao público seu mais novo longa. A película excêntrica 'Vicio Inerente'. Ela conta com a participação dos atores Joaquin Phoenix, Katherine Waterston, Josh Brolin, Reese Witherspoon, Owen Wilson e muitos outros. A trama é uma adaptação do livro homônimo do escritor pós moderno Thomas Pynchon e mostra as confusões que um detetive particular se mete para achar a ex-namorada desaparecida e o bilionário com quem ela estava se relacionando.

O ótimo Joaquin Phoenix interpreta o protagonista da trama, Doc Portello. Um detetive hippie dos anos 60 que tem um modo peculiar de levar a vida e parece não ter esquecido a ex, a beldade Shasta Fay (Katherine Waterston), principalmente, quando ela aparece em sua porta pedindo por ajuda e depois some misteriosamente. A moça aparenta estar envolvida em uma conspiração para extorquir o atual namorado, o bilionário Michael Z. Wolfmann (Eric Roberts). Doc sai em busca de pistas e acaba atraindo para si um leque de confusões e gente muito louca começa a persegui-lo. Ele, na verdade, é um detetive bem zuado pela polícia local, mas tem seu valor. Isto se nota pela irritação constante que o mesmo causa no chefe do departamento de policia BigFoot (Josh Brolin). Mas o que Doc Portello nem sonha,  é que além de salvar Sasha, ainda terá que dar um jeito para que o agente Coy Harlingen (Owen Wilson) consiga fugir de um disfarce, que o aprisiona há muitos anos, e volte para o aconchego de sua esposa (Jena Malone). 


Vicio Inerente marca a continuação da parceria entre Paul Thomas Anderson e Joaquin Phoenix. Previamente a dupla trabalhou no longa 'O Mestre (2012)', mas o que aquele tinha de sério e complexo este aqui tem de cômico e psicodélico. O filme é realmente muito hilário e cheio de deboche.  Muito por causa de Phoenix que está divertidíssimo. O elenco é grandioso e faz um ótimo trabalho. Reese Witherspoon atua ao lado de Phoenix pela segunda vez, mas seu papel é pequeno e atriz entra e sai de cena tão rápido quanto Benicio Del Toro que vive Sauncho Smilax. Josh Brolin está muuuuito irritante, mas não menos cativante. Katherine Waterston que vive Shasta, a ex de Portello, é daquelas figuras que você se apaixona de cara (ainda mais com o figurino lindão que ela veste). Owen Wilson, Martin Short, Jena Malone, Maya Rudolph e Hong Chau trazem muita comédia para o filme, mas cada um ao seu ''tempo''.

As criticas que sairam foram bem positivas e todos tem falado muito bem da produção. A Warner fez uma big promoção do filme - cada cartaz mais lindo que o outro. Além disto, a película tem grande destaque, pois tem uma ótima trilha sonora, grandes atores, enredo intrigante, linda fotografia e figurino adequado. Fora que a regência única de Anderson é sem palavras (sério). O enfoque dele a este personagem tão hilário que é Portello fica claro. As fragilidades, sacadas, ideais, confrontamento das questões da época, todas as conspirações, alucinações e loucuras que se pode imaginar. O diretor consegue dar ênfase em tudo isto e ainda deixar sua marca. Seu jeito de filmar com aproximação lenta é de extrema análise crítica e faz ótimas observações sobre o contexto.

O longa foi indicado em duas categorias ao Oscar deste ano, roteiro adaptado e figurino. Sua edição é longa e, para quem não conhece o trabalho do diretor, à primeira vista, pode soar inusitado, mas com um pouco de atenção, a perspicácia e o olhar que ele institui se tornam palpáveis. Portanto, não perca a oportunidade de conhecer esta obra de arte de Anderson e se deliciar com um cinema de conteúdo e reviravoltas extasiantes!

Trailer

Ficha Técnica. Título original e ano: Inherent Vice, 2014. Direção: Paul Thomas Anderson. Roteiro: Paul Thomas Anderson - Adaptado do livro de mesmo nome do autor Thomas Pyncheon. Elenco: Joaquin Phoenix, Katherine Waterston, Josh Brolin, Reese Witherspoon, Owen Wilson, Maya Rudolph, Jena Malone, Martin Short, Eric Roberts, Sasha Pieterse, Hong Chau Michael Kenneth Willianms. Trilha Sonora: Johnny Greenwood. Fotografia: Robert Elswit. Gênero: Policial, Drama, Comédia. Distribuidora: Warner Bros. Duração: 2h29min

Não recomendado para menores de 18 anos.

Verifique disponibilidade do filme nos cinemas próximos de sua cidade. (http://bit.ly/VicioInerenteProgramacao)

Visite também:
http://wwws.br.warnerbros.com/inherentvice/

See Ya!
B-

terça-feira, 7 de abril de 2015

Cada Um Na Sua Casa (3D)


Esta semana chega aos cinemas a adorável e divertida animação ''Cada Um Na Sua Casa''. As dublagens do áudio original da produção foram feitas pela cantora Rihanna e pelo ator Jim Parsons, da série The Big Bang Theory. Na trama, eles interpretam, respectivamente, a adolescente 'Tip' e o alien fofurete 'Oh'. Baseado no livro ''The True Meaning of Smekday'', do escritor Adam Rex, a película ganha as telas com a premissa de inserir e contextualizar os diversos gêneros existentes no mundo, além de dar a criançada um ótimo divertimento.

Com roteiro da dupla Tom J. Astle e Matt Ember, ''Home'', nome em inglês do título, conta como o planeta terra é invadido por seres extra-terrestres chamados Boovs. Eles vem em busca de uma nova casa e já chegam causando dado que levam os seres humanos para um lugar isolado onde vivam sem o entendimento do ocorrido, da causa e dos causadores. É visível que tal ação é tomada muito mais por medo do desconhecido do que por vilania. Todavia, liderados pelo capitão Smek (Steve Martin na voz original), os Boov acabam também banindo Oh (Parsons) para viver afastados deles, em razão de suas trapalhadas e confusões. Só que quando o roxinho desastrado, por acaso, conhece a linda garota Tip (Rihanna), eles iniciam uma amizade que os levará ao redor do mundo para descobrir porque a garota foi deixada para trás e separada da mãe,  que é dublada pela atriz Jennifer Lopez. 



O filme é uma delícia. Visualmente ele é bem caprichado e tem uma trilha sonora muito vibrante. Os efeitos também são super notáveis e o 3D dá seu toque especial. A versão que vi foi a dublada, mas acredito que esteja bem fiel a legendada (que pretendo ver depois). A personagem de Rihanna parece mesmo ter sido escrita para ela, pois vem de Barbados como a popstar. Jim Parsons que interpreta Oh se sai otimamente bem, em vista da fofura e perspicácia do papel, mas o que emociona com vigor é a conexão que Oh  cria com Tip. A amizade entre eles é puro amor. Steve Martin ganhou um belo de um papel também. Seu capitão Smekday consegue oscilar tons de comédia, maldade, covardia e excentricidade. Hiper a cara de Martin! Jennifer Lopez, que dubla a mãe de Tip, tem poucas cenas, mas são suficientes para dizer que ela curtiu participar do projeto e foi bem na parte que lhe coube.

A direção de Tim Johnson (Como Treinar Seu Dragão) agrada muito e consegue ultrapassar alguns tons negativos do roteiro como o fato de os Boovs serem invasores e não considerarem a vida e o ambiente daqueles que vivem no lugar antes deles chegarem ali. E algo realmente legal e positivo do filme é a diversidade dos personagens. Crianças negras, brancas, mulatas, latinas. Todas tem sua vez. Não há como não se identificar, pois são todas tão lindas e reais que rola reconhecimento no ato. Inclusive, algumas crianças têm postado fotos na rede (próximas a imagem de Tip) dando a entender que elas se identificam com o que vêem. Isto revela muito da importância das representações artísticas. Até porquê as crianças são seres muito sagazes (nem preciso explicitar isto), mas enfim, se reconhecer em algo é sempre objeto de comparação e pode as dar noção de que elas fazem parte de nações distintas, porém que não devem ser excluídas por isto. Diferente do que acontece em alguns filmes com princesas loiras e esbeltas que passam a trama em busca de um príncipe encantado. Aqui Tip luta pelo seu lar, viaja,  faz amigos, se diverte e ainda conhece um alien fofura que muda de cor e sabe dançar.

Em suma, o desenvolvimento do enredo toma um rumo muito apropriado e deve agradar o público em geral, mesmo que cause desconforto em uma ou outra cena que acontece ali. O importante é que não há prejuízo a proposta do projeto.

Trailer

Ficha Técnica: Home, 2015. Direção: Tim Johnson. Roteiro: Tom J. Astle e Matt Ember, baseado no livro ''The True Meaning of Smekday'' de Adam Rex. Elenco: Rihanna, Jennifer Lopez, Jim Parsons, Steve Martin e Brian Stepanek. Gênero: Animação, comédia e aventura. Nacionalidade: EUA. Distribuidora: Fox Filmes. Duração: 1h34min.

O filme tem estréia marcada para esta quinta-feira (09), mas tem rolado pré-estreias em vários cinemas do Brasil! É diversão garantida e, com certeza, é daquelas animações que muitos adultos também vão adorar.


See Ya.
B-

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Velozes e Furiosos 7 (3D)


A série de filmes ''Velozes e Furiosos'', criada pelo roteirista Gary Scott Thompson, teve seu inicio lá em 2001. Desde então, se tornou uma das franquias mais rentáveis dos últimos anos, chegando ao seu sétimo longa metragem e com promessas de mais outros. Este aqui, que tinha lançamento previsto para julho de 2014, foi postergado para abril deste ano devido a precoce morte de um dos protagonistas, o ator Paul Walker. Falecido em novembro de 2013, ironicamente em um acidente de carro, Paul completou 85% das filmagens e o restante das cenas foram feitas por dublês que tiveram seu rosto repaginado, dois deles irmãos do artista.

Nos filmes, Paul interpretava o ex-policial Brian O'Conner, parceiro de corrida e cunhado de Dominic Toretto, personagem vivido pelo ator Vin Diesel. Juntos eles montaram uma equipe que  durante a composição de cada continuação mostrou-se bem heterogênea. Da mesma forma, os cenários da trama foram os mais distintos possíveis. O Brasil, inclusive, foi palco dos acontecimentos do quinto longa que até foi subtitulado de ''Operação Rio''. Entretanto, em alguns dos filmes, os personagens de Walker e Diesel deixaram de aparecer e deram espaço para outras histórias. Como foi o caso de '+ Velozes e + Furiosos', no qual Diesel não participa, e também 'Velozes e Furiosos - Desafio em Tókio', onde Walker não é incluso no enredo.

Em sua sétima apresentação, a série dá sequência aos acontecimentos de seu antecessor e traz a adição dos atores Kurt Russel, Djimon Hounsou e Jason Statham, além da direção do visionário James Wan (Invocação do Mal).


Após retornarem para os Estados Unidos, a turma de pilotos tem a chance de recomeçar a vida. Brian (Paul Walker) e Mia (Jordana Brewster) tentam restabelecer sua vida com o pequeno Jack, filho do casal. Já Toretto (Vin Diesel) e Letty (Michelle Rodriguez) buscam um meio de fazer a moça se recordar de seu tempo juntos. Contudo, não demora muito e o passado vem à tona recobrá-los da passagem da trupe por Londres (UK), onde derrotaram o criminoso Owen Shaw (Luke Evans).

O irmão mais velho de Shaw, Deckard (Jason Statham), inicia uma perseguição letal à todos da equipe para se vingar e atrapalhar seus planos. Roman (Tyrese Gibson ) e Tej (Ludacris) retornam então ao convívio dos amigos para defenderem sua sobrevivência e Toretto e O'Conner  garantem a ajuda do oficial Hobbs (Dwayne Johnson) e do poderoso Mr. Nobody (Kurt Russel).

''Velozes e Furiosos'' é uma série permeada de altos e baixos, mas como um todo, consegue atingir o grande público e a sua proposta é esta. Confesso que tenho grande admiração pelo primeiro longa e vi o restante somente para acompanhar, mas que não tenho extenso amor pela franquia.

Desde o primeiro, a produção adora brincar com a surrealidade do poder que os carros tunados possuem. Não é atoa que cultua os mais clássicos deles, um exemplo disto, é o Dodge Charger preto que Diesel dirige e quase sempre dá um jeito de aparecer na trama. Já Walker sempre escolhe correr com um veículo mais moderno, seja um Porsche GT ou ainda um Mitsubichi Eclipse. (kd meu patrocínio? hahahaha)

Assim, nesta sétima sequencia, se percebe que o enredo conseguiu cumprir uma tarefa importante: ligar a narrativa de todos os filmes. Tirando as dúvidas sobressalentes da existência de um ou outro personagem que não deveria ter prosseguido nos desdobramentos da história. Fora isto, o desenrolar do longa é repleto de cenas de ação surreais e inimagináveis que somente essa galera poderia elaborar. Os efeitos especiais são realmente um ponto mega positivo e o 3D, mesmo convertido, consegue captar isto.

A trilha sonora e a fotografia, ainda assim, não inovam, pois mantém o estilo seguido nas produções anteriores. O elenco está ainda mais confortável, afinal são anos vivendo estes papeis. A adição de Kurt Russel, Djimon Hounsou e Jason Statham foram boas escolhas já que eles estão acostumados com o ritmo do gênero. Dwayne Johnson, que vive Hobbs, sinceramente, tem os diálogos mais toscos e geniais do filme. Sério! É de rir alto com as cenas dele. Até porque o filme tem a premissa de divertir mesmo. Tyrese Gibson que interpreta Roman, novamente tem um destaque cômico, mas em alguns momentos segue a previsibilidade e fica chato. Ah, e tem um leve cameo da rapper Iggy Azalea! Um ponto alto da direção de James Wan são as viradas de câmera que ele decidiu usar, pois elas deram muito certo nas cenas de luta. Incrível! Até parece que você está girando junto com os atores.
Paul Walker e os irmãos Cody e Caleb Walker 
Não se preocupem mesmo com as cenas que não foram feitas por Paul Walker, pois são poucas e mesmo que fique visível que não seja ele ali, o seu personagem tomou um rumo digno. Aliás, a homenagem que fizeram à ele no fim é extremamente bonita, emocionante e intrinsecamente conectada a filosofia de vida dos protagonistas. Afinal, eles pregam em alto e bom som  por todo o filme que ''eles são mais que amigos, são uma família''.
Montagem do rosto de Paul no corpo de um dos irmãos.
Por fim, vale dizer, que a serie tem sua validade, pois entretêm. Mas nem por isso deixa de ter uma enxurrada de surrealidades, diálogos próprios dos filmes de ação, romances chatinhos, mulheres desnudas, festas e mais festas, além de muitas explosões e cenas de luta.
Trailer

Ficha Técnica: Furious 7, 2015. Direção: James Wan. Roteiro: Chris Morgan e Gary Scott Thompson. Elenco: Vin Diesel, Paul Walker, Jordana Brewster, Tyrese Gibson, Ludacris, Jason Statham, Dwayne ''The Rock'' Johnson, Kurt Russel, Iggy Azalea, Michelle Rodriguez, Lucas Black, Nathalie Emmanuel, Elsa Pataky, Gal Gadot, Sung Kang, Djimon Hounsou, Luke Evans. Distruibuidora: Universal Pictures Brasil. Gênero: Ação. Duração: 2h20min
O longa estréia amanhã em cópias 2D e 3D, mas fiquem atentos que haverá, em diversas capitais, os eventos de pré-estreia hoje à noite.

2 de Abril nos Cinemas!

In memorian à Paul Walker!

See Ya!
B-


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O Ano Mais Violento


Sombrio, corajoso e corrupto ''O Ano Mais Violento'', em suas longas duas horas e cinco minutos de duração, traz às telas a Nova York decadente dos anos 80 onde pequenos e grandes empresários, do ramo petrolífero, defendiam seus negócios com pulso firme em busca de se manter no mercado. A produção tem direção e roteiro de J. C. Chandor (Margin Call - O Dia Antes do Fim) e conta com Jessica Chastain e Oscar Isaac como protagonistas.

Isaac interpreta o imigrante Abel Morales, dono da Standard Heating Oil Co., uma empresa de médio porte que é administrada por ele e pela esposa Anna (Chastain). Abel gere seu negócio pessoalmente e controla desde a logística de vendas, marketing e seleção de pessoal até mesmo a resolução de imprevistos. O empresário só peca em um quesito: deixar o controle das finanças nas mãos de Anna. A mesma parece não ter sido muito honesta nos últimos anos. Mediante isto, a firma começa a sentir tal fator na pele, pois todo o caixa do negócio parece ter desparecido juntamente com o combustível que vem sendo roubado misteriosamente.

Abel também está enfrentando uma investigação meticulosa do Estado, em vista de ter sido acusado de desvios de divisas e fraudes adversas. Todavia, ele, seu advogado Andrew (Albert Brooks) e sua esposa tentarão de tudo para manter a empresa no jogo trazendo a superfície o auto questionamento das capacidades e moral que cada um aplicará para atingir tal finalidade.


O filme tem tom sombrio e escuro que se evidencia na própria fotografia e figurino, tendo como base a personagem de Chastain. A moça domina as cenas em roupas clássicas estilizadas pela grife Armani  nos anos 80. Na verdade, o figurino de todos tem um toque clássico e elegante os diferenciando de um nível de classe mais baixo. O papel de Isaac se alterna entre a afirmação e o questionamento de vários valores que os outros personagens não possuem, mas o próprio também deixa muitas dúvidas sobre sua honestidade.

O jogo e os jogadores tornam o ambiente um verdadeiro ninho de cobras e a todo momento um ataque inesperado acontece aos mais frágeis. Abel, sendo um deles, é quem corre de um lado para o outro para se equilibrar na corda. Até transações super arriscadas com famílias judias ele tem de fazer. E quando um funcionário leal o prejudica, por acidente, ele não vê saída a não ser fazer o que é certo.

O diretor consegue com maestria dar o tom perfeito da proposta do filme. Se mantém alinhado ao roteiro e coloca em perspectiva a moralidade e o caráter dos personagens. O elenco, como  conjunto, trabalha bem. Chastain, apesar de suas poucas cenas, tem seu destaque e Isaac surpreende. A trilha sonora alimenta o suspense do filme e segura a tensão em diversas ocasióes. Os componentes característicos à época são bem destacados e refletem, inclusive, como se dava o fator de submissão da mulher perante o homem religioso.

O longa, apesar de caminhar em circulo, pois começa e termina de forma semelhante, não prejudica o bom argumento do enredo, mas algo que talvez incomode seja a edição ampla que se tem. À medida que a película poderia ter sido melhor condensada dispensando um ou outro drama adjacente. No mais, é um filme para poucos, mas que tem uma ótima premissa.
Trailer

Ficha Técnica: A Most Violent Year, 2014. Direção e Roteiro: J.C. Chandor. Elenco: Jessica Chastain, Oscar Isaac, David Oyelowo, Albert Brooks. Distribuidor: Paris Filmes. Gênero: Drama, Suspense. Policial. Nacionalidade: EUA. Duração:2h5min 

Avaliação: fazendo malabares com 3 granadas e meia dinamite !


2 Abril nos Cinemas!

See Ya.

B-




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