quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

As Sufragistas


''Nunca se renda. Nunca desista de lutar''.
As mulheres lutaram muito, durante toda a história mundial, para terem um papel relevante na sociedade. A briga constante por direitos humanos e por mais representação no poder público é inegável e algo de extrema necessidade para o seu empoderamento. Afinal, além daquele espaço em que o fogão e a tábua de passar roupa se encontram, a mulher também pode e deve se encaixar em muitos outros. Nesta luta por representatividade, um dos movimentos mais cruciais em defesa dos direitos da mulher foi a luta pelo voto. No Brasil, essa vitória só chegou com o decreto de Vargas em 32, mas na Inglaterra mulheres já lutavam por seus direitos ao sufrágio em 1897 e tal poder só chegou a ser conquistado por volta de 1918. Mães, trabalhadoras, acadêmicas e mulheres da alta sociedade, todas se unirão por um único motivo: serem representadas e terem voz. Um pouco desta luta é mostrada no simbólico ''As Sufragistas'', que entra em cartaz nesta quinta-feira (24). O longa tem direção de Sarah Gravon, roteiro de Abi Morgan, produção de Teresa Moneo e Rose Garnett e conta com um baita elenco que tem como protagonista a excelente atriz Carey Mulligan (Educação), no papel de Maud Watts, e as ótimas participações de Helena Boham-Carter, Meryl Streep, Romola Garai, Anne-Marie Duff e Brendan Gleeson.


Sufragistas em dia de Protesto
Sinopse:
No início do século XX, após décadas de manifestações pacíficas, as mulheres ainda não possuem o direito de voto no Reino Unido. Um grupo militante decide coordenar atos de insubordinação, quebrando vidraças e explodindo caixas de correio, para chamar a atenção dos políticos locais à causa. Maud Watts (Carey Mulligan), sem formação política, descobre o movimento e passa a cooperar com as novas feministas. Ela enfrenta grande pressão da polícia e dos familiares para voltar ao lar e se sujeitar à opressão masculina, mas decide que o combate pela igualdade de direitos merece alguns sacrifícios.

O enredo é permeado de personagens fortes e audaciosas. Muitas delas inspiradas em mulheres reais do movimento, este que foi a grande causa da vida de muitas. Maud Watts, personagem de Mulligan, por exemplo, é baseada em trabalhadoras que se uniram por não aguentarem mais a exploração e assédio de seus patrões. Instigada pela colega Violet Miller (Anne-Marie Duff), Watts passa a se encontrar com o grupo e a conhecer mais o que estas senhoras pleiteiam. O que deixa seu marido (Ben Wishaw) intensamente insatisfeito, pois não tarda muito e a policia a prende junto com outras sufragistas. Durante os encontros, Watts conhece também a farmacêutica Edith Ellyn, vivida pela magnânima Helena Boham-Carter. Edith é casada com Hugh (Finbar Lynch), que é um grande apoiador da causa e de sua esposa. Ambos também tem grande responsabilidade pela proteção da líder desta marcha sem fim que é a Sra. Emmeline Pankhurst (Meryl Streep).


Pankhurst, uma das sufragistas mais famosas do movimento, costumava discursar para estas mulheres e as incentivarem a continuar lutando, mesmo com a perseguição desenfreada dos policiais. No longa, um destes perseguidores é o inspetor Arthur Steed (Brendan Gleeson) que está sempre no encalço delas. Alguns dos conselhos que esta líder propagava eram: agir com violência nos protestos - pois acreditava que esta era a única língua conhecida pelos homens - e também fazer greve de fome, principalmente, se elas estivessem presas. Emily Wilding Davinson, vivida por Natalie Press, foi uma destas sufragistas que seguiu a risca muitos destes conselhos, mas infelizmente ao participar de um ato de protesto, durante uma corrida de cavalos, sofreu um grave acidente e veio a óbito em 1913. Alguns tomaram como suicídio, mas muitos indicios dizem o contrário.

O parlamento inglês, como mostrado, fez destas mulheres gato e sapato. Permitia que elas tivessem espaço para relatarem seus desejos, mas no fim era apenas uma ilusão temporária. O que fez com que muitas continuassem se revoltando por melhores leis e mais representatividade - algo conquistado anos mais tarde, em 1918.


Meryl Streep como Emmeline Pankhurst e a própria.
As Sufragistas tem um enredo espetacular, para quem curte o gênero, que é bem delineado e reúne um elenco sublime. Há um química excelente por todo o filme e todas as atrizes conseguem trazer à tela dor, sofrimento e muita revolta. Mulligan tem chances nas próximas premiações tanto quanto Anne-Marie Duff e também Helena.

A condução de Gravon é de acordo com o que Morgan especifica no roteiro: mulheres que servem uma causa e que preferem ser rebeldes do que escravos. E ela tira isto muito bem das atrizes. O drama é bem dosado, mas pode te deixar sensível em algumas partes. A trilha sonora de Alexandre Desplat nos traz um tom digno e essencial para a grande batalha. A fotografia de Eduard Grau é puxada para tons mais sofridos e o figurino de Jane Petrie fundamenta isto muito bem. Além de ter a edição contida e precisa de Barney Pilling.

Como um todo, é um filme que merece público. Que é destinado a um certo público, mas que também pode ser visto por todo e qualquer público - exceto menores de 14 anos.


 Trailer


Ficha Técnica: Suffragette, 2015. Direção: Sarah Gravon. Roteiro: Abi Morgan. Elenco: Meryl Streep, Helena Boham-Carter, Carey Mulligan, Anne-Marie Duff, Geoff Bell, Grace Stotor, Romola Garai, Ben Wishaw, Brendan Gleeson, Adam Michael Dodd, Natalie Press, Finbar Lynch. Trilha Sonora: Alexandre Desplat. Figurino: Jane Petrie. Edição: Barney Pilling. Fotografia: Eduard Grau. Nacionalidade: Reino Unido. Gênero: Drama, Biografia, História. Distribuição: Universal Pictures. Duração: 0146min.

Para fechar, só queria lembrar que tivemos um ano repleto de grandes filmes e séries com mulheres à sua frente (Jessica Jones, Furiosa (mad Max), Rey (Star Wars), Super Girl) e isso deu muita força pela luta por igualdade de gêneros. Foi um grande passo, mas não foi uma grande vitória, pois as mulheres ainda lutam por muitas causas essenciais à sua vida. O ''Vote For Women'' do passado hoje é liderado pelo movimento de empoderamento da mulher e luta por diversos direitos desde o aborto seguro, a direto de usar a roupa que quiser ou ainda ao seu estabelecimento como trabalhadora competente que merece respeito e um salário digno.


 Avaliação: Quatro rebeldes cheias de garra para lutar! (4/5, ótimo)

24 de Dezembro, nos Cinemas!

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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Pegando Fogo, de John Wells


Tem algum tempo que a TV, em todos os lugares do mundo, aprendeu a mostrar receitas de uma forma mais alternativa e a investigar de outro aspecto o mundo dos chefs de restaurantes três estrelas. Dezenas de reality shows sobre cozinhas de hotéis, sobre confeiteiros famosos, sobre comidas de outros países ou ainda que mostram a guerra que é competir para ver quem se sai melhor no manejo do fogão, encheram a nossa telinha, nos últimos tempos. No cinema, esta imersão se deu através de filmes como a adorável animação Ratatouille, de 2007, e os apreciados longas Sem Reservas (2007),  Julie & Julia (2009) e também, o mais recente, Chef com Jon Favreau. Entra agora para este time seleto a película 'Pegando Fogo', uma narrativa ficcional que traz a tentativa ferrenha do chef de cozinha norte-americano Adam Jones, vivido pelo ator multifuncional Bradley Cooper, para conseguir requinte ao seu restaurante em Londres. Com direção de John Wells (Álbum de Família), o filme tem ainda em seu elenco: Emma Thompson, Uma Thurman, Sienna Miller, Omar Sy, Daniel Brühl e Matthew Rhys.

Sinopse:
O chefe de cozinha Adam Jones (Bradley Cooper) já foi um dos mais respeitados em Paris, mas o envolvimento com álcool e drogas fez com que sua carreira fosse ladeira abaixo. Após um período de isolamento em Nova Orleans, ele parte para Londres disposto a recomeçar a carreira e conquistar a sonhada terceira estrela no badalado guia Michelin de restaurantes. Para tanto, ele conta com a ajuda de Tony (Daniel Brühl), que gerencia um restaurante na capital britânica, e recruta uma equipe de velhos conhecidos que se completa com a entrada da novata Helene (Sienna Miller). 
 
Atingir a perfeição pode não ser tão fácil quanto se parece, mas eleva o nível de muitas coisas em nossas vidas. Inclusive, nosso ego. Adam Jones (Cooper), após ter obtido grande sucesso em um restaurante na França, vê sua vida mudar por completo exatamente por tal motivo. Se deixou levar pela arrogância e pela ciência de que sabia fazer os melhores pratos de Paris. Seu gênio forte e temperamental acaba o levando de volta a América só para fazê-lo repensar suas ações e então partir para Londres e refazer sua jornada. Lá encontra alguns ex-parceiros como Michel (Sy) e Tony (Brühl) e os convence em recomeçar um restaurante. Jones, por ser quem é, é aconselhado por Tony a ir procurar a Dra. Rosshilde, sua terapeuta, que talvez possa o fazer refletir sobre seus erros e vitórias e ajudá-lo a acalmar suas ânsias. Mas é sua persistência em continuar e também sua força que o fazem se focar com dedicação total à sua cozinha.






















O longa tem um andamento moderado, reviravoltas convincentes e personagens bem consolidados. Talvez um pouco caricatos, mas bem assertivos no que tem que fazer em tela. A participação de chefes reais de cozinha (e também a dedicação dos atores) trazem muita realidade ao ambiente e aprofundam com delicadeza certas viradas no enredo.

Bradley Cooper está bem em todas as línguas e seu tempero consegue pegar. Sienna Miller agrega muito e Daniel Brühl vive o amigo que todo mundo queria ter. Omar Sy, com toda sua simpatia, surpreende ao sair de cena vingstivo. Emma Thompson e toda sua elegância mostram um charme digno das senhoras londrinas e Uma Thurman é um plus com sua pequena participação.

Em suma, roteiro e direção são bem alinhados e não inovam, mas emplacam drama e comédia em boas doses. Trilha Sonora, fotografia, edição e figurino fazem também um trabalho moderado e deixam que a história se leve sozinha sem muitos retoques ou maquiagenm.

Vale investir e sentir aquele gosto bom do requinte londrinho e também da loucura demasiada dos chefes perfeccionistas.


O longa recebeu consultoria dos chefes Gordon Ramsay, Mario Batali, Marcus Wareing e Marco Pierre White e alguns deles deram treinamento aos atores bem como estão em cena para ajudar nas confecções dos pratos. Quem recebeu a tarefa de treinar Cooper foi o excêntrico e genioso Ramsay. O chef é famoso por seus reality shows em todo o mundo. Se gostarem desse estilo de programa, provavelmente, já devem o ter visto em ''Hotel Hell'', Hell's Kitchen ou ainda o Masterchef dos Estados Unidos.
Ficha Técnica. Titulo original e ano: Burnt, 2015. Direção: John Wells. Roteiro: Steven Knight e Michael Kalesniko. Elenco: Bradley Cooper, Sienna Miller, Uma Thurman, Emma Thompson, Matthew Rhys, Alicia Vikander, Daniel Brühl. Gênero: Drama, Comédia. Nacionalidade: Eua. Distribuidora: Paris Filmes. Duração: 01h42min.

Trailer


Avaliação: Três ostras levemente temperadas! (3/5) Bom

Divertido, moderado e com um elenco sublime, Pegando Fogo entra em cartaz em 10 de Dezembro, nos Cinemas!


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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

O Natal dos Coopers


Com direção de Jessie Nelson (Uma Lição de Amor) e roteiro de Steven Rogers (Lado a Lado), O Natal dos Coopers, é daqueles filmes que chega na temporada certa para agradar a quem gosta do estilo. Com um elenco recheado de atores renomados e um enredo peculiar, a tentativa é morna, mas não deixa de ter boas cenas de comédia.

Sinopse
A família Cooper se reúne todos os anos para celebrar a magia do natal. Desta vez, em especial, Charlotte (Diane Keaton) e Sam (John Goodman), esperam que a filha Eleanor (Olivia Wilde) traga um convidado e, felizmente. ela traz o seu 'noivo' Joe (Jake Lucy). O filho mais velho do casal, Hank (Ed Helms) também se junta a família com os filhos Madison (Blake Baumgartner), Bo (Maxwell Simkins) e Charlie (Timothée Chalamet) e logo mais Bucky (Alan Arkin) pai de Charlotte e da sempre atrasada Emma (Marisa Tomei) também chegam. Bucky ainda traz a sua preciosa amiga Ruby (Amanda Seyfriend). Mas as confusões, surpresas e chegadas inesperadas fazem da noite uma verdadeira bagunça, testando o espírito familiar de cada um deles.
Permeado de diálogos sobre relacionamentos, vida, trabalho, amor, natal, amizade, ''O Natal dos Coopers'' mostra uma família parecida com a de muita gente. Crianças fofas, brigas familiares, tia engraçadas e um cachorro que adora comer tudo o que vê pela frente. Ah, e a propósito, o cachorro é quem narra a história - com a ajuda da carismática voz do ator e comediante Steve Martin. Tudo o que vemos (ou quase tudo), tem a adição de suas reflexões.


O elenco magnânimo dribla superficialidades, mas não consegue fugir da presença de alguns clichês, a  mãe controladora, o pai legal, a filha autossuficiente que não consegue se relacionar e etc. A tal mágica do Natal, pouco se vê. Ou vê-se em alguns momentos. Por exemplo, quando Sam e Charlotte começam a se ver mais de perto e sentem novamente seu amor de antigamente, ali caem se as cortinas estendidas no primeiro ato e revela-se que a família é o que importa para eles. Seu filho Hank, já descontente dos acontecimentos recentes, fica agradecido por estar perto dos filhos e também de uma nova amiga. O velho Bucky, ao dar um susto em todos, une mais ainda o clã. E Emma leva um bom conselho para casa do policial Williams (Anthony Mackie).

A direção de Jessie (que já trabalhou como roteirista em outros filmes e foi parceira de Steven naquela área), mostra confiança, todavia, é monótona e simples. Ela, que tem em sua filmografia o belíssimo 'Uma Lição de Amor', não conduz este com ritmo e perde o foco em alguns momentos. Aliás, o filme cria contextos para algumas cenas e depois se esvai. Talvez o roteiro tenha culpa, mas ele até se valida com um ou outro bom diálogo e as boas pitadas de comédia.



Enfim, a película, não consegue acalantar muito bem o coração de alguém passando o natal em um frio de -13 e perde para muitos de seu gênero.

Ficha Técnica: Love The Coopers, 2015. Direção: Jessie Nelson. Roteiro: Steven Rogers. Elenco: Diane Keaton, John Goodman, Anthony Mackie, Marisa Tomei, Olivia Wilde, Ed Helms, Jake Lucy, Alan Arkis, Amanda Seyfried. Gênero: Comédia. Distribuidor: Paris Filmes. Duração: 01h47min.


Trailer


Avaliação: Dois Papais Noéis robustos e meio saco de presente! (2,5/5)


HOJE NOS CINEMAS!

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À Beira Mar



Em 'Sr. e Sra Smith', de 2005, Angelina Jolie e Brad Pitt passaram horas e horas em uma longa e divertida sessão de terapia, nas cenas iniciais e finais da película. Dez anos mais tarde, o casal volta às telas, mas não em um formato tão bobinho e engraçado. Em 'À Beira Mar', longa distribuído pela Universal Pictures, a dupla interage de forma dramática e tenta superar uma crise matrimonial de forma muito mais terapêutica do que em seu primeiro contato. Jolie, que pela primeira vez assina Angelina Jolie Pitt, é também a roteirista e condutora do longa que traz ainda a estonteante Mélanie Laurent (Truque de Mestre), Melvil Poupaud e Niels Arestrup, no elenco.

Sinopse:Vanessa (Angelina Jolie Pitt), uma ex-bailarina e Roland (Brad Pitt), um escritor, vivem uma crise no casamento. Em viagem pela França se hospedam em um resort litorâneo e, após trocas de experiências com funcionários do hotel e os turistas Lea (Melanie Laurent) e François (Melvil Poupaud), tentam se acertar.

Traumas pessoais permeiam o enredo do filme como o seu principal conceito. A perda de um filho, de um amor, da alma, de uma carreira. Uma vida que antes era repleta de vivacidade agora tem sua vista perdida no além. Vanessa (Jolie) e Roland (Pitt), visivelmente se amam, mas se encontram distantes pela necessidade de um e pelo ócio criativo do outro. Abalados por algo que se revela com muita demora, o casal tenta se recuperar de um jeito intrigante. Hospedados em um hotel, na França, eles iniciam uma amizade com os recém-casados Lea (Laurente) e François (Poupaud), seus vizinhos de quarto e acabam olhando demais as vidas uns dos outros. Logo ali perto, o atencioso bartender Michel passa a vida a contar suas dores e felicidades aos turistas, inclusive, à Roland. Que para se encher de inspiração, não se nega um bom e aceso copo de bebida.


Há muita solidez na escrita de Jolie e em sua terceira tentativa como diretora, é visivel como sua percepção está mais branda. Contudo, não há, em suma, uma boa edição do drama. Alonga-se uma dor excruciante ao invés de se mostrar mais curativos, mais reflexão. Porém, o enredo é elegante, intimista e tem um tom europeu muito bem aplicado.

A química do elenco retrata cenas muito belas e melancólicas. O casal Jolie-Pitt se mostra maduro e comovente. Se por um lado, a personagem de Jolie alivia seus traumas em um 'prototipo' que faz de seu próprio marido. Ela também mostra sua fragilidade e sua própria culpa. Já ele se mantêm afastado e se achega quando acha cabível. Também se aproveita do momento de observador para se inspirar e dar vida ao papel sem história de sua máquina de escrever. Laurent joga seu charme e se sai sutil juntamente com Poupaud e Arestrup é quase o psicólogo de Pitt com suas reflexões de vida.

O não esquecimento de que a trama se passa em um país de idioma diferente do americano se faz valer. E os diálogos são cativantes naquela lingua.

O visual de uma França setentista e o figurino do elenco representam um bom gosto afinado e a trilha sonora constrói o seu próprio ritmo.












Não é um filme para qualquer público e há um jogo proposital de detalhes cinematográficos que podem o fazer parecer ruim. Mas analisando com cautela, a película se finaliza com uma reflexão singela.
Ficha Técnica: By The Sea, 2015. Direção e Roteito: Angelina Jolie Pitt. Elenco: Brad Pitt, Mélanie Laurent, Angelina Jolie Pitt, Melvil Poupaud, Niels Arestrup, Richard Bohringer. Fotografia: Christian Berger. Trilha Sonora Original: Gabriel Yared Edição: Martin Pensa e Patricia Rommel. Gênero: Drama. Nacionalidade: Eua. Distribuidor: Universal Pictures. Duração: 2h12min.
Trailer


Avaliação: Três olhares instintivamente profundos e complexados.  (3/5 Bom)

03 de Dezembro, Nos Cinemas!

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

O Presente


Joel Edgerton é roteirista, diretor e um dos protagonistas do longa 'O Presente', suspense interessante que chega aos cinemas esta semana. O australiano boa pinta, que talvez você tenha ouvido falar e com certeza já viu alguns de seus filmes, possui uma filmografia que se destaca. Ele esteve em cartaz, semanas atrás, no excelente "Aliança do Crime'' com Johnny Depp. Em 2013, participou do remake de 'O Grande Gatsby' e também atuou em 'Guerreiro' ao lado do sempre ótimo Tom Hardy. Recentemente, Joel aparece listado entre os atores 'Time A' de Hollywood pela revista The Hollywood Reporter, onde revela um pouco de suas artimanhas no showbiz. Seu primeiro trabalho como condutor de uma película foi tão bem recebido lá fora que arrecadou seu orçamento de produção e muitos outros milhões.
Sinopse:
Simon (Jason Bateman) e Robyn (Rebecca Hall) casaram há pouco tempo e estão muito felizes até o dia em que ele reencontra Gordo (Joel Edgerton), um colega de escola. Um segredo do passado dos dois vem à tona e Robyn se sente cada vez mais insegura perto do companheiro.

'O Presente' é misterioso em todo o seu caminhar e entrega, aos poucos, detalhes do passado de Simon (Bateman). Ele que outrora fora um aluno super popular na escola e agora leva uma vida cheia de responsabilidades ao lado da esposa, vivida pela majestosa Rebeca Hall. O reencontro de Simon com Gordo (Joel Edgerton), o antigo colega de escola, soa um tanto quanto estranho. E quando este começa a visitar o amigo e sua esposa, diariamente, pulgas começam a pular atrás da orelha do espectador. Há uma concepção pesada, até mais ou menos metade do filme, de que Simon tenha bom caráter e Gordo não. Contudo, em certo ponto do longa, uma reviravolta bem estruturada nos faz ver a situação e os personagens com outros olhos.



O enredo é realmente hiper, mega, blaster surpreendente. O fator principal disto se deve a como 'o emprego equivocado de uma idéia', na mente de alguém, pode levar o futuro de outrem a ser totalmente diferente do que se esperava. E o longa consegue transmitir uma ótima concepção do que pode ser uma 'troca de papeis'. Onde em um plano você é o causador de uma ação e no outro você sofre com a ação de outro participante do jogo. Talvez até caia no jogo da vingança, mas a mensagem do filme se mostra mais complexa e contundente que isto.

A construção dos três personagens principais é muito bem feita. E ambos os atores entregam boas performances. Bateman, inclusive, sai da comédia e joga bem neste cenário mais dramático. Edgerton te faz sentir calafrios (e muitos outros sentimentos) e Rebeca. Bem, é sempre bom vê-la atuando, pois ela se doa de forma inigualável.

A condução de Edgerton debuta ângulos intimos e dosa bem o ritmo do suspense. Seus espaços são bem aproveitados e percebe-se que os personagens de Bateman e Hall estão ali para reagirem ao seu toque de caos. Aliás, relatam por ai que ele filmou todas suas cenas primeiro para que pudesse então colocar os outros atores no ponto focal certo. E a tática parece ter funcionado.

Trilha Sonora, fotografia, montagem e edição completam o pacote e fecham o placar do jogo muito bem. 



Ficha Técnica: The Gift, 2015. Roteiro e Direção: Joel Edgerton. Elenco: Jason Bateman, Rebeca Hall, Joel Edgerton, Busy Philipps. Fotografia: Eduard Grau.Trilha Sonora Original: Danny Bensi e Saunder Jurriaans. Edição: Luke  Doolan. Gênero: Drama, Suspense. Nacionalidade: EUA. Distribuidor: Playarte Pictures. Duração: 01h48min.
Trailer



Avaliação: Três caras de surpresa e meio grupo de pessoas traumatizadas. (3,5/5 - Bom)


03 de Dezembro, nos cinemas!


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Tudo Que Aprendemos Juntos

 
Com cara e coração de filme comovente, 'Tudo Que Aprendemos Juntos', embarca o espectador na vida do músico Laerte. Um violinista dedicado que se sente pressionado a mudar de vida, pois quer se tornar um musicista de uma orquestra de renome, mas não quer sentir culpa por deixar seus alunos para trás vivendo uma realidade sem controle.Interpretado por Lázaro Ramos, o protagonista do longa de Sérgio Machado, imprime o lado egocêntrico e fraternal de todos nós e revive o desejo mundial por um futuro melhor para as crianças. O drama entra em cartaz nesta quinta-feira (03).

Sinopse:
Laerte (Lázaro Ramos) é um violinista que, após não passar em um teste para a OSESP, vai dar aulas em uma favela na periferia de São Paulo. Lá descobre um garoto com talento excepcional e por meio da música o incentiva a abandonar as más companhias e o trafico de drogas para redirecionar as escolhas de para sua vida.


O longa faz um retrato real, mas também ficcional das origens da Sinfônica de Higienópolis. E traz por meio da música um modo consistente de se educar jovens e crianças com dignidade.

Ali tem-se amostra dramas pessoais, pobreza, tráfico de drogas, gangues e violência. Temas que se detalham com congruência e descomplicam qualquer campo de visão turvo dos problemas reais de uma comunidade pobre.

Tragédias são vivenciadas na pele dos adolescentes e trazem reviravoltas inesperadas para quem não conhece muito da história do grupo.  Suas exposições são claras e confronta uma realidade perfeita, vivida fora dali. Muitos deles tem de levar a vida como dá, mas acham um jeito de fazer isto com a música e o personagem de Lázaro os conduz medianamente para isto. Já que ele próprio tem seus medos e aflições.

Há, como um todo, na verdade, várias histórias em uma só. E esta junção torna o desenvolvimento do longa simples, mas nem por isto menos convincente. 


Mesmo com um elenco basicamente de atores juvenis e muito inexperientes, dá para sentir força real do filme. Lázaro, Fernanda, Hermes (você vai reconhecer a voz dele na hora) e Sandra consolidam o grupo que ainda tem o rapper Criolo fazendo uma participação como um poderoso chefe do morro.

O diretor que esquece de sua jornada e escolhe traçar uma caminho mais natural, não faz feio. Mas não se mostra tão potente como em 'Cidade Baixa' ou 'Abril Despedaçado'.

A trilha sonora perambula pelo filme como um personagem a parte e envolve o telespectador com força e beleza. Os sons das orquestras, quando bem repassados, fazem bem e trazem o bem de um projeto maravilhoso.
Ficha Técnica: Tudo que Aprendemos Juntos, 2014. Direção: Sérgio Machado. Roteiristas: Maria Adelaide Amaral, Sérgio Machado, Marta Nehring e Marcelo Gomes. Elenco: Lázaro Ramos, Fernanda de Freitas, Criolo, Graça de Andrade, Sandra Coverloni, Hermes Baroli, Thogun Teixeira. Gênero: Drama. Nacionalidade: Brasil. Distribuidor: Fox Filmes. Duração: 01h40min.

Trailer



Avaliação Três violinos stradivarius afinados na rusticidade da favela. ( 3/5, Bom)

03 de Dezembro, nos Cinemas!

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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Chico - Artista Brasileiro


Ouvi por ai que Chico Buarque não tem relevância para a música atual feita no Brasil. Nunca fui fã dele (nem mesmo na literatura), mas não me assustei com a afirmação extremista do jovem que me falara tal frase, pois muita gente realmente pensa assim. Nesta quinta-feira (26), este artista ignorado por tantos e amado por tantos outros ganha uma retratação intimista no documentário de Miguel Faria Jr. 'Chico - Artista Brasileiro'. Conduzido como uma mistura de documentário e com cara de 'especial feito para tv' - algo que não o desmerece em nenhum segundo - o filme, falando agora de jovem para jovens, agrada e traz um Chico tão ou ainda mais simpático que o comum.

Sinopse
O longa-metragem traz uma apresentação de Chico Buarque, organizada exclusivamente para a produção, mesclada a depoimentos dele sobre sua trajetória pessoal, além de sua carreira na música e na literatura. Grandes nomes do cenário musical também aparecem para interpretar músicas de um dos cantores, compositores e escritores literários mais importante deste país.

O documentário é introduzido ao público com a apresentação minimalista e cordial de Chico na canção 'Sinhá'. Por todo ele, há também a participação de artistas diversos interpretando sons do músico. Ao mesmo tempo, vamos conversando com Chico e vamos conhecendo mais de sua vida pessoal. Adentramos seu apartamento, vemos fotos de sua infância, vemos relatos de sua relação com o pai, seu inicio na música, suas parcerias, seu casamento com a atriz Marieta Severo, sua amizade com Vinicius de Moraes e Tom Jobim, o momento complicado da ditadura e seu exílio fora do país, sua engrenada na literatura, sua fama em outros países, seu carinho com os netos e a sua tocante busca de um irmão alemão, há muito falecido na velha Berlim.

O escritor, que revela nunca ter sido tímido como tão propagado pela mídia, nos dá direito a conhecer histórias que de tão originais são genuinamente engraçadas e extremamente necessárias. E o que o diretor e roteirista Miguel Faria Jr. demarca é o dom que Chico tem de encantar e ser real. Sem muita maquiagem e delongas. O documentário consegue ser extremamente direto e conciso. Além de intimista. Talvez por serem amigos, diretor e artista, mostram realmente o que querem mostrar. Mas o seu resultado final torna válido e ótimo toda a experiência. Depoimentos de Ruy Guerra, Miúcha e o ator Hugo Carvana aparecem ali para delinear melhor as histórias contadas.

Não há pregação de valores e muitos menos de opiniões políticas aqui. Há sim a vida de um homem extremamente observador que soube como ninguém se expressar e expressar seu tempo. Uma das situações mais comoventes do longa vem quase em seu fim. A busca de Chico por seu irmão, a quem procurava durante o tempo em que escrevia o livro 'Irmão Alemão'. Sua reflexão sobre a situação toda também vale demais sua atenção! Algumas partes são tensas, mas se misturam ao tom leve e divertido que a película exala.

No mais, pede-se crédito e chama-se para a superfície o fato de muita gente desprezar a história do Brasil, mas mal sabem tais pessoas o quão preciosa ela é. Converse com um avô, um amigo mais velho de seus pais e também professores. Fundamente seu pensamento. Não há porque, claro, ter nostalgia de tempos difíceis, mas esquecer o que passou pode nos levar a ignorar erros fatídicos de um passado tenebroso.

E à Chico: DEUS LHE PAGUE!!!!
Ficha Técnica: Chico - Artista Brasileiro, 2015. Direção e Roteiro: Miguel Faria Jr. Com: Chico Buarque, Maria Bethânia, Ney Matogrosso, Hugo Carvana, Milton Nascimento, Mart'Nália, Carminho, Mônica Salmaso, Laila Garin, Moyses Marques, Adriana Calcanhoto, Ruy Guerra. Gênero: Documentário. Nacionalidade: Brasil. Distribuição: SONY PICTURES.

Trailer


Avaliação: Quatro mil páginas de história para contar! (4/5 - Ótimo).

26 de novembro, nos cinemas!

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American Ultra: Armados e Alucinados


'American Ultra: Armados e Alucinados', longa dirigido por Nima Nourizadeh (Projeto X: Uma Festa Fora do Controle) e roteirizado por Max Landis (Victor Frankenstein), é daqueles filmes que se adequam perfeitamente a expressão  'Pra lá de Bagdá'. Seu enredo '8 ou 80', onde uns vão odiar e outros AMAR, mostra versatilidade e não cai no clichê de filmes que abusam da temática 'stoners'. Com distribuição da Paris Filmes, aqui no Brasil, o longa é estrelado por Jesse Eisenberg e Kristen Stewart e chega aos cinemas nesta quinta-feira (26).

Sinopse:
O maconheiro Mike (Jesse Eisenberg) e sua namorada Phoebe (Kristen Stewart) só queriam sair da pequena cidade onde vivem e fazer uma viagem ao Hawai para relaxar, mas Mike acaba tendo um ataque de pânico terrível no aeroporto e os dois perdem o voô. Phoebe fica super deprimida, mas também compreende que o namorado não consegue superar sua aversão a aviões. Enquanto isto, uma missão secreta da CIA começa a tomar palco ali perto e os dois se tornam os alvos principais do agente Adrian Yaates (Topher Grace). 
O renomado autor Stephen King escreveu em seu perfil no twitter que amou o longa e ainda disse que ele é tão revigorante quanto excitante e sendo assim tão legal não entende como não foi um hit. Concordo em número e grau com ele. Mas é o que eu disse lá no começo. Este é daqueles filmes que uns devem odiar e outros venerar. Neste caso, Stephen e a minha humilde pessoa, estamos no segundo time. A película entrega um resultado final H I L Á R I O e também M U I T O P E R S P I C A Z !!!!! Talvez se a tosquice dela não te surpreender, você nem venha a achar isto, porém a força dos diálogos, incrivelmente bem construídos, e as situações surreais  que são ali propostas trazem um frenesi muito bom.

O elenco está bem e é perceptível que o projeto precisa dele e vice-versa. A dupla de protagonistas faz um bom trabalho (está é a segunda colaboração entre Kristen e Jesse, eles estrelaram juntos, em 2009, o longa Adventureland - que ganhou a tradução de 'Férias Frustradas de Verão'), e vale dizer que mesmo não trazendo muita coisa nova, conseguem ser satisfatórios. Topher Grace encarna um agente chatinho que tem uma richa com a personagem da atriz Connie Britton. Bill Pulman aparece em cenas super necessárias ao filme e os atores John Leguizamo e Lavel Crawford também.


Nima faz um trabalho muito bom aqui. Sua condução é jovem e enrique o roteiro costuradinho de Max Landis. A trilha sonora de Marcelo Zarvos acrescenta bastante também e o figurino de David C. Robinson detalha bem particularidades da trama e de seus personagens.

A trama, que parece ter flopado nas bilheterias americanas, não faz apologia ao uso da maconha, até porque 'aponta fragilidades de personagens que utilizam de seu poder para curar traumas e ou esquecê-los'. Portanto, se não estiver afim de ver por tal fator, desconsidere imediatamente e veja, pois vale mesmo à pena.

Ficha Técnica: American Ultra, 2015. Direção: Nima Nourizadeh. Roteiro: Max Landis. Elenco: Topher Grace, Connie Britton, John Leguizamo, Kristen Stewart, Jesse Eiserberg, Bill Pulman, Walton Goggins, Lavell Crawford, Tony Hale. Gênero: Ação, Comédia. Nacionalidade: Eua, Suiça. Distribuição: Paris Filmes. Duração: 01h36min.

Trailer



Avaliação: Três armas engatilhadas e meio balde de sopa jamaicana. (3,5/5 - BOM)


26 de Novembro, nos Cinemas!


Não recomendado para menores de 16 anos.


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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Malala



Malala Yousafzai, a garota que ganhou notoriedade por lutar pelos direitos de crianças e mulheres de irem à escola, em seu país, o Paquistão, foi vítima de um ataque do grupo extremista Talibã, em outubro de 2012. A menina, que na época tinha quinze anos, levou um tiro no rosto de um dos membros do grupo por continuar defendendo que meninas devem estudar. Na mesma ocasião, duas de suas amigas também foram baleadas. Um ano depois, ela lançou o livro 'Eu sou Malala', co-escrito com a jornalista Christina Lamb e agora, em 2015, sua jornada, e luta por um mundo mais igualitário e justo, chega também aos cinemas. Documentada pelas lentes de Davis Guggenheim (Uma Verdade Inconveniente), Malala e sua família mostram um pouco de sua nova vida e todos os eventos que vieram a acontecer, desde que sofreu o ataque.

A película se inicia com a narração de Malala nos situando sobre suas origens. A menina, nascida no Vale do Swat, região noroeste do Paquistão, diz que sua terra natal tem as mais belas montanhas e rios e ali se criou com os irmãos. Em seguida, nos revela como seu pai, Ziauddin Yousafzai,  teve a ideia para o seu nome. A jovem é chamada assim devido a grande admiração de Ziauddin pela história de vida da guerreira afegã Malalai de Maiwand. Uma mulher que impulsionou os afegãos no campo de batalha, em que lutavam contra os britânicos, no ano de 1880. Sua voz levantou o exército e mostrou-lhes a vitória e por isto ela foi tida como heroína. Malalai, contudo, não sobreviveu àquela guerra.

Coincidentemente, a força que o nome carrega logo faria muito sentido, pois a paquistanesa deixa claro que sua voz não é só dela, mas sim a de muitas meninas que querem ser alguém perante a sociedade. Durante o documentário, inclusive, ela explica que seu pai apenas a deu o nome, ele não a transformou em Malalai. Ziauddin também revela que, em muitas outras famílias do Paquistão, por exemplo, o nascimento de uma menina nunca fora motivo de festa para os pais e que tal fato o motivou a ser o primeiro homem a escrever o nome de sua primogênita na 'árvore genealógica' da família.

Após o ataque, a menina, seus pais e irmãos se mudaram para Birmigham, Inglaterra, e, atualmente, ela e Ziauddin viajam o mundo falando sobre a causa educacional. Malala fez um lindo discurso sobre sua luta na ONU e também criou uma fundação para continuar trabalhando pela educação de meninas ao redor do mundo. Ademais, em 2014, a paquistanesa recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

O documentário é narrado tanto por Malala quanto por seu pai. Sua mãe e irmãos também aparecem e ajudam a contar a história de forma bem intimista. Faz-se uso de animações para descrever alguns dos acontecimentos narrados durante o filme. Há a clara inserção de reportagens e matérias jornalísticas sobre a época do incidente e vemos também os relatos da jovem, hoje com 18 anos, sobre seus encontros com pessoas importantes como aconteceu com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Malala, em menos de cinco anos, conseguiu alcançar um destaque maior do que imaginava. Muito por causa do ataque que sofreu, mas também muito por causa do que tem a dizer e diz com muita confiança. Sua luta pela educação de meninas é hoje uma das maiores já vistas. E mesmo com as críticas que sofre, a paquistanesa continua em busca de um mundo melhor.

Em meio a tudo isso, a audiência ainda é apresentada à vida comum de adolescente da garota. Que revela suas frustrações perante as meninas inglesas - que tem vidas totalmente distintas da dela e que já colecionam até uma fila de namorados, sua lotada estante de livros ( Paulo Coelho com seu Alquimista aparecem entre os favoritos da moça), seu dia a dia com os irmãos, as idas a mesquita com os pais e suas viagens para conhecer histórias como a sua nos trazem uma imagem ainda mais forte de Malala.

A direção de Guggenheim é assertiva e eleva pontos emocionantes da vida da ativista. O diretor chega ainda a questioná-la sobre seus sentimentos para com os culpados de seu ataque e consegue uma resposta que dá enfase ao estilo de vida da jovem, pois ela se mantêm fiel ao que pensa e ao que prega explicitando não sentir ódio, pois o que vale é a educação e não a violência.

A trilha sonora de Thomas Newman e a fotografia de Erich Roland adicionam força a película, mas seu enredo na certa é quem vai comandar a emoção do público.

Trailer


Ficha técnica: He Named Me Malala, 2015. Diretor: Davis Guggenheim. Participações: Malala Yousafzai, Ziauddin Yousafzai, Atal Yousafzai, Toor Pekai Yousafzai, Khushal Yousafzai. Trilha Sonora Original: Thomas Newman. Fotografia: Erich Roland. Edição: Greg Finton, Brad Fuller, Brian Johnson. Gênero: Documentário. Nacionalidade: EUA. Duração: 01h27min.  

Avaliação: Três mil livros não seriam o suficiente para ajudar na causa tão defendida pela jovem.

Visite:
https://www.malala.org/
E conheça os projetos da Fundação Malala que luta pelo direito à educação para meninas de todo o mundo!

19 de Novembro, nos Cinemas!

See Ya!
B-

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Como Sobreviver a Um Ataque Zumbi


'Como Sobreviver a Um Ataque Zumbi', é um longa distribuído pela Paramount Pictures que conta com a direção de Christopher Landon (Atividade Paranormal: Marcados Pelo Mal) e traz três adolescentes, que são escoteiros desde criança, e tem de enfrentar uma cidade atormentada por zumbis. A comédia/terror estreia hoje (12) em circuito nacional.
Sinopse:
Ben (Tye Sheridan), Carter (Logan Miller) e Augie (Joey Morgan) são grandes amigos que se conheceram ainda crianças, no grupo de escoteiros. Entretanto, eles cresceram e agora Ben e Carter não vêem mais graça na atividade, especialmente pelo fato de serem motivo de piada de todos os demais jovens da cidade. Augie, por sua vez, continua empolgado com a ideia de ser um escoteiro. Um dia, quando o trio está acampando, Ben e Carter deixam o local para ir a uma badalada festa secreta. Só que, quando chegam à cidade, percebem que ela está tomada por zumbis, dispostos a matar qualquer um que surgir pela frente.Inclusive, eles e a garçonete Denise (Sarah Dumont) que encontram em um comércio próximo dali.

A cena inicial de apresentação do filme mostra um zelador de um laboratório cantando loucamente 'Black Widow', canção da rapper Iggy Azalea em parceria com a inglesa Rita Ora, e, logo depois, o mesmo é atacado por um ser estranho e vemos, então, o vírus da ameaça Zumbi se espalhar. Enquanto isto, o escoteiro líder, o senhor Rogers (David Koechner), está em uma escola com os seus pupilos, Ben (Tye Sheridan), Carter (Logan Miller) e Augie (Joey Morgan), tentando desastrosamente alistar novos recrutas para o grupo. Em poucos minutos, as cenas se tornam sombrias e o grupo não é mais o mesmo.


Bem, a principio, quando se assiste ao trailer tem-se uma ideia de que o filme talvez tenha algo de muito legal e divertido. Afinal, os escoteiros são os 'mini-heróis' da situação e são super zoeira. Mas com o decorrer do longa essa impressão vai ficando para trás.

A condução de Landon é tão leve que o roteiro - mesmo sendo legalzinho - perde contexto. Os atores, poucos conhecido do grande público - a não ser Sheridan que já esteve em  'Amor Bandido' e 'A Arvore da Vida', levam o filme nas costas e até superam alguns dos clichês bobinhos que lhes são impostos, mas a comédia não ganha força de comédia e muito menos de terror.

Tye Sheridan e Logan Miller se destacam bastante juntamente com Sarah Dumont, a moça que os acompanha pela aventura. Joey Morgan, interpreta o nerd que idolatra o clube de escoteiros e que os amigos querem abandonar pra ontem. Mas sem deixar de serem amigos. David Koechner, tem até uma participação razoável de escoteiro lider bobão e persistente. Patrick Schwarzenegger, faz uma ponta como namorado da irmã de Carter. Esta última que é interpretada pela atriz Halston Sage.
Não há como um todo uma apresentação perfeita e bem alinhada. Tudo no longa é leve e nada avança o limite do previsível.

Trailer


Ficha Técnica: Scouts Guide To The Zombie Apocalypse, 2015. Direção: Christopher Landon. Roteiro: Carrie Lee Wilson, Emi Mochizuki e Christopher Landon. Elenco: Tye Sheridan, David Koechner, Joey Morgan, Logan Miller, Sarah Dumont, Cloris Leachman, Patrick Schwarzenegger e Halston Sage. Trilha Sonora Original: Matthew Margerson. Gênero: Comédia, Terror. Nacionalidade: EUA. Distribuidor: Paramount Pictures. Duração: 01h33min.

Avaliação: Dois zumbis se pegando ao som de Iggy Azalea e Rita Ora! (2/5)


12 de Novembro, nos Cinemas!

#garotas


Com cara e tom de televisão, #garotas, o longa do diretor e roteirista Alex Medeiros busca mostrar as peripécias de três jovens amigas na balada. Arrasando na balada, enlouquecendo na balada e vivendo de balada, sem pensar nas consequências e sim experimentando o que lhes é de direito, a liberdade.

A película tem estreia prevista para hoje (12).
Sinopse:
Beth (Giovana Echeverria ), Milena ( Bárbara França) e Carina ( Jeyce Valente) são três jovens amigas que se divertem nas maiores festas do Rio de Janeiro. Mas depois de morar um ano em Nova Iorque, Beth retorna à cidade na véspera do Ano Novo, completamente mudada e decidida a se comportar. As amigas, porém, não estão dispostas a deixá-la renunciar ao estilo de vida festeiro, e Beth será tentada por uma grande festa na noite da virada, onde os segredos e as intrigas testarão sua resiliência e até mesmo a amizade entre as três.


A película não mede esforços para ter cara jovem e mostrar a juventude. Seus modos de falar, agir e não pensar, são o grande tema da mesma. Além disso, o enredo engrena para um lado meio 'suspeito' de auto conhecimento e crescimento da personagem principal, Bete, vivida pela atriz Giovana Echeverria. A moça tem sua vida exibida paralelamente entre presente e passado e tenta se re-estabelecer na cidade com a ajuda da mãe (Ingra Liberato) e das amigas Milena e Carina, interpretadas por Bárbara França e Jeyce Valente. Ambas vangloriam os tempos de porra louquice de Bete e querem incentivá-la a continuar levando a cabo seus dias de farra. Há uma participação singela do ator italiano Nicola Siri, como dono da boate em que as meninas costumam ir.

A trama até tenta ser legal, mas cai no tom 'filme feito para tv', como dito no começo. Tem cara de malhação pura. E nem é da fase boa com Mocotó e cia, mas sim essa recente e superficial. O trailer te traz uma mera lembrança do longa 'Apnéia' de Mauricio Eça - que supera este aqui com louvor. E o desenvolvimento do longa não sustenta muitas das premissas que quer abordar. As atrizes são belíssimas e se apresentam como garotas bem reais, todavia suas personagens só ganham dialógos para um episódio e não a série toda.


A edição é muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito longa. Principalmente, por não encurtar os acontecimentos nas baladas, que nem sempre tinha serventia e poderiam ter sido editados. A direção explora a beleza das atrizes ao máximo e não escolhe um tom certo para dosar no filme. Já que o drama dá tédio e a comédia não flui. A trilha sonora é cheia de tuns-tunst e o famoso 'funk carioca', mas ganha força, já no finzinho do filme, com duas músicas da sempre ótima BANDA MATANZA (que foi a melhor coisa do filme).
Ficha Técnica: #garotas, 2015. Direção e Roteiro: Alex Medeiros. Elenco: Giovana Echeverria, Bárbara França, Jeyce Valente, Ingra Liberato e Nicola Siri. Gênero: Comédia, Drama. Nacionalidade: Brasil. Distribuidor: Paris Filmes. Duração: 01h40min.

Trailer


Avaliação: Um trabalho que até poderia ser bom (sério), mas morre na praia pela mistura de tons.


Não recomendado para menores de 16 anos!

Hoje nos Cinemas!


See Ya!
B-

Aliança do Crime


'Aliança do Crime' mostra um Johnny Depp que há muito não se via. E é o papel necessário para revigorar a carreira do ator e botá-lo novamente no rumo de grandes personagens. Aqui, Depp no dá um retrato fiel de um anti-herói que foi meticulosamente bem construído para apontar na tela como um mero ladrão se tornou um dos bandidos mais procurados pelo FBI. A película, que já estreou lá fora, passou pela 39° Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em outubro, e só agora chega ao grande público em circuito nacional.

Sinopse:

James 'Whitey' Bulger (Johnny Depp), irmão do senador norte-americano Billy Bulger (Benedict Cumberbatch), foi um dos criminosos mais famosos da história do sul de Boston. Ele e alguns membros de sua gangue começaram a trabalhar como informantes do FBI a pedido do amigo de infância de Bulger, John Connolly (Joel Edgerton),  para derrubar uma família de mafiosos italianos, mas os seus próprios crimes não o livraram de se tornar um dos homens mais procurados do país. Baseado em uma história real. 


Depp ganha uma caracterização muito fidedigna a persona real de Bulger. E consegue imprimir no olhar muito das características de uma cobra peçonhenta que está pronta para dar o bote. Há cautela, há destreza, há imersão. É realmente um papel que necessita dele e vice-versa. Duas cenas tem função primordial no crescimento e endurecimento de Bulger. Ambas ligadas ao seu núcleo familiar. E, a partir de acontecimentos que afligem sua família, sua perspectiva de criminoso muda completamente e o coloca para jogar como um profissional.

Joel Edgerton, que é quem vive o agente especial do FBI John Connolly, também está ótimo. E entrega um homem capaz de tudo para ajudar seus aliados e manter seu status na agência. Benedict Cumberbatch também não desmerece nada do que alcança. Com alguns quilos a mais do que usual, ele traz na linha um político pai de família e que não quer problemas para sua carreira no senado, contudo, transparece que tem grande apreço por seu irmão. Jesse Plemons, Rory Cochrane, W. Earl Brown, Peter Saarsgard e Bill Camp, vivem personagens que ficam totalmente envolvidos com Bulger. E o bate bola entre eles dá a trama ótimos conflitos e reviravoltas. Ambos encarnam pessoas reais que tiveram um fim macabro ou que cooperaram para ajudar na busca de Bulger. Dakota Johnson interpreta a mãe do único filho do criminoso e sua trajetória ali se define por isto. Julianne Nicholson também é só mais uma esposa, mas está já se impõe e dita regra ao preferir não se aproximar dos amigos suspeitos de seu marido, o agente Connolly. E a atriz inglesa Juno Temple, faz uma participação bem a cara dela. Uma menina meio sapeca, meio esperta que se envolve com o braço direito de Bulger. Corey Stoll, vive o procurador que alerta os agentes vividos por Kevin Bacon e Adam Scott de que Connolly e seu parceiro tem encoberto os crimes de Bulger.

Aliás, em alguns trechos do filme, os personagens são questionados pelo FBI. O que vem de auxilio ao esmiuçar dos detalhes da trama. Além também de nos dar informações sobre o que aconteceu com cada um deles. Bulger, por exemplo, foi procurado de meados dos anos 90 até ser encontrado em 2011. E foi condenado à pena perpétua pela maioria de seus crimes.




Com a ajuda de um roteiro alinhado, assinado pela dupla Mark Mallouk e Jez Butterworth, e a condução de Scott Scooper (Coração Louco), o longa consegue manter o tom de tensão e seriedade do filme até o fim de seus créditos. Sua trilha também coopera muito para isto. Direção e produção de arte e também os responsáveis pelos figurinos exprimem bem os períodos dos anos 70 e 80, em que ocorrem os eventos. 

Ficha Técnica: Black Mass, 2015. Direção: Scott Scooper. Roteiro: Mark Mallouk e Jez Butterworth - adaptado do livro de Dick Lehr e Gerard O'Neill, 'Black Mass: The True Story of an Unholy Alliance Between the FBI and the Irish Mob'. Elenco: Johnny Depp, Benedict Cumberbatch, Bill Camp, Peter Saarsgard, Dakota Johnson, Julianne Nicholson, Juno Temple, Joel Edgerton, Jesse Plemons, Kevin Bacon, Adam Scott, Corey Stoll. Trilha sonora original: Junkie XLFotografia: Masanobu Takayanagi Edição: David Rosenbloom.. Nacionalidade: EUA. Gênero: Policial, Suspense. Distribuidor: Warner Bros. Pictures do Brasil. Duração: 02h03min.

Trailer




Avaliação: Quatrocentos milhões de vezes mais aprazível ver Johnny Depp inovando, do que pensar em como esse enredo é sinistro! (4/5)


12 de Novembro, nos Cinemas!

Não recomendado para menores de 16 anos!

Visite também:
http://wwws.br.warnerbros.com/blackmass/
https://www.facebook.com/BlackMassMovie
http://www.blackmassthemovie.com/

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Biff, Brasilia International Film Festival 2015 - Programação







Desde 2012, Brasília tem a honra de apresentar o 'Brasilia International Film Festival (Biff)'. Um festival distinto de cinema que tem rolado na capital e dado visibilidade a longas nacionais e  internacionais. Este ano a mostra chega à sua quarta edição, a começar de hoje (06) e se finalizar em 15 de novembro. As produções que serão exibidas, como de praste, no Cine Brasília e também nas salas do Cine Cultura, que ficam localizadas no shopping Liberty Mall, vão desde grandes títulos inéditos no Brasil como também filmes alguns recentemente exibidos em festivais como Cannes e Berlinale.
Serviços:
O IV BIFF exibirá quatro mostras: além da tradicional Mostra Competitiva de Ficção, este ano haverá também uma Mostra Competitiva de Documentários. A Mostra Homenageado trará o diretor, roteirista e produtor de cinema argentino Luis Puenzo e a Mostra "Cuba, Cinema e Revolução" fará uma retrospectiva do cinema cubano nas últimas décadas. O Mundo Animado será gratuita e oferecida a alunos de escolas públicas do DF.As Mostras Competitivas de Ficção e de Documentários apresentarão 16 filmes de várias partes do mundo: Itália, Índia, Bélgica, Bulgária, Cuba, México, Argentina, Paraguai, Alemanha, Áustria, Espanha e Brasil. A curadoria foi feita por Nilson Rodrigues, diretor geral do BIFF, Anna Karina de Carvalho, diretora de programação, pela cineasta e professora Erika Bauer e pela jornalista e produtora Lorena Quintas. Os filmes da Mostra Competitiva de Ficção concorrem a um prêmio de R$ 20 mil, enquanto os da Mostra Competitiva de Documentários entram na disputa pelo prêmio de R$ 10 mil.O Festival contará com o primeiro filme latino-americano a ganhar o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. “A História Oficial” (Argentina/1985) virá acompanhado de seu roteirista e diretor Luis Puenzo.O BIFF terá grandes pré-estréias em sua programação. Na noite de abertura será exibido o aclamado "O Clã" (Argentina/1985). Os filmes "Sabor da Vida" (Japão/França/Alemanha) e o ganhador da Palma de Ouro no festival de Cannes 2015, “Dheepan – O Refúgio” serão exibidos em sessões de gala.Nesta edição o BIFF traz mais uma novidade a suas mostras Competitivas: a seleção de melhor filme se dará por votos de júri popular. A cada sessão destas mostras, os espectadores deixarão seu voto em urnas localizadas na saída das salas.
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  • CINE CULTURA LIBERTY MALL

    SCN Quadra 2 - Shopping Liberty Mall
    61 . 3327-1588
  • CINE BRASÍLIA

    EQS 106/107 - Asa Sul
  • PREÇOS

    // R$ 6,00 e R$ 12,00 //

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Filmes
Mostra Competitiva - Ficção




A OBRA DO SÉCULO

CARLOS QUINTELA
FICÇÃO, DRAMA, ARGENTINA, CUBA, SUÍÇA, ALEMANHA, 100MIN, 2015
Elenco/ Cast: Mario Balmaseda, Mario Guerra, Leonardo Gascón
Roteiro/ Screenplay: Abel Arcos, Carlos Quintela
Produção/ Production: Uranio Films, Rizoma Films, Instituto Cubano del Arte e Industrias Cinematográficos (ICAIC), Ventura Film, Raspberry & Cream, M-Appeal
Produtor/ Producer: Pablo Chernov, Natacha Cervi, Hernán Musaluppi
Fotografia/ Cinematography: Marcos Attila
SINOPSE
Em um projeto nuclear abandonado, concebido por Cuba e pela União Soviética, um desiludido engenheiro sobrevive com seu filho frustrado e seu neto. Enquanto isso, filmagens dos anos setenta da “Obra do Século” descrevem seu ambicioso propósito quando se iniciou a construção do projeto nuclear.
EXIBIÇÃO
CINE BRASÍLIA: DIA 12, 19H
CINE CULTURA LIBERTY MALL SALA 3: DIA 08, 16H – DIA 14, 16H




COMO GANHAR INIMIGOS

GABRIEL LITCHMANN
FICÇÃO, COMÉDIA, ARGENTINA, 78MIN, 2014
Elenco/ Cast: Carla Quevedo, Ezequiel Rodrigues, Javier Drolas
Roteiro/ Screenplay: Gabriel Litchmann, Viviana Vexlir
Produção/ Production: Domenica Films
Produtor/ Producer: Laura Tablón, Pepe Salvia
Fotografia/ Cinematography: Nicolás Trovato
SINOPSE
Lucas, um jovem advogado judeu, conhece a bela Bárbara em um café. Sexy, independente e com um bom gosto para literatura, ela parece perfeita e ele, fascinado, a leva para casa no primeiro encontro. Ao acordar, percebe que tanto Bárbara quanto todas as suas economias sumiram. Determinado a encontrá-la, Lucas inicia uma jornada como os heróis de seus amados livros de detetive. Enquanto as peças do quebra-cabeça deste grande roubo são montadas, ele percebe que seus aliados mais próximos podem ser seus maiores inimigos.
EXIBIÇÃO
CINE BRASÍLIA: DIA 09, 19H
CINE CULTURA LIBERTY MALL SALA 3: DIA 07, 16H – DIA 12, 20H 




LABIRINTO DE MENTIRAS

GIULIO RICCIARELLI
FICÇÃO, DRAMA, ALEMANHA, 124 MINUTOS, 2014
Elenco/ Cast: Alexander Fehling, André Szymanski,
Friederike Becht, Johannes Krisch
Roteiro/ Screenplay: Elisabeth Bartel, Giulio Ricciarelli
Produção/ Production: Claussen Wöbke Putz Filmproduktion, Naked Eye Filmproduktion
Produtor/ Producer: Jakob Claussen, Uli Putz
Fotografia/ Cinematography: Martin Langer, Roman Osin
SINOPSE
Em 1958, na Alemanha, um jovem procurador investiga casos relacionados aos crimes nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e descobre diversos fatos capazes de incriminar altos funcionários do governo. Mesmo sofrendo grande pressão para abandonar a investigação, ele está determinado a revelar todas as atrocidades cometidas por seus compatriotas.
EXIBIÇÃO
CINE BRASÍLIA: DIA 07, 21H – DIA 12, 16H30
CINE CULTURA LIBERTY MALL SALA 3: DIA 10, 20H


LUA DE CIGARRAS

JORGE DIAZ BEDOYA
FICÇÃO, AÇÃO, PARAGUAI, 82MIN, 2014
Elenco/ Cast: Javier Enciso, Nathan Christopher Haase,
Beto Barsotti
Roteiro/ Screenplay: Jorge Diaz de Bedoya, Nathan
Christopher Haase
Produção/ Production: Oima Films, Koreko Gua
Produtor/ Producer: Gaspar Zaldivar
Fotografia/ Cinematography: Nahuel Varela
SINOPSE
Gatillo, o braço direito do poderoso chefe da máfia El Brasiguayo, entra em contato com J.D. Flitner, um jovem empresário americano em busca de terra para plantar. Depois de fechar o acordo, J.D. vai explorar a cidade. Ao mesmo tempo, Gatillo tenta superar seu chefe e deixa J.D. em uma situação comprometedora. Com o passar da noite, Gatillo e sua gangue passam por uma série de ações e consequências enquanto procuram por J.D. Flitner no labirinto obscuro da noite de Asunción.
EXIBIÇÃO
CINE BRASÍLIA: DIA 08, 18H30
CINE CULTURA LIBERTY MALL SALA 3: DIA 09, 20H – DIA 11, 14H – DIA 12, 16H 


MERGULHO EM SOZOPOL

KOSTADIN BONEV
FICÇÃO, DRAMA, BULGÁRIA, 100MIN, 2014
Elenco/ Cast: Deyan Donkov, Snezhina Petrova, Svetla Yancheva
Roteiro/ Screenplay: Ina Valchanova, Kostadin Bonev
Produção/ Production: Borough Movies
Produtor/ Producer: Vladimir Andreev, Georgi Balkanski
Fotografia/ Cinematography: Konstantin Zankov
SINOPSE
Este filme é sobre amor, dez garrafas de vodka e uma cidade que precisa afundar. Porque quando a esperança se vai, Milagre é o último recurso. Um homem envelhecendo volta a Sozopol e leva consigo suas memórias e dez garrafas de vodka. É claro que quando a vodka acaba, algo vai acontecer. Algo que vai mudar sua vida para sempre. 
EXIBIÇÃO
CINE BRASÍLIA: DIA 10, 17H – DIA 11, 20H30
CINE CULTURA LIBERTY MALL SALA 3: DIA 08, 20H


O COMEÇO DO TEMPO

BERNARDO ARELLANO
FICÇÃO, DRAMA, MÉXICO, 110MIN, 2015
Elenco/ Cast: Antonio Pérez Carbajal, Bertha Olivia Ramírez, Francisco Barreiro
Roteiro/ Screenplay: Bernardo Arellano
Produção/ Production: Agrupación Caramelo Cinematográfica
Produtor/ Producer: April Shannon, Damián Aguilar, Federico Cecchetti
Fotografia/ Cinematography: Sara Purgatorio
SINOPSE
Antonio e Bertha formam um casal de cerca de 90 anos, que vive na cidade do México. Eles se veem em apuros quando sua aposentadoria é suspensa devido à crise financeira e social em seu país. Levando em conta que seus filhos não os visitam há anos, eles se deparam com a necessidade de sobreviver sozinhos.
EXIBIÇÃO
CINE BRASÍLIA: DIA 07/11, 15H
CINE CULTURA LIBERTY MALL SALA 3: DIA 09, 14H – DIA 13, 18H


O SILÊNCIO
GAJENDRA AHIRE
FICÇÃO, DRAMA, ÍNDIA , 92MIN, 2014
Elenco/ Cast: Raghubir Yadav, Anjali Patil, Nagraj Manjule
Roteiro/ Screenplay: Ashwini Sidwani
Produção/ Production: SMR Films
Produtor/ Producer: Ashwini Sidwani, Arpan Bhukhanwala
Fotografia/ Cinematography: Krishna Soren
SINOPSE
Tarde da noite, em um trem em Mumbai, a jovem indiana Chini testemunha um episódio de violência sexual que a força a encarar demônios de seu passado. Baseado em uma história real, a narrativa gira em torno de uma garotinha crescendo com seu pai em meio à pobreza, em uma área rural da Índia. Quando ele perde a capacidade de cuidar de si, manda Chini para um tio em uma cidade próxima, quando sua vida muda completamente.
EXIBIÇÃO
CINE BRASÍLIA: DIA 08, 16H30
CINE CULTURA LIBERTY MALL SALA 3: DIA 10, 16H – DIA 13, 14H 



UMA REALIDADE POR SEGUNDO

KARIM OUELHAJ
FICÇÃO, DRAMA, BÉLGICA, 95MIN, 2015
Elenco/ Cast: Luc Hélin, Olivier Picard, Romane Dideberg
Roteiro/ Screenplay: Karim Ouelhaj
Produção/ Production: Okayss Prod.
Produtor/ Producer: Maxime Muccin, Christine Pireaux
Fotografia/ Cinematography: Némo Welter
SINOPSE
Dirigindo sob as luzes da cidade, Lucky, um assistente social, busca por Romane, uma adolescente que fugiu. Em seu caminho ele encontra Vladimir, um personagem atípico, horrorizado com a decadência que o rodeia. Através dos olhos desses personagens, misturando ficção e documentário, o filme nos faz mergulhar em um universo que ninguém quer ver ou saber.
EXIBIÇÃO
CINE BRASÍLIA: DIA 08, 14H30
CINE CULTURA LIBERTY MALL SALA 3: DIA 10, 18H – DIA 13, 16H 


Mostra Competitiva - Documentários




A SUA FELICIDADE NÃO ESTÁ NO BISCOITO DA SORTE
JOHANNES GIERLINGER
DOCUMENTÁRIO, DIGITAL, 81MIN, ÁUSTRIA, 2015

Roteiro/ Screenplay: Johannes Gierlinger
Produtor/ Producer: Johannes Gierlinger
Fotografia/ Cinematography: Johannes Gierlinger & Jan Zischka

SINOPSE
Uma viagem pelo mundo em busca da felicidade. O cineasta vai até os protestos em Gezi Park, Istambul, aos portões da Cinecitta, em Roma, às ruas de Santiago do Chile, ao deserto de Atacama e a uma aglomeração de trailers na Califórnia. Imagens, textos e sons encontram, em cenas aparentemente contraditórias, caminhos que podem dar pistas sobre o sentido da felicidade.

EXIBIÇÃO
CINE BRASÍLIA: DIA 07, 17H
CINE CULTURA LIBERTY MALL SALA 3: DIA 09, 16H – DIA 13, 20H10



CRÔNICA DA DEMOLIÇÃO

EDUARDO ADES
DOCUMENTÁRIO, DIGITAL, 89MIN, BRASIL, 2015
Produção/ Production: Imagem-tempo
Produtor/ Producer: Daniela Santos, Eduardo Ades,
João Felipe Freitas
Fotografia/ Cinematography: José Eduardo Limongi
SINOPSE
Há uma praça vazia com um chafariz seco e um estacionamento subterrâneo. Há quarenta anos ali ficava o Palácio Monroe, antiga sede do Senado Federal. Uma história de sabres e leões, militares e arquitetos, passado e futuro.
EXIBIÇÃO
CINE BRASÍLIA: DIA 14, 14H – DIA 13, 19H
CINE CULTURA LIBERTY MALL SALA 3: DIA 07, 20H – DIA 11, 16H 




EM BUSCA DA IDENTIDADE

LIONEL ROSSINI
DOCUMENTÁRIO, DIGITAL, 58MIN, FRANÇA, 2014
Roteiro/ Screenplay: Lionel Rossini
Produção/ Production: La Maison du Directeur
Produtor/ Producer: Sidonie Garnier, Jeanne Thibord
Fotografia/ Cinematography: Lionel Rossini Sonido
SINOPSE
Perto de Leticia, na área Amazônica da Colômbia, encontra-se a comunidade indígena do Quilômetro Onze. É onde vivem Arnold Vazquez e Walter Morales, dois indígenas Uitoto. Depois da morte do último cacique da comunidade, eles decidem viajar à terra original de seu povo: La Chorrera. Uma jornada entre passado e presente, um retrato de dois indígenas modernos à procura de suas identidades e de uma maneira de entender as consequências do genocídio dos nativos.
EXIBIÇÃO
CINE BRASÍLIA: DIA 08, 20H30 – DIA 14, 16H
CINE CULTURA LIBERTY MALL SALA 3: DIA 07, 14H – DIA 11, 18H




INTERNAT – ALÉM DA FRONTEIRA

MAURILIO MANGANO
DOCUMENTÁRIO, DIGITAL, 74MIN, ITÁLIA, 2014
Roteiro/ Screenplay: Maurilio Mangano
Produção/ Production: Soag Film Group
Produtor/ Producer: Claudio La Mantia
Fotografia/ Cinematography: Irma Vecchio
Distribuidora/ Distribution: Vitagraph s.a.s
SINOPSE
Sessenta famílias Georgianas que escaparam da guerra civil Georgiana-Abecásia ocupam uma ex-escola. O filme é uma reflexão sobre nostalgia, abandono forçado de sua terra natal, medo de perder as raízes e criação de uma Terra Prometida.  
EXIBIÇÃO
CINE BRASÍLIA: DIA 10, 19H
CINE CULTURA LIBERTY MALL SALA 3: DIA 08, 14H – DIA 12, 18H 




O SENTIDO DA CRIAÇÃO

PATRYK REBISZ, ERINNISSE REBISZ
DOCUMENTÁRIO, DIGITAL, 74MIN, ESTADOS UNIDOS,  2015
Elenco/ Cast: Katie Dallam, Graham Sharpe, Alice Wingwall
Roteiro/ Screenplay: Erinnisse Rebisz
Produtor/ Producer: Erinnisse Rebisz
Fotografia/ Cinematography: Patryk Rebisz
Distribuidora/ Distribution Distribuido Tupelo Productions
SINOPSE
A história de três artistas que, com limitações de parte de seus sentidos, seguiram suas trajetórias criativas
superando as limitações impostas. Uma exploração das forças e dos desejos de serem relevantes no mundo atual, tendo como base a decisão de seguir nos seus caminhos artísticos como forma de seguirem vivendo.
EXIBIÇÃO
CINE BRASÍLIA: DIA 11, 19H – DIA 13, 17H
CINE CULTURA LIBERTY MALL SALA 3: DIA 07, 18H – DIA 14, 14H 




O SORRISO VERDADEIRO

JUAN RAYOS
DOCUMENTÁRIO, DIGITAL, 82MIN, ESPANHA, 2015
Elenco/ Cast: Sergio Aznárez Rosado, Juan Manuel Aznárez Rosado, Mari Ros Rosado Martinez
Roteiro/ Screenplay: Juan Manuel Aznárez Rosado, Juan Rayos
Produção/ Production: Visual Wagon S.L.
Produtor/ Producer: Arturo de Miguel Marín, Fernando Muñoz Jiménez, Joaquín Díaz Navarro,
Juan Manuel Aznárez Rosado
Fotografia/ Cinematography: Juan Rayos
Distribuidora/ Distribution: Freak Independent Film Agency
SINOPSE
La sonrisa verdadera é a história de uma viagem pelo olhar vazio de um garoto cego e autista que atravessa
1300 km em uma bicicleta junto com seu irmão. Este documentário é um mergulho no mundo da solidariedade
e da sensibilidade.
EXIBIÇÃO
CINE BRASÍLIA: DIA 09, 20H30  –  DIA 11, 17H
CINE CULTURA LIBERTY MALL SALA 3: DIA 10, 14H 




UMA HISTÓRIA APRISIONADA

DAVID MARRADES ESCRIBÁ
DOCUMENTÁRIO, DIGITAL, 70MIN, ESPANHA, 2015
Roteiro/ Screenplay: David Marrades Escribá
Produtor/ Producer: David Marrades Escribá 
SINOPSE
As histórias de Mourtada, Samuel e Peggy trazem à tona o obscuro e inquietante mundo das casas de detenção para imigrantes ilegais, ferramentas usadas para frear a imigração irregular. Análises profundas de especialistas de diferentes áreas e de pessoas relevantes, relacionadas à gestão direta ou indireta destes centros, mostram perspectivas diversas sobre o futuro dos imigrantes em vários países.
EXIBIÇÃO
CINE BRASÍLIA: DIA 10, 20H30
CINE CULTURA LIBERTY MALL SALA 3: DIA 09, 18H – DIA 12, 14H  





UM GUIA PARA FAMÍLIAS CURIOSAS

LUCIO BASADONNE, ANNA POLLIO
DOCUMENTÁRIO, DIGITAL, 73MIN, ITÁLIA, 2015
Elenco/ Cast: Lucio Basadonne, Anna Pollio, Gaia Basadonne. Roteiro/ Screenplay: Lucio Basadonne, Michele Vaccari. Produção/ Production: Enter-tain. Produtor/ Producer: Lucio Basadonne, Anna Pollio. Fotografia/ Cinematography: Lucio Basadonne.
Distribuidora/ Distribution: Enter-tain
SINOPSE
Uma família normal, de classe média, se aventura a sair da sua zona de conforto em que os padrões da moderna sociedade de consumo se impõem. O casal e a filha saem em uma viagem visitando várias cidades e ambientes, questionando os hábitos do passado e buscando se adequar à nova vida.    
EXIBIÇÃO
CINE BRASÍLIA: DIA 07, 19H – DIA 09, 17H
CINE CULTURA LIBERTY MALL SALA 3: DIA 08, 18H – DIA 11, 20H 

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Quem estiver em Brasilia e puder ir: não perca a oportunidade!

Mais informações e a programação completa, vocês conferem em:
http://www.biffestival.com/

See Ya!

B-