quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Caçadores de Emoções: Além do Limite


É extremamente perigoso fazer um remake. Primeiro, porque pode não agradar os fãs da primeira iniciativa e, segundo, porque pode não agradar os fãs da primeira iniciativa ( A Nanda até fez um post sobre a maldição dos remakes aqui). Assim, diretores, produtores e atores tem que analisar bem o risco que correm. Pois quando se trata de vender um produto, ok, ninguém se preocupa o suficiente com isso. Todavia, se há a questão de homenagear os criadores e dar aos fãs entretenimento de qualidade, sim é necessário cuidado e delicadeza com o seguimento ou melhor ainda encontrar um meio termo entre pipoca/qualidade. Que pena que em ''Caçadores de Emoçoes: Além do Limite'', longa dirigido por Ericson Core e estrelado por Teresa Palmer, Luke Bracey e Edgar Ramirez, nada disso ocorre.

A película é remake de Caçadores de Emoções de 1991, conduzido pela ganhadora do Oscar, Kathryn Bigelow, e que tem Keanu Reeves, Patrick Swayse e Gary Busey, no elenco. Melhor dizendo UM CLASSICÃO DA SESSÃO DA TARDE.

Sinopse:
Um jovem agente do FBI (Luke Bracey) tem como missão se infiltrar em meio a atletas de esportes radicais, suspeitos de cometerem uma série de roubos nunca vistos até então. Não demora muito para que ele se aproxime de Bodhi (Édgar Ramirez), o líder do grupo, e conquiste sua confiança.
A película se inicia com Utah (Bracey) demonstrando suas habilidades radicais no motocross, onde um acidente o faz desistir da carreira de atleta e se transportar para o treinamento policial no qual se tornará um agente do FBI. Em seguida, a corporação lhe requisita que se esforce o bastante para estar ali e lhe designa a investigação de um caso sobre um grupo altamente qualificado em esportes radicais que está praticando roubos em distintas partes do mundo. O agente, em experiência, logo tem uma teoria sobre os possíveis membros da gangue. Segundo ele, o grupo tem o plano de seguir e completar uma filosofia de oito ensinamentos que conectam o ser humano profundamente a natureza, contudo, há mais mistérios sobre o grupo do que ele imagina.

Cena Clássica de ''Caçadores de Emoções''  de 1991 e a nova roupagem aos personagens no filme de 2015.
Algo ininteligível sobre o roteiro desse filme é que tem participação dos criadores do original ( oi? como assim?) e os caras conseguiram se auto flagelar completamente!!! Ok, tem uma roupagem nova e um trilhão de coisas interessantes. Sobretudo, aprofundar as questões do grupo com a natureza. No entanto, ao mesmo tempo que faz sentido, também não faz sentido algum.

Sobre o elenco e os personagens: Bracey, que vive Utah, se esforça, mas não tem carisma. Não comparado a Keanu Reeves no mesmo papel. Ramirez como Bohdi lembra mais o Dalai Lama (sem ofensas religiosas, é só para destacar a mansidão do personagem) do que o Bohdi visceral de Swayze. E a relação de amizade dos dois também não chega ao nível de brodagem que chegou no original. Que, aliás, é uma das inspirações enormes para a relação de Toretto e Brian em Velozes e Furiosos. Teresa Palmer, que aparentemente vive a mesma personagem da atriz Lori Petty, é de uma superficialidade ainda maior. E os antagonistas simplesmente não conseguem se deslanchar dentro do filme. Delroy Lindo é outro que continua fazendo o mesmo chefe de policia marrento e não se destaca. Apenas o ator Ray Winstone, que reprisa o papel de Pappas, vivido por Busey no original, está bem. Há ainda uma pequena participação de um dos atores do original, Bojesse Christopher, mas passa batido também.

Keanu Reeves como Johnny Utah e Patrick Swayze como Bohdi em Point Break e Edgar Ramirez como Bohdi e Luke Bracey como Utah, no remake.
A direção insossa não lembra nem de longe o clássico de Bigelow. Apesar de dar um bom ritmo ao filme e conseguir levar ele direto ao ponto. As cenas de ação e os efeitos especiais são extremamente surreais, mas com qualidade. Exceto, por uma cena de afogamento onde claramente se vê um boneco afundando (bem coisa do grupo Hermes e Renato).

A trilha até embala um pouco, mas não consegue aprimorar o roteiro e nem elevar a trama, que tinha tudo para ser excelente, mas ficou no razoável.


Trailer

Ficha Técnica: Point Break, 2015. Direção: Ericson Core. Roteiro: Kurt Wimmer, Rick King e W. Peter Iliff - baseado no roteiro de Rick King e W. Peter Iliff (1991). Elenco: Teresa Palmer, Edgar Ramirez, Luke Bracey, Ray Winstone, Delroy Lindo, Bojesse Christopher, Matias Varela, Clemens Schick, Tobias Santelmann. Gênero:Ação, Aventura. Fotografia: Ericson Core. Trilha Sonora: Junkie XL. Nacionalidade: EUA. Distribuidor: Warner Bros. Duração: 01h53min.


Avaliação: Dois corações partidos e meio balde de pipoca. (2,5/5 - Razoável)

28 de Janeiro, nos cinemas!


Ps: Tem CAMEO do Skatista brasileiro Bob Burnquist e dos surfistas Laird John Hamilton e Sebastian Zietz, no longa !!

See Ya!
B-



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Anomalisa





Vez ou outra ouve-se o comentário de que ''tal filme é uma animação, mas é direcionada aos adultos e não as crianças''. Bem, ''Anomalisa'', película dirigida por Charlie Kaufman (Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças) e Duke Johnson, se encaixa perfeitamente nesta categoria. O drama, com camadas de comédia, narra uma noite totalmente fora do comum na vida do entediado escritor Michael Stone (voz do ator britânico David Thewlis). A película, indicada ao Oscar na categoria de ''melhor animação'', entra em cartaz nesta quinta-feira (28)  e traz ainda as vozes de Jennifer Jason Leigh (Os Oito Odiados) e Tom Noonan ( Sinedóque, Nova York).

Sinopse
Michael Stone (voz de David Thewlis) é um palestrante motivacional que acaba de chegar à cidade de Connecticut. Ele segue do aeroporto direto para o hotel, onde entra em contato com um antigo caso para que possam se reencontrar. A iniciativa não dá certo, mas Michael logo se insinua para duas jovens que foram ao local justamente para ver a palestra que ele dará no dia seguinte. É quando ele conhece Lisa (voz de Jennifer Jason Leigh), por quem se apaixona.

Stone vivencia momentos um tanto quanto inesperados em sua viagem a trabalho para Connecticut. O reencontro com um antigo affair, no hotel em que está hospedado, sai totalmente do controle e sua noite parece ficar ainda mais enfadonha. Ele até tenta ir comprar um presente para o filho pequeno, mas percebe que as indicações das lojas foram mal interpretadas. Já no hotel e se preparando para descansar ele ouve a voz de Lisa (voz de Jennifer Jason Leigh) e sua amiga Emily (voz de Tom Noonan) e parece achar aquilo um tanto quanto diferente da trilha sonora original de sua vida. Especialmente, porque Lisa aparenta ser mais especial do que qualquer pessoa que o escritor já tenha conhecido antes.


Peculiar e extremamente bem escrita, a trama nos traz um personagem (David) preso em um mundo que lhe cabe e lhe venera. Um expert em como fazer um bom atendimento que não dá a mínima para seus admiradores, pois parecem todos os mesmos. Inclusive, os membros de sua família. Sua profunda vontade de vivenciar algo inusitado ocorre quando ele se depara com Lisa (Jennifer). Uma moça dócil que, aparentemente, sofreu bastante com seu antigo relacionamento e tende a se assustar fácil com demonstrações de admiração.

É no decorrer da película que entendemos que apenas Stone e Lisa tem vozes diferentes, pois todos os outros personagens são dublados pelo mesmo ator (Tom Noonan) e tem características físicas similares. De inicio, o telespectador pode até ficar confuso, mas não demora a perceber que é tudo uma grande metáfora. Podendo ser ainda e também uma intensa paranoia de Stone.



Anomalisa é um projeto financiado pelo crowndfunding, onda interessante que tem surtido efeito  mundo afora para ajudar muitos artistas a botarem a cara a tapa e o público que aprecia arte tem abraçado com força. Os produtores conseguiram o valor em dobro do montante necessário para a realização e o longa mostra um trabalho exímio de qualidade e um stopmotion digno de prêmios. Há todo um cuidado com as características físicas dos personagens e também um planejamento prático do manejo deles para mudar feições e posições. Há, aliás, uma cena de nervosismo e muita tensão onde o protagonista até brinca com o próprio rosto.

Vale destacar que direção e roteiro estão de parabéns. Os diálogos são muito bem dosados e as explicações para o nome anomalisa, que mescla o nome de Lisa com anomalia, incluem até uma menção ao Brasil e combina perfeitamente com a mensagem do filme. Kaufman escreveu e dirigiu várias vezes, mas esta é sua primeira animação, por outro lado Johnson e equipe já fizeram um episódio inteiro da série Community em stopmotion e, mesmo assim, demoraram seis meses para filmar e produzir a cena de sexo que há na animação.

Os atores fazem também um trabalho glorioso. Thewlis é um ator extremamente preciso e aqui mostrou isso com força em sua voz e entonações. Jennifer e Noonan haviam trabalhado com Kaufman em 'Sinedóque, Nova York' e se apresentam no ponto certo também. Aliás, Noonan ganha pontos por nos deixar embasbacados com sua voz de mil tons.

A trilha de Carter Burwell revive o clássico ''Girls Just Want to Have Fun'', de Cyndi Lauper, e tem sabores dramáticos que a tornam necessária. A fotografia é emblemática e com a ajuda da captação simbólica de uma paleta voltada para o tom pastel reflete bem os significados de solidão, amor, ou a falta dele, descontentamento e etc que o filme quer passar.

Trailer 



Ficha Técnica
Título original e ano: Anomalisa, 2015. Direção: Duke Johnson e Charlie Kaufman. Roteiro: Charlei Kaufman. Elenco: David Thewlis, Jennifer Jason Leigh, Tom Noonan. Trilha Sonora: Carter Burwell. Fotografia: Joe Passarelli. Edição: Garret Elkins. Direção de Arte: John Joyce. Gênero: Animação, Comédia dramática. Nacionalidade: EUA. Distribuidora: Paramount Pictures. Duração: 01h31min.
Avaliação: Quatro noites delirantes dentro da sua própria cabeça! (4/5 - Indispensável)


28 de Janeiro, nos Cinemas!


See Ya!
B- 

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Irmãs




Com pegada adolescente e lançamento nesta quinta-feira (21), “Sisters” (Irmãs – em português) é um filme divertido e capaz de arrancar risadas de quem o assiste. Com direção de Jason Moore e roteiro de Paula Pell, a película traz como protagonistas a dupla Tina Fey e Amy Poehler, produtoras do projeto.

Conta a história das irmãs Kate (Tina Fey) e Maura (Amy Poehler) ao descobrir que os pais vão vender a casa onde elas cresceram. Kate é uma mãe um tanto desleixada, com problemas profissionais e vive conflito com a filha adolescente. Já Maura é uma enfermeira divorciada que nunca se divertiu muito na vida. Elas reúnem-se para tentar convencer os pais a não venderem a casa, mas quando chegam no local, descobrem que já foi vendida e precisa ser desocupada. Elas resolvem, então, fazer uma festa para marcar a despedida e causam diversos problemas.



A trama, apesar de boba, funciona bem e diverte. Sobretudo devido a interação entre Tina e Amy. Os diálogos ocorrem de maneira fluida, embora, em alguns momentos, soam forçados. Há, cenas, inclusive, que tornam-se dispensáveis (e alguns personagens também), o que deixa o filme arrastado e em alguns momentos é possível se perguntar “que horas vai acabar?”

O elenco presta muito bem a seu propósito. Temos o tarado de plantão, interpretado por John Leguizamo (Kick Ass 2 e A Era do Gelo), a excluída, vivida por Maya Rudolph (Como se fosse a primeira vez) e o estereotipado gordo comediante força-barra [que não tem graça alguma], na pele de Bobby Moynihan (Ted 2). Também participam da produção, nomes como James Brolin (Rocky 4), Dianne Wiest (Edward Mãos de Tesoura) e o lutador John Cena.

A direção fica por conta de Jason Moore (A Escolha Perfeita) e não surpreende. Ele consegue trabalhar bem os diálogos cômicos e dar fluidez às cenas, mas o filme inteiro é básico e sem inovação. Há momentos, inclusive, que assemelha-se a filmes como American Pie e Todo Mundo em Pânico. 

O roteiro de Paula Pell também é raso. Os personagens não têm muita profundidade e conhecemos pouco sobre eles. Não há exatamente uma explicação de suas motivações, exceto a ideia principal do filme e as únicas coisas que se tem conhecimento acerca dos personagens são o que eles falam entre si.

A grande surpresa é a incrível trilha sonora, por ser diversificada e incluir artistas como Mount Saint, Outasight, Ludwig van Beethoven, Joey Carbone, Simply Red, Iggy Azalea, Girl Shine, Icona Pop, Snow, Daft Punk, All-4-One, The Gang, Cameron Forbes e muito mais.
 Trailer


Ficha Técnica: Sisters, 2015. Direção: Jason Moore. Roteiro: Paula Pell. Elenco: Tina Fey, Amy Poehler, John Leguizamo, Dianne Weist, John Cena, Maya Rudolph, James Brolin. Nacionalidade: Eua. Gênero: Comédia. Trilha Sonora: Christophe Beck. Distribuidora: Universal Pictures do Brasil. Duração: 01h58min.

Sisters pode ser uma boa indicação para assistir com o(a) namorado(a) no fim de semana. O filme é divertido e recebe 3/5 na classificação.

21 de Janeiro, nos cinemas!

Por Leandro Lisbôa

Sobre o autor:
I’m Batman (Bem que gostaria)
Chamo-me Leandro, tenho 27 anos e sou jornalista desde 2012. Atualmente estudo Design de Interiores e Letras Língua Inglesa. Gosto de games, de livros e não dispenso uma boa conversa. A cultura pop é um interesse que tem crescido cada vez mais em mim e, por isso, tenho buscado entender mais e falar sobre.Adoro séries e fazer maratona não é nada difícil para mim. E por falar em maratona, também sou apaixonado por esportes.
=D

A 5ª Onda repete e mistura fórmula conhecida de filmes adolescentes


Adaptação do primeiro livro da trilogia do escritor Rick Yancey, o longa teen 'A 5ª Onda' entra em cartaz mundialmente esta semana. Na película, a estudante de high-school Cassie Sullivan (Chloë Grace Moretz) narra o que acontece com o mundo após uma raça de alienígenas invadirem o planeta terra e implementarem um leva de ataques para dizimar a humanidade. O longa tem direção de J Blakeson e roteiro do trio Susannah Grant, Akiva Goldsman e Jeff Pinker.
Sinopse:
A Terra repentinamente sofre uma série de ataques alienígenas. Na primeira onda de ataques, um pulso eletromagnético retira a eletricidade do planeta. Na segunda onda, um tsunami gigantesco mata 40% da população. Na terceira onda, os pássaros passam a transmitir um vírus que mata 97% das pessoas que resistiram aos ataques anteriores. Na quarta onda, os próprios alienígenas se infiltram entre os humanos restantes, espalhando a dúvida entre todos. Com a proximidade cada vez maior da quinta onda, que promete exterminar de vez a raça humana, a adolescente Cassie Sullivan (Chloe Grace Moretz) precisa proteger seu irmão mais novo e descobrir em quem pode confiar.



A protagonista vivida por Moretz é uma adolescente comum que passa a ter uma vida diferente quando uma tragédia aflige o mundo. Logo, ela tem de se defender sozinha e não deixar nada acontecer ao irmão mais novo (Zackary Arthur). Seus conflitos são guiados por trivialidades e a todo instante um novo acontecimento parece não ter um significado mais profundo.

Bem, a trama tem um inicio mediano que, por vezes, parece engrenar, mas não engrena, pois deixa cair o nível e  não cuida de suas pontas soltas. Os atos do filme soam similares a outras produções adolescentes e nem o tom distópico consegue salvar o naufrágio iminente. Além de trazer clichês previsíveis e comuns, o roteiro não fundamenta bem os acontecimentos ou as histórias pessoais dos personagens antagonistas. Ele até consegue fazer você se apegar ao irmão de Cassie (Zackary Arthur) e traz também mais algumas personagens femininas que se evidenciam, contudo, seu placar não é bom. Liev Schreiber e Maria Bello são as únicas atuações de que talvez o público se recorde, não obstante, parecem estar revivendo papeis.


 A direção tenta extrair o máximo da atuação de Moretz, afinal, sua protagonista é quem nos conta a história, porém ela não dramatiza suficientemente bem para que a plateia supere traumas com películas teens recentes. Há uma mistura visível de enredos conhecidos do publico alvo e por mais que tente o longa não surpreende e nem agrada.

 As consequências da má condução do projeto faz dele bobo e repetitivo. A trilha sonora de Henry Jackman até tenta fortalecer o drama e os efeitos especiais são razoáveis, mas nada eleva a película aos céus.

Trailer


Ficha Técnica: The 5th Wave, 2015. Direção: J Blakeson. Roteiro: Susannah Grant, Akiva Goldsman e Jeff Pinker - baseado nos livros de Rick Yancey. Elenco: Chloë Grace Moretz, Ron Livingson, Nick Robinson, Maria Bello, Zackary Arthur, Maggie Siff, Tony Revolori, Alez Roe, Liev Schreiber. Gênero: Ficção Científica, Aventura, Distopia, Teen. Trilha Sonora: Henry Jackman. Nacionalidade: EUA. Distribuidor: Sony Pictures. Duração: 01h57min.

Avaliação: Duas ondinhas numa praia vazia de sentimentos. (2/5 - Dispensável)

21 de Janeiro, nos Cinemas!

See Ya!
B-

Joy: O Nome do Sucesso



Inspirado na história de vida da empreendedora Joy Mangano, inventora de produtos como o ''esfregão milagroso'' entre outros, o longa-metragem JOY traz, na verdade, histórias de mulheres fortes e corajosas que enfrentaram a vida a seu modo e mostraram que iniciativa e oportunidade são capitais que lideram o mercado quando se trata de fazer a diferença. Com direção de David O. Russell e estrelado por Jennifer Lawrence, Robert De Niro, Edgar Ramírez, Bradley Cooper e Diane Ladd, o filme tem estreia marcada para 21 de janeiro.
Sinopse:
Criativa desde a infância, Joy (Jennifer Lawrence) entrou na vida adulta conciliando a jornada de mãe solteira com a de inventora e tanto fez que tornou-se uma das empreendedoras de maior sucesso dos Estados Unidos.

A trama abraça a jornada de vida da protagonista (Lawrence), sua infância, adolescência e a chegada ao mundo adulto bem como suas aspirações a empresária. Personagens masculinos como o pai de Joy (De Niro), o marido (Ramírez) e também o amigo Neil Walker (Cooper) adentram o enredo como alicerces fundamentais para sua caminhada, mas quem delineia alguns dos ótimos conflitos mostrados são as personagens femininas. A avó, vivida pela magnânima Diane Ladd, é uma delas. Uma mulher que sempre proferiu a Joy palavras de incentivo para o seu futuro. A mãe, vivida pela atriz Virginia Madsen,  insere seus dramas pessoais e faz Joy refletir sobre sua vida muito intimamente. A meia irmã Peggy (Elizabeth Röhm) é outra que traz um contraponto a história quando torna tudo uma competição. A madrasta (Isabela Rossellini) é outra que vem como forma de incentivo, além dos desafios que Joy precisa superar para colocar seu negócio em prática sem ter prejuízos exorbitantes.


Aos primeiros momentos da película o espectador se depara com um contexto, todavia, com as viradas de rumo, ideias preestabelecidas vão se distanciando. Por fim, o longa pega ritmo, se acelera e a torcida pelo futuro de Joy se amplifica. Tudo isto devido ao roteiro de David e Annie Mumolo que esbraveja simplicidade, mas ganha pontos por seus ótimos diálogos e tons diferenciados de comédia e drama. A estrutura ainda é contemplada por uma boa edição do grupo Alan Baumgarten, Jay Cassidy, Tom Cross e Christopher Tellefsen, o indispensável figurino de Michael Wilkinson e a fotografia de Linus Sandgreen. A trilha assinada por David Campell e West Dylan Thodson nos faz relembrar hits do passado e ainda se orgulhar de ver 'Águas de Março' sendo enaltecida em língua espanhola.

 O trabalho do elenco é, de um todo, muito bom. Lawrence está ótima (não é à toa que levou trocentas indicações nas premiações da temporada), Cooper e De Niro também. Os três, aliás, encabeçam a lista de atores que gostaram de repetir parcerias com diretores. Diane Ladd e Virginia Madsen ganham personagem ótimas e conseguem dar a elas muita magnitude. Dasha Polanco, Isabela Rossellini e Elizabeth Röhm, completam o time com autenticidade. Há ainda uma pequena participação da apresentadora Melissa Rivers interpretando sua mãe, a saudosa comediante Joan Rivers. A cena é super bem dosada e Melissa ficou idêntica a Joan. 

David O. Russell traz novamente uma história com vigor e muita modéstia e consegue permear um melhor caminho do que em seu longa de 2013, ''A Trapaça''. Sua afinidade com o elenco faz dele um conhecedor radical do que extrair de cada um ali presente, mas é seu olhar incisivo sobre a vida dessas mulheres que ostenta sua boa condução. 

Trailer



Ficha Técnica: Joy, 2015. Direção: David O. Russell. Roteiro: David O. Russell e Annie Mumolo. Elenco: Jennifer Lawrence, Robert De Niro, Bradley Cooper, Edgar Ramírez, Diane Ladd, Elizabeth Röhm, Melissa Rivers, Isabela Rossellini, Dasha Polanco, Virgina Madsen. Gênero: Biografia, Drama, Comédia.  Fotografia: Linus Sandgren. Figurino: Michael Wilkinson. Trilha Sonora: David Campbell e West Dylan Thordson. Edição: Alan Baumgarten, Jay Cassidy, Tom Cross, Christopher Tellefsen. Distribuidor: Fox Filmes. Duração: 02h04min.


Avaliação: Três garrafas de vinho e meio copo de água. (3,5/5 - Bom)

21 de Janeiro, nos cinemas!



See Ya!
B-

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Creed: Nascido Para Lutar


A série ''Rocky'', iniciada lá em 1976, conta a jornada de Robert ''Rocky'' Balboa, um lutador da Filadélfia que ganhou o coração do mundo com seu modesto jeito de ser. O carismático personagem, criado e interpretado pelo ator Sylvester Stallone, é protagonista de seis filmes, o último lançado em 2006. Sua história ganhou ainda mais projeção pela ótima construção do pano de fundo dos filmes e também pelos dramas pessoais de seus personagens antagonistas como o treinador Mickey (Burgess Meredith) o amigo Paullie (Burt Young), a esposa Adrian (Thalia Shire), o filho Júnior (Milo Ventimiglia) e a amizade entre Rocky e o também lutador Apollo Creed (Carl Weathers). Agora, aposentado e em busca de sossego, Balboa é intimado a vencer um novo desafio: voltar ao ringue como treinador de ninguém mais, ninguém menos que o filho de Apollo, Adonis (Michael B. Jordan), iniciando assim uma nova série e passando seu legado a frente.

O longa tem direção de Ryan Coogler (Fruitvale Station: A Ultima Parada) e marca a primeira vez em que Stallone não é roteirista nos filmes sobre Balboa. Assim, quem delineia o futuro destes personagens é o próprio Ryan em parceria com Aaron Covington.
Sinopse:
Adonis Johnson (Michael B. Jordan) nunca conheceu o pai, Apollo Creed (Carl Weather), que faleceu antes de seu nascimento. Ainda assim, a luta está em seu sangue e ele decide entrar no mundo das competições profissionais de boxe. Após muito insistir, Adonis consegue convencer Rocky Balboa (Sylvester Stallone) a ser seu treinador e, enquanto um luta pela glória, o outro luta pela vida.

 O enredo aproxima duas histórias de vida completamente distintas, contudo, que se conectam e se entrelaçam por vários fatores, um deles o desejo da superação. Adonis (Jordan), órfão de pai e mãe, foi obrigado desde cedo a se defender de abusos e perseguições nos orfanatos por qual passou. Mas ao começar a receber ajuda e apoio da ex-esposa (Phylicia Rashad) de seu pai, o garoto conquista uma nova oportunidade de vida. Anos mais tarde, Adonis decide ir em busca do que sempre quis, lutar profissionalmente. Procura então um grande amigo do pai, o ex-lutador Rocky Balboa (Stallone), e pede que o treine.

Aposentando e levando seus dias cuidando de um pequeno restaurante em Filadélfia, Rocky (Stallone) recebe a visita de Adonis e pede ao garoto que desista da idéia e procure um emprego comum. O ex-lutador, já não mais em forma e acrescido de vários anos de experiência, tem de lidar com o espaço vazio deixado pelo filho, pela esposa falecida e pelos amigos que também já se foram.Todavia, Balboa e Adonis iniciam uma amizade e aos poucos um auxilia o outro a vencer obstáculos do passado e do presente. O rapaz também conhece a cantora Bianca (Tessa Thompson) e ganha motivos extras para perseguir seu tão sonhado futuro.

Adonis Creed (Michael B. Jordan) e Apollo Creed (Carl Weathers), separados pelo ringue e unidos pelo amor à luta.

O elenco tem tamanho e intensidade. Se modela por seu frescor e também por sua experiência. Stallone emociona de uma forma distinta que das outras vezes. Os dramas de Rocky aqui se elevam e dão ao ator a chance de mostrar uma nova faceta, a velhice do personagem e a sua própria maturidade. Para quem assistiu ou está acompanhando as noticias dos prêmios, o ator ganhou o Globo de Ouro de melhor performance coadjuvante em filme dramático e tem grandes chances de levar indicações ao Oscar. Michael B. Jordan, que trabalhou com Coogler em Fruitvale Station: A Última Parada, faz novamente um excelente trabalho e galga espaço para o futuro de Adonis com muita consistência. Phylicia Rashad, que interpreta a viúva de Apollo, se faz necessária e conduz conflitos distintos na vida de Adonis, Tessa Thompson vive uma cantora que se envolve com o jovem lutador e dá a trama seus próprios dramas, não sendo ali somente decoração. Os atores que vivem os adversários de Adonis, André Ward e Tony Bellew também trazem muito aprendizado.

Adonis (Michael B. Jordan) e Rocky Balboa (Sylvester Stallone) na famosa escada do Museu de Arte da Filadélfia, Pensilvânia.
 A condução de Coogler é certeira e define o tom vencedor da trama. Ela se inicia um pouco lenta, mas vai alcançando ritmo. Os dramas acompanham bem a mensagem do filme e a edição de Claudia Castello e Michael P. Shawver confirmam isto. 

A trilha sonora reage ao contexto do enredo e deixa de lado tons conhecidos para buscar o seu próprio. É enfática em melodias mais modernas e faz uso do Hip Hop, mas aqui e ali Ludwig Goransson nos faz relembrar momentos emblemáticos da série. A introdução de uma personagem mais artística (a namorada de Adonis é cantora) também traz uma boa carga musical. 

Em suma, o filme nos ganha pela história de Rocky, mas a força que Adonis demonstra consolida a vontade de vê-lo no futuro. Aliás, já está confirmado que haverá uma continuação em 2017. 


 Trailer

 

Ficha Técnica: Creed, 2015. Direção: Ryan Coodgler. Roteiro: Ryan Coogler e Aaron Covington - Baseado nos personagens criados por Sylvester Stallone. Elenco: Michael B. Jordan, Sylvester Stallone, Tessa Thompson, Phylicia Rashad, Andre Ward, Tony Bellew, Richie Coster e Graham McTavish. Trilha Sonora Original: Ludwig Goransson. Edição: Claudia Castello e Michael P. Shawver. Gênero: Drama. Nacionalidade: EUA. Distribuidor: Warner Bros. Duração: 02h14min.
  Avaliação: Te vence por três rounds e meio (3,5/5 - Bom) ! ! !

 HOJE NOS CINEMAS!!!

See Ya!
B-

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Spotlight - Segredos Revelados


O papel social que a imprensa deve desempenhar na sociedade é uma das tarefas mais árduas que ela tem de exercer. Principalmente, pela questão das pressões políticas e do poder privado que lhe intima, zerando assim sua liberdade. Quando há corrupção dentro dela então, o tempo fica nublado e o ambiente propenso a esconder a sujeira alheia e a ''acobertar'' atitudes sem noção. Em 'Spotlight: Segredos Revelados', filme dirigido por Tom McCarthy, jornalistas do jornal Boston Globe tiram as vendas dos próprios olhos para ajudarem a denunciar um dos maiores casos de abuso de poder que a Igreja Católica cometeu em uma cidade norte americana. Baseado em fatos reais, o longa traz Michael Keaton, Rachel McAdams, Mark Ruffalo, Stanley Tucci, Billy Crudup, Liev Schreiber, John Slattery e Brian D'Arcy James, no elenco.

Sinopse
Baseado em uma história real, o drama mostra um grupo de jornalistas em Boston que reúne milhares de documentos capazes de provar diversos casos de abuso de crianças, causados por padres católicos. Durante anos, líderes religiosos ocultaram o caso transferindo os padres de região, ao invés de puni-los por seus atos.
Liderados pelo novo editor do jornal, Marty Baron (Liev Scheiber), o time spotlight, departamento do periódico incumbido em fazer reportagens investigativas, começa a apurar casos de abusos sexuais sofridos por crianças, jovens e adultos, enquanto viviam no ambiente religioso. Walter Robbinson (Michael Keaton) é o cabeça do time, Sasha Pfeiffer (Rachel McAdams) é a responsável por entrevistar as vitimas, Mike Rezendes (Mark Ruffalo) é quem sempre está no pé da justiça e Matt Carol (Brian D'Arcy James) corre atrás dos dados que informam onde esses possíveis agressores religiosos residem.

O time é, de certa forma, auxiliado por dois lados da justiça. O integro e o corrompido. Ambos representados pelos advogados Mitchell Garabedian (Stanley Tucci), Eric Macleish(Billy Crudup) e também Jim Sullivan (Jamey Sheridan). Outro fator essencial é lhes fornecido por um ex-padre que trabalhou em pesquisas sobre o assunto e tem dados precisos sobre a quantidade de membros da Igreja que podem ter cometido abusos do tipo. Ademais, a equipe tem ainda de lidar com a própria cegueira perante denúncias feitas em anos anteriores.


A trama é para os fortes. Não por conter cenas pesadas. O que não há. Mas sim pela temática e por sua complexidade. Casos como este indignam a todos e nos faz questionar por quanto tempo fechamos os olhos e deixamos acontecer tamanhas injustiças e crueldades. Os próprios fiéis não conseguem crer que aquele que lhe prega o sermão todos os domingos pode ser capaz de cometer qualquer tipo de ato mal intencionado. Afinal, ele carrega a palavra de Deus, e, portanto, é um santo. Acoplado a este pensamento vem o papel forte que a Igreja Católica tem na comunidade política em todo o mundo. Hoje em dia, ela procurar alcançar a todos com outra abordagem, mas sabe de seus pecados e é por isto que tenta não cometer os mesmos erros do passado.

A produção entrega um resultado bem dosado e sem exageros melodramáticos. O roteiro é uma parceria do diretor Tom McCarthy e Josh Singer e esqueleta bem o projeto. A condução de Tom lidera o time de atores para momentos leves e tensos e consegue empregar o timbre certo para a película. A edição se contêm e não há enrolação. O elenco casa perfeitamente com os personagens e Mark Ruffalo e Michael Keaton podem até ter chances nas premiações que vem por ai.

O filme, inclusive, já ganhou alguns prêmios de melhor do ano e tem nomeações para o Globo de Ouro (Direção, Roteiro e  Melhor do ano) e para o Screen Actors Guild ( Melhor Elenco).

Trailer


Ficha Técnica: Spotlight, 2015. Direção: Tom McCarthy. Roteiro: Josh Singer, Tom McCarthy. Elenco: Michael Keaton, Rachel McAdams, Liev Schreiber, John Slattery, Brian D'Arcy James, Stanley Tucci, Mark Ruffalo, Jamey Sheridan, Billy Crudup, Neal Huff. Nacionalidade: Eua. Gênero: Drama, Biografia. Distribuição: Sony Pictures. Duração: 2h08min.

A dica é não enxergar tudo como verdade e duvidar sempre!

AVALIAÇÃOQuatro mil anos não serão o suficiente para entender casos assim (4/5- Muito Bom!).

Hoje nos Cinemas!
Classificação: Não recomendado para menores de 12 anos.


See Ya!
B-

De Quentin Tarantino : Os Oito Odiados


Rodeado de incertezas e polêmicas, o oitavo filme de Tarantino, Os Oito Odiados, iniciou seu circuito de estreias ao redor do globo logo após o natal. No Brasil, o longa começou a ser visto, em pré-estreias nas capitais, desde o dia 01 de janeiro, mas oficialmente esta quinta-feira (07), marca a estréia oficial da película em telas nacionais. Seu formato diferenciado em 70mm rodado com as lendárias lentes panavision, infelizmente, não será visto em todos os cinemas (pelo menos não por aqui) devido ao uso da tecnologia digital. Contudo, nos Estados Unidos, grande maioria dos exibidores irá disponibilizar salas com o equipamento especialmente instalado para passar o filme (culpem a generosa Weinstein Company).

Seguro de onde quer chegar, Tarantino, volta ao velho oeste, mais uma vez, e nos embala com suas referências magnânimas de obras de seus diretores prediletos, e claro nos contempla com links de seu próprio trabalho. Se mostrando talvez mais cauteloso, consegue aqui sua tão sonhada parceria com o compositor Ennio Morricone, que pela primeira vez assina a trilha do diretor. Não somente tendo suas obras licenciadas para uso, como em outras produções de Quentin.
Sinopse: Durante uma nevasca, o carrasco John Ruth (Kurt Russell) está transportando a famosa Daisy Domergue (Jennifer Jason Leigh) até a cidade de Red Rock, onde ele espera troca-la por uma grande quantia de dinheiro. Por acaso, durante esta jornada, ele encontra pelo caminho o caçador de recompensas Marquis Warren (Samuel L. Jackson), que está de olho em outro tesouro, e o xerife Chris Mannix (Walton Goggins), prestes a assumir seu posto em Red Rock. Com o mal tempo, Ruth decide ajudar os viajantes a chegarem em seu destino, todavia, como as condições climáticas pioram, eles buscam abrigo no Armazém da Minnie, onde quatro outros desconhecidos estão abrigados. Aos poucos, os oito viajantes no local começam a descobrir os segredos sangrentos uns dos outros, levando a um inevitável confronto entre eles. 


Robustamente artístico, Os Oito Odiados, é mais uma vez um trabalho delicado e costuradinho de Quentin. Elencado de um conjunto de elementos belamente estruturados e bem desenvoltos - roteiro, trilha, fotografia, direção de arte e figurino, a obra se conduz e se estabelece bem.

Os diálogos revelam o que tem de melhor na escrita do roteirista e diretor, sua trama se põe de uma forma mais densa e Quentin faz um cameo divertido como narrador, ao invés de ator. Descobrimos conexões familiares com um ou outro personagem de sua filmografia e somos postos à prova com o seu jeito notável de mostrar a violência em tela. Temas como a criminalidade, o racismo e a imigração entram em questão e apertam a ferida e a história da guerra civil americana ganha um palco bem montado para se mostrar.

O casting de Victoria Thomas é adequado. Samuel L. Jackson brinda sua sexta parceria com Quentin e aqui tem um protagonista mais ferrenho que das outras vezes. Os atores Walton Giggons e Démian Bichir combinam perfeitamente com seus papéis de 'caipira' e de 'mexicano misterioso'. Kurt Russell é parceiro de Jackson e é quem olha para a situação com desconfiança. Tim Roth, Michael Madsen e Bruce Dern são peças coringas que também trazem mistério ao enredo. E Jennifer Jason Leigh nos agracia com uma mulher que é o centro da trama e que liga os pontos do que está acontecendo, mas ao mesmo tempo se condiciona a deixar estes homens agirem como se estivessem no controle. 


A edição de Fred Raskin, que também editou Django Livre (2012), é muito maior do que se espera e prefere deixar todos os dialógos dominarem as cenas, do que enxugá-las.

Por favor, deêm muita a atenção a duas coisas: a fotografia que tá tipo TÃO LINDA QUE DÁ VONTADE DE EMOLDURAR e a trilha que faz a tensão subir e cair a todo momento. (Quem sou eu para falar mal de Ennio Morricone, longe de mim).

A cereja do bolo fica por conta da participação inusitada do ator pop Channing Tatum. E a produção foi super perspicaz ao divulgar poucas fotos do astro no longa.

Uma baita surpresa ver Channing Tatum saindo dos papéis de heróis ou de namorado bobão e caindo na farra das gangues do velho oeste.

Em suma, não tem como julgar ser a melhor coisa que o diretor já fez, mas está ali perto. (Mas de cinéfilo para cinéfilo, Bastardos Inglórios continua sendo meu predileto do Tininho).

Trailer

Ficha Técnica
Título original e ano: The Hateful Eight, 2015. Roteiro e Direção: Quentin Tarantino. Elenco: Samuel L. Jackson, Tim Roth, Kurt Russell, Jennifer Jason Leigh, Démian Bichir, Bruce Dern, Walton Goggins, Michael Madsen, Zoë Bell, Dana Gourrier, Gene Jones, Keith Jefferson, Craig Stark, Belinda Owino e Channing Tatum. Trilha Sonora Original: Ennio Morricone. Fotografia: Robert Richardson. Figurino: Courtney Hoffman. Casting: Victoria Thomas. Edição: Fred Raskin. Direção de arte: Richard L. Johnson. Nacionalidade: EUA. Gênero: Faroeste. Distribuição: Diamond Filmes. Duração: 02h48min.

AVALIAÇÃO: Quatro cowboys sujos e mal intencionados mandando bala pelo saloon.(4/5 - Faltou pouco pra ser excelente)

HOJE NOS CINEMAS!
Classificação: Não recomendado para menores de 18 anos

See Ya!
B-