Preparem seus corações, pois, “Room” (O Quarto de Jack – em português) é um filme capaz de arrancar lágrimas até se você tiver parentesco com O Coisa, do Quarteto Fantástico.
Com estreia prevista para esta quinta-feira (18), o filme conta a história de Joy (Brie Larson), uma jovem mulher que divide um pequeno espaço com o filho Jack (Jacob Trembley), de cinco anos. Ela se encarrega de fazer o menino acreditar que o mundo inteiro existe naquele pequeno espaço, o que dá tom a boa parte da trama.
O elenco é incrível e parece ter sido escolhido a dedo. Brie Larson está impecável na pele de Joy e consegue transmitir vários sentimentos apenas com suas expressões faciais. A aparência apática com que ela se encontra dá um tom a mais de sofrimento e, apesar de tudo isso, seu personagem consegue passar coisas positivas a seu filho. Jacob Trembley [alguém dá um Oscar para esse menino, por favor] é perfeito. Ele consegue ser a criança inocente e curiosa ao mesmo tempo em que é enfático, decidido e cheio de certezas. A forma espontânea de atuação dele faz a gente esquecer completamente que é tudo um filme.
Joan Allen interpreta (Nancy) a mãe de Joy e tem sua importância na trama. É ela quem cuida de Jack e proporciona diálogos muito bons com ele. Já o pai, vivido por William H. Macy, tem um personagem importante, mas a atuação não convence (qualquer outra pessoa pode interpretar o papel que vai dar na mesma). Também estão no elenco Jee-Yun Lee, Randal Edwards, Justin Mader, Sean Bridgers, Wendy Crewson, Matt Gordon e Joe Pingue.
A direção de Lenny Abrahamson (Frank) dá bom tom ao filme. A palheta de cores é bem voltada ao melancólico e mais cores só são vistas mais para o meio fim da produção. O enquadramento dentro do quarto é muito bom e, em alguns momentos, a gente sente a falta de espaço. Um destaque é a escolha da narração de diversos trechos da história ser contada na voz do pequeno Jack (o que dá a entender que essa pode ser a perspectiva dele da história). Em alguns momentos, a relação entre Jack e Joy lembra o vivido no filme A Vida é Bela entre Guido (Roberto Begnini) e Joshua (Giorgio Cantarini).
O roteiro, de Emma Donoghue, é ótimo, o que pode ser justificado pelo fato de ela ser, também, a escritora do livro que possui o mesmo nome. Seus personagens têm peso e levam a trama para frente desde a policial (Amanda Brugel) que dá atenção ao encontrar Jack até Nancy (Joan Allen), mãe de Joy. Os diálogos soam naturais e são capazes de fazer o espectador ter reações diversas a cada fala. A gente fica torcendo para que tudo dê certo.
A trilha sonora dá o tom que faltava para te prender à produção. Os encaixes de som e imagem são perfeitos e transportam para a trama, fazendo sentir, ainda mais, o peso dramático da história.
Room é uma boa indicação de drama e eu recomendo que você leve lencinhos de papel ou uma toalha para secar as lágrimas que podem cair ao longo dos 118 minutos de produção.
Trailer
Ficha Técnica: The Room, 2015. Direção: Lenny Abrahamson. Roteiro: Emma Donoghue. Elenco: Brie Larson, Jacob Tremblay, William H. Macy, Matt Gordon, Amanda Brugel, Sean Bridgers, Joan Allen, Jee-Yun Lee, Randal Edwards, Justin Mader, Sean Bridgers, Wendy Crewson e Joe Pingue. Nacionalidade: Irlanda e Canadá. Gênero: Drama. Trilha Sonora: Stephen Rennicks. Distribuidora: Universal Pictures do Brasil. Duração: 01h58min.
Nota: 4,5/5.
18 de Fevereiro, nos cinemas!
Por Leandro Lisbôa
Sobre o autor:
I’m Batman (Bem que gostaria)
Chamo-me
Leandro, tenho 27 anos e sou jornalista desde 2012. Atualmente estudo
Design de Interiores e Letras Língua Inglesa. Gosto de games, de livros e
não dispenso uma boa conversa. A cultura pop é um interesse que tem
crescido cada vez mais em mim e, por isso, tenho buscado entender mais e
falar sobre.Adoro séries e fazer maratona não é nada difícil para mim. E
por falar em maratona, também sou apaixonado por esportes.
=D
=D
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Pode falar. Nós retribuímos os comentários e respondemos qualquer dúvida. :)