quinta-feira, 31 de março de 2016

Casamento Grego 2


Ultimamente alguns filmes de grande sucesso do passado tem ganho continuações um tanto quanto inesperadas. Zoolander foi um deles e agora chegou a vez de Casamento Grego, longa de 2002 produzido pela dupla Tom Hanks e Rita Wilson.

A sequencia da história eleva a nivel hard o 'extremismo tradicional' já conhecido da família mais grega do universo, os portakalos. Se em um primeiro momento a missão de vida dos familiares de Toula (Nia vardalos) eram fazer dela uma mulher casada e com filhos. Neste aqui, quem troca de papéis com a ex-agente de turismo é sua filha, Paris (Elena Kampouris).

Casamento Grego 2 entra em cartaz hoje (31), nos cinemas nacionais, e tem direção de Kirk Jones.


Toula (Vardalos) e Ian (John Corbett), casados há anos, agora já não tem mais o que se preocupar, pois a filha crescida está quase indo para universidade. Opa, calma lá. Eles tem sim. Tem que escolher a universidade da jovem. Afinal, Toula vem de uma família super controladora e,claro, não deixaria de repetir os erros dos pais. Estes que, por sinal, são quase donos do filme. Protagonizando grande parte das cenas e deixando espaço aqui e ali para a filha aparecer e mostrar que todo casamento cai onde sempre deve cair, na rotina. Não é à toa que a tia, mais ousada e sem papas na língua, precisa tomar a frente e novamente incentivar Toula a se querer bonita e a deixar Ian ainda mais encantado com ela.

Agrega-se ao enredo, a descoberta da sexualidade de Angelo (Joey Ex-Nsync Fatone) e também a incessante busca da família por um namorado grego para Paris. A moça que, aliás, repete o comportamento da mãe por querer se afastar de tanto controle e de tanto amor sufocante. Mas também não deixa de ser atacada pelas ironias do destino. Os vizinhos deste grande aglomerado de gregos apenas olham com horror e fazem seu papel convencional de xeretas.


Não restam dúvidas de que Nia como roteirista tenta sempre trazer uma história caricata do que pode ou não se passar em alguns clãs por ai. Exagera com louvor ao descrever diálogos extremamente comuns e tradicionais ( do tipo que seus tios te falam naquela festa de família que você foi obrigado a ir senão ficaria de castigo) e nos relembra de que os costumes e tradições, quase sempre, enchem o saco.

A direção de Jones é tão leve quanto a de Joel Zwick no primeiro filme. A diferença é que naquele o olhar do condutor faz um recorte mais especifico e aqui ele é mais abrangente do que se espera.

O elenco retorna em peso para a produção e se sai ainda mais tosco que em sua primeira conexão. Elena Kampouris, atriz que interpreta a filha da personagem de Nia, tem um bom desempenho também e traz a cópia fiel da adolescente gótica que só quer ser alguém por ela mesma e não pelos outros. O jogo se focando aqui nos pais de Toula também dão aos atores oportunidade de demonstrarem que a zuera dessa família não tem limites e não se paga em prestações. 

Assim, Casamento Grego 2 traz ao espectador um retrato que pode ou não agradar, mas que não sai da linha do que fora apresentado por seu antecessor, lançado nos anos 2000.

Trailer


Ficha Técnica: My Big Fat Greek Weeding 2, 2016. Direção: Kirk Jones. Roteiro: Nia Vardalos. Elenco: John Corbett,  Joey Fatone, Lainie Kazan, Michael Constantine, Andrea Martin, John Stamos, Rita Wilson, Nia Vardalos, Elena Kampouris, Gia Carides, Alex Wolff. Gênero: Comédia, Romance. Nacionalidade: EUA. Distribuidor: Universal Pictures do Brasil.

Avaliação: Dois olhares constrangedores diante de uma igreja cheia (2/5)

31 de Março, nos Cinemas!


See Ya!
B-

quinta-feira, 24 de março de 2016

Batman vs Superman: A Origem da Justiça


Infelizmente, o mundo no qual vivemos é um lugar formado por divisões, ou você está do lado a ou do lado b. Ou defende x ou é contra y. É assim para a política, para a vida pessoal, para o trabalho, para o esporte e até para os gostos culturais. Ou você gosta disto ou daquilo. Ou você torce pelo Batman ou fica do lado do Super-Homem. E foi o que o amante da DC Comics, Zack Snyder, preferiu deixar o público fazer por ele: escolher um lado - algo tão difícil de se fazer nos dias atuais, principalmente, por terras tupiniquins. Em 'Batman vs Superman: A Origem da Justiça', o espectador não só tem a chance de preferir por quem torcer como também ganha a oportunidade de ver novamente personagens tão icônicos e grandiosos em um adaptação para as telas.

Estrelado por Ben Affleck, Henry Cavill, Gal Gadot, Jesse Eisenberg, Amy Adams, Jeremy Irons, Diane Lane e Laurence Fishburne, o longa entra em cartaz nesta quinta-feira (24).
Sinopse:
O confronto entre Superman (Henry Cavill) e Zod (Michael Shannon) em Metrópolis fez com que a população mundial se dividisse acerca da existência de extra-terrestres na Terra. Enquanto muitos consideram o Superman como um novo deus, há aqueles que consideram extremamente perigoso que haja um ser tão poderoso sem qualquer tipo de controle. Bruce Wayne (Ben Affleck) é um dos que acreditam nesta segunda hipótese. Sob o manto de um Batman violento e obcecado, ele investiga o laboratório de Lex Luthor (Jesse Eisenberg), que descobriu uma pedra verde que consegue eliminar e enfraquecer os filhos de Krypton.

Logo que a película se inicia, somos levados ao mundo sombrio de Bruce Wayne (Affleck) e relembrados de seu trágico passado ao tom cansado de sua voz projetada no futuro. Um futuro conturbado e repleto de acontecimentos que lhe incitam raiva e ódio do tão adorado Homem de Aço (Cavill). Tanto Bruce quanto a sociedade iniciam um julgamento feroz de Super Man. Por outro lado, Clark Kent começa a perceber que as atitudes de Batman também não são as melhores possíveis. Aqui e ali são jogadas deixas para o espectador de que está acontecendo uma manipulação da situação por alguém que quer ver o jogo ferver. Louis Lane (Amy Adams), repórter do planeta diário, suspeita de algo e começar a investigar, enquanto os super-heróis travam um duelo interminável. Ademais, somos apresentados a um novo grupo de heróis, entre eles: Diana Prince aka Mulher Maravilha (Gal Gadot) e os chamados Meta Humanos: Aquamen (Jason Momoa) e Flash (Ezra Miller).

Clark Kent, Lex Luthor e Bruce Wayne
Zack lança mão de um roteiro que se inspira e condensa várias HQ's juntas. Sua direção é mais rápida do que se espera e ele abstrai bons fluidos de seu elenco, contudo, não há uma conquista positiva como conjunto. Não como em seus longas mais prestigiados '300' e 'Homem de Aço'. Sua fórmula se perde e ele não alcança um tom fixo para o filme.

O roteiro é da dupla Chris Terrio (Argo) e David S. Goyer (Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge). Eles usam das ideias apresentadas nos quadrinhos para, novamente em um filme de super herói, criar um universo paralelo que se encaixe bem no cinema. Esquecem que Batman e Superman duelam em seu mundo muito depois de formarem a liga da justiça. Ligam enredos que se desdobram em suas jornadas próprias dentro de uma trama para os dois. Introduzem os personagens que vão chegar, num futuro próximo, nos longas 'Liga da Justiça e Liga da Justiça parte II' e também dão a chance do público ver seus heróis duelarem com vilões poderosos. Batman ganha uma nova roupagem, talvez não a mais satisfatória, e deixa grandes perguntas em muitas das cenas, enquanto, o Homem de Aço continua sua trajetória, iniciada em 2013.

Affleck não dá o seu melhor, porém ainda não tem aqui a pior atuação de sua vida. Jesse Eisenberg nos agracia com um Lex Luthor além da sanidade, sem ir para o circo, e se mantém razoável. Gal Gadot, atriz israelense escolhida para ser a tão venerada Mulher Maravilha, adentra o enredo sem uma motivação muito forte e somente nas cenas finais se despe de sua fraqueza. Jeremy Irons é a personificação de mais um Alfred perfeito! E Henry Cavill, Laurence Fishburne e Amy Adams são adequados ao que lhes é solicitado.

As aparições (de segundos) da trupe que vem por ai é deliciosa e o ponto mais acertado do filme.

Superman, Mulher Maravilha e Batman
Hans Zimmer e Junkie XL fazem parceria na composição da trilha, mas não se impõem com tanta força. O time enorme de efeitos especiais se destaca, mais ou menos, o mesmo tanto que o excelente figurino de Michael Wilkinson. Ver Batman de SPICETÊNIS foi inesquecível, obrigada!

Trailer

Ficha Técnica: Batman v Superman: Dawn Of Justice, 2016. Direção: Zack Snyder. Roteiro: Chris Terrio e David S. Goyer inspirados nos personagens criados por  Bob Kane, Bill Finger,  Jerry Siegel, Joe Shuster. Elenco: Ben Affleck, Henry Cavill, Amy Adams, Jesse Eisenberg, Diane Lane, Kevin Costner, Laurence Fishburne, Diane Lane, Jason Momoa, Erza Miller, Jeremy Irons, Callan Mulvey, Tao Okamoto, Holly Hunter, Gal Gadot, Scott McNairy, Lauren Cohan, Jeffrey Dean Morgan, Michael Shannon. Nacionalidade: EUA. Gênero: Ação, Aventura, Fantasia. Trilha Sonora Original: Hans Zimmer e Junkie XL. Figurino: Michael Wilkinson. Distribuidor: Warner Bros. Duração: 02h33min.
Um filme medianamente soturno que não alavanca louvores, mas que, com certeza, poderia ser pior.


Avaliação: Dois tiros de kryptonita e meio (2,5/5).


Não recomendado para menores de 12 anos!
24 de Março, nos cinemas!


See Ya!
B-



Ps: 3D totalmente dispensável!

Visite também:
http://wbpsites.com/batmanvsuperman/br/

quarta-feira, 16 de março de 2016

Ressurreição

 

 Chegando ao público em uma época que o demanda, Ressurreição, longa do diretor Kevin Reynolds (Waterworld - O Segredo das Águas), se abstrai de todo um processo doloroso da conhecida história de Yeshua (Cliff Curtis), como Jesus é chamado no filme, para fazer um recorte distinto e mostrar a jornada do filho de Deus de um outro ponto de vista. A película traz os atores Joseph Fiennes e Tom Felton nos papéis principais.

Sinopse:
Às vésperas de um levante em Jerusalém, surgem rumores de que o Messias judeu ressuscitou. Um centurião romano agnóstico e cético (Joseph Fiennes) é enviado por Pôncio Pilatos para investigar a ressurreição e localizar o corpo desaparecido do já falecido e crucificado Jesus de Nazaré, a fim de subjulgar a revolta eminente. Conforme ele apura os fatos e ouve depoimentos, suas dúvidas sobre o evento milagroso começam a sumir. 
A trama se mostra leve frente a outras que preferiram focar em um fanatismo religioso extremo. Não escolhe lados e propõe uma interessante visão onde um agnóstico absorto de tudo que estava acontecendo começa a examinar os fatos e, de certa forma, crer no que se apresenta perante ele.


O elenco é totalmente deixado para trás aqui. A condução de Reynolds não satisfaz. Ele consegue sublinhar as performances de Fiennes e Felton como as principais, mas fora estas, nem Cliff Curtis ~ que interpreta Jesus ~ se sobressai.

O ritmo da produção não alimenta sua boa intenção e todos os detalhes bem trabalhados como figurino, fotografia e edição não a deixam consistente. As atuações de Fiennes e Felton estão pra lá de razoáveis, o que decepciona por serem tão bons atores, mas isto, como dito antes, aparenta ser uma das características da má direção.

A trilha sonora original, composta por Roque Baños (No Coração do Mar), escolhe características muito plausíveis da música árabe e torna estes elementos protagonistas marcantes que conduzem a trama em diversos momentos.



Acredita-se que a tentativa de ser leve aqui desvaloriza alguns elementos da histórica jornada do Messias, por outro lado, para um público herege a apresentação pode até ser interessante e para os religiosos mais ainda. Principalmente, por mostrar que o desconhecimento não é de um todo o fim do mundo já que ao se aproximar de Yeshua, Clavius, personagem de Fiennes, tira conclusões próprias do que pode ter ou não acontecido, mas nem por isto também vira um fanático. Na verdade, suas escolhas o levam para lugares acertados e o tiram de um apadrinhamento que lhe sugava as forças.

Somos poupados de cenas fortes como o visto em 'Paixão de Cristo' (2004), contudo, o esqueleto da história está ali.


Ressurreição não é filme para qualquer público, devido ao tema, claro. Além disso, sua fórmula não gera um resultado positivo e engrandecedor.

Trailer




Ficha Técnica: Risen, 2016. Direção: Kevin Reynolds.  Roteiro:  Kevin Reynolds e Paul Aiello. Elenco: Peter Firth, Cliff Curtis Joseph Fiennes, Tom Felton, Antonio Gil, Maria Botto, Mark Kileen. Gênero: Drama, Histórico. Distribuidor: Sony Pictures. Duração: 01h48min.

Aos bons e aos maus religiosos, o filme deve ser um atrativo.

Avaliação: Dois cajados quebrados (2/5 -Tedioso de uma forma impágavel )



17 de março, nos cinemas!


See Ya!
B-

segunda-feira, 7 de março de 2016

A Série Divergente: Convergente



O penúltimo filme da série Divergente chega aos cinemas do Brasil dia 10 de março, uma semana antes dos Estados Unidos. Coisa boa para nós, que podemos assistir ao filme antes dos gringos. Incluindo aquelas deliciosas sessões lotadas de fãs à 00h01 da madrugada.

A Série Divergente: Convergente


Lançamento 10 de março de 2016 (2h1min)
Direção Robert Schwentke
Elenco Shailene Woodley, Theo James, Miles Teller, Ansel Elgort, Naomi Watts, Octavia Spencer, Jeff Daniels
Gênero
Ficção científica , Aventura , Ação
Nacionalidade EUA


Convergente se inicia logo após a mensagem reveladora de Edith Prior, quando os moradores de Chicago são informados que foram isolados do resto do mundo para viverem divididos em facções até que paz fosse restaurada e que existia vida depois do muro, era só chegar.
A sociedade dividida em facções acabou, mas rebeliões estão cada vez mais constantes. Evelyn, líder dos sem-facção, tomou conta da cidade e instalou um regime de ditadura, bem parecido com a anterior.
Tris está decidida a descobri o que tem do outro lado do muro apesar da imposição de todos. Ela, Quatro, Peter, Caleb e Christina fogem para se aventurar além do muro e descobrir se ainda existe alguma coisa lá fora. Ao chegarem eles se deparam com a existência de uma nova e futurista sociedade. E a adaptação à nova realidade pode ser bem mais difícil do que parece.

É interessante perceber como as perspectivas dos personagens são diferentes, dependendo do lugar onde foram designados no Departamento. A nova posição de Tris como “pura” me fez pensar como é difícil ter empatia pelo outro quando se vive com privilégios. A visão que ela tem da nova sociedade é completamente diferente da de Quatro, Peter, Christina ou Caleb, já que estes estão em um lugar sem tantas vantagens.


Do primeiro filme, Divergente - lançado em 2014, para cá alguns dos atores ficaram mais famosos - não apenas devido a franquia. Shailene Woodley e Ansel Elgort protagonizaram o drama adolescente A Culpa é das Estrelas, também de 2014. O filme foi hit, e fez o rosto deles bem mais conhecido no público. Mas Miles Teller explodiu nesse período, além do filme independente Two Night Stand, ele fez parte do remake de O Quarteto Fantástico e do vencedor do Oscar Whipsplash. Essa fama do Miles nas telas conseguiu mais espaço para ele dentro de Convergente. O personagem dele tem bastante destaque, em situações que certamente ele não teria se não tivesse virado estrela de Hollywood. Peter sempre vem com aquele comentário ácido ou engraçadinho para aliviar uma cena mais tensa.


A Série Divergente: Convergente trás de volta aquela empolgação do primeiro filme da saga, que pulou Insurgente. Me pegou de um jeito que saí da sala radiante, sabe aquela sensação "por isso que sou fã desse negócio".



Abraço!

Fernanda

sexta-feira, 4 de março de 2016

Fight like a girl: Jessica Jones

Artigo originalmente publicado no Blog da Galera Record.


Jessica Jones foi um presente fabuloso que Marvel e Netflix nos deram neste final de ano. Vou falar aqui como uma fã de séries comum, não sou adepta das histórias em quadrinhos. Então não se assustem, ou me julguem, mas eu nunca tinha ouvido falar dessa tal de Jessica Jones antes da Netflix divulgar que iria fazer a série. Então foi mais ou menos assim, eu fui lá assistir à série e me deparo com essa mulher forte, solitária e corajosa. Como de costume, fui procurar saber mais com meu amigo Google. Com mais noção do universo em que ela vive (não, eu não assisti e nem li o Demolidor) e mais conhecimento de alguns dos personagens foi tranquilo seguir os episódios.
Krysten Ritter, de Breaking Bad e Don’t Trust the B* in Apartment 23, foi a escolhida para interpretar a super-heroína. Mesmo não conhecendo a personagem, fiquei um pouco intrigada com a escolha da atriz. Já a conhecia de vários filmes e séries no melhor estilo “comédia romântica”, então fiquei meio na duvida ao imaginá-la interpretando uma personagem que não tivesse o estilo da melhor amiga da Becky Bloom ou da roomate folgada de Apartment 23. E foi uma surpresa muito boa! Se você a conhece pelos papéis mais água com açúcar, pode confiar, ela arrasa.


A série não trás aquela coisa de fantasia da HQ, Jessica não aparece usando uniforme, não voa e está longe de ser aquela típica heroína que estamos acostumados. Ela é bem “gente como a gente”, isso faz a série chamar tanta atenção, tem problemas reais, trabalho real, apartamento real. A moça usa seus poderes só no trabalho, ela é detetive particular. E nesse meio tempo, Jessica tem algumas visões perturbadoras. A gente (se você, como eu, não conhece a história) só começa a entender isso lá pelo terceiro episódio quando o vilão, interpretado pelo David Tennant (os whovians gritam!) aparece. Kilgrave tem o poder de controlar mentes; as pessoas fazem tudo que ele manda. O cara é obcecado pela Jessica, de quem se aproveitou no passado, e, quando ele volta, ela tem que lutar para sobreviver e resistir aos abusos do vilão.

Essa relação abusiva de que ela tenta se livrar, trouxe à tona um problema que muita mulheres sofrem. A luta que ela tem todo dia para se manter longe das garras dele é uma alusão clara aos relacionamentos abusivos que estão por toda parte. Disfarçados de “quem ama cuida”, ou seja qual for a desculpa esfarrapada que caras babacas dão para serem abusivos com suas companheiras. Não vou me estender nesse tópico, mas recomendo algumas leituras:


Krysten Ritter: ‘Jessica Jones é feminista com F maiúsculo':  http://www.brasilpost.com.br/2015/12/08/jessica-jones-feminista_n_8747884.html  

Jessica Jones e relacionamentos abusivos: 
http://literatortura.com/2015/11/jessica-jones-e-relacionamentos-abusivos/

Jessica Jones e o lado mais sombrio da Marvel: 
http://omelete.uol.com.br/quadrinhos/artigo/jessica-jones-e-o-lado-mais-sombrio-da-marvel/

Jessica Jones é incrível e você PRECISA conhecê-la! Prometo que não vai se arrepender.



xoxo

Fernanda

quinta-feira, 3 de março de 2016

Prepare seus nervos para A Bruxa

O terror psicológico A Bruxa chega hoje (3 de março) aos cinemas brasileiros rodeado de falatório. Um renomado crítico afirmou assustado “Não vá ver ‘A Bruxa’ no cinema”.
Opa, se eu não já tivesse com vontade de assistir esse filme antes, a vontade certamente apareceria depois de ler tantos comentários espantados.


A Bruxa 
Lançamento: 3 de março de 2016
Direção: Robert Eggers
Elenco: Anya Taylor Joy, Ralph Ineson, Kate Dickie
Gênero: Terror , Suspense , Drama
Nacionalidade: EUA , Canadá

Na Nova Inglaterra da década de 1630, William e Kate levam uma vida cristã em uma comunidade extremamente religiosa até serem banidos pela sua fé diferente da praticada pelo grupo. O casal se muda com os cinco filhos para uma região isolada próxima a uma floresta. Logo que chegam ao local, o bebê da família desaparece sem deixar sinais e não demora a aparecerem sinais de que alguma coisa sobrenatural vive na floresta.

Um coisa que me fez pensar muito foi a questão religiosa. A família é extremamente ligada a religião, tudo que eles fazem e falam consideram “o que Jesus acharia disso?”. Esse sentimento de obsessão pelo divino faz a família imaginar coisas que irreais e julgar um ao outro como sendo “do demônio”. Perdi as contas de quantos ali foram acusados de bruxos e bruxas no decorrer do filme.

Os comentários por aí são que o filme promete mexer com a cabeça, e com o sono do espectador. Eu confirmo! Saí da sala atordoada, esperava uma coisa e encontrei outra que me deixou com um nó na cabeça. A princípio achei que não tinha gostado do filme, mas acabei passando a tarde toda pensando nele, nos detalhes e principalmente em como eu estava me sentindo.
As cenas de tensão são fortes, você não toma sustos barulhentos mas fica com aquela sensação de pânico no fundo do estômago e com a boca semi aberta.

Trailer


Vale pra quem gosta de filmes que mexem com o imaginário.
Não recomendo se você se impressiona muito fácil, não quero ser culpada pelos pesadelos de ninguém…



Beijo!


Fernanda

quarta-feira, 2 de março de 2016

Zoolander retorna a ativa com humor ainda mais caricato e muitos cameos inusitados


Quem diria que após quinze anos Derek Zoolander (Ben Stiller) e Hansel (Owen Wilson) retornariam ao mundo da moda para serem zoados por All (Benedict Cumberbatch), uma modelo transgênero com cara de Monalisa e cosplay do músico Marilyn Manson. Sim, minha gente, isto é possível e será visto a partir de amanhã (03) nos cinemas. A sequência de Zoolander (2001), conduzida por Stiller novamente, nos agracia com aquele velho humor besta e escrachado que só o ator/diretor/produtor foi capaz de criar. Apresenta um verdadeiro festival de participações especiais e chega a um nível de tosquice que será impossível superar.  

Sinopse:
Os ex-modelos mais famosos do mundo, Derek Zoolander (Ben Stiller) e Hansel (Owen Wilson), sumiram dos holofotes e tomaram novos rumos em suas vidas. Mas quando as personalidades mais bonitas e conhecidas do universo começam a ser assassinadas, uma top model especializada em fotos de bíquini (Penélope Cruz) pede a ajuda da dupla para investigar o caso. Logo, Zoolander e Hansel se infiltram nos bastidores da alta costura para combater os ataques de um velho inimigo, Mugatu (Will Ferrell).
Meados do ano passado, Stiller e Wilson invadiram um desfile de moda travestidos de seus simbólicos personagens, Zoolander e Hansel. Na época, foi tudo um grande barato, mas logo em seguida, confirmou-se que a brincadeira era parte da filmagem da continuação do clássico de 2001. A cena em questão foi inclusa lá pela metade do longa e tem uma boa captação do que eles representaram e continuam representando. Mas o que a película trás de novo é que Derek, agora pai e viúvo, tenta reconquistar o amor de seu filho e Hansel, o outrora inimigo das passarelas de Zoolander, está vivendo como nunca antes na história - ele é um membro ativo de um grupo-familia super distinto que pratica orgia constantemente. Os dois ex-modelos são recrutados por, ninguém mais ninguém menos, que Billy Zane para uma missão em Roma e lá conhecem a bela Valentina (Cruz). Uma agente que está buscando respostas ao mistério das mortes de Justin Bieber, Demi Lovato e Madonna.Tudo se interliga quando o vilão Mugatu (Ferrell) junta forças a desconfigurada Alexanya Atox (uma Kristen Wiig com cara de Donatella Versace).


A volta do olhar Blue Steel soma-se a descoberta do olhar Aqua Vitae e boom: o mundo já não é mais o mesmo. Temos uma série de homenagens ao primeiro filme e as piadas são ainda mais bestas. A película atinge um humor que é para poucos e que se valida pela quebra de limites da zoação sem fim ao mundo da moda. Caras, bocas, egos, roupas excêntricas, cirúrgias plásticas mal feitas e todo um planeta terror são vistos aqui. O engraçado vira drama e o drama vira cômico. As participações especiais são como um panetone de frutas cristalizadas, gostoso e muito recheado. Vemos de Katy Perry a Susan Sarandon e até Jack Bauer cola junto dos moços, ou melhor, do moço. Na trama, o ator da série 24 horas faz parte do grupo orgástico de Hansel (Wilson).

Mas, sem sombras de dúvidas, uma das participações mais sem noção - e algo que talvez muita gente não esperasse ver nesta vida ou neste século - é Benedict Cumberbatch como transexual. MY GOSH! Que coisa hilária! Um personagem totalmente tomboy e surreal. Algo que te deixa vidrado e se perguntando o que esperar das próximas cenas. Aliás, as que tem os grupos de orgia de Hansel também são uma coisa de outro mundo. E o longa tem sim um ou outro momento sem graça que não acrescenta muito, todavia, grande parte dele é uma *ourralouquice de rir até doer o cox.
 
O elenco principal faz extremamente bem o que lhe é requisitado. Stiller e Wilson conhecem de cor e salteado o palco que pisam. Cruz adentra o enredo com força e não se perde. Ferrell dá show pra variar e Wiig é simplesmente a cereja caramelada e estragada que faltava nesta história tão maluca e desconexa do mundo real. O ator mirim que interpreta o filho de Zoolander, Cyrus Arnold, ganha uma função importante e consegue tirar nota dez. Ademais, muitos atores que aparecem no primeiro retornam a este para dar seguimento a seus personagem. É o caso de Nathan Lee Graham que vive Todd, assistente de Mugatu, Milla Yovovich, a inesquecível Katinka e até o pai de Stiller, Jerry, reaparece como o manager da carreira de Derek Zoolander.

Sem mais nada a adicionar, ou melhor, para terminar, falta dizer que Zoolander 2 é extremo no que quer passar e faz de Stiller um perfeito louco por ainda acreditar nesse personagem tosco, mas tão único. O roteiro assinado por ele, Justin Theroux, Nicholas Stoller e John Hamburg, continua na linha do primeiro filme e dá a história uma faceta ainda mais atípica.

Trailer



Ficha Técnica: Zoolander 2, 2016. Direção: Ben Stiller. Roteiro: Justin Theroux, Ben Stiller, Nicholas Stoller e John Hamburg. Elenco: Ben Stiller, Owen Wilson, Will Ferrell, Cyrus Arnold, Penelope Cruz, Kristen Wiig, Kiefer Sutherland, Justin Bieber, Sting, Susan Sarandon, Demi Lovato, Madonna, Usher, Marc Jacobs, Milla Yovovich, Justin Theroux, Jerry Stiller, Billy Zane, Natham Lee Graham, Ariana Grande, Katy Perry, Naomi Campbell, Christina Hendricks, Anna Wintour, Valentino Garavani e muitos muitos outros. Trilha Sonora Original: Theodore Shapiro. Nacionalidade: EUA. Gênero: Comédia, Besteirol. Distribuidora: Paramount Pictures. Duração: 01h42min.

De um humor que pode não agradar todos, mas que tem seu valor de clássico dos besteiróis mais bestas da face da terra e que consegue criticar o mundo da moda de forma consistente!


Avaliação: Três modeletes com nome de Inês Brasil, que dança, cantam, sapateiam e só querem ser famosas! (3/5 - TOSQUICE NÍVEL BÃO!)


03 de Março, nos Cinemas!



See Ya!
B-

Kung Fu Panda 3 em (3D)





Ação, aventura, sentimentalismo, Cinco Furiosos, Dragão Guerreiro e muita, mas muita fofura é o que você vai encontrar nesta animação. Chega aos cinemas brasileiros, nesta quinta-feira (3), Kung Fu Panda 3 (3D), continuação da franquia iniciada em 2008.

Nesta terceira etapa, Po (Jack Black/Lucio Mauro Filho) encara novos desafios: firmar-se como Dragão Guerreiro, substituir Mestre Shifu (Dustin Hofman) em seus ensinamentos e liderar Tigresa (Angelina Jolie), Macaco (Jackie Chan), Louva-Deus (Seth Rogen), Víbora (Lucy Liu) e Garça (David Cross) no combate ao vilão Kai (J.K. Simmons). Contudo, Po ainda não se sente confiante para encarar tal missão e percebe que precisa descobrir quem ele é e o que significa ter o título que lhe fora dado. Ele descobre que a resposta pode estar no alto das montanhas, na aldeia secreta dos pandas e, para encarar essa jornada, recebe a ajuda de seus dois pais: Sr. Ping (James Hong) e Li (Bryan Cranston), o pai biológico. Mas ele precisa correr, pois, Kai o Mestre da dor, A Fera da Vingança, O Fazedor de Viúvas está coletando o Chi de todos do reino e agora vai atrás do último discípulo de Oogway (Randall Duk Kim) no mundo dos vivos.

A animação tem enredo semelhante aos filmes anteriores (guerreiros, lutas, piadas, vilão) e não apresenta nada de muito novo. Po encontra seu pai biológico, conhece novos pandas, mas não explicam como se esconderam tanto tempo ou porquê Li não foi atrás de seu filho antes. Ainda assim, é bem divertido. O protagonista tira sarro do vilão, leva tudo na brincadeira e, talvez, esse aspecto seja o que faz com que nos aproximemos ainda mais e torçamos por ele.



Este é um filme de evolução e “término” de um ciclo, posto que, no primeiro filme, Po foi escolhido por Oogway mas não acreditava em si mesmo e nem era aceito pelos Cinco Furiosos. No segundo, ele já era aceito, mas ainda tinha problemas com autoconfiança. Este é um filme onde o problema é resolver a falta de autoconfiança, aprender coisas novas e perceber que não está sozinho.

As dublagens (em português) ficaram ótimas encaixam super bem com as animações. Novos personagens são introduzidos, alguns são estereotipados, mas todos têm sua importância ali, ainda que, de início, pensemos o contrário. Mei Mei (Kate Hudson), por exemplo, é uma panda dançarina que apresenta toda sensualidade e desenvoltura na arte da sedução [e posteriormente se mostra uma grande lutadora também]. Já os filhotes são carismáticos e divertidos (e geram mais renda para a família Jolie-Pitt, já que, pelo menos dois, são dublados por seus filhos).

O design da produção ficou incrível, bastante colorido, porém mais obscuro nos momentos de vilania, o que dá bom tom ao enredo. O 3D faz valer o dinheiro investido: tem boa funcionalidade, não é forçado e apresenta elementos que talvez se percam caso seja assistido em 2D. A trilha sonora de Hanz Zimmer também é boa. Detalhe: Ver um panda aprender como ser um panda é engraçado.

 Trailer 


Ficha Técnica: Kung Fu Panda 3, 2016. Direção: Alessandro Carloni e Jennifer Yuh.Roteiro: Jonathan Aibel e Glenn Berger. Elenco: Lucio Mauro Filho,Jack Black, Angelina Jolie, Dustin Hofman, Lucy Liu, Dave Cross, Seth Rogen, Bryan Cranston, Jackie Chan, J.K.Simmons, James Hong, Kate Hudson, Randall Duk Kim. Gênero: Animação, aventura.Trilha Sonora Original: Hans Zimmer. Distribuidor: Fox Films. Duração: 01h35min

Em resumo: Kung Fu Panda 3 é um filme divertido, colorido, capaz de retirar gargalhadas das crianças (e risos dos adultos) sério, eu ri em algumas partes mas que não traz nada de muito diferente dos dois filmes anteriores. Os diálogos funcionam bem, as piadas (tanto as físicas quanto as verbais) funcionam, o 3D melhora a experiência e a trilha sonora encaixa bem. Também é importante lembrar que o filme apresenta mensagens bacanas como autoconfiança, acreditar em quem se ama e de que a evolução pessoal só acontece quando se encara novos desafios.


Nota: 3,5/5



03 de Março, nos cinemas!



Por Leandro Lisbôa


Sobre o autor:
I’m Batman (Bem que gostaria)
Chamo-me Leandro, tenho 27 anos e sou jornalista desde 2012. Atualmente estudo Design de Interiores e Letras Língua Inglesa. Gosto de games, de livros e não dispenso uma boa conversa. A cultura pop é um interesse que tem crescido cada vez mais em mim e, por isso, tenho buscado entender mais e falar sobre.Adoro séries e fazer maratona não é nada difícil para mim. E por falar em maratona, também sou apaixonado por esportes.
=D