Com um visual e um enredo típico de animações hollywoodianas, o espanhol 'No Mundo da Lua' surpreende, só que não positivamente. A aventura tem direção de Enrique Gato (As Aventuras de Tadeo) e chega aos cinemas esta quinta-feira (21) com distribuição da Paramount Pictures.
Sinopse
Richard Carson III, um milionário ganancioso, quer colonizar a Lua e
pretende apagar todos os vestígios feitos pelos astronautas da Apollo
XI para assim poder explorar o hélio-3, a energia limpa do futuro, em
benefício próprio. Para impedi-lo, a presidenta dos Estados Unidos
ordena que a NASA organize o quanto antes uma nova viagem à Lua, de
forma a assegurar que Carson não denigra a imagem de missões passadas. Como não há tempo de construir uma nova nave espacial, um
foguete de 40 anos atrás é reaproveitado e, como ninguém sabe operá-lo,
vários astronautas aposentados são convocados a ajudar nesta nova
empreitada. É a chance ideal para que Mike Goldwing, um garoto de apenas
12 anos, possa reaproximar seu pai, o atual astronauta Scott Goldwing,
de seu avô, Frank, que abandonou a família após uma missão fracassada.
Confuso, bobinho e irritantemente pregador do bordão 'american way of life', "No Mundo da Lua'', não têm realmente os pés no chão. Apresenta um visual digno de grandes produções, contudo, não casa o fator com uma história boa para se contar e se assistir, seja com os filhos ou sozinho. O maior conflito do filme, a separação entre pai e filho, se apresenta de forma superficial e muitos dos personagens parecem já ter sido vistos anteriormente. Exceto por Steve Gigs (Siow) e Bill Gags (Hamblin). Sim, eles são uma cópia exatamente de quem você está pensando. Aqueles moços que criaram duas importantes corporações tecnológicas. Ah, e um deles aqui é um robô (oi?! hahahaha).
Mike, personagem que tenta unir o avô e o pai, tem dois amigos - o pitoresco trio comum de todos os filmes - uma menina chamada Amy e um menino gordinho e ruivo que é um gênio em ascensão e tem um lagarto que é cobaia de todos os seus experimentos (que dó daquele bichinho indefeso, sério). Juntos os três impulsionam a missão e ajudam Mike a chegar onde quer e acabar com a maldição que ele acredita ser parte de sua família.
Vimos o filme legendado em inglês e não em seu idioma original, o que corrobora a ideia de que a equipe da animação quis chamar mais a atenção daquele mercado, para entrar nele de vez, do que trazer ao público um produto de qualidade. Ou talvez foi apenas uma tática da distribuidora também.
A direção de Gato é amplamente simples e não eleva a experiência para o espectador. Talvez o fizesse se o enredo fosse outro.
Trailer
Ficha Técnica: Atrapa La Bandera, 2015. Direção: Enrique Gato. Roteiro: Patxi Amezcua, Jordi Gasull, Neil Landau e Javier López Barreira. Elenco: Phillipa Alexander, Bryan Bounds, Sam Fink, Ed Gaughan, Andrew Hamblin, Rasmus Hardiker, Adam James, Paul Kelleher, Lorraine Pilkington, Derek Siow, Jennifer Wiltsie. Nacionalidade: Espanha. Trilha Sonora: Diego Navarro. Edição: AlexanderAdams. Efeitos Especiais: Octavio Alonso, Manuel Pérez Sanz, entre outros. Animadores: Jordi Gaspar Aldea, Toni Buenavida, . Gênero: Animação, aventura. Distribuidor: Paramount Pictures. Duração: 01h35min.
Avaliação: Dois foguetes cheios de fios soltos e imperialistas (2/5)
21 de Abril nos Cinemas!
Classificação Livre
See Ya!
B-
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