domingo, 29 de maio de 2016

Penny Dreadful



Conferi o piloto de Penny Dreadful em 2014, quando a série lançou. Na época achei tudo muito confuso e abandonei. Porém, depois de ver várias pessoas insistindo que a série valia a pena, decidi dar uma nova chance. O resultado? Me arrependi de ter julgado a trama tão cedo e de ter abandonado o barco! É simplesmente FENOMENAL, gente!

Criada por: John Logan (roteirista de Gladiador e Sweeney Todd)

Canal: Showtime (US) e HBO (Brasil)

Temporadas: 3, até o momento

Elenco: Eva Green (Os Sonhadores), Reeve Carney (que vocês devem reconhecer do clipe "I Know You Were Trouble" da Taylor Swift), Timothy Dalton (007 - Permissão Para Matar My name is Bond, James Bond), Josh Harnett (Pearl Harbor), Harry Treadaway (O Cavaleiro Solitário), Billie Piper (The Secret Diary of Call Girl), Danny Sapani (Misfits)

Sinopse: Em Penny Dreadful, alguns dos personagens mais famosos e assustadores da literatura mundial, como o Dr. Frankestein e sua criação, o eternamente jovem Dorian Gray e icônicas figuras do romance Dracula, estão todos vivendo nos cantos obscuros de Londres Vitoriana. Um thriller psicológico que mescla histórias de terror clássicas e histórias originais em um drama inteiramente novo.




Quando você escuta a palavra "gótico" talvez a primeira imagem que venha na sua cabeça seja daquelas pessoas vestidas de preto, usando maquiagem pesada, que escutam rock/metal e nutrem uma obsessão por cemitérios, tudo que é melancólico e "dark". Porém, no século XVIII/XIX o termo tinha uma conotação muito diferente, sobretudo na literatura. Em 1764, o escritor inglês Horace Walpole publicou o livro "O Castelo de Otranto", uma história sombria que envolve elementos sobrenaturais, visões fantasmagóricas, fatos inexplicáveis, paixões e traições e que hoje é considerado o primeiro romance da literatura gótica. Com a obra, Walpole pretendia era imprimir na literatura moderna - tida por ele como algo realista demais - algo de fantasioso/imaginativo que era encontrado nos romances medievais. A obra não foi muito bem recebida pelos críticos de sua época, porém isso não impediu que o gênero crescesse, influenciando diversos outros autores e atingindo seu ápice na era vitoriana. Foi nesse período inclusive que nasceram grandes clássicos - que hoje fazem parte do imaginário de todos nós - como DráculaFrankenstein, O Médico e o Monstro e O Retrato de Dorian Grey.

Tá, mas o que tudo isso tem a ver com uma série de TV? Penny Dreadful bebe dessa fonte (o nome da série é inspirado pelas cartilhas com histórias de terror - daí o Dreadful - que eram vendidas à um penny - um centavo - nas ruas de Londres no século XIX), isso é, a série pega emprestado personagens desses grandes clássicos da literatura para contar uma nova história. Mas o aspecto gótico vai além dos personagens. Umas das características do gênero que mais me marcou quando estava estudando a literatura inglesa do séc XIX na faculdade é o fato dos autores conseguirem achar beleza no grotesco, o que a série consegue reproduzir muito bem. Penny tem elementos de terror psicossexual (algo que American Horror Story também tenta fazer, mas devo dizer que Penny faz bem melhor sorry, not sorry). Na história, há presença de demônios, vampiros, bruxas, lobisomens, bastante sangue, umas bizarrices, mas tudo isso é embalado numa produção impecável, de uma elegância impar. Sem falar que se você retirar todo o contexto sobrenatural, o que a série mais discute é a essência do ser humano. Tem cada diálogo belíssimo sobre o amor, a solidão, loucura x  normalidade, a bondade ou a bestialidade intrínsecas ao homem (que me lembra muito a teoria de Freud sobre id x superego x ego) e muito mais...  Sério, é um seriado com um conteúdo bastante rico, mas que em nenhum momento se torna complexo demais ou difícil de acompanhar. A trama é bem interessante!! Embora eu ache que o mais legal é reparar essas sutilezas do roteiro. 


Outro ponto alto da série é a construção dos personagens. Eles vão muito além do que encontramos em suas obras de origem, acredito eu, com uma carga emocional e uma profundidade muito maior. Há algumas personagens que podem ser consideradas centrais, mas até mesmo aquelas mais coadjuvantes são muito bem desenvolvidas e ganham seu espaço para brilhar. E gente, é claro que para interpretar personagens tão complexos o elenco tinha que ser nada menos espetacular. E é! O destaque é sem dúvida a diva, rainha da p. toda Eva Green, que não tem nenhum medo de mergulhar de cabeça em sua Vanessa Ives, e assim captar com perfeição todas as nuances da personalidade complicada da personagem. Tenho nem palavras para descrever o quão incrível é o trabalho da Eva! Não sei como a série chegou na sua terceira temporada e a atriz ainda não está coberta de prêmios dos pés à cabeça (acorda Emmy!!!). Enfim, Eva samba, mas todo o elenco é mais do que competente. 

Ah gente.. podia ficar aqui falando um monte de coisa o dia todo, mas Penny Dreadful é uma daquelas produções que só mesmo assistindo para entender o brilhantismo da coisa. Então não perca tempo! As duas primeiras temporadas estão disponíveis na Netflix. Pode dar play que garanto que você não vai se arrepender!

Trailer da Série


*Um agradecimento especial ao meu amigo Caio Lima e à Stephani Cordeiro do grupo do podmaniacos

quinta-feira, 19 de maio de 2016

X-Men: Apocalipse


“Dizem por aí que o terceiro é sempre o pior da trilogia”. Será mesmo?

X-Men: Apocalipse é o terceiro dessa nova leva de filmes dos mutantes. Eu nunca tive problema com sequencias, muito pelo contrário se eu gostar do filme: pode mandar mais! Então podem ficar tranquilos, Apocalipse é muito bom. Já o vilão Apocalipse, nem tanto...


X-Men: ApocalipseDireção: Bryan Singer
Elenco: James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Sophie Turner, Nicholas Hoult, Rose Byrne, Evan Peters e outros.
País: Estados Unidos

Só para deixar registrado, eu não leio HQs, então tudo que eu conheço dos X-Men ou qualquer outro filme/série baseado neles foi só pelo cinema/tv.


Nesse ano concorrido com mil filmes baseados em quadrinhos, X-Men foi o único que realmente me deixou na expectativa. Eu não curto muito o gênero, mas com os X-Men é outra história. Talvez isso atrapalhasse um pouco minha percepção sobre o longa, mas no final eu percebi que não afetou muito. Afinal sou admiradora, mas não fã.

X-Men: Apocalipse se passa nos anos 1980, 10 anos após Dias de Um Futuro Esquecido. Professor Xavier (James McAvoy) desistiu de ser herói e se dedica a sua escola e aos jovens mudantes que querem controlar seus poderes. Magneto (Michael Fassbender) trocou as tretas por uma vida tranquila e anônima com a família que constituiu.
Os personagens clássicos do grupo, como Ciclope (Tye Sheridan) e Jean Grey (Sophie Turner) são adolescentes (quase) típicos, o que dá aquela sensação legal de aproximação com o público.
Tudo vai muito bem, obrigada, até En Saban Nur, o Apocalipse retornar e querer aquela básica dominação mundial. A principal habilidade do vilão é absorver os poderes de outros mutantes, e graças a isso ele quase dominou o mundo no Egito antigo, até ser traído e ficar preso por milhares de anos.


O auge do filme é uma cena do Mercúrio, não é por #fanzoca do Evan Peters não, mas o cara é sensacional. Que detalhes, que música, que tudo! Momentos que fazem a gente se segurar da cadeira para não levantar e aplaudir.

A Mística da Jennifer Lawrence é considerada um exemplo de heroína pelo mundo todo, inclusive para Tempestade (Alexandra Shipp) que ainda é uma moça novinha lá no Egito. Eu sinto que a atriz já não se importa tanto com esse trabalho, e isso reflete demais na personagem. Ela tá lá, faz a coisa dela, é linda e acaba por aí.


Eu me decepcionei com algumas coisas. Para começar que vilão é esse? Apocalipse é chato, e não tem o menor carisma. Como bem sabemos, os vilões não são só personagens "do mal" que a gente odeia. Vilão tem que ter carisma, tem que fazer a gente ficar com vontade de ver ele ferrar todo mundo (mas no final perder), e algumas vezes até torcer para que ele vença. Mas esse cara... sério. É de dar sono! Muito sono (não é, B?).


Senti falta também do Magneto do Fassbender mostrando para o que veio. Ele começa bem, com um destaque legal e lá pela metade do filme fica invisível. Não é preciso ser fã número 1 dos quadrinhos para saber que o Magneto não veio pra essa vida pra ficar fazendo papel de discípulo mudo de ninguém, não é mesmo??


No mais, X-Men: Apocalipse está no nível de qualquer bom filme de super herói. Gostoso de assistir, aquela tensão básica, mas nada que vá mudar nossas vidas.


X-Men: Apocalipse chega hoje 19/5/16 aos cinemas do Brasil.
xoxo

Fernanda

quarta-feira, 18 de maio de 2016

LGBT NA CULTURA POP! - Parte I: Filmes


Não tem nada que me deixe com o coração mais apertado do que ver exibições de preconceito. Sejam elas racistas, sexistas, homofóbicas, religiosas, politicas... Por alguma razão o ser humano tende a rejeitar e condenar o que é diferente dele, ao invés de usar essas diferenças para ter uma maior compreensão do mundo e da complexidade do que é ser ser humano. Talvez, se fizessem isso ao invés de ficarem apontando dedo, poderíamos construir uma sociedade melhor. Hoje (ou ontem já que postei atrasado hehe), 17 de Maio, é o dia internacional de combate a homofobia e a transfobia e então decidi aproveitar a data para indicar alguns filmes para vocês com temática LGBT. Pode parecer algo fútil, mas acho que muitas manifestações de intolerância acontecem por pura ignorância e que melhor jeito de combater a ignorância do que com informação?

Azul é a Cor Mais Quente

Título Original: La Vie D'Adele
País de Origem: França
Lançado em: 2013
Direção: Abdellatif Kechiche (A Esquiva)
Elenco: Adèle Exarchopoulos (A Cidade Das Crianças), Léa Seydoux (Bastardos Inglórios), Salim Kechiouche (Odysseus), Catherine Salée (Dois Dias, Uma Noite), Aurélien Recoing (Les Revenants)
Sinopse: Adèle é uma garota de 15 anos que descobre, na cor azul dos cabelos de Emma, sua primeira paixão por outra mulher. A relação sofre alguns percalços que acompanham o amadurecimento e as frustrações de Adele.

Ganhador da palma de ouro, o prêmio de maior prestígio do festivas de Cannes, o filme estreou causando polêmicas. A maior delas, talvez, tenha sido por conter cenas gráficas de sexo e uma visão que, além de ser muito crua, reflete a perspectiva de um homem sobre o lesbianismo. Outra polêmica em torno do filme aconteceu em relação à ética de trabalho do diretor Abdellatif Kechiche , mas isso não vem ao caso. De toda forma, o filme procura oferecer uma visão mais real sobre sexualidade e maturidade. A jornada da Adele acontece de forma muito orgânica. Mais do que questões relacionadas ao lesbianismo e bissexualidade, o filme trata de auto-descoberta, o que ressoa muito bem com cada um nós.

"Eu sinto sua falta. Eu sinto falta não de nos tocarmos, de nos vermos, de não respirarmos uma na outra. Eu quero você. O tempo inteiro. Mais ninguém"

Carol


País de Origem: EUA
Lançado em: 2015
Direção: Todd Haynes (Longe do Paraíso)
Elenco: Cate Blanchett (O Aviador), Rooney Mara (Os Homens Que Não Amavam as Mulheres), Sarah Paulson (American Horror Story), Kyle Chandler (Friday Night Lights)
Sinopse: A jovem Therese Belivet  tem um emprego entediante na seção de brinquedos de uma loja de departamentos. Um dia, ela conhece a elegante Carol Aird, uma cliente que busca um presente de Natal para a sua filha. Carol, que está se divorciando de Harge , também não está contente com a sua vida. As duas se aproximam cada vez mais e, quando Harge a impede de passar o Natal com a filha, Carol convida Therese a fazer uma viagem pelos Estados Unidos.
Há muitos produções que retratam a vida de homossexuais na metade do século passado, antes deles saírem das sombras e irem para as ruas lutarem por seus direitos. Porém, a maioria dessas história retrata uma visão masculina. "Carol", embora não seja a primeira a tal, nos trás a visão feminina sobre o assunto. É um filme bem delicado, com uma bela fotografia e atuações afiadíssimas. Impossível não se emocionar ao ver o  dilema a personagem título ao ser obrigada a escolher entre seu eu mulher e seu eu mãe, uma escolha que em uma sociedade mais justa não precisaria ser feita.

"Eu não sei o que eu quero. Como poderia se tudo o que eu faço é dizer sim para tudo?"

O Clube de Geografia


Título Original: Geography Club
País de Origem: EUA
Lançado em: 2013
Direção: Gary Entin
Elenco: Cameron Deane Stewart (Austin & Ally), Justin Deeley (Drop Dead Diva), Meaghan Martin (10 Coisas que Eu Odeio em Você), Alex Newell (Glee), Nikki Blosky (Hairspray),
Sinopse: Geography Club segue um grupo de estudantes do ensino médio que se sentem como estranhos por causa de suas orientações sexuais. O narrador, Russel Middlebrook encontra-se ajudando a formar um clube para os alunos, para que eles possam sair juntos, sem ninguém suspeitar de seus segredos.
Trailer

"O Clube da Geografia" não é melhor filme com temática LGBT que você irá ver e, em tempos de Glee, nada nele vai parecer uma grande novidade. Mas é fofo e deixa o coração quentinho e com tantos filmes pesados na lista, precisava de algum que deixasse o coração quentinho!

"Só porque as pessoas não me entendem, não quer dizer que eu não as entenda"

C.R.A.Z.Y. - Loucos de Amor


Título Original: C.R.A.Z.Y.
País de Origem: Canadá
Lançado em: 2005
Direção: Jean-Marc Vallée (Clube de Compras Dallas)
Elenco: Michel Côté (Anjos do Pecado), Marc-André Grondin (Spotless), Danielle Proulx (O Que Traz Boas Novas)
Sinopse: No dia 25 de dezembro de 1960, Zachary Beaulieu vem ao mundo. É o 4º entre 5 irmãos, todos meninos. A infância de Zachary é marcada pelos aniversários natalinos em que seu pai  invariavelmente, encerra a festa imitando Charles Aznavour. Sua adolescência traz a descoberta de uma sexualidade diferente e sua negação profunda para não decepcionar a família. E a maturidade, enfim, chega com uma libertadora viagem mística por Jerusalém, a cidade que sua mãe sempre sonhou conhecer.
Trailer 

Passar por um processo de auto-descoberta nunca é fácil. Se fosse, a adolescência não seria uma fase tão turbulenta na vida de todo muito. Porém, quando não se há liberdade para explorar todas as opções do seu ser, quando você cresce em um ambiente hostil à quem você é, esse processo se torna ainda mais difícil. Acredito que muita gente na comunidade LGBT passa por conflitos familiares, pois muitos não são acudidos pela família quando revelam fugir do considerado "normal".  Essa dor de não ser aceito por quem você mais ama é algo que deixa muitas marcas. É isso que "C.R.A.Z.Y." retrata e o faz muito bem. Não tem como não se identificar com as situações vividas por Zachary. Destaque também para a trilha sonora do filme, regada a Patsy Cline, David Bowie e Pink Floyd! Aposto que após ver o filme, Crazy (a canção) não vai sair da sua cabeça por um tempo.

"- Eu quero ser como todo mundo.
 - Ainda bem que nunca será."

Direito de Amar


Título Original: A Single Man
País de Origem: USA
Lançado em: 2009
Direção: Tom Ford
Elenco: Colin Firth (O Discurso do Rei), Julianne Moore (As Horas), Nicholas Hoult (Mad Max: Estrada da Fúria), Matthew Goode (Downton Abbey)
Sinopse: George é um professor de inglês que repentinamente perde seu companheiro de 16 anos. Sentindo-se perdido e sem conseguir levar adiante sua vida, ele resolve se matar. Para tanto passa a planejar cada passo do suicídio, mas neste processo, alguns pequenos momentos lhe mostram que a vida ainda pode valer a pena.
Antes de qualquer coisa, preciso falar que essa é uma das películas mais elegantes que já vi. O olhar estético do Tom Ford fez toda a diferença. Que fotografia! Que direção de arte! E que elenco, claro. Mas além da parte técnica, o filme ainda apresenta uma sensibilidade singular ao discutir a solidão, laços afetivos e as minorias. Passei algum tempo após terminar o filme refletindo sobre os diálogos e os símbolos que ele contem. Belíssimo! Vale muita a pena ser visto.

"Vamos ir além dos judeus por um momento. Vamos pensar em outra minoria. Uma que... uma que pode passar despercebida, se precisar. Há vários tipos de minorias, loiras, por exemplo... ou pessoas com sardas. Porém, uma minoria só é tida como uma quando ela constitui algum tipo de ameça para a maioria. Uma ameça real ou inventada. E é aí que está o medo. Se a minoria é de alguma forma invisível, então o medo é muito maior. Medo é o que faz as minorias serem perseguidas. Então, sempre há uma causa. A causa é o medo. Minorias são só pessoas. Pessoas como a gente"

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho


País de Origem: Brasil 
Lançado em: 2014
Direção: Daniel Ribeiro
Elenco: Ghilherme Lobo (Sete Vidas), Fabio Audi (Alto Astral), Tess Amorim
Sinopse: Leonardo, um adolescente cego, tenta lidar com a mãe superprotetora ao mesmo tempo em que busca sua independência. Quando Gabriel chega na cidade, novos sentimentos começam a surgir em Leonardo, fazendo com que ele descubra mais sobre si mesmo e sua sexualidade.
O que mais gostei no filme é que ele não foca no fato do romance ser entre dois meninos. Porque o amor é universal... Não há "rótulos". Poderia acontecer com qualquer tipo de casal: dois meninos, duas meninas ou uma menina e um menino. O roteiro é simples, mas explora bem a descoberta do primeiro amor e a vontade de uma pessoa que é dependente de todo mundo de se libertar.  O ponto fraco do filme são as atuações, que deixam um pouquinho a desejar. 

"A gente tem que falar as coisas que sente. Não adianta deixar guardado."

Imagine Eu & Você


Título Original: Imagine Me & You
País de Origem: UK 
Lançado em: 2005
Direção: Ol Parker
Elenco: Piper Perabo (Showgirls), Lena Headey (Game Of Throens), Matthew Goode (Belle)
Sinopse: No dia de seu casamento com Heck, Rachel começa uma amizade com a florista Luce. A noiva planeja apresentá-la a Cooper, amigo do marido, mas Luce revela ser lésbica. As duas passam cada vez mais tempo juntas e Rachel logo começa a questionar seus sentimentos e seu estado civil.
As representações da bissexualidade na cultura pop são bem escassas. Na verdade, ainda estou esperando a bissexualidade ganhar uma representação digna, fora dessa ideia de que quem é bissexual é "confuso e não sabe o que quer" (acho que o B sofre muito preconceito até mesmo dentro do próprio LGT, mas não vou entrar nisso). "Imagine Eu e Você" é um fim filme até bem bobinho. É uma comédia romântica até muito genérica, mas eu decidi colocar ela na lista porque é uma uma boa representação de alguém bissexual e quebra a ideia que muita gente tem de que "uma mulher é lésbica ou bi porque ainda não encontrou o cara certo".

"Eu acho que você sabe imediatamente. Assim que seus olhos se encontram... Então tudo que acontece a partir desse momento só prova que você estava certo naquele primeiro momento. Quando você de repente percebe que você estava incompleto e agora está completo..."

The Normal Heart


País de Origem: USA
Lançado em: 20114
Direção: Ryan Purphy (Glee)
Elenco: Mark Ruffalo (Foxcatcher), Matt Bomer (White Collar), Julia Roberts (Uma Linda Mulher), Jonatha Groff (Glee), Jim Parsons (The Big Bang Theory)
Sinopse: Drama original HBO que narra a história do início da crise da AIDS em Nova York nos anos 80, com foco no esforço de vários ativistas gays e seus aliados na luta para expor a verdade sobre a epidemia para uma nação que está negando os fatos.
Trailer

A AIDS é uma doença que ainda sofre muito estigma, mas acredite, já foi bem pior. Nos primórdios da doença ela era vista como uma "doença gay", então o governo simplesmente fechou os olhos para tratar os infectados e impedir que ela se espalhasse. O filme é um tanto pesado, difícil de assistir, daqueles que dilaceram o coração, mas é muito importante. Afinal, a comunidade LGBT precisa conhecer sua própria história.

"Eu pertenço a uma cultura que inclui Marcel Proust, Walt Whitman, Tenesse Williams, Alexadre o Grande, tantos papas e cardeais que você não iria acreditar. Sr. Green Beret, o senhor sabia que foi um britânico gay que foi responsável por nossa vitória na segunda guerra mundial? Seu nome era Alan Turing e ele quebrou o código alemão. Depois que a guerra acabou, ele cometeu suicídio porque estava sendo perseguido por ser gay. Por que não ensinam isso nas escolas? Um homem gay é o responsável pela vitória na segunda guerra mundial! Se eles ensinassem, talvez ele não teria se matado e você não teria tanto medo de ser quem você é. É assim que eu quero ser lembrado. Como um daqueles que venceu a guerra."

Orações Para Bobby


Título Original: Prayers for Bobby
País de Origem: EUA
Lançado em: 2009
Direção: Russell Mulcahy (Teen WolfO
Elenco: Sigourney Weaver (Alien), Henry Czerny (Revenge), Ryan Kelley (Teen Wolf)|
Sinopse: Mary é uma religiosa que segue à risca todas as palavras da bíblia. Quando seu filho Bobby revela ser gay, ela imediatamente leva o filho para terapias e cultos religiosos com o intuito de “curá-lo”. 

Confesso que ainda não vi esse filme por motivos de "vou sofrer demais" haha. De qualquer forma, achei que deveria colocá-lo na lista, pois muitos usam religião e fé como um motivo de descriminação às minorias. Sim, de minorias no geral. Não entendo como as pessoas não entendem que estão do lado errado da história! Sério, há pouco tempo usavam a bíblia para validar a escravidão...  Enfim, pretendo assisti-lo em breve (só preciso me preparar para desidratar). Já ouvir dizerem que é excelente.

“Há crianças como Bobby sentados aqui nesta congregação. Sem que você saiba, eles estarão ouvindo você ecoar um “amém” que irá em breve silenciar as suas orações. As orações deles para Deus sobre entendimento e aceitação e pelo seu amor, mas o seu medo e a sua ignorância da palavra gay irá silenciar essas orações. Então, antes que você diga “amém” em sua casa e igreja... pense. Pense e lembre que uma criança está escutando”.

O Segredo de Brokeback Mountain


Título Original: Brokeback Mountain
País de Origem: EUA
Lançado em: 2005
Direção: Ang Lee (Life of Pi)
Elenco: Heath Ledger (O Caveliro das Trevas), Jake Gylenhall (Donnie Darko), Anne Hathaway (Os Miseráveis), Michelle Williams (Dawson's Creek)
Sinopse: Jack Twist (Jake Gyllenhaal) e Ennis Del Mar (Heath Ledger) são dois jovens que se conhecem no verão de 1963, após serem contratados para cuidar das ovelhas de Joe Aguirre (Randy Quaid) em Brokeback Mountain. Jack deseja ser cowboy e está trabalhando no local pelo 2º ano seguido, enquanto que Ennie pretende se casar com Alma (Michelle Williams) tão logo o verão acabe. Vivendo isolados por semanas, eles se tornam cada vez mais amigos e iniciam um relacionamento amoroso. Ao término do verão cada um segue sua vida, mas o período vivido naquele verão irá marcar suas vidas para sempre.

Provavelmente o filme com temática LGBT mais importante da década, pois conseguiu quebrar barreiras e penetrar na cultura mainstream, provando que gays são pessoas com histórias próprias e complexas e não só aqueles personagens secundários estereotipados que servem só de alivio cômico. Confesso que não está na lista dos meus preferidos (acho que as expectativas estavam muito altas quando fui ver), mas vale a pena.

"Eu queria saber como desistir de você."

Tangerina


Título Original: Tangerine
País de Origem: USA
Lançado em: 2015
Direção: Sean Baker
Elenco: Kitana Kiki Rodriguez, Mya Taylor, Mickey O'Hagan, James Ransone (Família e Honra)
Sinopse: Assim que sai da prisão, a prostituta transexual Sin-Dee descobre através de sua melhor amiga que o namorado Chester está saindo com outra pessoa, uma mulher cisgênero. Sin-Dee decide encontrar os dois e puni-los pela traição.
O que me deixou mais curioso para ver o filme, além do fato de ter sido bem recebido em Cannes, foi o fato de que foi gravado usando três iphones 5. Além disso, é uma das poucas produções que não usa atores cis par interpretar trans. Porém, além de ser surpreendido com a qualidade técnica da película, me surpreendi também com a história. O filme narra de maneira crua e surpreendente cômica, ainda que trágica, a realidade de uma parcela do submundo de LA que geralmente não tem voz. No começo você não dá nada pelo filme, mas as personagens acabam te conquistando, tanto que ao final é impossível não ficar com o coração apertado.

"L.A. é uma mentira lindamente embrulhada"

Toda Forma de Amor


Título Original: Beginners
País de Origem: EUA
Lançado em: 2010
Direção: Mike Mills
Elenco: Ewan McGregor (Transpointing), Christopher Plummer (A Noviça Rebelde), Mélanie Laurent (Bastardos Inglórios)
Sinopse: Oliver (Ewan McGregor) conhece a irreverente e imprevisível Anna (Melanie Laurent) apenas meses após seu pai Hal (Christopher Plummer) falecer. Esse novo amor inunda Oliver com memórias de seu pai, que - após 44 anos de casamento - saiu do armário aos 75 anos para viver uma vida plena, energizada, tumultuada e maravilhosamente gay. As consequências da honestidade nova de Hal, as vezes engraçada e comovente, trouxe pai e filho mais próximos do que nunca. Oliver agora se esforça para amar Anna com toda a bravura, humor, e esperança que seu pai lhe ensinou.
Trailer

Não é centrado em homossexualidade, mas é um belo filme sobre tristeza e a busca da felicidade. Sobre amar e relacionar-se. Me deixou refletindo sobre esses temas por muito tempo após assisti-lo.

"Nós não fomos para a guerra. Nós não tivemos que nos esconder para ter sexo. Nossa sorte nos permitiu sentir uma tristeza que nossos paias não tinham tempo para sentir e uma alegria que eu nunca vi neles."

Transamerica


País de Origem: USA
Lançado em: 2005
Direção: Duncan Tucker
Elenco: Felicity Huffman (Desperate Housewives), Kevin Zegers (Os Instrumentos Mortais), Fionnula Flanagan (Os Outros), Carrie Preston (True Blood)
Sinopse: Bree Osbourne é uma orgulhosa transexual de Los Angeles que economiza o quanto pode para fazer a última operação que a transformará definitivamente numa mulher. Um dia ela recebe um telefonema de Toby, um jovem preso em Nova York que está à procura do pai. Bree se dá conta de que ele deve ter sido fruto de um relacionamento seu, quando ainda era homem. Ela, então, vai até Nova York e o tira da prisão. Toby, a princípio, imagina que ela seja uma missionária cristã tentando convertê-lo. Bree não desfaz o mal-entendido, mas o convence a acompanhá-la de volta para Los Angeles.
Trailer

Hoje a questão da transexualidade está em voga devido a produções como Orange Is The New Black, Transparent e a grande projeção do caso da Caitlyn Jenner, porém em 2005 ainda era algo muito pouco discutido (lembro que em 2001 a globo lançou a novela "As Filhas da Mãe", que tinha como protagonista uma  trans. Lembro que ela gerou um grande burburinho, mas na época eu era muito pequeno e não entendi nada hahha. Só me pareceu muito estranho um homem "virar" mulher. Queria que alguém tivesse sentado comigo para explicar direitinho... mas acho que nem os adultos ao meu redor entendiam). Transamerica aborda o tópico de forma muito sensível e sem tentar ser politizado demais, o que é um grande mérito. É um filme excelente e Felicity Hoffman está simplesmente maravilhosa.

"Meu corpo pode estar ainda em construção, mas não há nada de errado com a minha alma."

Weekend


País de Origem: UK
Lançado em: 2011
Direção: Andrew Haigh (Looking)
Elenco: Tom Cullen (Downton Abbey), Chris New, Jonathan Race
Sinopse: Depois de sair para jantar com seus amigos héteros, Russell decide tentar a sorte numa boate gay. Ele sai de lá com Glen e os dois passam a noite juntos. Na manhã seguinte, Glen pede para gravar um depoimento de Russell sobre a noite anterior, dando início assim a uma intimidade inesperada entre os dois. Eles continuam juntos o resto do fim de semana, contando histórias de suas vidas um para o outro. Mas o relacionamento entre eles está prestes a chegar ao fim: em poucos dias Glen se mudará para os Estados Unidos.
Trailer 

Um filme que me surpreendeu bastante por ser mais orgânico e politizado do que eu esperava. Vejo dois temas principais no filme: o primeiro é como a cultura heteronormativa ainda discrimina e marginaliza a homoafetividade. O conflito do protagonista quanto a não demonstrar afeto em público é algo comum e deve ser combatido. O outro tema é a dificuldade de abrir o coração para amar em frente a possibilidade de ter seu coração quebrado e como ser vulnerável é difícil para muitas pessoas. Achei muito bonito como o encontro dos dois rapazes só durou uma semana, mas como cada um contribuiu significamente para a vida do outro, mudando o seu jeito de enxergar algumas coisas. Gostei de como o filme não é focado na sexualidade em si e nem em erotismo

"Bem, o que acontece é que enquanto você está projetando quem você quer ser ... uma lacuna se abre entre quem você quer ser e quem você realmente é. E essa lacuna te mostra o que é está te impedindo de ser quem você quer ser".

Extra! Como Diz A Bíblia (For The Bible Tells Me So)


Este é um documentário que procura desconstruir os argumentos usados por muitos religiosos para condenar a homossexualide. Vale muito a pena ser visto. Tem no youtube (clique aqui)! Vamos parar de querer mandar na vida dos outros e nos concentrar em construir um mundo melhor, mais tolerante e empático, neh?


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Então é isso pessoas. Espero que tenham gostado das dicas! Em breve voltarei com dicas de séries e livros com o tema. Enquanto isso, recomendam algum filme que não está na lista?

segunda-feira, 16 de maio de 2016

A Vingança Está na Moda



Sabe aqueles enredos bafônicos em que a personagem principal tem uma vida de perrengue e sofre várias humilhações dos seus vizinhos, deixa sua cidade natal e muito tempo depois volta botando a banca com ar de 'venci na vida' e instaura a inveja da comunidade local? The Dressmaker - que em bananaland ganhou o titulo de 'A Vingança Está na Moda' - retrata algo similar e totalmente necessário para nossas vidas.

Aqui a personagem da estupenda Kate Winslet, Tilly Dunnage, é uma menina que vivia sendo atacada pelos coleguinhas de classe. Um deles, um dia sofre um acidente e a mesma é culpada pela tragédia. A pobre criança é levada dali para uma instituição de correção de jovens e sua mãe, vivida pela excelente Judy Davis, não pode fazer nada. Anos mais tarde, Tilly se transforma em uma bela e sofisticada mulher e decide retornar a casa de sua mãe, situada em uma vila no interior da Austrália, e traz consigo todo o seu talento de modista, além de sua máquina de costura. Suas habilidades com a agulha logo conquistam todas as mulheres da região e seu sucesso as fazem encomendar milhares das criações de Tilly, entretanto, mal sabem as marmotas de plantão que a fashionista não voltou apenas para vender sua arte 'no deserto'.

Com direção de Jocelyn Moorhouse (Amor a Toda Prova) e adaptado do romance homônimo da autora Rosalie Haim, a película entra em cartaz esta quinta-feira (19) e conta ainda com Hugo Weaving, Liam Hemsworth, Judy Davis e Sarah Snook, no elenco.


Manas, desde o dia que vi este filme - aliás, vale lembrar que conferirmos ele na abertura do orgástico Vivo Open Air 2016, aqui em Brasília, vejam o post da Nanda sobre o evento - estou ainda mais apaixonada por este ser maravilhoso e divino chamado Kate Winslet. Amados, essa mona É PODER!!! A bicha lacrou muuuuuuito. Não tem como não se conter perante tanto talento e, ouso escrever, soberania. Rainha da minha vida - desde Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças (2004) ❤ - Kate, só acrescenta, soma e empodera! Apenas, tá querida!?! A P E N A S!

Bem, vamos a película!
A desenvoltura do enredo se dá a passos sob medida. Conhecemos Tilly (Winslet), somos apresentados as suas desavenças do passado, seu possível e futuro boymagia (nesta parte pensem em Liam Hemsworth sem camisa e seduzindo com aquele olhão azul), sua treta com a mami (Davis) e, claro, aos invejosos e também admiradores de seu estilo. Um deles, o delicado sargento de policia Farrat (Weaving).

Fotitas e Gifs com seus representantes para ilustrar, claro, são necessários:

As minas invejosa e problema do bairro que encomendaram tudo do guarda-roupa de Tilly
Suspiros
Liam vive o aventureiro e boa pinta 'Teddy'

Amor pra mais de metro





Tilly (Winslet) tem um trabalhão para cuidar da mamis (Davis) teimositcha

E, por último, mas não menos importante, ele, O DIVO QUE TODOS QUEREM COPIAR:

Sargento Farrat (Weaving) se apresentando
O que a trama chama atenção é que seus detalhes e reviravoltas incrementam o enredo e dão aos personagens muito espaço para 'viverem' suas jornadas pessoais. Temos os vizinhos velhinhos, o prefeito e sua esposa, os donos do comércio e a filha baranga que fica bonita graças a Tilly e também a galera humilde que reside longe dali, além do policial vidrado em roupas de grife. Todos com muita culpa no cartório causaram traumas profundos à Tilly e cada um emprega um papel importante por todo o decorrer do longa.

A relação entre mãe e filha,Tilly e Molly, por exemplo. É algo que ganha espaço e simpatia do espectador. Primeiro porque, aos poucos Tilly vai se soltando e se reconectando com Molly. E, segundo, porque a mamãe maluquete começa a demonstrar o quão hilária é. 

E, como um todo, o público acaba vibrando, se emocionando e torcendo muito pela estilosa Tilly Dunnage.


Sem sombras de dúvidas, o bom trabalho isolado (e conjunto) dos profissionais envolvidos na fotografia, no figurino, na direção, no roteiro,no elenco, na trilha sonora, na edição e no casting dão ao produto final uma excelente qualidade.

Assim, 'A Vingança Está na Moda' é muitíssimo indicado! E uma diversão ritmada sem igual. Pode ter certeza!
Trailer


Ficha Técnica: The Dressmaker, 2015. Direção: Jocelyn Moorhouse. Roteiro: P.J. Hogan e Jocely Moorhouse - Adaptação do livro homônimo de Rosalie Ham. Elenco: Kate Winslet, Hugo Weaking, Liam Hemsworth, Judy Davis, Sarah Snook, Kerry Fox, Caroline Goodall, Rebecca Gibney, Barry Otto, James Mckay,  Shane Jacobson, Sasha Horler, Shane Bourne,Darcey Wilson. Trilha Sonora Original: David Hirschfelder. Fotografia: Donald McAlpine. Edição: Jill Bilcock  Distribuição: Imagem Filmes. Duração: 01h59min.

Avaliação: Quatro doses de vingança prontas para serem bebidas com muito estilo (4/5).

19 de maio, nos Cinemas!

See Ya!
B-

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Heróis da Galáxia: Ratchet e Clank


Baseado no jogo original da duplitcha ''Ratchet & Clank'', lançado em 2002 pela Sony Computer Entertainment, a animação 'Heróis Da Galáxia: Ratchet e Clank' chega ao público nesta quinta-feira (05) com o intuito de trazer diversão e aventura para as telas. Quer saber se a produção dirigida por Kevin Munroe e Jericca Cleland conseguem tal feito? saiba um pouco dos detalhes do filme e tire suas conclusões.

Na trama, Ratchet (James Howard Taylor) é um ser alienígena com cara de tigre, mas sem definição exata de sua espécie, que possui uma habilidade espetacular com armas e entende bastante do universo mecânico. Seu grande sonho é fazer parte da equipe dos heróis galáticos, liderada pelo capitão Qwark (Jim Ward). Um belo dia ele conhece o robô Clank (David Kaye) e tudo em sua vida começa a mudar. Aliás, é neste momento que o pequeno alien listrado entende que precisa provar seu valor para conseguir entrar para a equipe de heróis dos seus sonhos. Com a ajuda do destino, uma missão começa a deslanchar frente aos seus olhos assim que o vilão Chairman Drek, dono de uma poderosa arma destruidora de planetas da galáxia Solana, inicia um ambicioso projeto de criação de um novo mundo com a exclusão de todos os outros. Não demora e o pequeno Ratchet se une ao robô Clank e ao grupo dos 'Galactic Rangers' com a intenção de derrotar o perigoso Drek e salvar a galáxia.

A animação tem as vozes originais de Sylvester Stallone, Rosario Dawson, David Kaye, Bella Thorne, Paul Giamatti, James Howard Taylor, Vicent Tong, Jim Ward e John Goodman, mas nos cinemas brasileiros se encontrará em maior número a versão dublada.

 

O enredo é simplérrimo e os diretores não conseguem dar significância ao visual do filme, que é majestoso (equipe de design e animação tá de parabéns). Munroe não só dirige como também é responsável pelo roteiro desastrado. Inclusive, segundo a produção do filme, o próximo jogo de Ratchet e Clank se voltará para a trama do filme, o que pode vir a ser meio perturbante, mas enfim.

Aos fãs do jogo original, pode ser que a película desagrade, afinal, quando sua primeira versão saiu muitos ainda eram adolescentes e a nostalgia esperada pode não vir a tona. Contudo, os pacotitos de hoje em dia podem ver muita graça na história sim. Já que se deve considerar que o olhar infantil enxerga detalhes que a cansada visão de um adulto não vê e nem entende. 

O que falar da trilha sonora? uma delicia de sons que animam bastante e que é permeada de tons estridentes. Culpa de Evan Wise (Flying Wild Alaska).

Por fim, vale dizer que como um todo, a animação falha mais do que acerta. Tira uma gargalhada aqui e ali e consegue até dar um pouquinho de sono, porém os traços e a escolha do design se destacam muito mais do que qualquer outra ferramenta na animação.


O  filme foi lançado em cópias 2D e 3D. 

Trailer

Ficha Técnica: Ratchet & Clank, 2016. Direção: Kevin Munroe e Jericca Cleland. Roteiro: Kevin Munron, T..J. Fixman, Gary Swallow. Vozes Originais de: Sylvester Stallone, Rosario Dawson, David Kaye, Bella Thorne, Paul Giamatti, James Howard Taylor, Vicent Tong, Jim Ward, John Goodman. Nacionalidade: Canadá. Gênero: Familia, animação, aventura. Trilha Sonora Original: Evan Wise.Distribuição: PlayArte Pictures. Duração: 01h34min.   

Avaliação: Dois aliens desconhecidos vendendo beleza na feira da sucata (2/5).

Classificação LIVRE

HOJE NOS CINEMAS!
See Ya!
B-