Tá afim de ver um filme divertido? Esse filme pode se passar no faroeste e ainda ter o excepcional Denzel Washington liderando um grupo de homens ainda mais excepcionais que ele? Então, brasileiras e brasileiros, anotem ai: hoje chega aos cinemas 'Sete Homens e Um Destino', novo longa do diretor Antoine Fuqua (Nocaute) que é um remake de um filme clássico dos anos 60, que tinha até Charles Bronson no elenco, e que, por sinal, também fora baseado em outra película, Os Sete Samurais (1954). A produção não é lá uma Brastemp, mas entretêm por suas duas horas de duração.
A trama é simples e, apesar de um pouco distinta da original, têm quase o mesmo desenho.
O poderoso Bartholomew Bogue (Peter Sarsgaard) vive saqueando um pequeno vilarejo e assustando os habitantes do lugar com muita crueldade e frieza. Cansada das maldades de Bogue, Emma (Haley Bennett) sai a procura de ajuda. Não demora muito e ela conhece o caçador de recompensas Sam Chisolm (Denzel Washington). A moça decide então pagar a Chisolm uma boa quantia para que ele resgate o vilarejo das mãos de Bogue, mas para isso Chisolm terá de reunir um grupo de pistoleiros que saibam dar conta do recado. O caçador de recompensas consegue chamar para este magnifico grupo: o esperto Josh Faraday (o garoto do momentoChris Pratt), a dupla Goodnight Robicheaux (Ethan Hawke) e Billy Rocks (Byung-hun Lee), o cheio de malandragem Vasquez (Manuel Garcia Rulfo), um índio pele vermelha (Martin Sensmeier) e o caçador de índiosloucura pesadaJack Horne (o excelente Vicent D'Onofrio).
Galerinha da pipoca, para quem viu o antigo 'Sete Homens e Um Destino', de John Sturges sabe que é difícil fazer um filme com aquele tom hoje em dia. Com astros do mesmo nivel, talvez, mas com a mesma pegada impossível. Então nem tentemos comparar.
O desenho daquele trazia a defesa de um vilarejo mexicano explorado por um bandido e sua gangue. Mulheres quase nem foram vistas durante o filme. Aliás, é quase depois de uma hora que a primeira aparece e sua função ali é só ser 'par romântico'. Há uma explicação 'ok' do porquê disso e de onde elas estão, mas mesmo assim, fica bem no escuro. A presença marcante dos sete personagens principais, contudo, é realmente inigualável e o que chama atenção. Assim, o que cada um traz para o filme o faz um clássico. O personagem de Yul Brynner lidera um grupo simplesmente imbatível e até para escolher seu favorito é difícil. A fofura de Bernardo (Charles Bronson) com as crianças, todavia, me ganha.
Aqui, claramente, vemos que houve uma preocupação em mostrar diversidade ❤ (índios, negros, mulheres) e, apesar dos sete homens serem novos personagens, fica fácil ver quem cada um representa na história. O vilão do filme, interpretado por Sarsgaard, aparece logo nas cenas iniciais e dá um show. Outra cena sua que ficou fenomenal é quando Bogue descobre que os habitantes da vila contrataram pistoleiros para lutarem contra ele. Denzel e Ethan, atuam juntos pela segunda vez e novamente com o mesmo diretor. A química entre eles é insubstituível, mas Pratt também entra em campo e forma um bom trio. Byung-hun Lee é um ator super intenso. Tanto quanto Martin Sensmeier. Este último que interpreta um pele vermelha e tem de lutar contra outro índio - o que me lembrou muito Scorpion e Sub-Zero (Mortal Kombat), mas não de um jeito legal (essa cena poderia ser excluída, aliás). Manuel Garcia Rulfo, claro, é o 'chicano' da vez que sempre tem uma boa piada, porém de todos eles quem realmente rouba a cena é o m a r a v i l h o s o Vicent D'Onofrio (pulei muito nas cenas dele haha). Cam Gigandet e Matt Boomer também aparecem bem.
Vicent D'Onofrio faz um dos melhores personagens de sua carreira encarnando o loucaço Jack Horne |
O roteiro repete algumas das falas clássicas, o que é muito bom, mas não surpreende tanto e em muitas cenas o espectador sabe exatamente o que vai rolar nos minutos à frente. A direção de Fuqua também é tendenciosa e não vai além do que se espera dele.
A fotografia de 'The Magnificent Seven' de agora se diferencia muito da apresentada no filme de Sturges, mas ambas são extremamente belas. Enfoques grandes e rústicos são ampliados na de agora, o que deixa as paisagens ainda mais primorosas. A cena antes da luta final, em que o personagem de Denzel aparece na escuridão, consegue mostrar também a tensão precisa do que estava por vir. A diferença real entre os dois filmes está em como Hollywood hoje têm a capacidade de engrandecer tudo e antigamente eles conseguiam ser grandes sendo pequenos, se é que me entendem.
A trilha sonora é de James Horner que também trabalhou com Fuqua em Nocaute, mas leva uma pincelada de Simon Franglen, pois Horner faleceu em junho deste ano.
Trailer
Indico mega, indico muito.Ficha Técnica: The Magnificent Seven, 2016. Direção: Antoine Fuqua. Roteiro: Richard Wenk e Nic Pizzolatto - baseado no roteiro de 'Os Sete Samurais (1954)' de Akira Kurosawa, Shinobu Hashimoto e Hideo Oguni. Elenco: Denzel Washington, Chris Pratt, Ethan Hawke, Byung-hun Lee, Vicent D'Onofrio, Manuel Garcia Rulfo, Martin Sensmeier, Haley Bennett, Peter Sarsgaard, Matt Boomer, Cam Gigandet, Luke Grimes. Nacionalidade: EUA. Gênero: Faroeste, Ação, Aventura. Trilha Sonora Original: Simon Franglen e James Horner. Fotografia: Mauro Fiore. Edição: John Refoua. Figurino: Sharen Davis. Distribuidora: Sony Pictures do Brasil. Duração: 02h13min.
Avaliação: Três pistolas de prata (3/5).
HOJE NOS CINEMAS!
See Ya!
B-
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