Foto: Divulgação |
Eu
sei que provavelmente você deve estar ensandecido pela Black Friday e pela
busca de preços baixos... mas tempo será preciso, pois temos de falar sobre “Arrival” (A Chegada, em português), filme da Sony Pictures baseado na obra de
Ted Chiang – A história da sua vida e outros contos - e que chega aos cinemas
brasileiros nesta quinta-feira, 24 de novembro.
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Após
a convocação do coronel Weber (Forest Whitaker), uma equipe liderada pela
especialista linguista Louise Banks (Amy Adams) e pelo físico Ian Donelly
(Jeremy Renner) é encarregada de traduzir as comunicações e entender o
propósito das naves espaciais que surgiram no planeta Terra. O que eles
possivelmente podem querer? Guerra? Buscar ou oferecer conhecimento?
A resposta pode ser perturbadora e surpreendente.
Pois
bem, sem muita enrolação, este é um dos melhores filmes que assisti em 2016, se
não, o melhor. A produção é simples, bem construída, bem dirigida e capaz de
causar as mais diversas sensações nas pessoas. Em narrativa não linear, somos
apresentados (sob perspectiva da protagonista) ao contexto vivido por ela. Suas
angústias, suas alegrias, o clima mórbido e melancólico em que vive.
O
elenco é muito bom e, apesar da história girar em torno de Louise, Ian e Weber
na busca por respostas, o foco é na linguista e sua interação com os
alienígenas. A química entre os personagens é boa, as falas têm sentido e
momento para acontecer – embora eu não tenha gostado muito do personagem do
Jeremy Renner – e nada fica exaustivo. Inclusive, gostei muito da maneira
direta e reta utilizada pelos militares.
A
direção de Denis Villeneuve (Sicario e Os Suspeitos) é genial. Os cortes
agradam, os planos sequência, a escolha dos tons de cinza e adoção de elementos
que compõem o clima pesado e o suspense necessários para levar a história
adiante estão presentes e ajudam o espectador a entender melhor a trama. Esse é
um filme que não fica se explicando demais. As coisas simplesmente acontecem e
você precisa digerir o que se passa.
Gostei
muito da fotografia e trilha sonora. As imagens das naves, os momentos de
reflexão externos, os panoramas aéreos são de tirar o fôlego e apresentam uma
beleza incrível. Já a trilha, por se encaixar perfeitamente no contexto da
situação. **Aqui faço ressalva ao momento de entrada na nave, pois a
sonoplastia do momento me incomodou um pouco.**
Em
resumo: É um filme genial. Complexo, porém, de uma sutileza incrível. Não li o
livro (ainda), mas o roteiro me pareceu muito bem adaptado, já que não senti
falta de nenhum elemento que me fizesse compreender a história. Demanda atenção
do espectador e que vale cada centavo do seu rico dinheirinho mesmo que seu ingresso não seja adquirido
via Black Friday. O design das naves é incrível, os alienígenas e suas interações
são ótimos e o desespero para decifrá-los e entende-los é corrosivo a ponto de
fazer 2h passarem e você mal perceber.
E
senhores... Amy Adams... prestem muita atenção na incrível atuação dessa mulher.
Ela nos possibilita notar sua angústia, seu sofrimento, seu desespero e alegria
em diversos momentos do longa. Houve um momento da história em que a respiração
dela me fez ficar agoniado e, certamente você, leitor, também poderá sentir
isso.
Detalhe...
por algum motivo, a produção me fez lembrar de Death Stranding, novo jogo do
Hideo Kojima.
Trailer
Ficha Técnica: The Arrival, 2016. Direção: Denis Villeneuve. Roteiro: Eric Heisserer – adaptação do Conto ”A História da sua vida e outros contos de Ted Chiang”. Elenco: Amy Adams, Jeremy Renner, Forest Whitaker, Michael Stuhlbarg, Sangita Patel, Jadin Malone, Julia Scarlett Dan, Abigail Pniowsky, Mark O’Brien, Tzi Ma. Nacionalidade: Eua. Gênero: Ficção Científica. Trilha Sonora Original:Johán Jóhannsson. Edição: Joe Walker. Fotografia: Bradford Young. Efeitos Especiais: Ryal Cosgrove. Distribuidora: Sony Pictures Brasil. Duração: 01h56min.
Nota:
5/5
Te
vejo em breve. ;D
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