O universo criado pela autora de fanfic E.L.James em '50 Tons de Cinza' foi adaptado em 2015 para as telonas e teve uma bilheteria significativa, apesar das criticas diversas que tanto massacravam o enredo como ainda o definia por ser 'apenas mais um romance' direcionado ao público feminino.
A trama, simples e desatenta ao fator de que era pouco intrigante, apresentava as aventuras sexuais da jovem Anastasia Steele (Dakota Johnson) com o charmoso e rico Christian Grey (Jamie Dornan) - algo que o trailer inicial conseguiu expor como extraordinário e imperdível as espectadoras. Por fim, 50 Tons ganhou seu espaço (agradando ou não) e não demorou para que os produtores encomendassem também a adaptação de suas sequências, '50 Tons Mais Escuros' e '50 Tons de Liberdade'.
A trama, simples e desatenta ao fator de que era pouco intrigante, apresentava as aventuras sexuais da jovem Anastasia Steele (Dakota Johnson) com o charmoso e rico Christian Grey (Jamie Dornan) - algo que o trailer inicial conseguiu expor como extraordinário e imperdível as espectadoras. Por fim, 50 Tons ganhou seu espaço (agradando ou não) e não demorou para que os produtores encomendassem também a adaptação de suas sequências, '50 Tons Mais Escuros' e '50 Tons de Liberdade'.
O segundo longa da então trilogia, '50 Tons Mais Escuros', estréia esta quinta-feira (09) e têm no elenco, além de Johnson e Dornan, Kim Basinger, Bella Heathcote e Eric Johnson. Com a saída da diretora Sam Taylor-Johnson do projeto, a película agora é comandada por James Foley e o roteiro ficou a cargo do esposo da autora, Niall Leonard. Função desempenhada no anterior por Kelly Marcel.
Aqui, os passos de Anastasia Steele (Johnson) a levam de volta ao charmoso senhor Grey (Dornan), quando este último, desolado pela separação dos dois, a pede uma nova chance. A moça, agora mais experiente e aparentemente dona de si, aceita o pedido de Grey desde que ele cumpra todas as exigências demandadas por ela. O que Grey não espera é que os segredos que esconde podem atrapalhar sua vida amorosa e colocar Anastasia em perigo.
O filme se inicia abordando os traumas de Grey quando criança e parte para acompanhar a nova vida de Anastasia. Ana conseguiu um trabalho em uma respeitável editora em Seattle, palco dos acontecimentos do filme, e segue um ritmo comum de meros mortais aka 'trabalho-casa-casa-trabalho'. Nestes momentos, a câmera aponta ao espectador que suspeite de quem está a volta da moça e mais a frente tais dicas se confirmam. Há alguém, além de Christian Grey, a perseguindo. O ricaço, aliás, é outro que persiste em querer a moça ao seu lado, e como este é também um desejo dela, os dois novamente iniciam um relacionamento.
Se em um primeiro momento, o importante era evidenciar a introdução de Anastasia ao mundo da "Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo" (BDSM), além de sua própria iniciação sexual, em um segundo, a personagem quer viver suas próprias fantasias e entende que pode se deixar levar com um minimo de controle e segue assim. A característica romântica é novamente um enooooorme detalhe da relação que Ana quer manter com Grey e muitas das cenas têm tom de 'novela mexicana com comercial de margarina'. Principalmente as que envolvem a família ryca e feliz de Grey - os takes para captar a emoção do clã ao saber de um certo acontecimento futuro são tão forçados que até pareceu ter sido editado em slowmotion.
Tenta-se explorar o fator de Grey querer mudar e ainda superar sofrimentos de uma infância difícil. Uma pena que falham. Aliás, esta era a chance que tinham de mostrar profundidade no personagem e não conseguem.
O roteiro de '50 Tons Mais Escuros' não traz melhores diálogos que o seu antecessor, mas trabalha outros pontos e tem mais impacto que aquele, ou seja, aparenta ter mais estrutura. Contudo, os conflitos propostos nele se resolvem rápido demais e o longa volta a bater na mesma tecla. O que o torna entediante - junto com a edição demorada.
Acredita-se que o filme não consegue agradar mais, pois trata do gosto da mulher pelo sexo com muita superficialidade e não propõe debates interessantes para o público feminino. Os protagonistas chegam a brincar com sex toys em determinado momento e aparentemente agrada. Mas o melodrama e o soft porn aqui prejudicam o longa a engatar.
A direção não é espetacular, todavia, percebe-se um controle de cenas dando sempre dicas para explicar fatos que o espectador conhecerá no futuro.
O elenco tem dessa vez a participação da maravilhosa Kim Basinger - que para mim é o que valeu nele todo. A atriz vive a mulher que transformou Grey no homem 'sádico' que é. Dakota consegue manter a linha desenhada para Anastasia. Já seu parceiro de cena, Jamie Dornan, continua não demonstrando talento dramático algum e entra de vez para a listinha famosa do 'é mais um rostinho bonito do cinema' e só. Há ainda dois novos personagens, o editor Jack Hyde (Eric Johnson) e a submissa Leila (Bella Heathcote). Ambos são responsáveis por guiar alguns dos conflitos do filme. Aliás, ao final da película há uma deixa com o personagem de Eric que possivelmente terá conexão com a finalização do enredo em '50 Tons de Liberdade', programado para ser lançado em fevereiro do ano que vem.
Grey (Dornan) mostra a Anastasia (Johnson) o mapa de seu coração |
O ambiente do filme tem como palco a cidade de Seattle. Conhecida por seus dias nublados e conturbados da série médica 'Grey's Anatomy (ABC)' e aqui a fotografia trabalha esta mesma perspectiva.
O figurino da dupla Shay Cunliffe e Karin Nosella chama atenção pela classe que escolhe dar aos personagens. Detalha bem o luxo de uns (a família Grey está sempre impecável, por exemplo) e a simplicidade de outros (os modelitos de Ana vão da fofura ao tom de boa moça e há até repetição de looks usados no primeiro filme). Christian é visto mais despojado aqui e isso destaca a fase 'caos' de sua vida pessoal. Sua irmã, vivida pela cantora Rita Ora não se assemelha em nada com o look 'francesinha' do primeiro filme e agora escolhe um look mais mulherão.
A trilha sonora é sim um ponto positivo do filme. A primeira é maravilhosa e esta aqui não fica atrás. Composta novamente por Danny Elfman e com uma lista de canções pops, em versões inéditas, a película poderia ser muito bem um big videoclipe e sair ileso de críticas negativas.
Não recomendado para menores de 16 anosFicha Técnica: Fifty Shades Darker, 2017. Direção: James Foley. Roteiro: Niall Leonard - baseado no livro homônimo de E.L. James. Elenco: Dakota Johnson, Jamie Dornan, Eric Johnson, Rita Ora, Luke Grimes, Victor Rasuk, Max Martini, Kim Basinger, Bella Heathcote, Eloise Mumford, Marcia Gay Harden, Andrew Airlie, Bruce Altman, Fay Masterson. Gênero: Romance, Drama, Erótico. Nacionalidade: EUA. Trilha Sonora Original: Danny Elfman. Direção de Arte: Peter Bodnarus, e Jeremy Stanbridge. Figurino: Shay Cunliffe e Karin Nosella. Edição: Richard Francis-Bruce. Fotografia: John Schwartzman. Distribuidora: Universal Pictures do Brasil. Duração: 01h58min.
Avaliação: Dois chicotes fajutos (2/5).
Lembrando que os comentários aqui são sobre o filme e não sobre o livro (que não li).
Lembrando que os comentários aqui são sobre o filme e não sobre o livro (que não li).
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