1.700 anos se passaram para o término da construção da Muralha da China, e diversas lendas giram em torno da obra. Uma delas - a retratada no filme 0 diz que a enorme muralha foi confeccionada para auxiliar na luta contra seres desconhecidos, que atacam a cada 60 anos e tentam invadir o território chinês. Dois mercenários europeus, William (Damon) e Tovar (Pascal), viajam ao país em busca de "pó negro" (pólvora), para que o troquem por uma grande quantia de dinheiro.
A Grande Muralha tem o chinês de vasta carreira Zhang Yimou (O Clã das Adagas Voadoras) por conta da direção. Já o roteiro foi escrito colaborativamente por três pessoas: Carlo Bernard (Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo), Doug Miro (O Mistério das Duas Irmãs) e Tony Gilroy (Trilogia Bourne). No elenco, estão os atores Matt Damon (Trilogia Bourne), Tian Jing (Em Nome da Lei), Willem Dafoe (Platoon), Andy Lau (Os Senhores da Guerra), Pedro Pascal (Game of Thrones) e Hanyu Zhang (O Tomar da Montanha do Tigre).
Um ponto extremamente positivo para o filme é ir na contramão de vários clichês. Em vários momentos, o roteiro poderia ter cedido ao esperado, mas foi além. Ao contrário de grande parte dos filmes de guerra, há uma forte presença feminina no exército e, inclusive, a comandante Lin Mae - personagem de Tian Jing - tem um forte destaque na trama. Também não é um longa-metragem que acaba por entregar um romance em tela, o que é benéfico.
Os efeitos especiais, apesar de algumas falhas, são de alta qualidade na maior parte do tempo, e as lutas realmente convencem. As atuações são boas, com destaque para Tian Jing e Oberyn Pedro Pascal. Matt Damon sempre entrega um ótimo trabalho, o que não muda neste filme, mas não é uma interpretação que mereça tantos elogios. Willem Dafoe é outro bom profissional, só que, em A grande muralha, parece que ele caiu de paraquedas no meio da trama. Ainda em relação ao elenco, a enorme quantidade de chineses presentes é ponto muito positivo.
Com alguns lindos planos longos e uma bela fotografia, A Grande Muralha é bonito de se ver. O figurino é fantástico, e o uso magnífico das cores é feito de forma minuciosa. As construções chinesas e o cenário são verossímeis e convencem. Não é uma das melhores obras do renomado diretor, mas, ainda assim, é um filme que empolga quem o assiste, com aquela sensação de que o tempo passou mais rápido.
Veja o trailer:
P.S.: O 3D no filme é realmente bom, e a experiência fica ainda mais incrível caso o público sente nas poltronas com tecnologia de movimentos e vibrações.
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