Não é de hoje que a melhor idade é mostrada no cinema vivendo mil e uma aventuras extraordinárias. Seja riscando itens da ''Bucket List'' ou indo para Las Vegas curtir por uma última vez, o gênero desses filmes sempre tentam abraçar a ideia de que tudo é possível, não importa a idade.
Aqui, Michael Caine, Morgan Freeman e Alan Arkin revivem os papéis que foram de George Burns, Art Carney, e Lee Strasberg em ''Despedida em Grande Estilo'', de 1979, com direção e roteiro de Martin Brest. Naquele longa, três amigos planejam e realizam um assalto, pois vivem da renda de aposentadorias. Nesta nova empreitada, o trio de amigos Willie (Freeman), Joe (Caine) e Albert (Arkin) recebem a notícia de que não receberão mais suas pensões, devido a empresa em que trabalhavam ter mudado toda a logística financeira para outro país e , repentinamente, congelou todos os pagamentos. Willie e os amigos, financeiramente quebrados, bolam então um plano para assaltar um dos bancos afiliados a empresa.
Com tom família, a comédia têm roteiro assinado por Theodore Melfi (Um Santo Vizinho) e direção do ator Zach Braff. O longa entra em cartaz hoje, no Brasil, e amanhã, nos Estados Unidos.
Trailer
A narrativa vem com um ritmo dinâmico e apresenta a jornada de cada personagem separadamente para depois os unir em determinado momento. Joe (Caine) é o pimeiro a aparecer em tela e nos fazer perceber que conduzirá os outros arcos. Willie (Freeman) e Albert (Arkin) dividem um teto e são amigos íntimos de Joe. Um dia, ao ir ao banco tentar resolver a situação de sua hipoteca, Joe, presencia um assalto e fica intrigado com o acontecimento. Chega até a contar aos amigos diversas vezes como tudo ocorrera e é quando os três necessitam de grana, seja para não perderem suas casas e ajudarem os familiares ou para cuidarem da saúde, que eles começam a acreditar na ideia de que podem assaltar um banco. Ou melhor que precisam. Fazem primeiro um teste no mercado próximo ao bairro deles e dá tudo errado, todavia, quando são instruídos por Jesus (Ortiz), as coisas começam a mudar.
O incentivo maior entre os três para realizarem o assalto vai ficando claro aos poucos com a história familiar de cada um e esses personagens chegam para causar ou reflexão ou ainda fazer rir, como é o caso de Annie (Ann-Margret), possível interesse amoroso de Albert. O agente do FBI, interpretado por Dillon, também vem com uma motivação especifica, mas tem tom de comédia tanto quanto o gerente do mercado (Kenan) em que o trio tenta aprontar o primeiro roubo.
Há um caminho muito claro ali e as conveniências não soam chatas ou repetitivas. O plot twist da trama também vem explicadinho e segue um rumo positivo para os personagens. A comédia aqui não cai, mas há trechos no trailer que soam mais engraçados do que na telona.
A condução de Braff é desenhada pelo seu próprio tom de comediante, ou seja, mediano. Não há nenhum tipo de inovação ou algo que faça o filme se sobressair com o seu trabalho nele. Os atores ali, já trabalharam juntos diversas vezes (Caine e Freeman se encontram pela sexta vez), exceto por Arkin que vez ou outra teve contato com os outros dois protagonistas.
Ficha Técnica: Going In Style, 2017. Direção: Zach Braff. Roteiro: Theodore Melfi, baseado na história de Edward Cannon (1979). Elenco: Michael Caine, Morgan Freeman, Alan Arkin, Christopher Lloyd, Joey King, Ann-Margret, Matt Dilon, John Ortiz, Kenan Thompson. Gênero: Comédia, Policial. Nacionalidade: EUA. Trilha Sonora Original: Rob Simonsen. Figurino: Gary Jones.. Fotografia: Rodney Charters. Edição: Myron I. Kerstein. Distribuidora: Warner Bros Pictures. Duração: 01h47min.
Um filme para ir conferir com a familia naquela tarde de domingo.
Avaliação: Três fraldas geriátricas presidenciais(3/5).
Hoje nos cinemas!
Um comentário:
Excelente revisão do que você fez. A história parece muito divertida. Seguramente o êxito de Despedida em Grande Estilo deve-se a participação Morgan Freeman no filme, porque tem muitos fãs que como eu se sentem atraídos por cada estréia cinematográfica que tem o seu nome exibição. Adoro porque sua atuação não é forçada em absoluto. Suas expressões faciais, movimentos, a maneira como chora, ri, ama, tudo parece puramente genuíno.
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