Inseparáveis chega as telonas nacionais com a difícil tarefa de lhe fazer ficar plantado na sala fria do cinema por mais de uma hora e meia de filme. Isto porquê a produção portenha é um remake fajuto do recente 'Intocáveis', longa emocionante de Eric Toledano e Olivier Nakache, lançado em 2012, aqui no Brasil.
A trama é a mesmíssima. Um rico tetraplégico decide contratar um cuidador sem experiência alguma e para sua surpresa acaba ficando amigo do rapaz e vivendo situações inusitadas ao seu lado.
A produção tem Oscar Martinez (Relatos Selvagens e Koblic) e Rodrigo de La Serna (Diários de Motocicleta) nos papéis centrais, além das atrizes Carla Paterson e Malena Sanchez.
Trailer
Carnevale, roteirista e diretor, parece se concentrar mais em levar a produção ao público que talvez não tenha visto o longa francês - por falta de conhecimento ou até pelo entrave da língua - do que exatamente trazer uma nova alternativa cinematográfica para a história. Diz-se isto, pois seu roteiro segue com 'maestria' a estrutura do filme de 2012. Na verdade, modifica detalhes tão ínfimos que estes quase não fazem diferença.
O personagem de Rodrigo de La Serna, Tito, é metido a malandrão, mas lá no fundo é um grande bebezão - apesar da origem humilde e dos problemas familiares enfrentados. Sua conexão com Felipe, Oscar Martinez, ocorre de forma bastante forçada e não lembra nem em sonho a boa química de Omar Sy e François Cluzet, em cena. Há uma escolha clara do ator de se impor mais atrapalhado que o normal - o que o deixou fraco perto da interpretação de Sy (e olha que Sy ganhou o mundo com esse filme). Martinez é, por outro lado, a grande força da produição. Ele não traz exagero e imprime sua marca. É duro, sofisticado, inteligente e perambula bem pelos conflitos do personagem.
O personagem de Rodrigo de La Serna, Tito, é metido a malandrão, mas lá no fundo é um grande bebezão - apesar da origem humilde e dos problemas familiares enfrentados. Sua conexão com Felipe, Oscar Martinez, ocorre de forma bastante forçada e não lembra nem em sonho a boa química de Omar Sy e François Cluzet, em cena. Há uma escolha clara do ator de se impor mais atrapalhado que o normal - o que o deixou fraco perto da interpretação de Sy (e olha que Sy ganhou o mundo com esse filme). Martinez é, por outro lado, a grande força da produição. Ele não traz exagero e imprime sua marca. É duro, sofisticado, inteligente e perambula bem pelos conflitos do personagem.
Carla Paterson, que dá vida a assistente de Felipe, vem também no estilo da personagem original, mas o olhar dispara quando ela entra cena. Alejandra Flechner também ganha destaque.
A apresentação da trama se adequa ao contexto portenho, contudo, nem as pitadas de comédia a fazem parecer melhor ou equipará-la a 'Intocáveis'. O drama empregado aqui soa raso e indiferente.
Ficha Técnica: Inseparables, 2016. Direção: Marcos Carnevale. Roteiro: Marcos Carnevale - baseado no roteiro original de Eric Toledano e Olivier Nakache. Elenco: Oscar Martínez, Rodrigo de La Serna, Malena Sanchez e Carla Peterson, Alejandra Flechner. Gênero: Drama. Nacionalidade: Argentina. Figurino: Pablo Bataglia. Fotografia: Horacio Maira. Edição: Luis Barros. Distribuidora: Paris Filmes. Duração: 01h48min.
O cinema argentino apresenta aqui a natural 'falha no sistema'.
:/
Não recomendado para menores de 14 anos:/
Avaliação: Um dicionário portenho e setenta cinco 'deixa pra lá' (1,75/5).
Hoje nos cinemas!
See Ya!
b-
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