Documentário original da HBO com The Rock, Dwayne Johnson
Todo mundo sabe o valor de uma segunda chance… Mas será mesmo? O que você faria se pudesse transformar uma sentença de 60 anos de prisão em alguns meses em um campo de treinamento? É com essa questão que o novo documentário da HBO levanta o debate sobre escolhas na vida e reabilitações criminais.
Com um apelo inicial à imagem do astro do cinema de Hollywood, Difícil Decisão (Rock and a Hard Place) foi co-dirigido por Jon Alpert e Matthew O'Neill, produzido pelo famoso The Rock (Dwayne Johnson) e estreia hoje, 03 de julho pela HBO às 22hrs.
Olha, é até um pouco difícil de descrever como é a sensação de assistir à esse documentário. É um misto de incômodo, angustia, alegria, raiva, incômodo de novo, alívio, tristeza… nossa é muita coisa.
Acho que um dos aspectos mais marcantes de Rock and a Hard Place são as suas imagens. O documentário é feito com gravações reais de uma turma de reabilitação do Boot Camp, algo como um campo de treinamento para detentos em Miami, relatando todos os processos e semanas que eles passam.
Para gente entender mais, esse é um programa implementado nos EUA que possibilita que alguns detentos do sistema carcerário possam alterar suas penas, de vários anos, para alguns meses. Em troca dessa liberdade, o grupo seleto passa por um rígido programa de treinamento quase militar. A ideia é oferecer uma segunda chance aos jovens que se envolveram em crimes das mais variadas tipologias.
O que o documentário tenta nos passar, e é algo que chega a incomodar, é que as ações praticadas no Boot Camp seriam justificadas. Ficamos horrorizados com as imagens iniciais de como os detentos são tratados. Nesse ponto, o documentário faz questão de ressaltar que um tipo agressivo de tratamento é necessário para quebrar as barreias e bloqueios dos homens que chegam ao local. Agressão verbal, humilhação e exaustão física são algumas das práticas comuns naquele lugar.
O documentário prossegue com o andamentos das semanas. Aos poucos, alguns detentos são dispensados do programa por não se adequarem às regras de obediência total, outros desistem e alguns continuam. De semana em semana, acompanhamos a rotina pesada e enlouquecedora desses cadetes em formação.
Na maioria das vezes em que as pessoas falam diretamente com a câmera vemos apenas os depoimentos do staff do acampamento Raramente vemos os detentos conversaram com a equipe de maneira mais direta, o que acaba incomodando um pouco.
De qualquer maneira, é um documentário forte. Em momentos, especialmente os que se relacionam com as famílias dos detentos, podemos experimentar um pouco de como que é a realidade por trás de cada pessoa, ficamos sabendo um pouco de sua história. Mesmo assim, ainda dá para se questionar qual é o direcionamento do documentário, quem é de fato o sujeito de fala.
Tudo está interligado com uma mensagem de valorização da segunda chance e de que essa segunda chance no acampamento, com todos os pesares, seria totalmente válida. Sentimos isso na maneira de editar, na ordem dos depoimentos e, especialmente, na trilha sonora. É uma produção muito bem-feita e sem dúvidas, podemos esperar momentos de grandes emoções.
Apesar de tudo, ainda estamos falando de um documentário que trabalha com questões importantes na nossa sociedade. Acho que é válido assistir a ele e se deixar questionar sobre esses pontos.
Avaliação: Depois de uma segunda chance, a sentença é de 3,5 meses para esse documentário (3,5/5)
Todo mundo sabe o valor de uma segunda chance… Mas será mesmo? O que você faria se pudesse transformar uma sentença de 60 anos de prisão em alguns meses em um campo de treinamento? É com essa questão que o novo documentário da HBO levanta o debate sobre escolhas na vida e reabilitações criminais.
Com um apelo inicial à imagem do astro do cinema de Hollywood, Difícil Decisão (Rock and a Hard Place) foi co-dirigido por Jon Alpert e Matthew O'Neill, produzido pelo famoso The Rock (Dwayne Johnson) e estreia hoje, 03 de julho pela HBO às 22hrs.
Olha, é até um pouco difícil de descrever como é a sensação de assistir à esse documentário. É um misto de incômodo, angustia, alegria, raiva, incômodo de novo, alívio, tristeza… nossa é muita coisa.
Trailer
Acho que um dos aspectos mais marcantes de Rock and a Hard Place são as suas imagens. O documentário é feito com gravações reais de uma turma de reabilitação do Boot Camp, algo como um campo de treinamento para detentos em Miami, relatando todos os processos e semanas que eles passam.
Para gente entender mais, esse é um programa implementado nos EUA que possibilita que alguns detentos do sistema carcerário possam alterar suas penas, de vários anos, para alguns meses. Em troca dessa liberdade, o grupo seleto passa por um rígido programa de treinamento quase militar. A ideia é oferecer uma segunda chance aos jovens que se envolveram em crimes das mais variadas tipologias.
O que o documentário tenta nos passar, e é algo que chega a incomodar, é que as ações praticadas no Boot Camp seriam justificadas. Ficamos horrorizados com as imagens iniciais de como os detentos são tratados. Nesse ponto, o documentário faz questão de ressaltar que um tipo agressivo de tratamento é necessário para quebrar as barreias e bloqueios dos homens que chegam ao local. Agressão verbal, humilhação e exaustão física são algumas das práticas comuns naquele lugar.
O documentário prossegue com o andamentos das semanas. Aos poucos, alguns detentos são dispensados do programa por não se adequarem às regras de obediência total, outros desistem e alguns continuam. De semana em semana, acompanhamos a rotina pesada e enlouquecedora desses cadetes em formação.
Na maioria das vezes em que as pessoas falam diretamente com a câmera vemos apenas os depoimentos do staff do acampamento Raramente vemos os detentos conversaram com a equipe de maneira mais direta, o que acaba incomodando um pouco.
De qualquer maneira, é um documentário forte. Em momentos, especialmente os que se relacionam com as famílias dos detentos, podemos experimentar um pouco de como que é a realidade por trás de cada pessoa, ficamos sabendo um pouco de sua história. Mesmo assim, ainda dá para se questionar qual é o direcionamento do documentário, quem é de fato o sujeito de fala.
Tudo está interligado com uma mensagem de valorização da segunda chance e de que essa segunda chance no acampamento, com todos os pesares, seria totalmente válida. Sentimos isso na maneira de editar, na ordem dos depoimentos e, especialmente, na trilha sonora. É uma produção muito bem-feita e sem dúvidas, podemos esperar momentos de grandes emoções.
Apesar de tudo, ainda estamos falando de um documentário que trabalha com questões importantes na nossa sociedade. Acho que é válido assistir a ele e se deixar questionar sobre esses pontos.
Avaliação: Depois de uma segunda chance, a sentença é de 3,5 meses para esse documentário (3,5/5)
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