quinta-feira, 31 de agosto de 2017

O Acampamento


O cinema australiano independente nunca decepcionou em entregar thrillers sujos e violentos que, a sua própria maneira, exploravam a condição humana das pessoas, muitas vezes do homem -o "bruto"- moldado à partir do mundo no qual vive. E o mundo visto em O Acampamento é cínico e cruel, numa narrativa imprevisível de suspense e tensão que nunca falha, também, em instalar uma constante sensação de angústia, enquanto nos choca com suas fortes imagens. Se estas escolhas são eficazes na maior parte do tempo, é inegável também a facilidade de provocar o choque com as cenas violentas.

No filme, que é escrito e dirigido por Damien PowerIan (Ian Meadows) e Samantha (Harriet Dyer viajam para relaxar alguns dias num parque natural. O casal encontra um acampamento isolado com apenas um carro e uma barraca vazia. À medida que anoitece e ninguém retorna, os dois passam a se preocupar. E quando descobrem uma criança vagando pela floresta, eles mergulham numa terrível cadeia de acontecimentos, que vai levá-los até o seu limite.




O filme por vezes parece tentar ecoar Violência Gratuita de Michael Haneke, mas, enquanto aquela obra era uma discussão metalinguística sobre o nosso próprio sadismo - e uma desconstrução do thriller de sequestro, onde a esperança lentamente se esvairia e frustrava constantemente não só as tentativas de escapar de seus protagonistas como também as expectativas do espectador, aqui, o sadismo, ou o simples cinismo de seu diretor em relação à humanidade acaba soando meio gratuito, já que nunca parece haver uma real proposta temática por trás disto.

Ainda assim, onde filme tem êxito, ele o tem com maestria. As cenas de suspense, filmadas por Damien e fotografadas por Simon Chapman são responsáveis por manter o espectador aflito na maior parte do tempo, e demonstram um estremo talento de Power, um "novato" em longas metragens. 
O Acampamento tem sucesso em não escancarar de início a natureza vil de seus "antagonistas", como ao incluir, na segunda cena daqueles personagens, um momento de descontração, onde eles fazem piadas entre si e brincam com um cachorro, numa espécie de humanização dos mesmos. Não tarda, porém, para que a inquietação se instale, conforme os eventos não-lineares se desenrolam.




E por falar em não linear, a editora Katie Flaxman merece grandes aplausos, já que os eventos que ocorrem em tempos diferentes aqui são tão eficientes que acabam por evidenciar apenas a falta de eficácia no mesmo recurso utilizado em Dunkirk de Christopher Nolan. Enquanto aquela obra insistia no didatismo (Nolan literalmente escreve as informações em relação ao tempo na tela), aqui elas são feitas sem alardes, e enquanto a trama e seus horríveis eventos se desdobram, mais tenso fica o espectador. Com transições inesperadas que vão revelando eventos que estão fadados a dar errado e são angustiantes por brincar com essas antecipações, elas deixam o espectador envolto  num mal-estar continuo até que toda a esperança se perca (e o sadismo do diretor se evidencia aí).

Porém, o filme acaba sendo um pouco mais complicado, com suas imprevisibilidades. A relação que O Acampamento tem com a violência quase se resolve de forma espetacular, numa ironia cíclica de "dente por dente", da violência começando e terminando em si mesma que elevaria o filme. Porém, numa atitude até pretensiosa, o diretor estica essa "tortura", deixando o filme uns 20 minutos mais longo e essa tortura se torna até fantasiosa, incluindo um aspecto moral logo em seguida que nunca soa realmente sincero, e sim uma inclusão de última hora para atribuir alguma mensagem ao final. O diretor não sabe onde parar.




Ironicamente, se o filme se contentasse com a violência pela violência, à brutalidade primal e selvagem que ganha voz num interessante plano onde um bebê divide o quadro com um cachorro O Acampamento seria mais fácil de se engolir.. Seus personagens, verossímeis e com ótimas atuações, são todos punidos. Se isto é algo deste cinema de gênero, e até mesmo dos thrillers dos anos 70, aqui se sente um certo pretensiosismo, uma perversão e crueldade gratuita. O que Powers quer provar? Que a humanidade é horrível e não merece salvação? Que existe a maldade e pessoas más no mundo e não há moralidade ou heroísmo que o salve?

Alguns filmes não precisam exatamente de uma mensagem, é claro. Mas, se O Acampamento pretende beber no niilismo já visto com filmes melhores de diretores melhores, ele ao menos poderia ser mais claro em relação às suas intenções, que se perdem em tom e falso moralismo nos derradeiros 30 minutos finais.

FichaTécnica
Título Original: Killing Ground, 2016. Direção: Damien Power Roteiro: Damien Power. Elenco Aaron Pedersen, Ian Meadows, Harriet Dyer, Aaron Glenane Trilha Sonora Original: Leah CurtisFotografia:Simon Chapman .Nacionalidade: Austrália. Gênero: Thriller. Distribuidora:  Cineart Filmes. Duração: 88 min. 

Nota: 3,5 de 5 

Os Guardiões


Quer saber como se faz um filme de super heróis repleto de clichês e com diálogos hilários? não saia desta página antes de ler tudo o que será dito nela!

Sarik Andreasyan é o diretor do longa russo ''Os Guardiões'', uma película sem pé, cabeça, coração ou qualquer órgão vital. O filme de Andreasyan traz um grupo de heróis criados por um programa chamado ''Patriota'', durante a Guerra Fria. Ali, Arsus (Anton Pampushinyy), Ksenia (Alina Lanina), Ler (Sebastien Sisak) e Khan (Sanjar Madi) tiveram seu DNA alterado pelo cientista Avgust Kuratov (Alekssandr Komissarov) para virarem super humanos e desenvolverem habilidades inimagináveis com o intuito de defenderem seu país de ameaças externas. O grupo de heróis acaba se desfazendo, mas volta a ativa após a Major Elena (Valeriya Shkirando) contactar a todos e solicitar ajuda para enfrentar um vilão que eles conhecem bem  e ai que a ação engata e o seu riso frouxo também.
Trailer

O roteiro entrega tudo que qualquer filme de super herói precisa ter: introdução de personagens, crescimento, dramas pessoais e resoluções de conflitos. Só que nada disso surte o efeito esperado e todos os acontecimentos soam fakes e bobos.

Obviamente, a vida dos heróis dependem dicumforça da presença do vilão e esse é muito sem sal, além disso, o tom de patriotismo na produção tem que ser transparente como a água, mas ele chega lá. Todavia, o que deixa este filme ENGRAÇADÍSSIMO é a dose enorme de falas clichês, interpretações forçadas ou nulas, dramas sofríveis a nível de novela mexicana e o melhor: a versão internacional de Guardiões tem dublagem em inglês e não em russo (em muitos momentos você tem a impressão de estar assistindo as introduções de um videogame bem tosco).

Há uma evidente similaridade dos personagens com ''O Quarteto Fantástico'' ou até mesmo ''Os Guardiões da Galáxia'', desde as caracterizações a escolha dos atores - Anton é uma mistura de Chris Pratt com Eric Dane - e as habilidades dos heróis lembram até os dobradores de Ar em ''Aang - A Lenda de Avatar, ah e o vilão é um mix de 'Bane com Coisa' só que sem muita simpatia.





Toda e qualquer surpresa que o longa acha que está projetando ao público não surpreende. Constrói-se clima para um romance entre dois dos heróis, Arsus e Ksenia. E a gozação só ganha mais motivo para continuar. As cenas de lutas são outro festival de piada a parte. Mas a rainha do carão e da emoção inexistente é a louraça de Valeriya Shkirando. Uma atriz excelente em demonstrar olhares plenos e comovidos, além de um movimento de boca preciso e divo.


Há um jogo TOTALMENTE ERRADO da trilha sonora aqui. Escolha de composições que deveriam dramatizar a cena e conseguem o efeito contrário: provocam risada. A comoção dos personagens por suas próprias histórias é tão, tão, tão, tão frívola que qualquer emoção forte também provoca riso.


O pedido pessoal que eu faria a distribuidora é que tivesse convidado o grupo Hermes & Renato para dublar o filme. Certeza que levaria muita gente aos cinemas.
Ficha Técnica: Zashchitniki, 2017. DireçãoSarik Andreasyan. Roteiro: Andrey Gravilov com argumentos de Sarik Andreasyan e Gevond Andreasyan. Elenco: Alekssandr Komissarov, Valeriya Shkirando, Alina Lanina, Sanzhar Madi, Sebastien Sisak, Anton Pampushnyy. Gênero: Fantasia, Aventura, Scifi, ação. Nacionalidade: Russia. Trilha Sonora Original: Georgiy Zheryakov. Figurino: Gulnara Shakhmilov. Edição: Georgiy Isaakyan. Fotografia: Maksim Osadchiy-Korytkovskiy. Distribuidora: Paris Filmes. Duração: 01h29min.



Um filme ruim é um filme ruim, mas um filme ruim que te faz rir pelas suas imperfeições tem um valor inimaginável. VEJA!

Avaliação: Vale a risada e o aprendizado do que não se copiar ou se fazer na telona ( -/5).

31 de Agosto, nos cinemas!

See Ya!











B-

Emoji: O Filme


Com 🎬 direção de Tony Leondis😎, a animação tem como mensagem principal refletir sobre 'crescimento e identidade', mas não desenvolve bem nenhum dos temas descritos e prefere ser bobinha do que dar a criançada motivo para se divertir deixando toda a inteligência que tem para trás😥.

Lá fora, a película tem dublagens dos atores T.J. Miller, Anna Faris, James Corden, Maya Rudolph, Sofia Vergara, Christina Aguillera, Patrick Stewart, Sean Hayes e Jennifer Coolidge

Emoji: O Filme entra em cartaz esta quinta-feira (31).

Trailer


A trama revela como é a vida dos Emojis dentro dos smartphones, mais especificamente a vida dessas figurinhas em Textopólis. Um desses personagens amarelos fofinhos é Gene (Miller). Um jovem que não vê a hora de ir para o cubo trabalhar e ser um emoji desanimado como seu pai. Contudo, quando finalmente o garoto consegue ser incluído na base oficial de emoticons ele entra em pânico e estraga sua carreira. Gene passa então a ser procurado pela Emoji de carinha feliz (Rudolph) e por toda Textopolis. Decide então sair dali e procurar melhorar. Para isso usa a ajuda da mãozinha✋ e também de uma misteriosa garota hacker👩. 


O filme tenta ser simples e ao mesmo tempo que esquece de trabalhar crises de identidade, com mais profundidade, redireciona  o seu foco para construção de amizades, logo, erra o dedo da massa e deixa o bolo sem gosto. Há um arco central que se prende a vários outros, mas o uso dos emojis não se solidificam bem e soam contraditórios. Enquanto um personagem só quer se encontrar, outros já se conformaram com a característica indicada para suas personalidade. Faz um equívoco radical ao determinar que a jornada do herói seja destinada para ao roubo de informações e etc e não se preocupa com os exemplos que pode passar aos pequenos quando não impõe responsabilidades, direitos e até deveres.

Um tiquinho assim engraçada, 'Emoji: O Filme' não trabalha o potencial que tem com a quantidade de personagens fortes que tem em seu arsenal. Usa dos emojis 'favoritos' talvez para ganhar o gosto popular e esquece de seu poder simbólico.


Ficha Técnica: The Emoji Movie, 2017. Direção: Tony Leondis. Roteiro: Tony Leondis, Eric Siegel, John Hoffman e Mike White. Elenco: T.J. Miller, Anna Faris, Sofia Vergara, Patrick Stewart, Maya Rudolph, Christina Aguillera, Sean Hayes e Jennifer Coolidge. Gênero: Animação, aventura. Nacionalidade: Eua. Trilha Sonora Original: Patrick Doyle. Animador:  Jeff Panko. Edição: William J. Caparella. Distribuidora: Paris Filmes. Duração: 01h26min.

Não há nada imperdível aqui.


Avaliação: O samba do número Dois  (2/5).

31 de Agosto, nos cinemas!

See Ya!






 





B-

Como Nossos Pais



 
Como conciliar casamento, trabalho, maternidade e família? Vc consegue? 
Rosa (Maria Ribeiro) é uma mulher de 38 anos que vive uma fase conflituosa de sua vida. Vê-se naquele dilema entre ser uma boa mãe, manter seus sonhos e objetivos profissionais, criar duas filhas e encarar um casamento em crise. 

Este é o quadro que encontramos em "Como Nossos Pais" um drama dirigido por Laís Bodanzky e que teve sua primeira exibição no Festival Internacional de Berlin, onde foi super bem recebido. Também ganhou seis prêmios no Festival de Cinema de Gramado.

 Trailer



Rosa não é vítima, a coitada que sofre para dar conta de tudo. Também não é a super mulher porque seria uma farsa. É um meio termo, real e atual. Se não bastasse todo esse quadro de conflitos pessoais, ainda tem que lidar com sua convivência nada amistosa com a mãe (Clarice Abujanra), uma intelectual dos anos 70. Amor e ressentimentos permeiam esta relação.

Neste universo onde é cobrada o tempo todo, Rosa tenta ser perfeita em todas as suas obrigações, mas se vê perdida entre duas gerações onde a mulher assume papéis totalmente distintos.

Mãe de duas adolescentes, ela tenta ser super mãe na criação das filhas dividindo as tarefas com um marido que se preocupa mais em salvar o planeta que salvar sua relação com a esposa. Sentindo-se traída, Rosa se apaixona por Pedro (Felipe Rocha) pai de um coleguinha da filha. 

Para piorar a crise, em um almoço em família, recebe uma revelação de sua mãe que faz seu mundo desabar.
Rosa tem que redescobrir seus ideais e recriar a si mesma.



Um filme realista e atual, descreve o conflito de toda e qualquer mulher contemporânea. O trecho da música "ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais" define perfeitamente este conflito. Os sentimentos de Rosa são os nossos sentimentos como mulher, passando por mudanças e tendo que aprender a cobrar nossos direitos.

O lado divertido e leve do filme fica por conta da personagem do pai (Jorge Mautner) um bon vivant cheio de frases de auto ajuda, que mesmo sendo um peso na vida da filha consegue aliviar seu estado de ânimo.


Ficha técnica
Título: Como Os Nossos Pais, 2017. Direção: Laís Bodanzky. Roteiro: Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi. Elenco: Maria Ribeiro, Clarisse Abujamra, Paulo Vilhena, Felipe Rocha, Jorge Mautner, Herson Capri, Sophia Valverde e Annalara Prates. Nacionalidade: Brasil. Direção de Fotografia: Pedro J. Márquez. Direção de Arte: Rita Faustini. Montagem: Rodrigo Menecucci. Produtores: Caio Gullane, Fabiano Gullane, Debora Ivanov, Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi. Produtor Associado: José Alvarenga Jr.. Produção: Gullane e Buriti Filmes. Coprodução: Globo Filmes. Distribuição: Imovision. Duração: 01h42min.


Um filme envolvente que, com certeza, vai conquistar o público e fazer pensar na própria vida e cotidiano.

Helen Nice
@n.dacoruja

31 de AGOSTO NOS CINEMAS!  

Atômica


Lorraine Broughton (Theron) é o tipo de personagem que bota pra quebrar e faz você ficar vidrado nela. A moça é a representação mais honesta da "loira fatal" romantizada pelo mundo masculino. Isto porque além de linda e virada no giraya do poder físico, ela tem força o bastante para desbancar muito machão metido a rei da ação por ai.

Saída do mundo do Graphic Novel "The Coldest City" e levada aos cinemas, a personagem é uma agente da MI6, grupo de espionagem britânico, que foi enviada a Berlin, na época conturbada em que o muro repartia a cidade e a fazia refém de si mesma, para investigar a morte de um colega e recuperar ainda dados preciosos que podiam revelar os nomes de agentes duplos como ela.

A película é de um visual deslumbrante e tem mais estilo que muito desfile do São Paulo Fashion Week. Na direção está David Leitch (John Wick) e no roteiro Kurt Johnstad. A estupenda Charlize Theron aparece no papel principal e nomes como Sofia Boutella, Toby Jones, John Goodman, James Macvoy, Bill Skarsgärd, integram o elenco.

Trailer


Durante quase todo o filme, vemos Lorraine, nossa protagonista, responder a um inquérito sobre a sua ida a capital alemã e sobre o estrago que ela fez por lá, enquanto também somos levados pelas imagens da ação decorrida em Berlin, naqueles dias contados de porrada e explosão.

O pano de fundo e todo o contexto politico pensado para embasar a trama (a era final da guerra fria) faz você ficar bastante instigado, logo no início, contudo, o caminhar do enredo vai enfraquecendo esse sentimento um pouco.

Alguns detalhes óbvios (seu amor por vodka, por exemplo) entregam a real face da protagonista, mas embarca o expectador também numa gama de dúvidas sobre sua verdadeira jornada no longa.

Soma-se a isso, a questão do agente de McAvoy não ser altamente confiável e a colocar em más lençóis desde sua chegada a cidade.


Leitch consegue ser dinâmico e vem com sangue no olho quando o assunto é ação, pois presenteia o público com tomadas longas de cenas de luta que são enriquecidas por um contexto visual muito show.

Theron emplaca um papel que é a sua cara e seus cinco anos de dedicação, adicionados a toda a preparação física, deixam explícitos seu potencial para um tete-a-tete com um "John Wick" da vida - personagem de Keanu Reeves que seria a sua versão masculina, a propósito, os dois atores treinaram juntos para os seus "protagonistas ferrenhos".

Boutella encarna uma espiã um tanto quanto doce e inocente, todavia, sensualidade não lhe falta. Macvoy se revira em muitos e é craque em ambiguidade (e profissionalismo também já que faz grande parte das cenas com um braço ferido das gravações do excelente Fragmentado). Goodman é, a princípio, um chefe da CIA que quer a todo custo a cabeça de Lorraine, porém, os desdobramentos seguintes o dão outras camadas também. Skargård aparece como o "pau pra toda a hora" e o ator Toby Jones interpreta o chefão da agência britânica que tem ainda que encarar o humor do superior 'C', interpretado por James Faulkner. Há ainda a participação de Til Schweiger (o Hugo Stiglitz de Bastardos  Inglórios) como 'relojoeiro' e Eddie Marsan  encarna o agente bundão 'Spyglass'.

Theron e Boutella tem cenas lindíssimas de pegação

O mega destaque é sim para Theron pela maestria com que consegue interpretar mulheres fortes e implacáveis. Sua entrega é tão grandiosa que é difícil não se comover com o seu desgaste ( a atriz acabou quebrando dois dentes durante as filmagens) e louvar suas escolhas em Hollywood. 

Claro, outra ponto que chama muita atenção em Atomic Blonde é a beleza do filme, ou seja, como todo o bom trabalho da direção de arte combinado ao figurino, fotografia, e o desenho da produção conseguem estar sempre evidentes. O estilo ousado, contudo, poderia ter sido um pouquinho mais equilibrado.  

David: ''Oh, meu Deus, acho que te amo''/ ''Isto é uma pena'' - Lorraine.
Recheada de canções absolutamente fantásticas, não exatamente da época, mas que acabam dando um tom muito apropriado ao projeto, a película te faz cantar junto com David Bowie, New Order, Queen, A Flock Seagulls, The Clash, entre tantos outros (ver aqui). E a trilha original (aqui) composta por de Tyler Bates fica grandiosa nos momentos de adrenalina da personagem.


Ficha Técnica
Atomic Blonde, 2017.Direção: David Leitch. Roteiro: Baseado no Graphic Novel "The Coldest City" de Antony Johnston com ilustração do brasileiro Sam Hart e adaptador  Kurt Johnstad  Elenco: Charlize Theron, James McAvoy, Eddie Marsan, John Goodman, Toby Jones, James Faulkner, Roland Moller, Sofia Boutella, Sam Hargrave e Bill Skarsgård. Nacionalidade: Estados Unidos. Gênero: Ação. Fotografia: Jonathan Sela. Trilha Sonora: Tyler Bates. Montagem/Edição: Elísabet Ronaldsdóttir. Direção de Arte: David Scheunemann. Distribuição: Universal Pictures do Brasil. Duração: 01h55min


AvaliaçãoTrês cabelos platinados, fortes, sadios e  setenta  e cinco hidratações a base de abacate (3,75/5).

31 de Agosto, nos cinemas!


See Ya!









B-

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Dupla Explosiva


Chame seu "parça" - pode ser namorado(a), amigo(a) ou vai sozinha mesmo haha! Compre um balde enorme de pipocas e prepare-se para aquele Blockbuster clichê, com fórmula a+b, cheio de tiro, porrada e bomba (tanta bomba que eu tenho dúvidas se Amsterdã ainda existe), mas que será diversão e risadas garantidas!

Eu adoro este tipo de filme e não foi diferente com Dupla Explosiva, longa de Patrick Hughes com Ryan Reynolds, Samuel L. Jackson, Salma Hayek, Elodie Young, Richard E. Grant e Gary Oldman, no elenco.



                                                                           Trailer





A história é a seguinte: existe esse assassino profissional, mas tipo ''do bem'',  já que só mata bandidão . Seu nome? Darius Kincaid (Samuel L. Jackson). Darius é casado e apaixonadíssimo pela engraçada e também assassina Sonia (Salma Hayek) e ambos estão presos em locais diferentes.

Na outra ponta está o guarda costas triplo A, mega, super, hiper bem pago e famoso Michael Bryce (Ryan Reynolds) que é apaixonado pela agente Amelia (Elodie Yung), mas não é muito bom com romances e declarações.




Tudo calmo e perfeito. Mas o mundo dá voltas e Michael perde sua fama quando um cliente é assassinado (fundo do poço aqui vou eu!!!). Enquanto isso, um ditador sanguinário está sendo julgado no Tribunal Internacional de Haia. Adivinha quem é a única testemunha que pode mandar Vladislav Dukhovich para a cadeia? E quem terá que ser seu guarda costas para garantir que ele chegue vivo ao julgamento? Estaria feita a receita do sucesso, se Michael e Kincaid já não tivessem suas tretas no passado.

A partir daí começa um jogo de gato e rato onde tentar se manter vivo não é a coisa mais simples da vida.


FichaTécnica
Título Original: The Hitman's Bodyguard, 2017. Direção: Patrick Hughes. Roteiro: Tom O'Connor. Elenco: Samuel L. Jackson, Ryan Reynolds, Gary Oldman, Richard E. Grant. Trilha Sonora Original: Atli Örvarsson. Fotografia: Jules O'Loughlin. Nacionalidade: EUA. Gênero: Ação, Comédia. Distribuidora: Califórnia Filmes. Duração: 118 min. Classificação: Livre



Um filme feito para divertir. E eu garanto que consegue. Uma aposta segura e que tem tudo pra ser sucesso de bilheteria por aqui. Destaque para a trilha sonora (ver aqui) - divertidíssima! e a bela fotografia - prestem atenção na perseguição nos canais de Amsterdã e vão concordar comigo.


Pode colocar na programação do fds que eu sei que você não vai se arrepender.

Helen Nice
@n.dacoruja

31 de AGOSTO NOS CINEMAS!