A sétima noite de Festival foi uma das mais concorridas. Todos queriam ver o mais novo filme do brasiliense Adirley Queirós, ''Era Uma Vez Brasilia'', todavia, nem todos conseguiram ingresso.
Preocupado em trazer diversidade, realidade e cinema competente, Queirós levou a tela uma espécime de fake-doc com um enredo atraente, mas pouco envolvente. Uma trama futurística que se entrelaça ao passado histórico e politico do Brasil bem como ao presente.
Antes da apresentação do longa-metragem o público ainda pôde conferir o curta carioca ''Chico'', da dupla de diretores Carvalho, e também o concorrente brasiliense ''Carneiro de Ouro'', de Dácia Ibiapina. Filmes que vem de espaços e tempos diferentes. Chico reflete os acontecimentos dramáticos do futuro e, como o longa de Adirley, coloca à sua frente protagonistas marginalizados. Já Carneiro de Ouro busca uma figura no calorento Piaui, chamada Dedé Rodrigues, para exaltá-lo pela dedicação e força em produzir e levar cultura cinematográfica a comunidade local.
Preocupado em trazer diversidade, realidade e cinema competente, Queirós levou a tela uma espécime de fake-doc com um enredo atraente, mas pouco envolvente. Uma trama futurística que se entrelaça ao passado histórico e politico do Brasil bem como ao presente.
Antes da apresentação do longa-metragem o público ainda pôde conferir o curta carioca ''Chico'', da dupla de diretores Carvalho, e também o concorrente brasiliense ''Carneiro de Ouro'', de Dácia Ibiapina. Filmes que vem de espaços e tempos diferentes. Chico reflete os acontecimentos dramáticos do futuro e, como o longa de Adirley, coloca à sua frente protagonistas marginalizados. Já Carneiro de Ouro busca uma figura no calorento Piaui, chamada Dedé Rodrigues, para exaltá-lo pela dedicação e força em produzir e levar cultura cinematográfica a comunidade local.
Confira os comentários.
MOSTRA COMPETITIVA (CURTA)
CHICO, dos Irmãos Carvalho.
Ficção, 23min, 2016, RJ, 12 anos.
Sinopse:
2029. Treze anos depois de um golpe de Estado no Brasil, crianças pobres, negras e faveladas são marcadas em seu nascimento com uma tornozeleira e têm suas vidas rastreadas por pressupor-se que elas irão, mais cedo ou mais tarde, entrar para o crime. Chico é mais uma dessas crianças. No aniversário dele, é aprovada a lei de ressocialização preventiva, que autoriza a prisão desses menores. O clima de festa dará espaço a uma separação dolorosa entre Chico e sua mãe, Nazaré.
Exibição:
22 de setembro | 21h | Cine Brasília
22 de setembro | 20h | Teatro da Praça (Taguatinga), Espaço Semente (Gama), Teatro de Sobradinho e no Riacho Fundo (em frente à Administração)
23 de setembro | reprise às 15h | Museu Nacional da República
CHICO, dos Irmãos Carvalho.
Ficção, 23min, 2016, RJ, 12 anos.
Sinopse:
2029. Treze anos depois de um golpe de Estado no Brasil, crianças pobres, negras e faveladas são marcadas em seu nascimento com uma tornozeleira e têm suas vidas rastreadas por pressupor-se que elas irão, mais cedo ou mais tarde, entrar para o crime. Chico é mais uma dessas crianças. No aniversário dele, é aprovada a lei de ressocialização preventiva, que autoriza a prisão desses menores. O clima de festa dará espaço a uma separação dolorosa entre Chico e sua mãe, Nazaré.
Exibição:
22 de setembro | 21h | Cine Brasília
22 de setembro | 20h | Teatro da Praça (Taguatinga), Espaço Semente (Gama), Teatro de Sobradinho e no Riacho Fundo (em frente à Administração)
23 de setembro | reprise às 15h | Museu Nacional da República
Chico traz um futuro muito possível de acontecer, pois mostra como a sociedade julga a classe baixa como criminosos apenas por terem nascidos pobres. Assim, o contexto nos mostra uma avó que tenta aliviar a realidade de seu neto, enquanto a mãe o apresenta a realidade. As leis aprovadas pelo congresso passam de um dia para o outro a permitir que jovens sejam presos antes mesmo de cometer crimes e esta mãe desesperada é interpretada de uma forma verídica e até rude, mas passa exatamente o que deve, apesar de poder ser mal interpretada.
Há um estilo obscuro no curta que chama atenção para todo o problema daqueles personagens e nada soa falso ou improvável. Pelo contrário. A mensagem chega e nos atinge em cheio, culpa de toda a equipe? com certeza.
Um drama futurístico forte e sem dúvidas um dos melhores curtas selecionados.
Avaliação: Três jovens rindo da própria desgraça com maestria (3/5).
MOSTRA BRASÍLIA (CURTA)
CARNEIRO DE OURO, de Dácia Ibiapina.
Documentário, 25min, classificação Livre, 2017.
Sinopse:
Sobre o cinema de Dedé Rodrigues.
Exibição:
22 de setembro | 18h30 | Cine Brasília
22 de setembro | 18h | Teatro da Praça (Taguatinga), Espaço Semente (Gama), Teatro de Sobradinho e no Riacho Fundo (em frente à Administração)
23 de setembro | 10h | Auditório da Câmara Legislativa do DF
Sobre o cinema de Dedé Rodrigues.
Exibição:
22 de setembro | 18h30 | Cine Brasília
22 de setembro | 18h | Teatro da Praça (Taguatinga), Espaço Semente (Gama), Teatro de Sobradinho e no Riacho Fundo (em frente à Administração)
23 de setembro | 10h | Auditório da Câmara Legislativa do DF
Aqui somos apresentados a um homem simples lá de Sussuapara, no Piaui, que se tornou 'famoso' na região após lançar o filme ''Cangaceiros Fora do Tempo', e suas sequências. Todos de baixo orçamento, as produções acabam por ser grandes pérolas de Dedé Rodrigues e que mostram seu esforço para levar entretenimento a comunidade.
Simpaticíssimo, corajoso e perspicaz, Rodrigues é o protagonista mais vivo dos curtas na seleção. E Dácia trabalha essa força ao extremo. Ali seu papel não é exatamente de investigadora, assim, as imagens que se dão são despretensiosas de agradar um público critico, mas sim em fazer o público conhecer o cineasta da vida real.
O riso fácil vem e a admiração também.
Avaliação: Três preciosos clássicos (3/5).
MOSTRA COMPETITIVA (LONGA)
ERA UMA VEZ BRASÍLIA, de Adirley Queirós.
Documentário, 100min, 2017, DF, 14 anos.
Sinopse:
Em 1959, o agente intergaláctico WA4 é preso por fazer um loteamento ilegal e é lançado no espaço. Recebe uma missão: vir para a Terra e matar o presidente da República, Juscelino Kubitschek, no dia da inauguração de Brasília. Sua nave perde-se no tempo e aterrissa em 2016 em Ceilândia, cidade satélite de Brasília, DF. Essa é a versão contada por Marquim do Tropa, ator e abduzido. Só Andréia, a rainha do pós-guerra, poderá ajudá-los a montar o exército para matar os monstros que habitam hoje o Congresso Nacional. Este é um documentário gravado no ano 0 P.G. (Pós Golpe), no Distrito Federal e região.
Exibição:
22 de setembro | 21h | Cine Brasília
22 de setembro | 20h | Teatro da Praça (Taguatinga), Espaço Semente (Gama), Teatro de Sobradinho e no Riacho Fundo (em frente à Administração)
23 de setembro | reprise às 15h | Museu Nacional da República
ERA UMA VEZ BRASÍLIA, de Adirley Queirós.
Documentário, 100min, 2017, DF, 14 anos.
Sinopse:
Em 1959, o agente intergaláctico WA4 é preso por fazer um loteamento ilegal e é lançado no espaço. Recebe uma missão: vir para a Terra e matar o presidente da República, Juscelino Kubitschek, no dia da inauguração de Brasília. Sua nave perde-se no tempo e aterrissa em 2016 em Ceilândia, cidade satélite de Brasília, DF. Essa é a versão contada por Marquim do Tropa, ator e abduzido. Só Andréia, a rainha do pós-guerra, poderá ajudá-los a montar o exército para matar os monstros que habitam hoje o Congresso Nacional. Este é um documentário gravado no ano 0 P.G. (Pós Golpe), no Distrito Federal e região.
Exibição:
22 de setembro | 21h | Cine Brasília
22 de setembro | 20h | Teatro da Praça (Taguatinga), Espaço Semente (Gama), Teatro de Sobradinho e no Riacho Fundo (em frente à Administração)
23 de setembro | reprise às 15h | Museu Nacional da República
O novo longa de Queirós, veio cheio de realidade, utopia, diversidade, representação. Contudo, não se desenvolveu melhor que nenhum de seus trabalhos anteriores. Por outro lado, soou confuso, ao mesmo tempo que se declarava ciente do que acontecia.
Ele se inicia como uma anedota e até terminado momento parece crescer pela 'aventura' dos personagens e vai ficando interessante quando a nossa realidade política vai sendo acrescentada. O problema é que ele se perde e não chega a lugar nenhum. Não convence e após reflexão parece que tudo foi em vão.
Sua pretensão de aparentar realismo o deixa insosso e bobo e por mais que se queira que aquele mundo reaja, ele não o faz. A parte técnica da película imprime um certo tom dark, mas não funciona.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Pode falar. Nós retribuímos os comentários e respondemos qualquer dúvida. :)