Aos 72 anos, a psicanalista Lou Andreas-Salomé, interpretada por Katharina Lorenz, vive reclusa somente na companhia de uma serviçal (que você descobrirá mais a frente quem é). Lou é procurada por um suposto admirador que lhe propõe reescrever suas memórias. Juntos decidem organizar uma biografia da escritora. Enquanto relembra sua juventude na austera comunidade de São Petesburgo, a senhora repensa seus relacionamentos com Freud, Nietzsche e a paixão avassaladora por Rilke.
Nascida na Russia em 1861 se vê dividida entre o desejo de liberdade, a decisão de nunca se casar ou ter filhos e a intimidade com os parceiros. Lou traça uma linha entre as ligações amorosas de sua conturbada vida.
Ficha Ténica. Título Original: Lou
Andreas-Salomé. Diretor: Cordula Kablitz- Post. Roteiristas: Cordula Kablitz-Post, Susanne Hertel. Elenco:
Katharina Lorenz, Nicole Heesters, Liv Lisa Fries, Julius Feldmeier, Merab
Ninidze, Alexander Scheer, Julius Feldmeier, Katharina Schüttler, Matthias
Lier. Gênero: Romance/Drama. Trilha Sonora Original: Judit Varga. Fotografia: Matthias Schellenberg. Figurino: Bettina Helmi. Edição: Beatrice Babin. Produtores: Cordula Kablitz-Post, Helge Sasse, Gabriele
Kranzelbinder. Ano: 2016. Países: Alemanha. Distribuição:
Cineart Filmes. Duração: 113 minutos.Classificação indicativa: 16 anos
O filme dirigido pela alemã Cordula Kablitz- Post enfoca as relações amorosas de Lou. Entre seus amores estão o filósofo Paul Rée, o poeta Rainer Maria Rilke, o jovem filósofo Ernest Pfeiffer, Friedrich Nietzsche e Freud, com quem estudou psicanálise e pode desvendar seus traumas de infância.
Lou foi uma mulher pioneira e com ideias muito avançadas para seu tempo,. Chocava a sociedade e sua família ao querer instruir-se, dedicando-se compulsivamente aos estudos em uma época em que a igreja e as normas vigentes desaconselhavam este tipo de comportamento. Sua paixão voraz por livros a levou a se tornar poeta, romancista, filosofa e psicanalista. Escreveu sobre a sexualidade e feminismo antes mesmo destes assuntos serem temas acadêmicos. Foi uma das poucas mulheres a pertencer ao Círculo Psicanalítico de Viena. Tudo isso é perpassado por frases e citações de uma Lou já idosa relembrando sua vida e decidindo o que merecia ser de conhecimento público.
Lou revolucionou toda uma sociedade, pois desde jovem almejava a perfeição intelectual. Com seu jeito audacioso conseguiu conquistar admiradores entre a nata intelectual da época. Escreveu o ensaio "Anal und Sexual", em 1961, sobre a psicologia da sexualidade feminina.
Um filme denso para um público seleto.
Lou estreia dia 11 de janeiro.
Confira!!!
Por
Helen Nice
@n.dacoruja
Helen Nice
@n.dacoruja
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