sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

50 Tons de Liberdade (Filme)


É com grande pesar que notificamos aos fãs (e não fãs) de plantão da trilogia #50Tons, a franquia mais soft porn com cara de comercial de margarina de todos os tempos, que o filme 50 Tons de Liberdade já está em cartaz e, espera-se, que este seja o último. Afinal, pode ser que ainda tenhamos no futuro uma produção com tooooooooda a história dos três filmes sob a perspectiva do tão desejado (vai entender a mente humana) Christian Grey, desde sempre interpretado pelo ator irlandês Jamie Dornan.

Adaptação dos livros da autora E. L. James, o produto visual sofreu poucas alterações em sua equipe, a montagem perdeu um editor para ganhar três,  além, claro, do casting que não tem Kim Bessinger desta vez, mas tem retorno de todo o elenco dos outros filmes. O diretor e o roteirista, continuam os mesmos. James Foley e Niall Leonard.

O grande destaque, tanto deste quanto de qualquer outro filme da série, ainda é a espetacular lista de canções escolhidas para embalar as aventuras de Anastasia e Christian. Que agora chegam ao patamar de “Senhor e Senhora Grey ”.

Trailer

O filme se inicia com o dedo no botão fast foward (pena que apenas por três longos minutos), isto porquê somos apresentados ao derradeiro momento do casório e pedaços da lua de mel de Anastasia (Dakota Johnson) e Christian (Jamie Dornan) em imagens sequenciais non-stop. O que até te faz pensar: - Opa, pode ser que isso aqui vai ser rápido. Ledo engano. Dali partimos para a vida rotineira do casal. Ela vai para o seu novo lar com o maridón e ele a deixa a vontade para mudar qualquer coisa por ali. Em seu trabalho na editora, Ana descobre que subiu de cargo (que bom jeito de se começar essa nova vida) e ainda se mostra surpresa. Enfim. Grey, por outro lado, continua aquele mistério do que faz em suas empresas e só o vemos ser rico e falar ao telefone com o grande e único amor de sua vida. Os primeiros, se é que podemos chamar assim, conflitos da trama, são revelados pela arquiteta contratada para trabalhar em uma casa super tradicional que Grey compra para a esposa. A louraça já chega deixando claro que têm intenções amorosas com o marido de Anastasia e sai de cena com um “se toca, filha” daqueles.

Ao passar das cenas,  o casal viaja com amigos e os parentes mais próximos de Christian e a melhor amiga de Ana, Kate ( Eloisa Mumford), também é pedida em casamento pelo namorado Elliot (Luke Grimes), irmão de Christian.  Mas logo todo essa felicidade começa a ser perturbada pelos fantasmas do passado, ou pelo fantasma de Jack Hyde (Eric Johnson). Essa é, na verdade, a deixa que #50TonsMaisEscuros nos deu em seu fim e o que comove ou alimenta o plano central deste.


Como não há muito a falar desse roteiro e da direção.Vamos lá tirar água de pedra do que rola aqui:

Bem, aos que acreditam que a morte vem com o casamento, “50 Tons de Liberdade” revela o que acha deste pensamento. Primeiro que Ana e Christian não desgrudam desde sua primeira aventura nas telas e ele sempre se mostrou possessivo e ultra cuidadoso com a moça. Aqui fica ao extremo. Exagero atrás de exagero e um nível de segurança à la Batman (que é o que ele queria ser, mas prefere ser sexy e vulgar #brinquei).

Como nos outros filmes, os dois são o centro de tudo, e há um mínimo papo deles com outros personagens do filme, então, vemos uma enxurrada de cenas deles aproveitando a vida ryca e luxuosa que o dinheiro pode proporcionar.

E regado a muito sexo feroz e amorzinho.



Pegação no quarto vermelho, no carro, na banheira, no banho. Todas motivadas ou não pela adrenalina de Ana (que só pensa naquilo o tempo todo, como mostra uma das cenas).

As atuações, claro, vão de “pra quê essas caras a eles acham que estão bem” - para não dizer que elas são horríveis, neh!? Dai o que temos? muito exposição dos belos corpos dos atores protagonistas - peitos de Dakota e bumbum e os quase pêlos pubianos de Jamie.


O grande desfecho da trilogia, iniciada em 2015, é feito por explicações desnecessárias da personagem de Dakota sobre as possíveis ligações entre Christian e Jack Hyde na infância.

Fico até sem palavras para destacar o quão terrível é esse vilão. Ah, pera... “te-rri-vel” já tá de bom tamanho. Aliás, há algo nessa franquia que não seja?


A equipe do figurino, mais uma vez, foi lá na casa da realeza britânica e pegou todas as roupas chiques de Kate Middleton. Porquê neh... Dakota aparece com cada roupa que senhor... quero! Só pano da alto costura. Incrível!

Destaque para a trilha de Danny Elfman (ouvir aqui) tanto como para as canções que foram escolhidas para tocar durante o filme (ouvir album aqui). Ouvimos o breve inicio de Young Americans de David Bowie, Jamie Dornan faz uma versão de Maybe Im Amazed de Paul McCartney - em um momento oooow ele também toca piano, Jessie J e sua voz divina aparecem em um cover de I Feel Good de James Brown. Sia, Hailee Steinfeld, Mia, Dua Lipa, Halsey, Liam Payne e Rita Ora também tem temas originais para o filme. Sem contar que no fim o tema de Ellie Goulding vem reprisar cenas de todos os filmes (por quê jesus, porquê?) .


Ficha Técnica: Fifty Shades Freed, 2018. Direção: James Foley. Roteiro: Niall Leonard - baseado no livro homônimo de E.L. James. Elenco: Dakota Johnson, Jamie Dornan, Eric Johnson, Rita Ora, Luke Grimes, Victor Rasuk, Max Martini,  Jennifer Ehle, Eloise Mumford, Marcia Gay Harden, Andrew Airlie, Bruce Altman, Fay Masterson. Gênero: Romance, Drama, Erótico. Nacionalidade: EUA. Trilha Sonora Original: Danny Elfman. Direção de Arte: Peter Bodnarus,  e Jeremy Stanbridge. Figurino: Shay Cunliffe e Karin Nosella. Edição: David S. Clark, Richard Francis-Bruce e Debra Neil-Fisher. Fotografia: John Schwartzman. Distribuidora: Universal Pictures do Brasil. Duração: 01h46min.
  Não recomendado para menores de 16 anos
Avaliação: Um quarto sem prazer (1/5).
Lembrando que os comentários aqui são sobre o filme e não sobre o livro (que não li).


Hoje nos cinemas!
See Ya!









B-

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