quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

A Grande Jogada


A Grande Jogada revela a história de Molly Bloom, esquiadora olímpica que precisou mudar de vida, após um acidente durante os Jogos Olímpicos, e se tornou uma das mulheres mais bem pagas do jogos clandestinos de poker em Los Angeles e também Nova York.

Seu novo trabalho, contudo, virou alvo do FBI e a norte-americana teve de ir a julgamento para se defender de diversas acusações, entre elas, cúmplice da máfia russa e de propiciar e organizar jogos do azar. Conhecida como ''princesa do poker'', as noitadas de Molly eram frequentadas por celebridades, astros de Hollywood, entre eles, Leonardo DiCaprio e Tobey Maguire, jogadores de Baseball como Alex Rodriguez e também rockstars e mafiosos. 

O filme é uma adaptação do livro escrito por Bloom e tem estréia na direção de Aaron Sorkin, ele que é também roteirista da produção, mas já foi responsável por diversas outras escritas na indústria, inclusive, o premiado roteiro de ''A Rede Social''.  

Protagonizada por Jessica Chastain, ''Molly's Game, titulo original do filme, recebeu indicações ao Globo de Ouro 2018, nas categorias de melhor filme e melhor atriz, e também está nomeado ao Oscar por ''melhor roteiro adaptado'.

Trailer

Na trama, Molly Bloom nos conta sobre sua criação, sua relação com o pai, seu desastroso acidente olímpico e de como entrou para o mundo do poker. Ao sair de casa e se mudar de Estado,  Molly conheceu Dean Keith (Jeremy Strong), um produtor de cinema que a contratou como assistente. Sabendo da competência da moça, Dean sugere que Molly passe a coordenar jogos de cartas clandestinos, organizados por ele. Os encontros contam com clientes muito ricos e famosos e aparentemente não parece ser um trabalho difícil e a dará grana então ela aceita. Aos poucos, sua ambição cresce e ela começa a pensar na possibilidade de enriquecer facilmente fazendo as noitadas de jogos por conta própria.



A película é completamente narrada por Chastain, aliás, em ritmo similar ao que Jesse Eisenberg usa em outro roteiro de Sorkin, A Rede Social. Então, se preparem para não pararem um segundo de receberem informações e Molly tem muitas informações para dar e a narrativa não deixa que isso soe chato e entediante. Na verdade, faz o espectador ficar vidrado na inteligência e perspicácia da ex-atleta.

Sua fala de maior impacto é como a família, ou melhor o pai, a criou para ser uma vencedora em qualquer coisa que faça. E ela mostra que todos os caminhos que segue, podem até não serem os mais certos, mas se sai sempre bem.

Os conflitos entre Molly e o pai, na adolescência e na vida adulta, são o ponto alto do filme. Ela também tem dois irmãos e eles são muito bem sucedidos com profissões como atletas de ski e médicos.

Molly se encontra com o pai e desabafa '' Vou ser acusada na corte federal''. Ele retruca ''Bem, ninguém é perfeito''.

Chastain foi escolhida a dedo pela própria Molly e arrebenta em tela. É dramática, astuta e fala com consistência. Idris Elba interpreta o advogado de Molly, Charlie Jeffey, e convence como um profissional ético e bom pai. Chris O'Dowd e Michael Cera também tem papeis importantes na trama e se saem bem. Aliás, dizem por ai que Cera vive na realidade Tobey Maguire, mas vai saber.



Sorkin consegue segurar tanto a peteca como roteirista tanto como na função de diretor. Trabalha em jogo dinâmico. Sabe usar seu próprio esqueleto para fazer com que o elenco abuse do drama e não deixa de mostrar técnicas com o tom certo.

A edição do trio Alan Baumgarten, Elliot Graham e Josh Schaeffer é longa e arrasta-se em seu ato final, porém ganha ao trazer vivacidade a trama. A Trilha é assinada por Daniel Pemberton e a fotografia dramática é Charlotte Bruus Christensen. O figurino de Chastain não é tão parecido com o da personagem real, mas tem estilo e muito glamour pela a dedicação de Susan Lyall.

O enredo aqui evoca que o livro escrito por Molly foi lançado antes do julgamento, porém, a publicação do mesmo só foi feita depois e o legal é que temos uma jornada bem adaptada a ponto de não ficarmos pensando se ela é realmente vilã ou mocinha (o que não é comum ver em narrações em primeira pessoa ).

Boa pedida.



Ficha Técnica: Molly's Game, 2017Direção: Aaron Sorkin. Roteiro:Aaron Sorkin  - adaptação da obra homônima Molly Bloom. Elenco: Jessica Chastain, Idris Elba, Kevin Costner, Michael Cera, Jeremy Strong, Chris O'Dowd, Graham GreeneGênero: Drama, biografia. Trilha Sonora Original:Daniel PembertonFotografia: Charlotte Bruus ChristensenFigurino: Susan Lyall. Edição:Alan Baumgarten, Elliot Graham e Josh Schaeffer. Distribuidor: Diamond Films. Nacionalidade:Estados Unidos, China. Duração: 02h20min.
Não recomendado para menores de 14 anos.
Avaliação: Três ex-atletas na bancada da celebridade (3/5).

22 de Fevereiro, nos cinemas!

See Ya!

B-

Pequena Grande Vida, de Alexander Payne


A preocupação com o bem estar do meio ambiente é assunto sério para o Doutor Jorgen Asbjørnsen, personagem vivido pelo ator sueco Rolf Lassgård. Depois de muitos anos tentando achar um meio de colaborar com o planeta, ele desenvolve uma fórmula para encolher pessoas e propiciar  não só um custo mais econômico no estilo de vida atual como também a diminuir o mal que causamos a mãe terra. Logo, milhares de pessoas se interessam em participar deste novo rumo que a sociedade toma, entre eles está o casal norte-americano Paul (Matt Damon) e Audrey Safranek (Kristen Wiig). Cansados de uma vida de classe média sem muito luxo, os dois, a principio, concordam em viver essa experiência, mas algo sai errado quando Audrey se sente insegura sobre o próprio casamento.

A produção tem direção de Alexander Payne e se destaca apenas pelo ótimo uso da técnica de 'ilusão de ótica' para o encolhimentos dos atores na tela em conjunto com os efeitos especiais. No elenco ainda estão, Christoph Waltz, Hong Chau e Jason Sudeikis.

Trailer



A película tem o roteiro assinado por Payne em parceria com Jim Taylor e apesar da linha de pensamento consciente que apresenta suas boas sacadas vem sim dos pequenos conflitos dramáticos ali e também da cenas de comédia entre alguns dos personagens.

O rumo que a narrativa toma é que assusta, pois ela fica cabeça demais certa hora e 'entra de vez naquela de sociedade alternativa sem volta'. Não há um equilíbrio do uso de ideias ou até um meio termo - talvez para uma situação caótica como o péssimo uso dos nossos recursos hídricos e etc realmente convicções radicais sejam sempre as que tem efeito, todavia, o filme exemplifica que no entanto não seja o melhor caminho.

Todo o mundo que aquelas pessoas vão viver, após a experiência de serem encolhidas, é repensado. Há sim a questão básica de classes altas e baixas, dramas pessoais dos personagens, mas o que chateia mesmo é o direcionamento utopico raso que a trama têm e poderia ser melhor aproveitado.


O personagem de Damon é um protagonista comum dos filmes hollywoodianos. Branco, classe média e casado com uma bela mulher. Aliás, não só casado, mas preocupado em satisfazê-la, mesmo não tendo todas as verdinhas que necessita para isso. Quando a oportunidade do encolhimento surge é engraçado ver como os dois estão perdidos na relação e acreditam que a opção será boa para ambos. Quando, na verdade, não. E olha que o convencimento de que aquela vida 'seria melhor' vem dos amigos que já estão por lá 'pequeninos e cheios da grana'. Por que sim. Toda as economias das famílias que topam entrar no procedimento triplicam de valor quando são encolhidas e ao mudar para a nova era muitos chegam ostentando. 

Outros tiram vantagens do mundo em tamanho normal e ganham dinheiro com novos mercados que se abrem frente ao seus olhos. É o caso de  Dusan Mirkovic, o sempre divo Christoph Waltz. O 'bon vivant', com a ajuda do irmão que não foi encolhido, acaba se tornando um bom comerciante de itens mais requintados.

Nessa nova sociedade, o personagem de Matt conhece ainda a vietnamita Ngoc Lan Tran (Hong Chau) e grande parte de suas cenas e bons diálogos saem em parceria com a Moça. Ngoc adentra a trama como uma empregada faz tudo e também uma ativista preocupada em ajudar sempre, não importa como e se ela tem recursos para isso. A atuação de Chau foi tão marcante a ponto de ser lembrada em algumas premiações e levou indicação ao Globo de Ouro, na categoria de ''atriz coadjuvante'' em filme de comédia.

Há ainda pequenas participações de Neil Patrick Harris e Laura Dern, os atores vivem 'os role models' da nova sociedade de pequeninos e é quem abre a casa para receber a todos e introduzi-los nesta nova vida. Outra pequena participação é do ator James Van Der Beek que vive um anestesista.


A direção de Payne não consegue salvar o 'papo consciente ao extremo' que o filme charlatei, mas abrilhanta bastante a participação dos atores e não deixa de nos dar ótimos takes da cara hilária de Watlz - que pode ser mais do mesmo, mas é sempre hilária.

Mudanças de espaço, tamanho e ambiente são levadas em bom tom e o filme nunca ganha cores escuras. A fotografia é assinada por Phedon Papamichael.

PS: para quem curte animação, procure por ''O Mundo dos Pequeninos'', longa de 2010 realizado pelo maravilhoso Studio Ghibli que tem roteiro de Hayao Miyazaki  e fala um pouco sobre uma familia de pequeninos que vive abaixo de uma casa de humanos de tamanho normal.

Ficha Técnica: Downsizing, 2017. Direção: Alexander PayneRoteiro: Alexander Payne, Jim Taylor. Elenco: Matt Damon, Christoph Watlz, Kristen Wiig, Hong Chau, Rolf Lassgård, Udo Kier, Jason Sudeikis, James Van Der Beek. Gênero:  Drama, Comédia. NacionalidadeEUA. Trilha Sonora Original: Rolfe KentFigurinoWendy ChuckFotografiaPhedon PapamichaelEdiçãoKevin TentDistribuidora: Paramount Pictures. Duração: 02h16min.
Aquele gostinho do ''poxa, podia ter sido melhor''. Afinal, a ideia é interessante, mas não consegue agradar no resultado final.

AvaliaçãoUm centímetro e setenta e cinco de um universo utópico (1,75/5).

Hoje nos cinemas!

See Ya!

B- 

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Paulistas, de Daniel Nolasco


Para aqueles que deixam sua terra natal e vão em busca de oportunidades nas grandes capitais e cidades do país vale a pena prestar atenção no documentário 'Paulistas', de Daniel Nolasco, que entra amanhã em cartaz pelo projeto de sessões 'Vitrine Petrobras'.

De caráter observativo, a produção revela ao público a passagens de férias dos irmãos Samuel, Vinicius e Rafael pela região de Paulistas e Soledade, lugares onde cresceram e ainda tem parentes. Localizados ao sul de Goiás, os 'quase-vilarejos' já tiveram seu tempo de exploração de recursos hídricos e também foram palco de expansão do setor agrícola, durante a década de 90 - o que motivou bastante a ida dos habitantes para outros cantos do Estado ou até do país.  

Exposta a situação da baixa taxa de moradores jovens ali e o porquê, Paulistas reflete ainda o quão única é a vida no interior. O quão acolhedora e, porque não dizer, pacata. Experiência esta que pode até deixar de existir pela despovoação ocorrida. As imagens apresentadas também trazem ainda muita subjetividade e ganham, claro, um tom poético.

Trailer

Um projeto como Paulistas é relevante pela visão dual que ele invoca. Afinal, ao mesmo tempo que ele denuncia o abandono da vivência 'local' ele também denuncia uma acontecimento global onde as pessoas saem de seu lar em busca de uma vida melhor, ou por qualquer outro motivo, e não cultivam aquela cultura rica que deixaram para trás.

Para alguns, pode ser um filme que não acontece nada, e como diz a atriz Maria Ribeiro (veja aqui a partir de 7:14min) esse tipo de produção é também importante, pois vivemos em um tempo onde 'as redes sociais' ditam que necessitamos de acontecimentos atrás de acontecimentos para que nossas vidas se movam mais rápido e tenhamos 'dias ocupadíssimos'. Para muitos outros, a película, com pouco mais de uma hora, adentra um universo que pessoas maduras refletirão e tentaram encontrar respostas para suas mazelas vividas na cidade grande enquanto senhores de idade ainda labutam arduamente no interior e o mais alarmante problema de saúde que venham apresentar é uma queda de pressão ou ainda 'uma cama que se molha pela goteira da chuva' (hahahaha). 

O papel dos jovens aqui é percorrerem as belas paisagens, lidarem com tarefas braçais, acharem algum tipo de diversão andando de moto bêbados ou irem no forrozinho do centro comunitário, mas também não deixam de informar seus gostos modernos por rock, séries de zumbis e o vício nosso de todo dia chamado 'celular'. 


Em contraste, os habitantes idosos do lugar se mostram acostumados ao tempo em que a tevê ainda era o único meio de comunicação existente e também demonstram pouca habilidade com telefones. Apesar disso, gostam de tocar seu violão e fazer seus afazeres do dia com muita ânsia de vida.

Tecnicamente há destaque para o som que ecoa forte em certas cenas e também para o tom diverso da paleta de cores que é abrilhantado pela beleza do sul do Goiás e suas velhas habitações.

Há uma cena muito forte de matança de um porco que pode causar repulsa se você é vegan, mas, por outro lado, não é nada que te faça ficar revoltado com aqueles moradores como com grandes corporações que causam dores muito piores em milhares de animais.

Confira nossa entrevista (via e-mail) com a Equipe do filme.

WBN= Olá, Equipe do documentário Paulistas. Bem, o filme aborda um mix de temas importantes em voga atualmente (Migração, meio ambiente, movimentos urbanos e etc). Acreditam que ele  pode trazer interação entre pessoas que passam por situações semelhantes em outras partes do nosso imenso país e até do mundo?

R= Acreditamos que sim. Apesar do “Paulistas” falar sobre uma comunidade bem específica localizada no sul de Goiás, os temas abordados no filme podem despertar o interesse e a identificação em pessoas de todo o Brasil. A migração do campo para as cidades, por exemplo, é uma questão presente na história do Brasil desde o século passado e foi um dos fatores responsáveis pela configuração das metrópoles do país. O filme também aborda temas que podem ser considerados universais, como a saída dos filhos da casa do pais em busca de novas perspectivas de vida e o embate entre a tradição e a modernidade. Achamos que é uma história que dialoga também com pessoas bem distantes da realidade do campo ou do interior do Brasil.  

WBN=   A trama apresentada  traz um mundo em que o jovem busca visitar, mas não com tanta frequência. Pode-se ver isto como uma boa chamada de atenção para como estamos vivendo atualmente?

R= Uma das propostas do filme é fazer uma reflexão sobre a relação da juventude com a tradição. No Paulistas e na Soledade, as duas regiões que aparecem no filme, os jovens mudaram para as cidades mais próximas e a grande maioria deles foram em busca de outras possibilidades de vida que não teriam se tivessem ficado ali. Mas como é uma comunidade que vem sofrendo com o êxodo rural desde a década de 1980 a situação chegou ao ponto que mostramos no filme - a pessoa mais nova que mora na região é a Maria Cristina que tem 45 anos. Os meninos que aparecem no “Paulistas” tem uma ligação muito afetiva com os pais, com a fazenda e com a região onde cresceram. Mas eles foram embora porque desejavam outras vivências. A situação é bastante complexa e o fato dos jovens voltarem cada vez menos também está ligado há uma série de outros fatores - como as obrigações com o trabalho e a escola.
  

WBN= Todo processo de criação para projetos são super especiais. Querem ressaltar algo que motivou ainda mais vocês a batalhar pela ideia?

R= Para o diretor, a principal motivação para a realização do filme foi a relação pessoal dele com o Paulistas, a Soledade e as pessoas que estão no documentário. Daniel Nolasco, nasceu nessa região, e também foi um dos jovens que saíram de lá buscando outras perspectivas de vida. Ele acompanhou de perto as transformações pela qual passou a região nas últimas duas décadas, e em 2013 começamos os trabalhos para realizar o filme.

WBN= Indicam ao público alguma referência em particular sobre o filme ou sobre o processo de realização dele? ( Pode até ser uma playlist de músicas que a equipe escutou durante a realização do documentário).

R= Duas músicas que estão no filme nos acompanharam em boa parte das filmagens: a “Brand new fear” do Hellbenders; e “Erre” do Boogarins. O Vinícius, um dos personagens principais, passava boa parte do tempo escutando música com seus fones de ouvido. Ele gosta muito de rock e heavy metal, essas duas músicas estavam na playlist dele durante as filmagens. Quando chegou a hora de montar o filme fazia todo sentido para nós que essas duas músicas estivessem no “Paulistas”. 


WBN=  O Diretor de ‘’Paulistas’’, Daniel Nolasco, traz a própria experiência para o filme e constrói um mundo ainda maior. Assim, percebe-se que há preocupação em passar verdade na trama. Pode-se dizer que esta é a função principal da arte? 

R= Não saberíamos responder se essa é a função principal da arte. Se a arte tem uma função principal, isso pode mudar de pessoa para pessoa. Pensamos ser uma questão subjetiva. Acreditamos que trazer essa experiência de vida para o filme tem como uma das intenções criar a verossimilhança da história. Uma das necessidades de conhecer bem o assunto que você está trabalhando está nisso - construir um filme em que o espectador acredite no universo que está sendo apresentado para ele.

WBN=  Por último, gostaríamos de saber o que vocês esperam do espectador após a saída da sessão.

R= “Paulistas” é um filme que tem a intenção de propor várias questões e que também não pretende dar respostas acabadas para o espectador. O filme aborda vários temas que podem conversar bastante com o público. Então esperamos que as pessoas saiam da sala de cinema envolvidas e refletindo sobre as histórias dos personagens. 



Ficha Técnica
Direção e roteiro: Daniel Nolasco. ComAlcino Rodrigues, Alessandra Santana, André Luiz Monteiro, Branca Cardoso, Cleidiane Nolasco, Cristiane Nolasco, Daniel Nolasco, Diego Silva, Didimo Correia, Elismar Filho, Elismar Pereira, Erielle Fernandes, Evandy Correia, Fátima José, Gisele Correia,José Jaconi, Irene Alves, Isabela Reis, Jeorgeta Rodrigues, Leonice Pires, Maria Cristina Nolasco,  Miguel Romano, Osvaldo Marra, Pedro TarcísioRafael Nolasco, Reginaldo Ferreira, Rui Correia, Samuel Nolasco, Simone Nolasco, Silvio Dourado, Valdeci Simões, Victor Rodovalho, Vinicius Nolasco, Wander Marra, Waldina Nolasco. País e Estados de Produção: Brasil, GO/RJ. Ano: 2018.Gênero: Documentário. Assistente de Direção: Larissa Fernandes. Técnicos de som diretoFelipe Cordeiro e Nara Sodré. Técnico de SomFederico Billordo. Design: Gabriel Godinho. Fotografia: Larry Sullivan. Montagem: Will Domingos. Distribuição: Vitrine Filmes. Produtoras: Estúdio Giz e Panaceia Filmes. Duração: 76min.
Avaliação: Dois  televisores quebrados e meio (2,5/5).

22 de fevereiro nos Cinemas!
See Ya!


B-