''Arvores Vermelhas'' é um documentário dirigido pela
designer Marina Willer, estreando muito bem, por sinal que se se mostra um filme
sensível e extremamente tocante sobre a história do pai da moça, o arquiteto
Alfred Willer, e também de seu avô.
Fala sobre os horrores do
Nazismo na Segunda Guerra Mundial e a devastação que ocorreu na
antiga Tchecoslováquia, onde a família Willer vivia, dos 350 mil judeus
que havia no país, antes do holocausto, e restaram apenas 20
mil e traz isso com um relato extremamente humano. Expressando com sensatez os horrores e a destruição causadas pela guerra.
Vamos visualizando um cenário de perdas e perseguições pelos quais Alfred passou até sua juventude. Somos apresentados a alguém que vivenciou tanta dor ( amigos morrendo, objetos amados sendo extirpados de seu dia a dia, mudanças de casa, vida, Pátria...) e ainda assim guardou dentro de si algo de sublime, sem mágoa ou rancor.
Vamos visualizando um cenário de perdas e perseguições pelos quais Alfred passou até sua juventude. Somos apresentados a alguém que vivenciou tanta dor ( amigos morrendo, objetos amados sendo extirpados de seu dia a dia, mudanças de casa, vida, Pátria...) e ainda assim guardou dentro de si algo de sublime, sem mágoa ou rancor.
Assista o trailer em: https://vimeo.com/257014318/733a5cc5e1
Ficha Técnica: ÁRVORES VERMELHAS ( Red Trees, 2017). Direção: Marina Willer. Narrado por Tim Pigott–Smith. Roteiro: Marina Willer, Brian Eley e Leena Teelen. Gênero: documentário. Origem: Brasil, EUA e Inglaterra. Direção de Fotografia: César Charlone, Jonathan Clabburn, Fábio Burtin. Edição: Karen Harley, Avdhesh Mohla . Design de Som: Iain Grant. Supervisão de Música: Eliza Thompson Kle Savidge. Produção Executiva: Charles S Cohen, Marcelo Willer, Katya Krausova. Coprodução: Victoria Gregory. Duração: 87 minutos.
"Aprendemos a não olhar, mas não nos esquecemos nunca."
É isso que o belo e delicado "Árvores Vermelhas" - expressão que se refere ao daltonismo de Alfred - nos transmite. Ele que nunca compartilhou muito
de seu passado, nos mostra a história de sua família ao revisitar as
cidades Pilsen, Kaznejov e Praga. A visão amorosa dos filhos, nascidos
no Brasil, Pátria que o acolheu, onde puderam
recomeçar a vida e a qual escolheram para amar.
Cenas marcantes, fortes e ao
mesmo tempo poéticas são contempladas com a maestria do design e arquitetura tem um peso forte nas imagens, até porque é um dom e uma paixão familiar.
Com distribuição independente, o documentário chega nos cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre em 29 de março e, certamente, levará o público à reflexão.
Recomendo.
Por
Helen Nice
@n.dacoruja
Helen Nice
@n.dacoruja
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