A Morte de Stalin faz uma sátira impressionante e muito engraçada de um período ridiculamente tenebroso da ainda União Soviética, mas já 'mãe Rússia': o final caótico da administração Stalin.
Dirigida por Armando Ianucci, a película conta como os membros do comitê do Partido Comunista reagiram a morte de seu Ícone e líder Josef Stalin, em 1953, e como lutaram para subirem aquela posição.
O filme passou por diversos festivais de cinemas, recebeu dezesseis indicações a prêmios e ganhou onze, foi proibido na Rússia (ler aqui), e chega agora ao Brasil com distribuição da Paris Filmes. No elenco, Adrian McLoughlin, Jeffrey Trambor, Steve Buscemi, Paul Whitehouse, Jason Isaacs, Olga Kurylenko, Jeffrey Tambor, Andrea Riseborough, Paddy Considine, Simon Russell Beale e Michael Palin.
Trailer



Beria (Russell Deale) e Malenkov (Tambor) - foto 1.
Mikoyan (Whitehouse), Khrushchev (Buscemi) e Malenkov (Tambor) - foto 2
Temos em maioria atores britânicos e americanos e nenhum com sotaque forçado de russo falando inglês - algo que o diretor, Armado Ianucci, explica que preferiu, pois quer mostrar uma visão de como os de fora veem a situação. A escolha é sim um acerto e o elenco magnifico se empenha para não dizer o contrário. Em cena, Russell Deale é o grande destaque e tem um papel que pede muita falta de caráter e dualidade. Rupert Friend aparece como o filho alcóolico e sem noção de Stalin e Andrea Riseborough interpreta sua irmã. Jason Isaacs é outro que quando entra 'no palco' você volta toda a sua atenção à ele. Tambor e Buschemi também se fazem ainda mais espetaculares do que já são.
O ótimo roteiro escrito pelo próprio Iannucci, David Schneider, Ian Martin, Peter Fellows é baseado no livro de Fabien Nury e Thierry Robin e consegue redesenhar a situação como um esgoto cheio de ratos e ninguém sabe qual é o mais nojento. O medo do povo perante aquele grupo é algo que a narrativa traz muito bem - concertos de música são parados e reiniciados para atender Stalin e suas demandas - e as falhas e fracassos do governante são reveladas quando a família ''22'' - ou melhor, maluquinha - entra em cena.
A trilha sonora de Christopher Willis casa perfeitamente com o tom que o filme emprega de comicidade e seriedade . Palmas aqui. Figurino é assinado por Suzie Harman e não vemos nada fora do lugar. A edição de Peter Lambert é certeira e ganha pontos por não se prolongar demais em nada.
Ficha Técnica: The Death of Stalin, 2017. Direção: Armando Iannucci. Roteiro: Armando Iannucci, David Schneider, Ian Martin, Peter Fellows, Baseado no livro de Fabien Nury, Thierry Robin. Elenco: Adrian McLoughlin, Jason Isaacs, Olga Kurylenko, Jeffrey Tambor, Andrea Riseborough, Paddy Considine, Simon Russell Beale,Michael Palin. Gênero: Histórico, Comédia, Drama. Nacionalidade: Reino Unido, França e EUA. Trilha Sonora Original: Christopher Willis. Figurino: Suzie Harman. Edição: Peter Lambert. Fotografia: Zac Nicholson. Distribuidora: Paris Filmes. Duração: 01h48min.
Não recomendado para menores de 16 anos
Avaliação: Três caixões e noventa e cinco ratos (3,95/5).
07 de Junho nos cinemas!
See Ya!

B-
0 comments:
Postar um comentário
Pode falar. Nós retribuímos os comentários e respondemos qualquer dúvida. :)