Slam - Voz de Levante



É fascinante como o cinema quase sempre leva até você histórias que sua consciência nunca imaginaria serem possível de existirem. E muitas das imagens que os cineastas escolhem nos mostrar podem trazer um leque de informações palpáveis e simples que já tenhamos conhecimento como também nos fazer aprender algo e nos proporcionar outra visão de mundo.

O documentário 'Slam - Voz de Levante' é um desses títulos e fala sobre um grupo bem pequeno e específico de pessoas que representam uma parte da nossa sociedade interessantíssima e que vale a pena conhecer.

Trailer


O longa das cineastas Tatiana Lohmann e Roberta Estrela D’Alva vem retratar o 'Slam Poetry', um tipo de arte onde o destaque não é só pelo conteúdo da poesia, mas também pela apresentação em si. Tais apresentações, aliás, são avaliadas por pessoas comuns que se disponibilizam na plateia, durante o evento, e ao final de tudo o melhor poeta é escolhido. Não há em si uma competição acirrada, todavia, a colocação provoca o melhor dos artistas e deixa a platéia atenta.

Slam - Voz de Levante têm como protagonista Luz Ribeiro, uma poeta que já participou da Copa Mundial de Slam (um evento onde os melhores artistas das mais diversas nacionalidades usam o hobby para competir em suas comunidades) e que agora participa de programas mundiais para tornar o Slam cada vez mais popular.

Trecho inédito


Ficha Técnica
Titulo original: Slam 2017. Direção e Roteiro: Tatiana Lohmann e Roberta Estrela D’Alva. Elenco: Roberta Estrela D’Alva, Luz Ribeiro, Marc Smith (IV),Bob Holman. Gênero: Documentário. País: Brasil, EUA. Compositora: Roberta Estrela D’Alva. Fotografia: Tatiana Lohman e Sérgio Roizenblit. Montadora: Tatiana Lohman. Distribuição: Pagu Pictures. Produção: Miração Filmes. Duração: 81 minutos
Um dos momentos do Slam Poetry
O documentário mostra uma seleção porreta de pessoas de todo o mundo recitado poemas nesses eventos. Há o uso tanto de gravações da Copa Mundial onde Luz Ribeiro participou, em 2011, quanto filmagens dos momentos no qual o filme presenciou em tempo real. Não há somatória do tempo que se leva ali para podermos apreciar o estilo destes artistas, contudo, o mundo não é feito somente de campos de flores e claro são apresentadas as dificuldades que o movimento enfrenta e ainda os pormenores pessoais de cada artista. Luz comenta que ao perder a Copa o símbolo da gratidão por participar não é tão forte como em outros esportes e que no slam “o melhor poeta nunca ganha”, por isto ela se sente triste sim.

Vale ressaltar que aqui conhecemos um lado da sociedade extremamente lúdico, poético e que não deixa de ser intrigante. Já que assistir cada um dos artistas se abrindo para a platéia e comentando os vários problemas pessoais ou sociais que vivem e captam nos introduz de uma forma ótima a um mundo de reflexões. Algo que nem sempre é acessível no interior do Brasil como é em qualquer periferia dos Estados Unidos, mas pode se tornar e têm tudo para chamar a atenção de muita gente por bananaland - como já é mostrado no filme onde vários desses eventos ocorreram por todo o país e tiveram sim um bom público. 

Por tanto, qualquer um que se interessa por arte e suas subcamadas vão tirar ótimas lições daqui e alguns podem até encontrar um novo sentido em suas vidas.

Hoje nos cinemas!

Escrito por Lucas Pereira

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