quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Vice


Os rumos da história política e econômica dos Estados Unidos desde a subida de George W. Bush ao poder ganharam um novo olhar naquele país com os atentados de 11 de setembro, ocorridos no fatídico ano de 2001. O que muita gente não sabe e que alguns documentários por ai ousaram mostrar (um deles o 'Fahrenheit 11/9' do cineasta Michael Moore) é como tanto Bush quanto seu vice-presidente, Dick Cheney, tinha as mãos sujas e, claramente, foram ferramentas essenciais para que aquela tragédia viesse a ocorrer.

Em Vice, longa de Adam Mckay (A Grande Aposta), conhecemos então a trajetória de Cheney, papel do sempre dedicado Christian Bale, para se tornar, ao lado de Bush, um dos homens mais poderosos do mundo. No elenco: Steve Carrell, Amy Adams, Alison Pill, Lily Rabe, Tyler Perry, Jesse Plemons, Alfred Molina e muitos outros.

Longa indicado a oito categorias no Oscar 2019 - Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Roteiro Original, Melhor Montagem e Melhor Cabelo e Maquiagem. 


A jornada de Cheney é narrada por um cidadão norte-americano chamado Kurt, daqueles bem típicos e bem patriotas. O papel é interpretado por Jesse Plemons (das séries Fargo e Breaking Bad). Kurt nos leva a seguir a jornada de Cheney desde os dias como fracassado até o exato momento em que este já está como uma boa dose de poder nas mãos. 

O enredo evidencia como a mulher de Cheney, Lynne (Amy Adams), ajudou o marido a ascender e ficou ao seu lado em todo e qualquer momento como boa esposa que é. Juntos, o casal criou duas filhas, Mary (Alison Pill) e Liz (Lily Rabe), a quem Cheney aparentemente mostrou bastante cuidado, exceto quando o seu status político de republicano conservador não o deixou - uma das filhas resguardava a sexualidade, pois se assumiu como lésbica aos pais ainda adolescente.

Notavelmente um homem que entendeu bem o seu papel e a hora de assumi-lo, Cheney foi subindo degraus dentro do partido republicano norte-americano. Começou seguindo os passos de Donald Rumsfeld, secretário de defesa, durante os anos setenta, no governo e que veio a ter uma posição similar na administração Bush, criou laços e vínculos aqui e ali e conseguiu estabelecer uma estratégia de 'bom candidato' ao congresso e ir parar lá como deputado para se alavancar no futuro. E mesmo com o grave problema no coração - que o levou ao hospital dezenas de vezes - ele chegou onde quis e botou a mão onde pôde.

A esquerda o vice-presidente Dick Cheney e a direita sua representação por um Christian Bale pesando vinte quilos a mais.
Mckay usa todo o foco do filme para um alguém que talvez ao resto do mundo não teve tanta visibilidade, mas para os norte-americanos sim. Ainda mais para aqueles da onda conservadora. O texto é rebuscado, crítico, alusivo, e a construção dos fatos estão muito paralelas a realidade. o que talvez alguns discordem seja a forma quase documentada que é imposta aqui. Mas aos que já acompanham o diretor fica claro que é a sua forma de fazer cinema e ela é tão dinâmica que pode sim lhe fazer ficar ainda mais interessado no que ele tem a mostrar.

E tanto como roteirista ou como diretor, Mckay mostra muito e preenche a tela com informações de uma era onde a ambição pelo poder fizeram as neuroses internas nos Estados Unidos 'estarem em alta na bolsa' e o caos se instaurou na terra do Tio Sam e muito pela ajuda desses protagonistas tão ferrenhos da política estadounidense. Uma que traçou táticas e colocou em prática um plano de poder forte e sem qualquer limite vide a guerra no Afeganistão e a invasão no Iraque entre outros. 


Por coincidência do destino, Christian Bale e Dick Cheney compartilham da mesma data de aniversário, trinta de janeiro, e por ironia, no Brasil, o filme estréia um dia após as comemorações de boas novas a ambos. Bale, que ganhou Oscar, em 2011, por seu papel coadjuvante como um viciado em Crack no longa 'O Vencedor' e estava magérrimo, tem grande chances de levar o de melhor ator no Oscar deste ano onde tem uma caracterização impressionante e está parecidíssimo com Cheney. Para o papel, ele conta que pesquisou tanto ou até mais que em qualquer outro filme que já esteve e para subir a balança com vinte quilos em excesso necessitou de auxilio médico para não deixar de ser saudável. 

Maneirismos, fala, traços no rosto, a encarnação de um homem, tido por muitos como vil, é feita pelo ator britânico com muita competência e os amigos críticos que assistiram o filme lá fora dizem que as pessoas levantaram para bater palmas em muitas das sessões, ou seja, realmente, Bale faz valer a pena. Amy Adams também aparece incrível aqui e também ganhou indicação ao Oscar por sua coadjuvante e tem chances de levar, mas pode ser mais uma vez azarada, afinal, ela já conta com seis nomeações e zero estatuetas. Outros atores também sustentam a história bem. Alison Pill tem um arco dramático ótimo como a filha que se assume gay de um parlamentar republicano, o papel de Bush que ficou com Sam Rockwell é pequeno, mas sempre que está em cena ficamos extasiados, Tyler Perry como o secretário de defesa Colin Powell também foi uma ótima escolha. Tanto quanto Lisagay Hamilton como Condoleezza Rice. Naomi Watts e Alfred Molina fazem pequenas participações, ela como âncora de um jornal de uma emissora grande e ele como um personagem metáfora durante uma reunião em um jantar de negócios. 

Se há um público que goste de dramas políticos por aqui, este filme pode ser uma boa pedida.

Trailer

Ficha Técnica
Título: Vice, 2018. Direção e Roteiro: Adam Mckay. Elenco: Christian Bale, Steve Carrell, Amy Adams, Sam Rockwell, Naomi Watss, Tyler Perry, LisaGay Hamilton, Eddie Marsan, Alison Pill, Jesse Plemons,  Lily Rabe, Alfred Molina. Gênero: Biografia, drama. Fotografia: Greig Fraser. Edição: Hank Corwin. Trilha Sonora original: Nicholas Britell. Distribuição: Imagem Filmes. Duração: 02h12min.

Há uma cena pós créditos, então não saim da sala antes de assisti-la.

Avaliação: Quatro formas de estar no poder e continuar com ele (4/5)!

31 de janeiro nos Cinemas! 

See Ya!

B-

Climax, de Gaspar Nóe

"A vida é uma impossibilidade coletiva."

O diretor franco-argentino Gaspar Noé segue sua linha autêntica e provocativa, já conhecida de trabalhos anteriores, como Irreversível (2002) e Love (2015)Segundo o próprio Noé, presente na coletiva de imprensa, nesta última terça-feira (29), em São Paulo, ele sempre foi um fã do cinema catástrofe dos anos setenta e isto o inspirou  a realizar sua obra atual.
Seus filmes são para um público que frequenta o cinema em busca de fortes emoções, evocando o lado selvagem que existe em nós. Em Clímax, não poderia ser diferente. O longa é um mergulho sensorial no que há de mais louco e bizarro no ser humano. E, portanto, é natural que o instinto animal se revele. 
No enredo, um grupo de dançarinos, e diga-se de passagem - que grupo!! - se reúne em um espaço próximo a uma floresta para ensaiarem seu próximo e importante ato. Decidem também realizar uma festa e comemorar a vida e a dança. Todavia, algo de diferente começa a rolar na atmosfera do espaço e  logo eles percebem que foram drogados e assim se inicia uma loucura coletiva que leva alguns ao paraíso e outros ao inferno.
É a partir das cenas iniciais da produção que o espectador ganha a apresentação do grupo em forma de uma entrevista. A partir dai seguimos o núcleo de dançarinos e podemos vê-los dançando juntos e se movimentando em uma coreografia incrível. A canção 'Born to be alive' toca ao fundo e é reveladora!
Mas, claro, que quando chegamos ao momento em que o efeito do cansaço, do stress, do álcool e de um pressuposto alucinógeno (talvez LSD) colocado na bebida começa a fazer efeito, a viagem desse grupo sem igual começa. E ela se evidencia prazerosa para alguns e total bad trip para outros. E o mesmo pode rolar com o público, caso não sejam fãs de filme arte.
 
Ainda na coletiva, Noé nos contou que o grupo se formou, se reconheceu e o resultado podemos assistir na tela. Não são atores e atrizes profissionais, exceto por dois deles, no qual identificamos Sofia Boutella ( ex-dançarina da cantora Madonna que esteve em filmes como Kingsman e a recente trilogia StarTrek ) que interpreta Selva e também Romain Guillermic que vive David. 
O grupo teve liberdade para improvisar e algumas cenas foram gravadas diversas vezes até atingir a perfeição. E as reações são bem intensas. A alucinação é praticamente real. Porém, segundo o diretor, nenhum tipo de droga foi utilizada durante as filmagens. O que vemos ali, na verdade, foi inspirado em relatos sobre experiências com drogas e também distúrbios mentais. 
 
São emoções, muitas vezes, difíceis de encarar e lidar com elas. Assim, Noé nos contou que alguns atores preferiram que seus familiares nem assistissem ao filme. Um exemplo desta fala, é um possível incesto que pode vir a rolar durante o filme.
 
Trailer

Ficha Técnica

Título original: Climax, 2018. Direção e roteiro: Gaspar Noé. Elenco: Sofia Boutella, Romain Guillermic, Souheila Yacoub, Kiddy Smile, Claude Gajan Maull, Giselle Palmer, Taylor Kastle, Sharleen Temple, Lea Vlamos, Alaia Alsafir, Kendall Mugler, Lakdhar Dridi, Adrien Sissoko, Mamadou Bathily, Alou Sidibe, Ashley Biscette, Mounia Nassangar, Tiphanie Au, Sarah Belala, Alexandre Moreau, Naab, Strauss Serpent, Vince Galliot Cumant, Thea Carla Schott. Gênero: Drama. País: França. Fotografia: Benoit Debie. Edição: Denis Bedlow, Gaspar Noé. Música: Pascal Mayer, Noodles. Figurino: Fred Cambier. Produção: Edouard Weil, Vincent Maraval, Brahim Chioua. Distribuição: Imovision. Duração:  96 minutos. Classificação: 18 anos

Climax é, de fato, um projeto simples que se deu rapidamente e com um custo baixo. Inspirado em um grupo de teatro que foi transformado em um grupo de dança e que segundo o próprio diretor só aconteceu pelo surgimento da ideia, das poucas páginas escritas para realizar o projeto e também pelo aparecimento de pessoas dispostas a concretizá-lo. 
Diálogos improvisados foram então tomando forma e resultou na obra que chega aos cinemas esta quinta-feira (31). Cores fortes, muito vermelho, som alto e a câmera invertida causam o desconforto necessário para entendermos o transe pelo qual as personagens estão passando. Propositalmente não vemos o que se passa no inconsciente de cada um, contudo, conseguimos captar a experiência com o alucinógeno como uma imersão e, sinceramente, é possível que você saia da sessão com a sensação de ter participado do produção. 
Por fim, vale dizer, que Gaspar Noé virou sinônimo de provocação e se você está disposto a encarar essa vibe e sair da sua zona de conforto, corra para o cinema!

31 de Janeiros nos Cinemas.
 
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Programação de 31/01 a 06/02
Belo Horizonte: Net Cinearte Ponteio • Cine Belas Artes
Brasília: 
Espaço Itaú
Curitiba: Espaço Itaú
Fortaleza: Cinema do Dragão
Niterói: Reserva Cultural
Porto Alegre: Guion Center • Espaço Itaú
Recife: Cinema da Fundação – Museu (Pré -estreia dia 02.02)
Rio de Janeiro:
  Espaço Itaú do Rio de Janeiro • Cine Casal Santa Teresa • Estação Net Rio • Estação Net Gávea • Cine Joia • UCI New York
São Paulo: Caixa Belas Artes • Cinearte Petrobrás •Espaço Itaú Pompeia • Reserva Cultural •  Shopping Jardim Sul
Salvador: Espaço Itaú
Santos: Espaço Miramar (Pré -estreia dia 02.02)

O Menino Que Queria Ser Rei


Em 'O Menino Que Queria Ser Rei', nos encontramos com as histórias do Rei Arthur em um mundo moderno dilacerado e sem honra a procura de um novo líder. Quase em forma de anedota, o longa escrito e dirigido por Joe Cornish nos leva a conhecer a vida de Alex, papel de Louis Ashbourne Serkis. Um garoto que vive com a mãe (Denise Gough) no centro de Londres e há muito não vê o pai, mas aqui e ali sente suas memórias com aquele muito presente. 

Na escola, Alex vem enfrentando diariamente Lance (Tom Taylor) e Kaye (Rhianna Dorris), dois jovens mais velhos que ficam perturbando a ele e seu amigo Bedders (Dean Chaumoo), mas um belo dia ao fugir de seus perseguidores, Alex encontra uma espada abandonada em um terreno baldio e tudo leva a crer que ela é a mesma espada que fora do lendário Rei Arthur, ainda mais quando surge do nada um jovem estranho chamado Mertin (Angus Imrie) que também fica velho (e ganha a cara e o corpo de Patrick Stewart) com em um piscar de olhos para proteger Alex e o amigo do renascimento da poderosa bruxa Morgana (Rebecca Fergunson).

A aventura é leve, diverte e pode ser uma boa pedida para a família se divertir juntinha no cinema.





O texto de Cornish consegue trazer de volta inúmeras referências ao clássico de Rei Arthur, a começar pelos nomes dos garotos - Lance é Sir Lancelot, Kaye é Sir Kay e Bedders seria Sir Bedivere. Incluem também na aventura personagens importantes como Morgana e Merlin de forma conveniente e que agrada. Ah, e o nome da película também faz alusão a outra do universo cinematográfico - quem ai lembra de ''O Homem Que Queria Ser Rei'' de 1975? Poisé! Logo, a trama vem acertadinha e sem exagerar demais no que propõe. Temas como Bullying, amor, relações fraternais sofrem aqui um 'tratamento' interessante e é legal de assistir as reviravoltas que se soltam pelo filme. O bom uso do material literário também é perceptível.

Estrelada pelo herdeiro de Andy Serkis com a também atriz Lorraine Ashbourne, Louis Ashbourne Serkis, e por outros atores mirins jovens que conseguem convencer em seus papéis - com destaque para Angus Imrie -  ''O Menino Que Queria Ser Rei'' entrega um ritmo bom e não cansa o público com enrolações. Talvez duas ou três explicações poderiam ali ser deletadas,falha da edição, talvez, mas no mais ele vem leve como uma pluma e nos faz visitar o Reino Unido medieval com um olhar ultra moderno. Os atores adultos que aparecem também são congruentes com o que é pedido aqui, são eles: Patrick Stewart, Rebecca Ferguson e Denise Gough (Colette).

A direção que também é de Cornish surpreende aqui e ali e entoa rapidez, pois não deixa o filme dormir ou criar barriga. Contudo, ele não conseguiu ter uma bilheteria muito grande lá fora e talvez o que começou com um intuito de se tornar uma série não vai conseguir chegar lá.

O filme contou com pré-estreias pagas no último fim de semana, mas estréia oficialmente esta semana. 

Trailer





Ficha Técnica
Titulo original: The Kid Who Would Be King, 2018. Direção e Roteiro: Joe Cornish. Elenco: Patrick Stewart, Rebecca Ferguson, Louis Ashbourne Serkis, Denise Gough, Dean Chaumoo, Tom Taylor, Rhianna Dorris, Noma Dumezmeni, Nathan Stewart-Jarrett, Angus Imrie, . Gênero: Aventura, Família, Fantasia. Nacionalidade: Reino Unido. Trilha Sonora: Eletcric Waven Bureau. Fotografia: Bill Pope. Figurino: Jane Temime. Edição: Jonathan Amos e Paul Machliss. Distribuição: Fox Film do Brasil. Duração: 02h00min.
A principio, alguns vão achar o filme bobo, mas ele entretêm e não tem intenção maior do que divertir e faz bem ao recontar um clássico da literatura britânica para os mais jovens sem muita firula. 

AvaliaçãoTrês aventuras com os novos e modernos cavaleiros da távola redonda (3/5 ).

Hoje nos cinemas

See Ya!























B-

Normandia Nua



É interessante tomar um momento para pensar em quais histórias existem no fundo da consciência humana e que não foram ainda contadas, talvez por parecerem ridículas demais para serem postas na tela, talvez por que seja complicado e caro tentar exibir tais idéias em formato de imagem.

Com Normandia Nua, de Phillipe Le Guay, sentimos originalidade na trama e no jeito que ela se mostra. A película exibe os conflitos criados na cidade de Mêle sur Sarthe, uma pequena aldeia da Normandia, onde o foco produtivo está relacionado ao agronegócio. Contudo, o lugar começa a passar por problemas financeiros pela falta de incentivos governamental, o que faz com que a maioria dos fazendeiros fiquem endividados pelas compras de inseticidas e outros produtos necessários ao trabalho e a produção. Logo, a classe afetada inicia uma série de protestos nas rodovias mais próximas, porém, eles não consegue que o ato resulte em algo palpável. Todavia, uma proposta inesperada surge e o prefeito, François Cluzet (George Balbuzard), acredita que esta pode ser a chance que o lugar necessitava para salva-los da ruína e ainda colocarem a aldeia no palco para os seus quinze minutos de fama. Mas ai vem: a proposta consiste em todos os moradores se reunirem e toparem sair nús em uma foto para um trabalho de um artista norte-americano. 



É uma história um tanto diferente e inusitada, mas que prepara o palco para várias situações que serão vistas ao decorrer do filme e que chegam a uma conclusão alinhadas - o momento da foto. Enquanto isto, vemos François lidar com mil e um problemas - seja em convencer os moradores a participarem do ato ou ainda em mediar brigas e discussões entre os produtores que o culpam pelos problemas financeiros enfrentados por eles. Como ele é calmo, amigável e simpático, o espectador se afeiçoa de sua pessoa e torce para que ele consiga resolver os problemas do lugar. 

Trailer

Ficha Técnica
Título Original: Normandie Nue, 2018. Direção: Philippe Le Guay. Roteiro: Philippe Le Guay, Olivier Dazat. Elenco: François Cluzet, François-Xavier Demaison, Julie-Anne Roth. Gênero: Drama, comédia. Nacionalidade: França. Distribuição: A2 Filmes. Duração: 106min. 

Também somos chamados a assistir o romance entre Vincent (Arthur Dupont) e Charlotte (Daphné Dumons), mas que por não ser o foco da história acaba sofrendo de uma falta de desenvolvimento, parecendo com o arco apareça frouxo dentro do roteiro, ao invés de se dar como uma camada sólida para a trama.

Ainda sim, Normandia Nua é definitivamente um filme divertido. Com um tema, às vezes, um pouco pesado, e é nesta hora que recebemos o drama onde alguns dos moradores partem para medidas drásticas já que não há recursos que lhe auxiliem em momentos de dificuldade. Porém, como um todo, ele se mantém cômico, sendo fácil se prender aos seus cento e seis minutos de duração. 

E mesmo que não pareça, o filme ainda consegue transmitir mensagens interessantes e que clamam por mudança, por mais simpatia aos estrangeiros, por um olhar ao passado que reflete a necessidade de empatia e o melhor disso tudo consegue se auto analisar e perceber que precisa o pais precisa caminhar com o mundo e sair de seu pensamento ultra passado para um mundo globalizado e aberto.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Filmes Para Aquecer o Coração

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E chegamos à parte final de nossa jornada. Se você não viu os posts anteriores, clique aqui.

Para cada momento da sua vida, existe um filme. Na minha opinião, é uma das formas de arte mais universais que existem, podendo tocar cada um de diferentes maneiras. Trouxe dez filmes aqui te motivam, alegram e inspiram. Espero que gostem!


A Felicidade Não se Compra (1947)

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Nome Original: It’s a Wonderful Life
Direção: Frank Capra
Elenco: James Stewart, Donna Reed, Lionel Barrymore, Henry Travers
Sinopse: Em Bedford Falls, no Natal, George Bailey, que sempre ajudou a todos, pensa em se suicidar saltando de uma ponte, em razão das maquinações de Henry Potter, o homem mais rico da região. Mas tantas pessoas oram por ele que Clarence, um anjo que espera há 220 anos para ganhar asas é mandado à Terra para tentar fazer George mudar de idéia, demonstrando sua importância através de flashbacks.

A vida não é muito justa, neh? Tem tanta gente conseguindo se dar bem pisando nos outros, corruptos enriquecendo e escapando da justiça e pessoas que propagam o ódio chegando ao poder. As vezes fica até difícil achar razões para continuar tentando ser bom. É assim que George, protagonista do filme, se sentia. Ele se sacrificava para ajudar os outros e só quebrava a cara. O anjo Clarence então vem para mostrar como seus atos impactam todos ao seu redor e fazem a diferença. É um filme é longo, mas vale cada minuto. É simplesmente inspirador.

Cantando na Chuva (1952)

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Nome Original: Singin’ in the Rain
Direção: Stanley Donen e Gene Kelly
Elenco: Gene Kelly, Jean Hagen, Debbie Reynolds, Rita Moreno
Sinopse: Don Lockwood e Lina Lamont são dois dos astros mais famosos da época do cinema mudo em Hollywood. Seus filmes são um verdadeiro sucesso de público e as revistas inclusive apostam num relacionamento mais íntimo entre os dois, o que não existe na realidade. Mas uma novidade no mundo do cinema chega para mudar totalmente a situação de ambos no mundo da fama: o cinema falado, que logo se torna a nova moda entre os espectadores. Decidido a produzir um filme falado com o casal mais famoso do momento, Don e Lina precisam entretanto superar as dificuldades do novo método de se fazer cinema, para conseguir manter a fama conquistada.

Eu assisti esse filme depois de chegar em casa de uma prova de vestibular em que tinha ido muito mal. Me sentia péssimo. Estava com um humor horrível. Tinha pegado o DVD emprestado com uma amiga e decidi colocar. Duas horas depois, eu estava dando pulinhos e assobiando a música tema! A alegria de “Cantando na Chuva” é contagiante. É um musical tão gostoso e divertido.

Conta Comigo (1986)

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Disponível no Prime Video (Amazon)

Nome Original: Stand By Me
Direção: Rob Reiner
Elenco: River Phoenix, Richard Dreyfuss, Corey Feldman, Jerry O’Connel, Kiefer Sutherland, John Cusack
Sinopse: Gordie Lachance, um escritor, recorda quando tinha entre doze e treze anos no verão de 1959 e vivia em Castle Rock, Oregon, uma localidade com 1281 habitantes. Gordie tinha três amigos inseparáveis: Chris Chambers, Teddy Duchamp e Vern Tessio. Chris era o líder natural, Teddy era emocionalmente perturbado e, se Gordie era o intelectual do grupo, Vern era o mais infantil. Um dia Vern ouviu por acaso Billy Tessio e Charlie Hogan comentando sobre o corpo de Ray Brower, garoto da idade deles que havia desaparecido. Cada um deu uma desculpa em casa e partiram para tentar encontrar o corpo. Nenhum deles imaginava que esta viagem se transformaria em uma jornada de autodescoberta que os marcaria para sempre.

“Conta Comigo” foi baseado em um conto do Stephen King, o que pode parecer até estranho em uma lista com narrativas que aquecem o coração. Mas calma que o filme não é de terror não! É uma aventura emocionante sobre o poder da amizade.


Lilo & Stich (2002)

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Disponível na Netflix

Direção: Dean DeBlois e Chris Sanders
Elenco: Daveigh Chase, Chris Sanders, Tia Carrere
Sinopse: Lilo é uma pequena garota havaiana de 5 anos que adora cuidar de animais menos favorecidos e vive com sua irmã Nani. Lilo tem o costume de coletar lixo reciclável nas praias para, com o dinheiro recebido, comprar comida para peixes e nadar até o alto-mar para alimentá-los. Até que, num belo dia, ela encontra um cachorro e decide adotá-lo. Entretanto, este cachorro na verdade é Stitch, um ser alienígena que é um dos criminosos mais perigosos da galáxia. Stitch foi preso em um planeta distante pela polícia interplanetária, mas ao ser encaminhado para um planeta-prisão consegue escapar, caindo acidentalmente na Terra. Agora, para escapar da polícia que ainda o persegue, Stitch esconde quatro de suas seis pernas e decide se fazer passar por um cachorro comum, desenvolvendo com o tempo um laço de amizade com Lilo.

Uma das minhas animações preferidas. Já vi inúmeras vezes. Ai, só de lembrar da frase “Ohana significa família, família significa nunca abandonar. Ou esquecer” que já me dá um nó na garganta. Ao contrário do que os conservadores tentam forçar, existe família de todo tipo. O que importa é o laço de amor de amor que existe entre seus membros!

Mágico de Oz (1939)

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Nome Original: The Wizard of OZ
Direção: Victor Fleming
Elenco: Judy Garland, Frank Morgan, Billie Burke
Sinopse: Em Kansas, Dorothy vive em uma fazenda com seus tios. Quando um tornado ataca a região, ela se abriga dentro de casa. A menina e seu cachorro são carregados pelo ciclone e aterrisam na terra de Oz, caindo em cima da Bruxa Má do Leste e a matando. Dorothy é vista como uma heroína, mas o que ela quer é voltar para Kansas. Para isso, precisará da ajuda do Poderoso Mágico de Oz que mora na Cidade das Esmeraldas. No caminho, ela será ameaçada pela Bruxa Má do Oeste, que culpa Dorothy pela morte de sua irmã, e encontrará três companheiros: um Espantalho que quer ter um cérebro, um Homem de Lata que anseia por um coração e um Leão covarde que precisa de coragem. Será que o Mágico de Oz conseguirá ajudar todos eles?

Outro musical e outro clássico. Um dos filmes mais queridos de todos os tempos, “O Magico de Oz” tem inspirado gerações a buscar o amor, a coragem e a sabedoria que existe dentro de você.

Mesmo se Nada der Certo (2014)

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Nome Original: Begin Again
Direção: John Carner
Elenco: Keira Knightley, Mark Ruffalo, Adam Levine, Hailee Steinfield
Sinopse: Uma cantora se muda para Nova Iorque, mas logo após chegar no local, seu namorado americano decide terminar o relacionamento. Em plena crise, ela começa a cantar em bares, até ser descoberta por um produtor de discos, certo de que ela pode se tornar uma estrela.

Quem já passou por um término, sabe como é difícil. Em “Mesmo se Nada der Certo” a protagonista transforma a dor de uma traição em arte. Através da música – eu amo a trilha sonora demais - ela consegue achar quem ela é sem estar romanticamente a outra pessoa. Cher pergunta em “Believe” se tem vida após o amor e a resposta é SIM.

Minhas Tardes com Margueritte (2010)

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Nome Original: La Tête en friche
Direção: Jean Becker
Elenco: Gérard Depardieu, Gisèle Casadesus, Patrick Bouchitey
Sinopse: Germain Chazes leva uma vida pacata que se movimenta pela horta, pelos pombos que procuram a praça e junto com os amigos do café. Germain mal sabe ler. Sua vida muda, quando conhece na praça onde vai todos os dias, uma velhinha fora do comum, chamada Margueritte. Margueritte começa a ler para Germain e, dessa maneira, ela abre as portas da leitura que, até então, estavam fechadas para ele, nasce entre os dois, uma relação especial.

Descobri esse filme por acaso, em uma tarde de ócio de domingo e meu, deus, que coisa fofa! Eu adoro histórias sobre amizades improváveis. Minhas Tardes com Margueritte é singelo, sensível e emocionante. E ainda aborda o poder transformador da leitura!

O Amor Não Tira Férias (2006)

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Disponível no Prime Video (Amazon)

Nome Original: The Holiday
Direção: Nancy Meyers
Elenco: Cameron Diaz, Kate Winslet, Jude Law, Jack Black
Sinopse: Iris escreve uma coluna sobre casamento bastante conhecida no Daily Telegraph, de Londres. Ela está apaixonada por Jasper, mas logo descobre que ele está prestes a se casar com outra. Bem longe dali, em Los Angeles, está Amanda, dona de uma próspera agência de publicidade especializada na produção de trailers de filmes. Após descobrir que seu namorado, Ethan, não tem sido fiel, Amanda encontra na internet um site especializado em intercâmbio de casas. Ela e Iris entram em contato e combinam a troca. Logo a mudança trará reflexos na vida amorosa de ambas, com Iris conhecendo Miles, um compositor de cinema, e Amanda se envolvendo com Graham, irmão de Iris.

Eu amo comédias românicas. Elas são sempre capazes de me deixar mais leve e aquecer o coração. Esta é uma das minhas favoritas! É envolvente e mostra como o amor pode te surpreender quanto você mais espera (algo que eu tô tentando muito acreditar que é verdade porque tô encalhado há eras sniff sniff).

O Que Nós Fizemos no Nosso Feriado (2014)

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Disponível na Netflix

Nome Original: What We Did On Our Holiday
Direção: Guy Jenkin e Andy Hamilton
Elenco: Rosamund Pike, David Tennant, Billy Connolly
Sinopse: O casal Doug e Abi decide viajar às planícies da Escócia com os três filhos pequenos, para comemorar o aniversário do pai de Doug. No entanto, os dois têm um segredo a esconder do resto da família, mas não será nada fácil manter a informação escondida com as crianças por perto...

Este pequeno filme inglês é muito conhecido, o que é uma pena, porque além de ser muito agradável passa uma mensagem muito importante. Quando crianças vimos o mundo com um olhar puro. Então crescemos e achamos que somos muito sábios e a inocência infantil é só uma ilusão. Mas a verdade é que as vezes a gente se perde complicando as coisas, absorvidos nos nossos problemas, e não enxerga que as respostas podem na verdade ser bem simples. O filme nos lembra da necessidade de não perder a criança que existe dentro de você. Além disso, é ótimo para ver com a criançada, porque ele trata de temas pesados como divórcio e morte de forma muito natural.

O Retorno de Mary Poppins (2018)

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Nome Original: Mary Poppins Returns
Direção: Rob Marshall
Elenco: Emily Blunt, Lin Manuel Miranda, Bem Winshaw, Emily Mortmier
Sinopse: Numa Londres abalada pela Grande Depressão, Mary Poppins desce dos céus novamente com seu fiel amigo Jack para ajudar Michael e Jane Banks, agora adultos trabalhadores, que sofreram uma perda pessoal. As crianças Annabel, Georgie e John vivem com os pais na mesma casa de 24 anos atrás e precisam da babá enigmática e o acendedor de lampiões otimista para trazer alegria e magia de volta para suas vidas.

Eu sei que muita gente vai me julgar por colocar na lista a sequência e não o clássico da Julie Andrews. Mas é que a nova encarnação da personagem P L Travers está fresquinha na minha memória e desde que eu vi não paro de entoar as canções. Fui ver no cinema e passei o filme inteiro com um sorriso no rosto, acompanhando as músicas com pés. É um filme que faz reacende a chama da esperança e nos relembra a importância da imaginação.

Obrigados a todos que me acompanharam até o fim dessa série especial de posts! Espero que o coração de vocês se preencham de coisas boas, te dando forças para enfrentar os perrengues desta vida. Até mais!

domingo, 27 de janeiro de 2019

Livros Para Aquecer o Coração


Se você não leu a primeira parte desta série especial, clique aqui.

Como prometido trago para vocês 10 livros perfeitos para uma tarde ociosa de domingo ou depois daquele dia irritante de trabalho. São livros leves, divertidos, em alguns casos românticos e que deixam seu coração quentinho. Como já dizia os Beatles, ALL WE NEED IS LOVE (tan tan tana nan).

A Irmandade do Jeans Viajante

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"Talvez a verdade é que há um pouco de perdedores em todos nós. Ser feliz não é ser tudo perfeito na sua vida. Talvez seja sobre juntar todas as pequenas coisas."

Autor: Ann Brashares
Editora: Rocco
Sinopse: Era uma vez um par de calças. Um simples par de calças jeans. Mas essas, as Calças Viajantes, têm o poder de fazer coisas grandiosas. E aqui está justamente a história de quatro amigas que colocam em prática esse poder. Lena se faz acompanhar pelas Calças em sua viagem à Grécia. Mas no momento em que se despe das calças, para mergulhar, nua, num lago deserto, detona tantas confusões que, de repente, a pessoa em que menos confia passa a ser ela mesma. Tibby convida as Calças para um papel especial no ´sacomentário´, espécie de documentário que pretende dirigir para mostrar tudo que é capaz de incomodá-la bastante. Bridget, em um ato de coragem, veste as Calças na colônia de férias em que está na Califórnia, esperando receber aquela ´forcinha´ para uma conquista amorosa. Carmen sente vergonha ao perceber que as Calças testemunharam sua transformação em enteada malvada quando as férias de verão não correm como o previsto. Quatro grandes amigas, o melhor verão de suas vidas e as calças mágicas que realizam todos os sonhos. Uma deliciosa celebração da vida, do riso, das raízes e da autodescoberta.

Eu li o livro depois que vi o filme, mas claro, o livro é bem melhor. Peguei emprestado na biblioteca da escola, mas lá só tinha os dois primeiros da série. Amei tanto que fiz meus pais rodarem a cidade todinha procurando os últimos dois volumes, que estavam em falta. As quatro personagens da série são todas carismáticas; certeza que você vai se identificar pelo menos com uma delas. A amizade que elas nutrem durante toda a vida é muito linda e inspiradora. Você vai ficar morrendo de vontade de marcar um rolê cazamiga!

Obs: Como disse, o livro virou filme. São dois, na verdade, só que o segundo acabou pulando o volume 2 e 3 e adaptando logo o último. Por isso, o primeiro é até fiel, mas o segundo é bem diferente. Os filmes são protagonizados por Alexis Bledel (Gilmore Girls), Blake Lively (Gossip Girl), America Ferrera (Ugly Betty) e Amber Tamblyn (Joan of Arcadua). O mais legal é que as quatro se tornaram MUITO amigas desde a época das filmagens do primeiro filme! Elas estão sempre se encontrando e apoiando os projetos uma das outras.

Obs 2: Foi publicado em 2011 um quinto livro da série, "Sisterhood Everlasting", mas eu ainda não li. Teria que reler a série toda porque minha memória é péssima. rs Sem falar que fiquei meio revoltado quando descobri um spoiler.

Aristóteles e Dante Descobrem os Segredos do Universo

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"Nós todos lutamos nossas próprias guerras interiores"

Autor: Benjamin Alire Saenz
Editora: Seguinte
Sinopse: Dante sabe nadar. Ari não. Dante é articulado e confiante. Ari tem dificuldade com as palavras e duvida de si mesmo. Dante é apaixonado por poesia e arte. Ari se perde em pensamentos sobre seu irmão mais velho, que está na prisão.Um garoto como Dante, com um jeito tão único de ver o mundo, deveria ser a última pessoa capaz de romper as barreiras que Ari construiu em volta de si. Mas quando os dois se conhecem, logo surge uma forte ligação. Eles compartilham livros, pensamentos, sonhos, risadas - e começam a redefinir seus próprios mundos. Assim, descobrem que o amor e a amizade talvez sejam a chave para desvendar os segredos do Universo.

Um dos meus livros preferidos... Preciso admitir que ele é uma leitura um pouco angustiante, principalmente se você se identifica com os sintomas de depressão do Ari, porém decidi colocar na lista porque acompanhar a história é uma jornada muito emocionante. Ari e Dante formam um laço tão especial, tão bonito, que quando você chegar ao final do livro seu coração vai estar querendo explodir.

Obs 1: Foram anunciadas uma sequencia e uma adaptação cinematográfica do livro. Infelizmente ainda não há previsão de lançamento de nenhum dos dois.

Extraordinário


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"Se todo mundo nesta sala transformar em regra, onde estiver e da forma que puder, tentar agir um pouco mais gentil que o necessário o mundo será realmente um lugar melhor. E se você fizer isso, se você agir só um pouco mais gentil que o necessário, alguém, em algum lugar, algum dia, pode reconhecer em você, em cada um de vocês, a face de Deus"

Autor: R J Palacio
Editora: Intrínseca
Sinopse: August Pullman, o Auggie, nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e complicações medicas. Por isso, ele nunca havia frequentado uma escola de verdade... ate agora. Todo mundo sabe que e difícil ser um aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tao diferente. Prestes a começar o quinto ano em um colégio particular de Nova York, Auggie tem uma missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele e um menino igual a todos os outros.

Mais um livro para te emocionar. É infantil, então a linguagem dele é bem simples e flui fácil. Mas mesmo o público alvo sendo as crianças, os grandinhos também precisam conhecer a história do Auggie. É uma lição de compaixão, perseverança e empatia. Algo que tem muito adulto por aí precisando aprender, neh? Depois de ter lido o livro, reli com a minha irmã. Se você tem crianças em casa, pode fazer o mesmo!

Obs: A autora se inspirou em um menino real para escrever a história de Auggie. Nathaniel Newman nasceu com uma uma condição chamada "Síndrome de Treacher Collins", que causa deformidade facial. Só no seu primeiro ano de vida, o garoto passou por 10 cirurgias! Quando ele tinha 11 anos, começou a frequentar a escola pela primeira vez e comoveu ao enviar uma carta para as outras crianças explicando porque ele era diferente e pedindo a compreensão. É emocionante! Se quiser, você pode ler a cartinha - em inglês - aqui.

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Nathaniel com o  Jabob Tremblay, que interpretou o Auggie na adaptação do livro.

Obs 2: Outra inspiração para Palacio foi a música "Wonder" (que acabou sendo também o título do livro), da cantora Natalie Merchant. Clique aqui para escutar!

Fiquei Com Seu Número

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"Eu não sei se ela me ama. Eu não sei se eu a amo. Tudo que posso dizer é que ela é aquela em quem eu penso. O tempo inteiro. Ela é a voz que eu quero escutar. Ela é o rosto que eu espero ver."

Autor: Sophie Kinsella
Editora: Record
Sinopse: A jovem Poppy Wyatt está prestes a se casar com o homem perfeito e não podia estar mais feliz... Até que, numa bela tarde, ela não só perde o anel de noivado (que está na família do noivo há três gerações) como também seu celular. Mas ela acaba encontrando um telefone abandonado no hotel em que está hospedada. Perfeito! Agora os funcionários podem ligar para ela quando encontrarem seu anel. Quem não gosta nada da história é o dono do celular, o executivo Sam Roxton, que não suporta a ideia de haver alguém bisbilhotando suas mensagens e sua vida pessoal. Mas, depois de alguns torpedos, Poppy e Sam acabam ficando cada vez mais próximos e ela percebe que a maior surpresa da sua vida ainda está por vir.

Eu falei sobre o livro neste post aqui, onde listo minhas obras preferidas da Sophie. Dizem que rir é o melhor remédio e se isso for verdade, "Fiquei Com Seu Numero" é a cura perfeita! Sem dúvidas, um dos livros mais divertidos que eu já li. 

Marley & Eu

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"Para um cão, você não precisa de carrões, de grandes casas ou roupas de marca. Símbolos de status não significavam nada para ele. Um pedaço de madeira já está ótimo. Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, inteligente ou idiota, esperto ou burro. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Dê seu coração a ele, e ele lhe dará o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não. De quantas pessoas você pode falar isso? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial? Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário?"
Autor: John Grogan
Editora: Ediouro
Sinopse: John e Jenny eram jovens, apaixonados e estavam começando a sua vida juntos, sem grandes preocupações, até ao momento em que levaram para casa Marley, "um bola de pêlo amarelo em forma de cachorro", que, rapidamente, se transformou num labrador enorme e encorpado de 43 quilos. Era um cão como não havia outro nas redondezas: arrombava portas, esgadanhava paredes, babava nas visitas, comia roupa do varal alheio e abocanhava tudo a que pudesse. De nada lhe valeram os tranqüilizantes receitados pelo veterinário, nem a "escola de boas maneiras", de onde, aliás, foi expulso. Mas, acima de tudo, Marley tinha um coração puro e a sua lealdade era incondicional. Imperdível.

Quando foi lançado, este livro fez tanto sucesso que eu acho bem difícil você já não ter lido, mas decidi colocar na lista mesmo assim. É curioso o laço afetivo que cachorros e donos conseguem formar e o Marley, apesar de ser um capetinha, impactou muito a vida dos seus donos. É uma história cativante, que te faz rir e chorar com a mesma intensidade. Se você tem um dogginho, vai querer dormir abraçado a ele depois de ler!

Obs: O filme estreou em 2008 e tem Owen Wilson e Jennifer Anniston no elenco. O Marley foi interpretado por 22 labradores diferentes! 

O Pequeno Príncipe

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"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós."

Autor: Antoine de Saint-Exupéry
Editora: Agir
Sinopse: Um avião pousado no deserto com o motor avariado, um piloto com uma pequena quantidade de água, muito calor durante o dia e frio durante a noite. Neste cenário nada promissor, o Pequeno Príncipe chega para fazer companhia ao solitário piloto. O menino narra suas aventuras até chegar ali na Terra, fazendo reflexões sobre a essência humana e os reais valores da vida. O consagrado poeta Mario Quintana, traduziu com beleza e sensibilidade o clássico poema em prosa do autor-aviador Antoine de Saint Exupéry.

Lançado como obra infantil, em 1943, o livro se tornou um clássico. Porém, rapidamente, ele se provou muito mais do que uma história de ninar. Seu conteúdo altamente filosófico leva o leitor à um verdadeiro processo catártico. É aquele tipo de narrativa que vai te fazer ficar refletindo por dias e levar para a vida inteira.

Obs: o livro tem um legado tão grande que no Japão há até um museu só dedicado ao Pequeno Príncipe.O personagem também deu nome à uma avenida em Florianópolis.

Obs 2: O livro é o quinto livro mais vendido de todos os tempos, com aproximadamente 140 milhões de cópias vendidas pelo mundo. (livros religiosos e ideológicos não entram na lista)

Pollyanna
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 "O que homens e mulheres precisam é encorajamento. Seus poderes naturais de resiliência devem ser fortalecidos, não enfraquecidos... Ao invés de sempre apontar as falhas de alguém, diga a ele suas virtudes. Tente tirá-lo de sua rotina. Mostre para ele o melhor dele.... o seu melhor que pode ousar e realizar e vencer! As pessoas radiam o que está em suas mentes e em seus corações."
Autor: Eleanor H Porter
Editora: Martin Claret
Sinopse: A pequena Beldingsville, uma típica cidadezinha do início do século XX na Nova Inglaterra, Estados Unidos, nunca mais seria a mesma depois da chegada de Pollyanna, uma órfã de 11 anos que vai morar com a tia, a irascível e angustiada Polly Harrington. Por influência da menina, de uma hora para outras tudo começa a mudar no lugar. Tia Polly aos poucos torna-se uma pessoa melhor, mais amável, e o mesmo acontece com praticamente todos os que conhecem a garota e seu incrível "Jogo do Contente". Uma otimista incurável, Pollyana não aceita desculpas para a infelicidade e emprenha-se de corpo e alma em ensinar às pessoas o caminho de superar a tristeza.

Pollyanna, foi provavelmente o primeiro livro sem figuras que li sozinho.  Eu devia ter uns 10 anos e fiquei completamente encantado pela história da menina orfã que transbordava positividade. Hoje eu entendo que o "Jogo do Contente" é ingênuo (a tristeza também é importante, people! Lembrem-se de "Divertida Mente"), mas eu ainda acho que é uma excelente obra, capaz de te alegrar em dias difíceis.

Obs: Sim, a novelinha infantil atualmente no ar no SBT foi inspirado nesse livro. Não é a única adaptação. Há 4 filmes e 1 série de TV baseadas na obra.

Obs: a autora lançou uma sequência, chamada "Pollyanna Moça". Esse eu já não gostei tanto. A personagem voltou a vida pelas mãos de outras autoras. Seis autoras diferentes ao longo dos anos lançaram livros usando a personagem.

Quinze Dias


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“Acho que eu sempre me mantive tão ocupado tentando não ficar mal, que eu acabei esquecendo de tentar ficar bem.” 

Autor: Vitor Martins
Editora: Globo Alt
Sinopse: Felipe está esperando por esse momento desde que as aulas começaram: o início das férias de julho. Finalmente ele vai poder passar alguns dias longe da escola e dos colegas que o maltratam. Os planos envolvem se afundar nos episódios atrasados de suas séries favoritas, colocar a leitura em dia e aprender com tutoriais no YouTube coisas novas que ele nunca vai colocar em prática. Mas as coisas fogem um pouco do controle quando a mãe de Felipe informa que concordou em hospedar Caio, o vizinho do 57, por longos quinze dias, enquanto os pais dele estão viajando. Felipe entra em desespero porque a) Caio foi sua primeira paixãozinha na infância (e existe uma grande possibilidade dessa paixão não ter passado até hoje) e b) Felipe coleciona uma lista infinita de inseguranças e não tem a menor ideia de como interagir com o vizinho.Os dias que prometiam paz, tranquilidade e maratonas épicas de Netflix acabam trazendo um turbilhão de sentimentos, que obrigarão Felipe a mergulhar em todas as questões mal resolvidas que ele tem consigo mesmo

Eu li esse livro em uma madrugada. Ele é leve, apaixonante e cheios de referencias à cultura pop. Quantos livros com protagonistas gordos você já leu? Pois é, não é tão comum. Trazer um personagem cheio de inseguranças, mas que aprende ao longo das páginas a valorizar a si mesmo quebra barreiras na literatura LGBT (eu percebi ao longo dos anos que nem tudo são arco-íris na comunidade gay e que a gordofobia é muito forte no meio).  O Vitor é uma grande promessa da literatura brasileira. Vale muito a pena conhecer!

Obs: siga o autor nas redes sociais!

📷 INSTAGRAM: http://instagram.com/vitormrtns 🐣 TWITTER: https://twitter.com/vitormrtns 📚 GOODREADS: http://goo.gl/Fkqp8U 📝 DIÁRIO DE ESCRITA: https://vitormartins.co/ 🍕 TUMBLR: http://emergencypizzaparty.tumblr.com/

Obs 2: Uma das personagens do livro, Becca, tem esse nome por causa de uma das maiores inspirações do Vitor, a Becky Albertalli, autora de "Simon vs A Agenda do Homo Sapiens" (que ano passado virou o filme "Love, Simon"). Posso confessar? Na minha opinião o livro é melhor que o da Becky ushaus

Simplesmente Acontece


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"Você merece alguém que te ame com toda a batida de seu coração; alguém que pense em você constantemente; alguém que passe cada minuto de cada dia só se se perguntando o que você está fazendo, onde você está, com quem você está, se você está bem. Você precisa de alguém que a ajude a alcançar seus sonhos e protegê-la dos seus medo. Você precisa de alguém que a trate com respeito, ame cada parte de ti, especialmente seus defeitos. Você deveria estar com alguém capaz de te fazer feliz, verdadeiramente feliz, o tipo que te faz querer dançar no ar". 
Autor: Cecelia Ahern
Editora: Novo Conceito
Sinopse: O que acontece quando duas pessoas que foram feitas uma para outra simplesmente não conseguem ficar juntas? Todo mundo acha que Rosie e Alex nasceram para ser um casal. Todo mundo menos eles mesmos. Grandes amigos desde criança, eles se separaram na adolescência, quando Alex se mudou com sua família para os Estados Unidos. Os dois não conseguiram mais se encontrar, mas, através dos anos, a amizade foi mantida através de emails e cartas. Mesmo sofrendo com a distância, os dois aprenderam a viver um sem o outro. Só que o destino gosta de se divertir, e já mostrou que a história deles não termina assim, de maneira tão simples.

O amor nem sempre é fácil. As vezes, a vida joga um monte de obstáculos, e um romance pode ser marcado de encontros e desencontros. A história de Rose e Alex é assim. E confesso que tanto entrave no relacionamento dos dois até frustra um pouco. Mas eu sou romântico. É uma história que aquece meu coração porque me faz acreditar acreditar no amor e que o que tiver de ser, será.

Obs: O livro virou filme em 2014, mas eu achei uma adaptação HORRÍVEL. Pena, porque gosto dos atores (Lily Collins e Sam Caflin).

Um Mais Um

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"Sabe, você passa sua vida toda achando que você não se encaixa em lugar algum. Então, você entra lgum dia em um lugar, pode ser na universidade, em um escritório ou algum tipo de clube e você pensa 'Ah. Pronto'. E você se sente em casa"
Autor: Jojo Moyers
Editora: Intrinseca
Sinopse: Há dez anos, Jess Thomas ficou grávida e largou a escola para se casar com Marty. Dois anos atrás, Marty saiu de casa e nunca mais voltou. Fazendo faxinas de manhã e trabalhando como garçonete em um pub à noite, Jess mal ganha o suficiente para sustentar a filha Tanzie e o enteado Nicky, que ela cria há oito anos. Jess está muito preocupada com o sensível Nicky, um adolescente gótico e mal-humorado que vive apanhando dos colegas. Já Tanzie, o pequeno gênio da matemática, tem outro problema: ela acabou de receber uma generosa bolsa de estudos em uma escola particular, mas Jess não tem condições de pagar a diferença. Sua única esperança é que a menina vença uma Olimpíada de Matemática que será disputada na Escócia. Mas como eles farão para chegar lá?

Enquanto isso, um dos clientes de faxina de Jess, o gênio da computação Ed Nicholls, decide se refugiar em sua casa de praia por causa de uma denúncia de práticas ilegais envolvendo sua empresa. Entre ele e Jess ocorre o que pode ser chamado de ódio à primeira vista. Mas quando Ed fica bêbado no pub em que Jess trabalha, ela faz questão de deixá-lo em casa, em segurança. Em parte agradecido, mas principalmente para escapar da pressão dos advogados, da ex-mulher e da irmã — que insiste em que ele vá visitar o pai doente —, Ed oferece uma carona a Jess, os filhos e o enorme cão da família até a cidade onde acontecerá o torneio.Começa então uma viagem repleta de enjoos, comida ruim e engarrafamentos. A situação perfeita para o início de uma história de amor entre uma mãe solteira falida e um geek milionário.

Eu adoro uma boa road trip. O livro é mais uma daquelas leituras rápidas, mas cativantes. É uma histórica muito dinâmica, que quando você vê já acabou e te deixa com gostinho de quero mais. Além disso, nos faz pensar em todos os sacrifícios que nossas mães fazem pela gente.

!Extra! Outro xará meu, o brasileiro Victor Lopes, está lançando contos sazonais que são um amorzinho. Só saiu um por enquanto, mas a ideia é lançar um a cada estação.  É uma leitura super rápida e transborda fofura. Vale a pena! Eu já falei do Victor na minha lista de melhores leituras de 2017. Ele é um grande talento. Consegue construir narrativas de forma tão envolvente e com uma habilidade impressionante! Adquira o livro pela Amazon clicando aqui. Aproveita e segue o autor no twitter.

Ele salvou o meu verão (Projeto Estações Livro 1) por [Lopes, Victor]

Então é isso. Tá achando que tá faltando algum livro na lista? Comenta aí! Amanhã sai a listinha com SÉRIES para aquecer o coração. Não perca!