Até
que ponto se deve respeitar as crenças de uma religião, quando esta
causará a morte de um jovem que pode ser salvo? É esse o dilema de Fiona
Maye, interpretada pela veterana e oscarizada Emma Thompson, em Um Ato de Esperança do diretor Richard Eyre (O Fiel Camareiro). O roteiro é assinado por Ian McEwan, também autor do livro em que o filme foi baseado – no Brasil, publicado em 2014 com o título A Balada de Adam Henry pela Companhia das Letras, com tradução de Jorio Dauster (ver aqui).
No longa, Fiona é juíza da corte britânica e encara diversos casos polêmicos no cotidiano. Seu mais novo desafio envolve o filho de 17 anos de um casal devoto as Testemunhas de Jeová, que é contra transfusões de sangue. O garoto Adam (Fionn Whitehead) tem leucemia e terá uma morte iminente sem o tratamento, mas tem grandes chances de sobreviver se fizer a transfusão. Quando ele e sua família se recusam, o hospital decide ir contra tais crenças e vai à corte na tentativa de salvar a vida do menor de idade.
Somos introduzidos a vida de Fiona, e toda sua correria. Mergulhada em trabalhos que geram polêmicas e chamam a atenção da imprensa, a juíza foca em casos nada simples que pedem uma atenção completa de seu conhecimento jurídico. Assim, por mais que seja necessário distanciamento de suas emoções na tomada de decisões, há toda uma preocupação de Emma a transmitir sensibilidade em sua interpretação.
No longa, Fiona é juíza da corte britânica e encara diversos casos polêmicos no cotidiano. Seu mais novo desafio envolve o filho de 17 anos de um casal devoto as Testemunhas de Jeová, que é contra transfusões de sangue. O garoto Adam (Fionn Whitehead) tem leucemia e terá uma morte iminente sem o tratamento, mas tem grandes chances de sobreviver se fizer a transfusão. Quando ele e sua família se recusam, o hospital decide ir contra tais crenças e vai à corte na tentativa de salvar a vida do menor de idade.
Somos introduzidos a vida de Fiona, e toda sua correria. Mergulhada em trabalhos que geram polêmicas e chamam a atenção da imprensa, a juíza foca em casos nada simples que pedem uma atenção completa de seu conhecimento jurídico. Assim, por mais que seja necessário distanciamento de suas emoções na tomada de decisões, há toda uma preocupação de Emma a transmitir sensibilidade em sua interpretação.
Todo esse foco na vida profissional da Juíza acaba atrapalhando, obviamente, o lado pessoal, que sofre quando o marido Jack (Stanley Tucci)
afirma querer ter um caso extraconjugal. Todavia, a crise no casamento é
mostrada de uma forma que causa certa empatia por Jack, ainda que este
esteja errado ao querer trair Fiona. No entanto, vemos o quanto o homem
quer se reaproximar da esposa, mas é impedido pelo trabalho exaustivo da
mulher - se atente ao carisma de Stanley Tucci em cena e como isto
torna impossível ficar brava com suas ações, apesar de que a narrativa
aparenta não ter a intenção de deixar o espectador com ódio dele. Ao
mesmo tempo, entendemos o lado de magistrada e toda sua dedicação aos
casos a que se dedica.
O longa, a princípio, nos deixa totalmente imersos no caso de Adam e a difícil escolha que Fiona precisar entregar ao fim do caso: julgar com clareza o que fazer quando mesmo o jovem com leucemia se recusa a fazer uma transfusão e se diz pronto para morrer aos 17 anos. Ademais, incomoda como o ritmo instigante da trama não é continuo. Isto porquê após mergulharmos na briga delicada entre religião e medicina, o terceiro ato acaba se tornando frustrante quando novos problemas surgem.
Logo, se a película tomasse tempo para se conlcuir após a decisão da corte, talvez, teríamos um conjunto mais interessante - até havia um quê de conclusão e caberia um final em que soubéssemos resumidamente o que aconteceu depois. Todavia, as consequências do caso que vêm à tona, mesmo tendo desenvolturas surpreendentes, não o são necessariamente intrigantes.
O longa, a princípio, nos deixa totalmente imersos no caso de Adam e a difícil escolha que Fiona precisar entregar ao fim do caso: julgar com clareza o que fazer quando mesmo o jovem com leucemia se recusa a fazer uma transfusão e se diz pronto para morrer aos 17 anos. Ademais, incomoda como o ritmo instigante da trama não é continuo. Isto porquê após mergulharmos na briga delicada entre religião e medicina, o terceiro ato acaba se tornando frustrante quando novos problemas surgem.
Logo, se a película tomasse tempo para se conlcuir após a decisão da corte, talvez, teríamos um conjunto mais interessante - até havia um quê de conclusão e caberia um final em que soubéssemos resumidamente o que aconteceu depois. Todavia, as consequências do caso que vêm à tona, mesmo tendo desenvolturas surpreendentes, não o são necessariamente intrigantes.
Trailer
Ficha Técnica
Título Original: The Children Act, 2017. Direção: Richard Eyre. Roteiro: Ian McEwan. Elenco: Emma Thompson, Stanley Tucci, Fionn Whitehead. Gênero: Drama. Nacionalidade: Eua, Inglaterra. Trilha Sonora Original: Stephen Warbeck (escute aqui). Fotografia: Andrew Dunn. Edição: Dan Farrell. Distribuição: A2 Filmes. Duração: 105min.
21 DE MARÇO NOS CINEMAS
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