Da última vez que vimos os 'Homens De Preto' (2012), grupo policial responsável pela monitoração e controle da interação entre aliens e humanos no Tio Sam, sua mais famosa dupla de agentes, J (Will Smith) e K (Tommy Lee Jones) foi separada pela morte repentina deste último. Acontecimento que mudou grande parte do presente e do futuro e fez com que o agente J retornasse ao passado para evitar tal desastre.
Agora, anos mais tarde, o mundo corre perigo novamente e os agentes londrinos High T (Liam Neeson) e H (Chris Hemsworth), vão a Paris para impedir que ets mal intencionados tomem a terra para si. Durante a abertura do portal, um deles acaba indo parar em uma casa de família na big apple, e, claro, os agentes em ternos negros aparecem para apagar da mente dos moradores o que viram. Mas a pequena Molly (Mandeyia Flory) acaba não esquecendo o estranho monstrinho que vira em seu quarto e cresce com o desejo em fazer parte daquela organização e ter mais contato com os habitantes de outras galáxias. Já adulta (Tessa Thompson), a jovem consegue uma pista e segue seus instintos. Contudo é pega pela chefe da M.I.B, a agente O (Emma Thompson) e levada a um interrogatório antes de ser recrutada para o grupo, pois realmente mostra que pode agregar muito como agente trainee.
- 'Você realmente acredita que um terno preto vai resolver todos os seus problemas?' - Agente O, (Emma Thompson).
- Não...mais você está maravilhosa em um.' - Molly, (Tessa Thompson)
Assim que realiza seu desejo, se torna a agente em experiência 'M' e é designada por O a ir a Londres para averiguar o que anda de errado naquela sede. Chegando lá, conhece High T e também o queridinho da M.I.B., H. Juntos os dois homens supostamente salvaram o planeta de uma força alienígena anos atrás e agora colhem os frutos dessa batalha. High T virou diretor da sessão em Londres e H só faz o que quer e escolhe os trabalhos que quer. Atitude que provoca muitas suspeitas de C (Rafe Spall) e este começa a ficar atento aos passos e erros do galã fanfarrão. Um missão surge e M se interessa em participar, mas precisa ganhar a confiança de H para poder trabalhar com ele nela. Assim que consegue, os dois devem seguir para um local fechado e proteger um alien camarada chamado Vungus, mas a situação sai do controle e os dois acabam tendo que responder pela morte de Vungus. Molly chega então a conclusão que alguém sabia onde encontrá-los e pressupõe que há um espião entre eles e que ela não deve confiar a ninguém o que o alien a deu em segredo para proteger. E a aventura segue para desvendar tanto esse mistério como também o porquê de dois aliens estarem perseguindo Vungus e agora também M e H.
Trailer
A produção começa até bem. Nos introduz ao que serão os mistérios a serem resolvidos e nos apresenta uma heroína interessante. Contudo, o desenvolvimento dos atos vão decaindo e uma maré de azar leva o filme para um caminho sem volta, o da mediocridade.
Temos o retorno da personagem de Emma Thompson 'O' que já faz parte das histórias originais, mas ainda assim, aquele tom sagaz que M.I.B apresenta em seus filmes anteriores não aparece aqui. Temos sim várias cenas até divertidas, mas nada parecido com o que Will Smith e Tommy Lee Jones entregavam. Até mesmo os 'aliens' perdem força aqui não tem nada de assustadores ou nojentos - algo que era muito explorado nos filmes lançado entre 1997 e 2012.
E o ponto positivo aqui é somente o questionamento do porquê nunca houve uma 'Mulher de Preto' e Tessa vem com tanta vontade que suas cenas fazem muito sentido. Aliás, o dialogo entre M e O é de um bom gosto que as gargalhadas vão sair sem forçar.
Ficha Técnica
Título original: Men in Black: International, 2019. Direção: F. Gary Grey. Roteiro: Matt Holloway, Art Marcum - baseado nos personagens criados por Lowell Cunnigham. Elenco: Tessa Thompson, Emma Thompson, Liam Neeson, Chris Hemsworth, Rafe Spall, Kumail Nanjiani, Rebecca Ferguson, Kayvn Novak, Lauren Bourgeois, Larry Bourgeois, Mandeyia Flory. Gênero: Ação, Aventura, comédia. Nacionalidade: Reino Unido e EUA. Trilha Sonora Original: Chris Bacon e Danny Elfman. Fotografia: Stuart Dryburgh. Design de Produção: Charles Wood. Edição: Zene Baker, Christian Wagner e Matt Rubin. Distribuição: Sony Pictures. Duração: 01h54min.
O filme faz pequenas referências a trilogia. Em uma das cenas já na sede em Londres, o público poderá ver um quadro que aponta os agentes K e J em um momento de luta no passado e em seguida a câmara enquadra High T e H vencendo 'a colméia' e fazendo um história. Os takes em Tessa, geralmente os que focam especificamente seu rosto lembram muito os que eram feitos com o personagem de Smith ou ainda dos momentos em que este e Jones saiam atirando com suas armas galácticas. Além disso, Hemsworth é posto para lutar com um martelo em certo momento o que nos remete ao personagem que o deu enorme sucesso, Thor.
But, apesar da comédia, da ação e do gostinho de aventura, há um desequilíbrio enorme na sustentação da narrativa. Aqui, como a trama é transportada para a Europa sentimos uma tentativa óbvia de emplacar classe e elegância ao estilo dos filmes de James Bond - o que confronta todo o gostinho 'moleque' que a trilogia nos deu anos atrás e era basicamente sua essência. Se lá ficávamos comovidos com um personagem rabugento e profissional e outro super anti ético, mas atento ao trabalho, nesta iniciativa só conseguimos admirar a entrada de mulheres fortes na organização e nada mais.
Nem a trilha sonora, que sempre foi algo muito bem realizado, tem algum primor aqui. E sim sentimos falta de Smith e um rap maneiro sobre a organização.
Se o texto apresentado é previsível e com tanta reviravolta desnecessária, imagina a direção que não consegue sair da homenagem.
Uma lástima.
Avaliação: Dois ternos mal cortados (2/5)
13 de junho nos cinemas
See ya!
B-
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