Isabelle (Agnès Jaoui) é uma professora de francês super engajada em causas sociais. Ama o trabalho e passa seus dias ajudando os menos favorecidos e, ultimamente, muitos deles tem sido os imigrantes quem tem chegado ao país.
De família de classe média e com condições, a mulher têm um estilo de vida liberal e propaga suas ideias progressistas por onde quer que vá, ainda que nem sempre ela seja bem compreendida por todos. Mas a professora não se propõe a fechar os olhos para a realidade e defende o próximo quando o Estado não está lá para o fazer.
De família de classe média e com condições, a mulher têm um estilo de vida liberal e propaga suas ideias progressistas por onde quer que vá, ainda que nem sempre ela seja bem compreendida por todos. Mas a professora não se propõe a fechar os olhos para a realidade e defende o próximo quando o Estado não está lá para o fazer.
A película vem com um tom sério, mas não se engane. Traz comédia e quando o drama entra em cena, este não é pesado, o que o diretor Gilles Legrand revela que acontece com intenção. Assim, vemos uma análise desta personagem e suas ações atrapalhadas mediante a situação dos outros. Logo pensamos se existe ali um sentimento de culpa por ter nascido em 'berço de ouro' ou apenas necessidade de amor e carinho. E o ato final do filme responde bem essa questão.
Boa Intenções foi um dos filmes exibidos durante a 10º edição do Festival Varilux de Cinema Francês, em junho, e chega esta semana aos cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Maceió, Porto Alegre, Salvador e Santos.
Trailer
Como professora de francês para um grupo de origens étnicas diversas, Isabelle tenta perceber as necessidades dos alunos e colaborar para que estes não só saim dali craques na língua como também empregados. Assim, descobre que todos eles acreditam que ter uma carteira de habilitação pode vir a calhar e auxiliar no processo para arrumarem trabalho. O que a leva a pedir auxílio de um professor de auto-escola (Alban Ivanov) em que vive esbarrando e ela consegue o convencer a entrar no projeto de habilitar seus alunos quando a prefeitura promete os assistir financeiramente. Mas há um porém. Precisarão certificar o currículo acadêmico de Isabelle e neste momento é a própria mulher que precisará de ajuda de uma colega de trabalho de origem alemã da qual tem um pouco de inveja.
Ficha Técnica
Título original e ano: Les Bonnes intentions, 2018. Direção Gilles Legrand. Roteiro: Léonore Confino e Gilles Legrand. Elenco: Agnès Jaoui, Alban Ivanov, Claire Sermonne, Michèle Moretti, Philippe Torreton, Eric Viellard, Marie-Julie Baup, Didier Bénureau, Martine Schambacher, Chantal Yam, Romeo Hustiac, Nuno Roque, Saliba Bala, GiedRé, Bass Dhem, Lucy Ryan, Theo Gross e Tim Seyfi. Gênero: Comédia dramática. País: França. Edição: Andréa Sedlácková. Fotografia: Pierre Cottereau. Trilha Sonora: Armand Amar. Distribuição: Pandora Filmes. Duração: 100 min.
A relação de Isabelle com a família também é um dos conflitos apresentados no filme e que ganha um bom desenvolvimento. Aliás, por esta achar que deve sim se jogar no trabalho, os filhos e os maridos sentem se em segundo plano e, portanto, até ridicularizam o seu jeito questionador de ser. Aliás, a mulher é casada com um imigrante Bósnio chamado Adjdin, papel de Tim Seyfi, que conhecera quando era voluntária durante a guerra em Sarajevo e em certa cena de momentos mais íntimos seu jeito falastrona deixa o marido um pouco intimidado já quem em certos momento ela toca na ferida sem muito tato.
Como uma trama que vem para equilibrar diversão e questionamentos, Boas Intenções não faz mais o que o esperado. Suas camadas nos levam a mil e um caminhos, mas nenhum exagerado. Há um jogo de palavras e diálogos interessantes sobre o que vem a ser preconceito quando se trata de lidar com diversas etnias. Este fator nos dá tempo para sensibilidade, constrangimento e risos.
A parte técnica do filme não vem diferente de muitos películas do gênero. Mas também não se torna exemplar. A edição é bem trabalhada e o roteiro de Gilles e Léonore Confino consegue atingir sua meta, ser leve e engraçado. O grande destaque do longa vai para a atuação de Agnès Jaoui que nos entrega uma mulher preocupada com o mundo e cheia de carinho para dar.
Avaliação: Três aulas de francês desembaraçadas (3/5)
Como uma trama que vem para equilibrar diversão e questionamentos, Boas Intenções não faz mais o que o esperado. Suas camadas nos levam a mil e um caminhos, mas nenhum exagerado. Há um jogo de palavras e diálogos interessantes sobre o que vem a ser preconceito quando se trata de lidar com diversas etnias. Este fator nos dá tempo para sensibilidade, constrangimento e risos.
A parte técnica do filme não vem diferente de muitos películas do gênero. Mas também não se torna exemplar. A edição é bem trabalhada e o roteiro de Gilles e Léonore Confino consegue atingir sua meta, ser leve e engraçado. O grande destaque do longa vai para a atuação de Agnès Jaoui que nos entrega uma mulher preocupada com o mundo e cheia de carinho para dar.
Avaliação: Três aulas de francês desembaraçadas (3/5)
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