Nova York, anos 70. O colorido bairro conhecido como "Hell's Kitchen" tem em sua maioria moradores irlandeses. Os mais ambiciosos, se juntam a Kevin O'Carroll (James Badge Dale) e começam a cobrar da vizinhança uma taxa mensal para manter o lugar seguro. Mas Kevin e os comparsas Jimmy (Brian d'arcy James) e Rob (Jeremy Bobb) acabam indo presos e precisam cumprir uma sentença de três anos. A família O'Carroll toma a frente de tudo e avisa aos três que suas esposas e filhos terão uma pequena ajuda enquanto estes estão incapacitados de colocar comida na mesa.
Ruby (Tiffany Haddish), esposa de Kevin, Claire (Elisabeth Moss), mulher de Rob e Kathy (Melissa McCarthy), esposa de Jimmy, começam a receber a quantia, mas o valor não cobre nem metade do aluguel ou as despesas com mercado. Assim, as três se juntam e decidem pedir ao grupo que vejam o que pode ser feito, contudo, os mafiosos não dão a minima para a situação e elas ficam sabendo por alto que os negócios não vão bem, pois as taxas que eles recebiam, há algum tempo não recebem mais. Necessitadas e arriscando tudo, o trio de mulheres decide visitar os comerciantes do bairro e entender a situação. Chegando ali conseguem convencer todos a voltar a pagar a taxa diretamente à elas. Também mantem a palavra de que qualquer problema nas quadras estaria resolvido.
Com a ajuda de Gabriel O'Malley (Domhnall Gleeson), comparsa dos esposos das mulheres que estava fora por uns tempos, e também de Duffy (Josh Sharlan), primo de Kathy, elas iniciam o próprio negócio e passam a defender todos no bairro. Todavia, quando os O'Carroll ficam sabendo elas precisam decidir se vão ou não tomar o lugar deles de vez.
Com a ajuda de Gabriel O'Malley (Domhnall Gleeson), comparsa dos esposos das mulheres que estava fora por uns tempos, e também de Duffy (Josh Sharlan), primo de Kathy, elas iniciam o próprio negócio e passam a defender todos no bairro. Todavia, quando os O'Carroll ficam sabendo elas precisam decidir se vão ou não tomar o lugar deles de vez.
A película tem direção e roteiro de Andrea Berloff e é baseada na publicação da Vertigo 'The Kitchen', criada por Ollie Masters e Ming Doyle.
Trailer
Ficha Técnica
Título Original e Ano: The Kitchen, 2019. Direção: Andrea Berloff. Roteiro: Andrea Berloff - baseado na série 'Rainhas do Crime' de Ollie Masters e Ming Doyle. Elenco: Melissa McCarthy, Tiffany Haddish, Elisabeth Moss, Domhnall Gleeson, Margo Martindale, James Badge Dale, Common, Brian d'arcy James, Jeremy Bobb, Bill Camp, Alicia Coppola,Wayne Duvall e Josh Sharlan. Nacionalidade: Estados Unidos. Gênero: Crime, Drama, Policial. Trilha Sonora Original: Bryce Dessner. Fotografia: Maryse Alberti. Edição: Christopher Tellefsen. Figurino: Sarah Edwards. Distribuição: Warner Bros. Pictures Brasil. Duração: 01h43min.
A trama apresenta três mulheres com mundos interligados, mas com características e personalidades distintas. Kathy tem uma relação forte com os pais e quando precisa de alguém para olhar os filhos, são eles que entram em cena. Levava uma vida sem muitas pretensões ao lado do marido e é quando este vai parar na cadeia que ela se liberta das amarras do matrimônio e vira uma mulher de negócios. Ruby, por outro lado, não tem um minuto de paz na família de Kevin. Por ser negra, sofre preconceito a todo instante da sogra venenosa (Margo Martindale) e não tem muita voz ali. Já Claire é, talvez, a mais frágil entre as três. Se casou com Rob apenas por segurança e acabou ganhando uma vida de sofrimento já que o homem usava de força com ela e a surrava.
No fim, a prisão dos maridos acaba impulsionado as três a tomarem as rédeas de suas vidas e começarem a pensar como os seres humanos fortes que são. E, por algum tempo esse novo trabalho é perfeito e contagiante, mas 'a lua de mel' tem fim e os conflitos que são gerados a partir das escolhas de cada uma trazem reviravoltas convincentes.
Na primeira imagem, Ruby (Haddish), Kathy (McCarthy) e Claire (Moss) ainda na fase 'lagarta' e na segunda voando alto e intimidando.
A narrativa enaltece a força das personagens femininas e as faz crescer em um mundo perigoso comandado pelo poder. Elas aprendem a andar sob o fogo e rapidamente estão aptas para jogar com as armas que possuem. Em certo momento, há motivos para desconfiar de 'x' acontecimentos, mas os atos finais respondem bem tais pulguinhas que se instalam em nossa mente lá pela metade do filme.
Há um tom dramático mais forte, porém, a comédia aparece em pitadas aqui e ali. Berloff constrói o mundo de cada uma e enquadra cada atuação com perfeição. Moss já brilha em dramas por ai (quem assiste a seus filmes ou a série The Handmade's Tale sabe bem), mas McCarthy, que sempre fez comédias e tem explorado cada vez menos esse lado, e agora Haddish, apresentam aqui boas performances. Outro que aparece e irradia talento é Gleeson (Adeus, Christopher Robin e Questão de Tempo).
Como estréia na condução, a roteirista e produtora Andrea Berloff demonstra que ainda pode mais e aqui faz você pular da cadeira em diversos instantes com a ótima dinâmica do filme. Fotografia, direção de arte e figurino fecham a parte técnica muito bem e a edição é certeira. A trilha sonora original é assinada por Bryce Dessner (ouça aqui) e as músicas que ouvimos durante a película vão de Rolling Stones a Heart. Além disso, a cantora Brandi Carlile regravou o clássico da banda Fleetwood Mac, 'The Chain', e a canção virou o tema oficial da película.
Avaliação: Três mulheres incríveis e noventa meios de deixar o machismo de lado (3,90/5).
Há um tom dramático mais forte, porém, a comédia aparece em pitadas aqui e ali. Berloff constrói o mundo de cada uma e enquadra cada atuação com perfeição. Moss já brilha em dramas por ai (quem assiste a seus filmes ou a série The Handmade's Tale sabe bem), mas McCarthy, que sempre fez comédias e tem explorado cada vez menos esse lado, e agora Haddish, apresentam aqui boas performances. Outro que aparece e irradia talento é Gleeson (Adeus, Christopher Robin e Questão de Tempo).
Como estréia na condução, a roteirista e produtora Andrea Berloff demonstra que ainda pode mais e aqui faz você pular da cadeira em diversos instantes com a ótima dinâmica do filme. Fotografia, direção de arte e figurino fecham a parte técnica muito bem e a edição é certeira. A trilha sonora original é assinada por Bryce Dessner (ouça aqui) e as músicas que ouvimos durante a película vão de Rolling Stones a Heart. Além disso, a cantora Brandi Carlile regravou o clássico da banda Fleetwood Mac, 'The Chain', e a canção virou o tema oficial da película.
Avaliação: Três mulheres incríveis e noventa meios de deixar o machismo de lado (3,90/5).
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See Ya!
B-
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