quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw


A oitava vez que a mega produção 'Velozes & Furiosos' chegou ao cinemas com uma trama original (ler texto aqui), o embate entre os personagens Luke Hobbs (Dwayne 'The Rock' Johnson) e Deckard Shaw (Jason Stathan) se destacou ao olhar dos produtores e a oportunidade da dupla ganhar um filme surgiu com uma possível briga entre Vin Diesel e Johnson. Quando confirmado, o elenco questionou o atraso no lançamento da sequência do próximo longa, mas os executivos também viram a artimanha como uma boa alternativa para tentar acalmar os ânimos dos atores, principalmente de Diesel, que é também produtor da franquia.

Como em todo filme do famoso grupo que dirige carros turbinados, descobrimos mais do 'background' do personagem na próxima aventura e aqui Hobbs e Shawn são colocados frente a frente com o passado e a família que ficou nele. Hobbs iniciou sua caminhada na franquia como um policial ferrenho na caçada da turma de Brian (Paul Walker) e Toretto (Diesel), lá em 'Velozes & Furiosos 5: Operação Rio' e ao final da trama perde o papel de inimigo e é convertido a amigo. Shawn, por outro lado, é visto sorrateiramente no sexto filme, mas é somente no sétimo (ler texto aqui) e no oitavo que tem realmente tempo em tela e desenvolve melhor o arco do inglês marrento e vingativo que interpreta. Este último também se torna mais amigável ao encerramento daqueles enredos.

Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw vem então para evidenciar a união de ambos os personagens a pedido de instituições de investigação (CIA e MI6) para auxiliarem na captura de um vírus roubado da contenção e que é procurado por um homem desconhecido e geneticamente transformado, papel de Idris Elba, para então destruir a humanidade como conhecemos. Hobbs é contatado por um agente um pouco destrambelhado (participação especial de um 'antiherói' famoso) para se juntar a missão e precisa deixar a filha Sam (Eliana Sua) aos cuidados deste. Já Shaw é chamado pela MI6, pois aparentemente ele está conectado a espiã (Vanessa Kirby) que sabe do paradeiro do vírus. O homem também não deixa de visitar a mãe que acabou indo parar na cadeia (Helen Mirren) para saber como ela está.

O encontro dos dois homens, em um primeiro momento e por quase todo o filme, vira uma guerra de socos e ponta pés. Contudo, quando a ameaça do vírus atinge não só a existência humana como um todo, mas põe em risco direto o contágio de sua irmã, Shaw decide lutar junto a Hobbs. O grandalhão, aliás, freia a rixa por um tempo, pois pode ser que esteja no ar um clima de romance com a moça, o que deixa Shaw irritadíssimo.

A película estreia nos cinemas norte-americanos amanhã e em todo o Brasil hoje.

Trailer

Ficha Técnica


Título original e ano: Fast & Furious Presents: Hobbs & Shaw, 2019. Direção: David Leitch. Roteiro: Chris Morgan e Drew Pearce baseado nos personagens criados por Gary Scott Thompson. Elenco: Dwaynee Johnson, Jason Stathan, Vanessa Kirby, Idris Elba, Helen Mirren, Eliana Sua, Elza Gonzaléz, Eddie Marsan, John Tui, Joshua Mauga, Tom Wu, John Macdonald, Rob Delaney. Gênero: Ação, aventura, comédia. Nacionalidade: EUA e Reino Unido. Trilha Sonora Original: Tyler Bates. Fotografia: Jonathan Sela. Figurino: Sarah Evelyn. Distribuição: Universal Pictures do Brasil. Duração: 02h16min.
O roteiro de Chris Morgan e Drew Pearce não traz a 'molecagem' pelo qual os filmes iniciais da franquia se consagraram. Ainda assim, joga ali porrada, explosão, carros e muita 'irrealidade', algo que Velozes & Furiosos sempre entrega. Também trabalha por alguns atos o 'respeito e  devoção a família', figurinha repetida nos enredos.

É feita uma construção mais moderna e contemporânea dos conflitos ao inserir os conceitos de extinção e evolução humana, drones, 'cyber futuro' - algo que, de certa forma, até vimos no filme anterior. A produção também apresenta um tom mais 'britânico', classudo e isto nem a faz melhor e nem pior. Há uma clara intenção de deixar os personagens engraçados e o contexto cômico é utilizado até a última gota, inclusive certas piadas não funcionam (um certo jogo de palavras e nomes até fazem rir). Algo que talvez conquiste muita gente é a escolha de trazer referências de outros filmes ou séries, pois a todo instante algum dos personagens está citando um sucesso da cultura pop (Game Of Thrones, Superman e etc).


Algumas participações especiais não são citadas na lista do elenco e talvez soem como spoiler se comentarmos quais são. Mas vale dizer que o casting aqui está tão diferenciado quanto o oitavo filme. O destaque em atuação vai para Vanessa Kirby (Missão Impossível - Efeito Fallout) que, aliás, convence como uma personagem empoderada. E, sinceramente, a competição entre Hobbs e Shaw se torna cansativa devido ao exagero na exploração da relação, mas alguns podem achar divertido. O vilão de Elba caminha bem e faz o que é pedido.

Os aspectos técnicos do longa são de uma mega produção, ainda que este seja um spin off, e a pergunta que fica é a necessidade de 'fazer tanta' fumaça quando a regra é sempre clara: 'menos é mais'. David Leitch foi diretor de 'Deadpool 2' e aqui faz algo comum a franquia: exagero. A edição vem nessa mesma linha. Ao final, acaba se por perceber que não havia necessidade de muitas das cenas ali. Quem não tiver nenhum compromisso, fique até o finalzinho dos créditos, pois a produção tem inúmeras cenas pós-créditos.

Avaliação: Dois carros tunados e cinquenta brigas ao redor do mundo (2,5/5)

 HOJE NOS CINEMAS

See Ya!

B-

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