quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Ad Astra - Rumo às Estrelas, de James Gray


Depois que a marinha dos Estados Unidos confirmou a veracidade de um vídeo vazado com ovnis, definitivamente me animei para assistir um filme com ambientação no espaço. Mas Ad Astra - Rumo às Estrelas, de James Gray, está longe de ser um A Chegada (Denis Villeneuve) da vida. 

Na verdade, a trama se passa em um futuro “plausível” em que a tecnologia de viagens espaciais está mais avançada. As pessoas já até voam à lua em foguetes comerciais como se fosse uma viagem para as Ilhas Maldivas. Mas o foco central aqui está na relação entre pai e filho. Assim, o engenheiro espacial Roy McBride (Brad Pitt) inicia uma jornada para reencontrar o pai  H. Clifford McBride (Tommy Lee Jones), que desapareceu há anos em uma missão secreta. 

Trailer

Ficha Técnica

Título Original e Ano: Ad Astra, 2019. Direção:  James Gray. Roteiro: James Gray e Ethan Gross. Elenco: Brad Pitt, Ruth Negga, Tommy Lee Jones, Donald Sutherland, John Ortiz, Kayla Adams, Bobby Nish,  John Finn, Loren Dean e Kimberly Elise. Gênero: Aventura, Drama, Mistério. Nacionalidade: Eua, Brasil. Trilha Sonora Original: Max Richter. Fotografia: Hoyte Van Hoytema. Edição: John Axelrad e Lee Haugen. Figurino: Albert Wolsky. Distribuição: Fox Film Br. Duração: 02h3min.
Desde o princípio percebe-se como Roy está deprimido, apesar deste constantemente se lembrar de sorrir e agir normalmente com as outras pessoas. Ele é solitário e não consegue se conectar com ninguém devido ao trauma do sumiço do pai. Apesar disso, o protagonista sempre passa nos testes psicológicos. A atuação de Pitt está impecável nesse sentido. O filme se desenrola a partir do olhar do personagem e o espectador quase sente a dor e angústia que este enfrenta através da tela.

O universo criado por James Gray é um ponto alto do filme, pois mostra um futuro não tão distante. A história questiona possíveis problemas de uma realidade em que viagens espaciais são mais viáveis e o sistema solar é mais explorado. A tecnologia é melhor e as distâncias se tornaram “mais curtas”. Em um momento do longa, Roy critica o viés turístico comercial que a lua se tornou. São reflexões importantes que não devem estar tão longe de serem debatidas.

Apesar de ser uma película surpreendente e contar com bons momentos de tensão e suspense, Ad Astra tem, na maior parte do tempo, um ritmo lento. E até ganharia um selo de filme espacial bem realista, não fosse um o final que “viaja” além da conta. No entanto, a atuação de Brad Pitt realmente destaque e merece reconhecimento.

Nota da edição
A produção ganharia exibição durante o Festival de Cannes, deste ano, mas teve a premiere cancelada devido a junção entre Fox e Disney e ela chega ao Brasil com diferença de uma semana do lançamento prévio nos Estados Unidos. 

HOJE NOS CINEMAS

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