Primeiras Impressões - BJÖRK DIGITAL no Centro Cultural Banco do Brasil de Brasilia


Björk é uma das artistas mais multifacetadas do planeta. Atua, produz, é musicista e usa a criatividade em todos os departamentos artísticos possíveis. A cantora islandesa, nascida no ano de 1965, lançou seu primeiro disco aos doze anos de idade, lá em 1977, e, desde então, não parou mais. Fez parte da banda 'The Sugarcubes', de 86 a 92, e têm uma discografia extensa chegando a onze discos de estúdios lançados. Recebeu indicações a diversos prêmios, entre eles, Grammy e Brit Awards, e sim levou para casa alguns deles. Foi também consagrada com o 'Polar Music Award', o nobel da música, e, por sua participação em filmes, também já foi indicada ao Globo de Ouro e ao Oscar. Aliás, ganhou um dos mais importantes no campo do audiovisual, a palma de ouro no Festival de Cannes, por sua participação no tocante 'Dançando no Escuro', de Lars von Trier.

Ligada as artes de inúmeras formas, a cantora, em colaboração com alguns dos mais inovadores artistas visuais do mundo, como James Merry, Andrew Thomas Huang e Jesse Kanda, criou uma exposição digital incrível que vem rodando o mundo - Londres, Moscou, Los Angeles e Cidade do México - e chegou no Brasil em junho com sua primeira exibição em São Paulo (ver aqui). Agora, por fim, é a vez de Brasilia ter a chance de vivenciar de perto a obra da cantora em um mundo virtual emocionante. 

A exposição internacional é patrocinada pelo Ministério da Cidadania e o Banco do Brasil e invade o CCBB da capital federal de 03 de dezembro de 2019 a 09 de fevereiro de 2020. A entrada é gratuita (mas é necessário retirar o ingresso antes, ver informações ao fim do post).

Estivemos na abertura da mega experiência, nesta segunda-feira (02), e queremos dividir com vocês o que sentimos.


Diferentemente da exposição com artes criadas pelo Cineasta Tim Burton (ver aqui nossa cobertura), Björk Digital não mostra necessidade de se 'tirar fotos'. Afinal, ela é uma experiência que se guarda na memória e se vive através de óculos digitais. 

A experiência é então dividida em duas partes: Galeria 1 e Galeria 2. Em todas elas, mediadores nos explicam passo a passo como utilizar os óculos e também os fones, além de apresentar um pouco do que veremos naquele espaço. Todas as salas estão em tons negros e a visitação guiada dura em torno de quase duas horas para um um grupo de 25 pessoas. Estes, claro, vão seguindo a jornada sala por sala e novos grupos devem entrar com uma diferença de vinte minutos.

A primeira parte da experiência é composta por quatro seções e traz os clipes em VR das faixas do álbum Vulnicura (2015): Stonemilker, Black Lake, Mouth Mantra, Quicksand, Family e Notget. Em quase todas as exibições, os sentimentos se afloram e vemos o processo de cura da cantora se realizar frente aos nossos olhos. Há espaço para mostrá-la vulnerável, atormentada, lamentosa e até preocupada. Os tons de cada vídeo evidenciam muito bem suas emoções e nos fazem entender seu processo de crescimento. Ali nos identificamos e vemos nossa própria humanidade. 

Performances criativas em praias, dentro da boca de Björk, avatares digitais da artista, e vídeos muito interativos exploram com magnitude o poder da tecnologia e da realidade virtual. Assim, a voz única que estamos acostumados a ouvir e amar ganha um efeito terno e imersivo de experiências intimas da mulher, mãe e pessoa que esta é.


Ao passar para a segunda galeria, chegamos a segunda parte da exposição. Nesta sessão, o visitante entra em contato e pode experimentar o projeto educativo Biophilia - já implementando na Islândia e que dá as crianças a oportunidade de aprender ciência, música e 'n' assuntos através da arte da cantora e que, claro, tem concepção da mesma. Aqui, o visitante conhece tudo com o auxilio de ipads. Há um vídeo demonstrativo ali perto onde é possível assistir como o projeto foi desenvolvido e logo a frente, na próxima sala, nos deparamos com uma tela de cinema onde trinta e oito videoclipes de Björk são projetados. No espaço, pufs em formatos triangulares nos deixam confortáveis para vê-la e ouvi-la revivendo as emoções de vídeos que já estão disponíveis na internet e tiveram direção de grandes cineastas como Michel Gondry, Chris Cunningham, Nick Knight, e muitos outros.

Aliás, esta lista seleta de clipes foi organizada pela própria artista e por lá é possível assistir os videos das canções: 

Alarm Call, All Is Full Of Love, Army of Me, Bachabachelorette, Big Time Sensuality, Cocoon, Crystalline, Declare Independence, Earth Intruders, Hidden Place, Hollow, Human Behaviour, Hunter, Hyperballad, I Miss You, Isobel, It's in Our Hands, It's Oh So Quiet, Joga, Lionsong, Losss, Moon, Mutual Core, Nature Is Ancient, Not Get, Oceania, Pagan Poetry, Possibly Maybe, the Gate, Triumph of a Heart, Venus As A Boy, Wanderlust, Where is The Line, Who Is It.


All Is Full Of Love e Hyperballad são dois dos vídeos projetados (e são meus prediletos, inclusive). 


#BjörkDigital foi inteiramente concebida por Björk e James Merry, com produção do MIF (Manchester International Festival). No país, tem patrocínio do Banco do Brasil e é realizada pelos Centros Culturais do Banco e pela Cinnamon Comunicação. Da capital, a exposição seguirá para o CCBB Rio de Janeiro e Belo Horizonte no ano que vem. O público carioca ganha o evento a partir de março e o mineiro a partir de junho.

Para os instagrammers, há um novo filtro circulando na plataforma. É a máscara ''Medusa''. Para brincar com o mesmo, basta salvá-lo a partir dos perfis da Björk (@bjork), de James Merry (@james.t.merry) e também do desenvolvedor Robso (@robso__). Ah, e não esqueçam de utilizar as hastags ''#BJÖRKCCBB" e #BJÖRKDIGITAL. = )

É isso. Super indicamos a experiência, pois não há igual e talvez nunca houve.

Observação: peguem os folders com explicações da exposição, pois estes vem com um poster lindo da artista - você os encontra perto a entrada principal - e outra coisa não há legenda nos vídeos.


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Serviço Exposição Björk Digital - primeira praça - Brasília
Local: Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (St. de Clubes Esportivos Sul Trecho 2)
Datas: 03 de dezembro de 2019 a 09 de fevereiro de 2020
Visitação de terça à domingo
Horário Galeria 1 (clipes em realidade virtual): 9h00 às 19h30
Horário Galeria 2 (Biophilia e cinema): 09h00 às 21h00
Ingressos: entrada gratuita mediante retirada de ingressos na bilheteria do CCBB ou no site bb.com.br/cultura.
Bilheteria: terça-feira a domingo das 9h às 21h
Informações: (61) 3108-7600 | ccbbdf@bb.com.br | bb.com.br/cultura | facebook.com/ccbb.brasilia | Instagram: @ccbbbrasilia | twitter.com/CCBB_DF
Classificação indicativa: 14 anos
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Agradecemos a equipe do CCBB Brasília, a equipe da Cinnamon Comunicação e a equipe da Um Nome Comunicação pela liberação na entrada do evento e do coquetel.

See Ya!

B-

Escrito por Bárbara Kruczyński

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