Das festas de final de ano, a mais significativa as famílias de todo mundo, sem sombras de dúvidas, é a celebração natalina. No Brasil, o evento não tem tanto glamour quanto nos continentes mais frios, contudo, ainda assim é memorável pelo sentimento de todos estarem juntos e agradecendo o ano que se foi. Também tem um 'quê' a mais para as pessoas de religião cristã que revivem o nascimento de seu líder espiritual. Para as crianças, em sua maioria de classe média, a data é sinal de ganhos e mais ganhos de presentes, pois é o período que o bom velhinho passa em suas casas lembrando que elas foram boazinhas todo o ano.
Em '10 Horas Para o Natal', de Cris D'Amato, todas estas e outras tradições natalinas são exibidas de um jeito doce e engraçadinho para levar toda a família aos cinemas e sentir aquele gostinho de aventura misturado a inúmeros sentimentos que só filmes do gênero podem trazer. A família protagonista da narrativa é vivida por Luis Lobianco e Karina Ramil, interpretes de Marcos Henrique e Sônia. O Casal tem juntos três filhos, a esperta Júlia, papel de Giulia Benite, a mimada Bia, personagem da Lorena Queiroz, e o fofo Miguel, vivido pelo ator Pedro Miranda. O filme entra em cartaz com distribuição da Paris Filmes.
Ficha TécnicaTítulo original e ano: 10 Horas Para o Natal, 2019. Direção: Cris D’Amato. Roteiro: Bia Crespo e Flavia Guimarães. Elenco: Luis Lobianco, Giulia Benite, Pedro Miranda, Lorena Queiroz, Karina Ramil, Marcelo Laham, Jandira Martini, Arthur Khol, Eliana Guttman, Amelinha Bittencourt. Gênero: Infanil, Comédia, Família. Trilha Sonora Original: Fábio Góes. Fotografia: Ale Ramos. Direção de arte: Claudia Calabi. Produção Executiva: Renata Rezende. Produção: Sandi Adamiu e Marcio Fraccaroli. Distribuição: Paris Filmes. Duração: 01h32min.
A produção que tem como cenário o centro de São Paulo, exibe uma família bem feliz em um de seus natais juntos para na sequência mostrar que com o passar dos anos a relação entre Sônia e Marcos Henrique se desgastou e onde o amor residia os conflitos passaram a ter mais força. A filha mais velha, Júlia, tem protagonismo maior em cena e narra muitos destes fatos, por perceber como era incrível os momentos em que seu clã estava reunido ao fim do ano. Aliás, a personagem vez ou outra quebra a quarta parede e conversa diretamente com o espectador para demonstrar o quão consciente ela é de toda a situação pela maturidade que já atingiu.
Os pais, uma ginecologista e um empresário, começam a se desentenderem por trivialidades e sequer conseguem mais fechar os olhos para as chateações dos parentes. Quando estes se separam e os filhos percebem que a vida já não é mais a mesma, o trio decide salvar a família e para tanto resolvem sair em busca não só de presentes para os pais como também entregar a cartinha da pequena Bia ao Papai Noel. Embarcam em uma aventura maluca pelas ruas de Sampa e vão bater na famosa rua 25 de março atrás do gostinho nostálgico que viveram em outros natais.
O elenco é muito agradável e traz performances no ponto. Os atores mirins, contudo, são o grande destaque aqui, pois não soam nada forçado. Giulia, que vem de um mega papel (ela vive a Mônica em 'Turma da Mônica: Laços'), tem mais falas e convence em toda sua jornada. Pedro Miranda, que é um talento também nos vocais, é outro super necessário e a pequena Lorena Queiroz sabe dar um grito aterrorizante como ninguém.
A diretora, Cris D'Amato, tem uma boa trajetória no cinema. Já dirigiu Giovana Antonelli, e grande elenco, em S.O.S -Mulheres ao Mar, além de Glória Pires em 'Linda de Morrer' e Kéfera em "É Fada'. Aqui consegue se sair tão bem quanto em outros de seus filmes e transmite uma mensagem ultra positiva sobre união e todo o aspecto de vida em família.
Avaliação: Dois musicais encantadores e oitenta corações quentinhos (2,80/5)
See Ya!
B-
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