O movimento começou a crescer e guiado por um programa de dez pontos no qual defendia direito a liberdade, educação, emprego pleno, isenção de serviço militar para todos os jovens, justiça ao irmãos presos equivocadamente e muito mais, capitou mentes e as colocou para trabalhar pela causa. Uma delas foi a do jovem Fred Hampton. Fred era organizador do Comitê de Estudantes que lutavam contra a violência e com sua entrada para o partido, fez aliados com outros movimentos de resistência e conquistou o respeito da comunidade local em Chicago. O jovem de fala assertiva e ideais bem direcionados se tornou então presidente do partido na cidade.
Para o FBI, toda a luta dos Panteras representava perigo a nação, e nesse momento, os detetives e investigadores forão incentivados por seus superiores a conter tais ações. Assim, eles conseguiram infiltrar um homem negro no partido e este auxiliou de forma aterrorizante a morte de Hampton aos 21 anos de idade, em 1969. O ocorrido se deu somente dois anos depois de Fred ter entrado para os Panteras.
O drama histórico apresentado pelo roteirista e diretor Shaka King faz uma ótima analogia aos momentos finais do lider cristão mais conhecido do universo. Não deixando a jornada se tornar frágil, mas trabalhando passo a passo a construção desta.
Conhecemos Hampton, papel de Daniel Kaluuya, falando ao povo e os incentivando a buscar dias melhores e uma vida melhor. Os fazendo revolucionários e plantando palavras de poder em seus inconscientes. E também conhecemos William O'Neal, vivido por Lakeith Stanfield, um homem que busca sobreviver e para isso não mede esforços. Um dia, O'Neal tenta roubar um carro e é preso em flagrante. Além das punições físicas que recebe, o rapaz é chantageado pelo agente Roy Mitchel, interpretado por Jesse Plemmons, e a partir daquele dia recebe uma missão: se infiltrar no partido dos Panteras Negras e repassar toda informação que eles precisem para acabar com o mesmo e com seu lider.
Aos poucos, O'Neal vai ganhando a confiança dos membros dos Panteras e fazendo uma coisa ou outra. Começa como motorista, opção ficcional para a dramatização, e termina como segurança pessoal do alvo em questão, Fred Hampton, o que segue a linha real da história. Como plano de fundo a toda a situação de vermos mentiras sendo espalhadas para derrubar o partido ou até mesmo prisões orquestradas de Fred para deixa-lo mais fraco, assistimos o nascimento da história dele com a militante e poeta Deborah Johnson, vivida por Dominique Fishback. Uma relação que é simbolo de amizade, companheirismo e força.
Título original e ano: Judas and the Black Messiah, 2021. Direção: Shaka King. Roteiro: Will Berson e Shaka King, com argumentos de Kenneth Lucas e Keith Lucas. Elenco: Daniel Kaluuya, Lakeith Stanfield, Jesse Plemmons, Dominique Fishback, Ashton Sander, Algee Smith, Darrell Brit-Gibson, Lil Rel Rowery, Martin Sheen, Dominique Thorne. Gênero: Biografia, Histórico, Drama. Nacionalidade: EUA. Trilha Sonora Original: Craig Harris e Mark Isham. Fotografia: Sean Bobbitt. Edição: Kristan Sprague. Distribuição: Warner Bros Pictures. Duração: 02h06min.
Avaliação: Quatro punhos cerrados levantados!
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B-
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