Escrito e dirigido por uma das grandes escritoras francesas do século XX: Marguerite Duras, sofisticada e culta romancista que aqui no Brasil ficou conhecida pelo best-seller O Amante, o filme India Song expande os limites da linguagem cinematográfica numa obra vanguardista e sedutora de duas horas de duração.
Realizado em 1975, o filme
surpreende ainda hoje com sua visão do cinema e de como uma estória deve ser
contada. Esse frescor na narrativa é muito bem-vindo, pois educa o olhar do
espectador ao novo e amplia sua compreensão da 7ª arte, visto que atualmente, praticamente temos uma leva gigantesca de blockbusters sendo exibidos nas telas dos cinemas. Mas
para que isso aconteça, é importante que o cinéfilo entre no ritmo do filme e
perca-se na sua dança, a princípio estranha, até mesmo difícil, mas
belíssima ao final.
Anne-Marie Stretter, interpretada
pela atriz icônica Delphine Seyrig, de O Ano Passado em Marienbad e outros
clássicos, é a esposa aborrecida e entediada de um diplomata francês em
Calcutá, que passa o tempo traindo o marido com outros europeus insatisfeitos
na Índia. Eles moram em uma mansão onde vivem dando festas. Rodeada por homens,
Anne-Marie seduz a todos com danças e olhares lânguidos.
Cardápio da semana
Ficha Técnica
Título original e ano: India Song, 1975. Direção e roteiro: Marguerite Duras. Elenco: Delphine Seyrig, Michael Lonsdale, Mathieu Carriére. Gênero: Drama, fantasia e Romance. Nacionalidade: 1975. Fotografia: Bruno Nuytten. Trilha Sonora Original: Carlos d'Alessio. Distribuição: Imovision. Duração: 2rs.
O filme é praticamente uma sucessão de flertes e a fotografia remete a uma série de pinturas vivas, numa encenação artificial da realidade, com muito luxo e glamour. O som é incrível, uma polifonia de vozes dialogando literariamente, com enxertos de vozes dos nativos da Índia e seus cantos, numa fusão que converte o filme numa poesia oral bela e original. Esta junção de cenários belíssimos, diálogos literários e sons captados na Ásia é o que representa a originalidade do filme, que o transforma em obra única e difícil de ser imitada, verdadeiro legado dessa diretora ao cinema mundial.
Na minha opinião, é uma obra-prima indiscutível, pois gosto deste tipo de película vanguardista, ousada e transgressora da linguagem cinematográfica. Se você gosta de uma linguagem mais tradicional, permita-se perder nessa sofisticada narrativa de Marguerite Duras e deslumbre-se com sua beleza! Este filme encantador e poético estreia hoje dia 29/04/2021 na plataforma de streaming Petra Belas Artes.
Nota 9/10.
Serviço:
Planos de assinatura com acesso a todos os filmes do catálogo em 2 dispositivos simultaneamente.
Valor assinatura mensal: R$ 9,90 | Valor assinatura anual: R$ 108,90
Super Lançamentos: Com valores variados, a sessão ‘super lançamentos’ traz os filmes disponíveis no cardápio para aluguel por 72hs.
Para se cadastrar acesse: www.
Ou vá direto para a página de cadastro:
https://www.
Aplicativos disponíveis para Android, Android TV, IPhone, Apple TV e Roku. Baixe Belas Artes À LA CARTE na Google Play ou App Store.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Pode falar. Nós retribuímos os comentários e respondemos qualquer dúvida. :)