Michael Cimino, falecido em 2016, estudou arquitetura e artes dramáticas. Seu último trabalho como diretor, o filme '' Na Trilha do Sol'', foi lançado em 1996 e não obteve tanto sucesso de bilheteria. Sequer pagou o custo da produção. Ainda assim é uma película fenomenal de excelente e joga luz a temas importantes como a importância que damos a coisas ao invés de pessoas, sejam elas parte das nossas famílias ou não.
Filmado quase como um roadmovie, The Sunchaser, nome original da produção, nos apresenta duas vidas que se cruzam para um momento de tensão e reflexão em uma viagem com direção a cura espiritual. Michael Reynolds, papel de um jovem Woody Harrelson, hoje não tão jovem assim, mas como uma carreira consolidada, é um médico oncologista e tem uma vida privilegiada. Anda no seu carro de luxo e vive com a esposa e a filha em uma casa que os dão conforto o suficiente para pensar em comprar outra ainda maior. Do outro lado da história, está o jovem Blue, vivido por Jon Seda da série de sucesso 'Chicago PD'. Blue está encarcerado e extremamente enfermo. Recebeu o diagnóstico de apenas poucos dias de vida em uma dessas vezes que foi levado ao hospital e seguindo seu livro de cabeceira e sua mente atormentada, decide sequestrar o médico e ir atrás do seu próprio remédio, as montanhas próximas a comunidade indígena Navajo.
Na Trilha do Sol está no cardápio de estreias do Belas Artes à La Carte esta semana.
O mais incrível na jornada de Blue é que é ele quem procura cura, mas acaba transformando a vida de Michael. Contudo, eles tem um começo difícil, afinal, não se conhecem, e Blue só consegue levar o médico usando uma arma e o ameaçando.
Aos poucos, ele vai ficando revoltando com tudo aquilo que esta o acontecendo e tenta de todo jeito fugir do rapaz, mas acaba não conseguindo. Viajam então por dias e o espectador consegue ver com clareza o porquê Reynolds sente empatia pelo enfermo. O seu irmão mais velho também sofreu da mesma doença antes de falecer. Logo, um laço de amizade, admiração e revolta começa a nascer entre os dois e é muito bonito de se assistir.
Impactante e maduro, o filme tem cara de anos noventa e não deixa a peteca cair um segundo que seja. Sentimos a adrenalina tanto da fuga de Blue como o medo de Reynolds e Cimino tem em mãos um de seus melhores filmes. Aliás, a produção esteve na competição de Cannes, mas não faturou nada. Ainda assim, a beleza dessa relação que se constrói somada a boa técnica de direção, fotografia e edição entregam ao espectador duas horas de muito crescimento!
Indicadíssimo!
Estreias de Maio
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