sexta-feira, 28 de maio de 2021

Era uma Vez na América | Assista no Belas Artes à La CARTE


Sergio Leone é uma marca registrada. Conhecido por dirigir filmes de Faroeste, seu nome está atrelado diretamente aos símbolos que se tornaram clichês deste gênero cinematográfico, talvez até mesmo para quem nunca assistiu a seus filmes. Contudo, sua última obra foge da fórmula que marcou sua carreira, mesmo que ainda carregue alguns dos elementos que o consagraram.

Era Uma Vez na América é um épico, isso é inquestionável. Quase que onipresente nas listas de melhores filmes de todos os tempos, a epopeia de Leone se destaca por sua grandiosidade e crueza. Inspirado pelo livro “The Hoods”, autobiografia do escritor e ex-gângster Harry Grey, o longa acompanha não-linearmente em 3 décadas distintas a história de um grupo de amigos que encontraram no crime organizado de Nova Iorque um meio de vida, desde os primeiros delitos na juventude até se tornarem temidos mafiosos. Liderados por Noodles e Max (respectivamente Robert De Niro e James Woods, quando adultos), os personagens nos conduzem por uma representação nada idealizada dos Estados Unidos, tendo suas histórias norteadas e impactadas pela violência e pela corrupção.

O filme se inicia e termina no mesmo ponto: com Noodles, já mais velho, relembrando sua trajetória, sob efeito de ópio num teatro chinês. É sob essa perspectiva que conhecemos seu passado. Cronologicamente, a história começa em 1918, num gueto judeu de Manhattan onde a população vive uma realidade decadente e a juventude rouba e se prostitui para se manter. Noodles comete pequenos crimes com seus amigos, Patsy, Cockeye e Dominic. O grupo aumenta quando Max se junta a eles. Ao sofrerem uma emboscada na qual Dominic é assassinado, Noodles é preso por ferir gravemente um policial. Ao ser libertado, em 1930, ele descobre que seus amigos se tornaram traficantes de bebidas durante a Lei Seca. Os crimes cometidos pelo bando vão se agravando proporcionalmente à sua ambição, o que eventualmente passa a ameaçar a amizade que os une.


Ficha Técnica

Título original e ano: Once Upon a Time in America, 1984. Direção: Sergio Leone. Roteiro: Leonardo Benvenuti, Piero De Bernardi, Enrico Medioli, Franco Arcalli, Franco Ferrini, Sergio Leone, Stuart Kamisky, Ernesto Gastaldi. Elenco: Robert De Niro, James Woods, Elizabeth McGovern, Treat Williams, Tuesdayeld, Burt Young, Joe Pesci, Danny Aiello, William Forsythe, James Hayden. Gênero: Crime, Drama. Nacionalidade: Italia, EUA. Trilha Sonora Original: Ennio Morricone. Fotografia: Tonino Delli Colli. Edição: Nino Baragli. Figurino: Gabriela Pescucci. Direção de Arte: Carlo Simi e  James T. Singelis. Duração: 03h49min.

“Certas doenças, é melhor se ter quando ainda se é jovem”, diz Max sobre a maturidade dos Estados Unidos no período histórico em que vivem, com criminalidade, drogas e prostituição. Esta é a visão que Leone nos dá da dita “maior nação do planeta”, uma realidade fora de controle que não oferece a seu povo nada daquilo que promete. É bastante poético (e até irônico) que um dos filmes mais honestos e proeminentes sobre a construção da sociedade estadunidense moderna seja obra de um cineasta de outro país. Nada como o olhar de um estrangeiro para desconstruir a falácia do chamado “sonho americano”.

Leone acerta ao não tentar glamourizar ou romantizar o estilo de vida mafioso, como outros filmes famosos sobre gangsters. Neste sentido, Era Uma Vez na América se assemelha mais a Scarface: A Vergonha de Uma Nação do que a O Poderoso Chefão. Leone não parece querer que o público se identifique com seus personagens, dando a eles tons sombrios e ameaçadores dignos de vilões. Há no longa, por exemplo, duas cenas de estupro: ambas cometidas justamente pelo protagonista, mostrando como ele pode ser desprezível. Entretanto, infelizmente, esta mesma violência sexual acaba sendo banalizada pelo filme devido à forma misógina como as personagens femininas são escritas. Neste sentido, Era Uma Vez na América é realmente um subproduto de seu tempo.

Tanto por suas ótimas atuações quanto por sua excelência técnica, o derradeiro filme de Sergio Leone é o ápice de uma grande carreira, demonstrando o talento e a versatilidade do cineasta e enriquecendo ainda mais seu legado.

Cardápio Semanal
Serviço:

Planos de assinatura com acesso a todos os filmes do catálogo em 2 dispositivos simultaneamente.

Valor assinatura mensal: R$ 9,90 | Valor assinatura anual: R$ 108,90

Super Lançamentos: Com valores variados, a sessão ‘super lançamentos’ traz os filmes disponíveis no cardápio para aluguel por 72hs.

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quinta-feira, 27 de maio de 2021

Aqueles Que Me Desejam a Morte

 

Um adolescente vê seu pai ser assassinado e tem de fugir para se proteger, neste meio tempo, é encontrado por uma bombeira que está de vigia na floresta e juntos os dois tem de seguir juntos até a cidade mais próxima para que o menino conte as autoridades o que houve, porém, um grande incêndio se inicia e homens perigosos estão a busca do garoto. Esta é a trama de ''Aqueles que me Desejam a Morte'', filme estrelado por Angelina Jolie e grande elenco que chega hoje aos cinemas brasileiros. A produção é baseada no livro de Michael Koryta, ''Those Who Wish Me Dead''. Koryta é um dos co-autores do roteiro em parceria com Charles Levavitt e o diretor do longa, Taylor Sheridan

Trecho do Filme

Ficha Técnica

Título original e ano: Those Who Wish Me Dead, 2021. Direção: Taylor Sheridan. Roteiro: Taylor Sheridan, Michael Koryta, Charles Levavitt - baseado no livro de Michael Koryta. Elenco: Angelina Jolie, Nicholas Hoult, Finn Little, Jon Bernthal, Aidan Gillen, Jake Webber, Tyler Perry, Medina Senghore. Gênero: Suspense, Ação, Drama. Nacionalidade: Canada, EUA. Trilha Sonora Original: Brian Tyler. Fotografia: Ben Richardson. Edição: Chad Galster. Figurino: Kari Perkins. Distribuição: Warner Bros Picures. Duração: 01h50min. 

Apesar da história se iniciar com foco na fuga do menino Connor (Finn Little) e seu pai, a jornada da bombeira Hannah e seus traumas vividos no ofício ganham bastante espaço. A mulher acabou presa em um grande incêndio na floresta e todo o seu batalhão e os que estavam ali correram um enorme risco de morte quando o tempo se alterou naquele dia. Alguns não sobreviveram e ela se sente muito culpada por tal acidente. Logo, leva a vida com muita adrenalina e enfrentando seus medos, mas um deles ainda não foi superado. 

Hannah está certo dia de vigia na torre da floresta e desce para olhar o local quando se depara com Connor correndo atordoado. O adolescente viu seu pai ser morto há poucos instantes e necessita de ajuda para revelar o porquê. Eles estavam assistindo ao jornal quando o homem soube da morte de um colega de trabalho de forma altamente suspeita e ,portanto, percebe que o mesmo pode o acontecer, em vista que dois assassinos (Nicholas Hoult e Aidan Gillen) parecem estar a solta eliminando provas.

Na cidade de Hannah, o Cherife Ethan (Jon Bernthal) fica de olho em tudo que acontece, inclusive na moça que tem feito inúmeras besteiras. Ethan será pai em breve e tem uma relação tranquila com a esposa Allison (Medina Senghore). Eles vivem a minutos da floresta que Hannah está com o garoto e acabam correndo se envolvendo na situação de fuga do pequeno Connor, ademais, o grupo fica preso ali devido ao incêndio. 

O filme é bastante envolvente e se desenvolve medianamente bem. O expectador fica a par de quase tudo que está acontecendo, desde a perseguição aos assassinatos e é somente os personagens que aos poucos vão descobrindo o que está havendo.

Michael Koryta lançou a versão literária da história em 2014 e teve grande sucesso. A trama envolve muita ação e drama e coloca uma personagem feminina a frente da história tendo que ajudar uma criança que acaba de ficar órfã. Jolie era realmente ideal para o personagem, pois está sempre envolvida em história em que tem de viver mulheres fortes superando seus traumas. A sua volta, um elenco conhecido e que tem aparecido bastante na telona. Bernthal vez ou outra encara personagens com cara de herói e aqui é uma dessas vezes. Hoult tem escolhido viver histórias de amor, mas também esteve em filmes de ação como o poderoso MAD MAX: Estrada da Fúria (2015)m já Aidan Gillen raramente é escalado para ser o mocinho, famoso por seu traiçoeiro 'Mindinho', da série de Game of Thrones, aqui vive um assassino, de certa forma, consciente, mas extremamente letal.  

Aqueles que me Desejam a Morte é o terceiro trabalho de Taylor Sheridan como diretor. Anteriormente ele conduziu ''Terra Selvagens'' e também tem créditos como ator, roteirista e produtor. Seu manejo de drama e ação aqui é bem dosado e sabe bem como deixar seu elenco confortável nos papeis que lhe foram dados. 

Henri V | Assista no Belas Artes À La Carte

Henri V se desenvolve a partir de uma peça de teatro que seria apresentada. Ao abrir da tela, vemos um plano geral dos arredores da cidade, à margem do Rio Tâmisa e a câmera vai nos levando até o Globe Theatre, no ano de 1600. Adentramos ao teatro em estilo elisabetano e nos deparamos com os atores, os bastidores da peça e o público que interage animadamente. É uma sacada genial e criativa do cineasta e protagonista Laurence Olivier.

A partir daí a trama se desenrola. A história não segue integralmente os textos da peça original, mas apenas se inspira na mesma. Alguns trechos foram omitidos. A linguagem também foi levemente adaptada. Quem já teve a oportunidade de ler Shakespeare concorda que o texto tem uma linguagem de difícil compreensão, mas o filme mantém uma vocabulário rebuscado e formal, o que dá um charme extra à produção.

O longa foi produzido durante a Segunda Grande Guerra, com todos os entraves que isto representa. Cenas foram interrompidas por causa de um grupo de caças britânicos que atacava bombardeiros alemães a caminho de Londres e, só quando a verdadeira batalha parou, as cenas de guerra na película conseguiram ser concluídas. 


A produção grandiosa foi usada para elevar a moral do povo inglês e serviu como propaganda em tempos sombrios. O Rei vencedor nas telas deveria simbolizar a grandeza de uma nação. O que temos então é um incrível "blockbuster" para a época. Figurinos requintados com trajes de época rico em detalhes,  daqueles de encher os olhos, aliás. A trilha sonora clássica de William Walton é sublime com timbres e acordes marcantes. O elenco é também impressionante e há milhares de figurantes, pois na época o CGI ainda não uma opção técnica. Logo, percebe-se as dificuldades que isso acarreta e estamos falando de um filme realizado em 1944, porém, não esqueçamos que as cores technicolor agregam muito valor aqui.

É possível que o filme encante, particularmente, por conta dos detalhes das armaduras e todo cenário dos acampamentos. Henrique V é/foi uma figura importante e o embate que se deu no Dia de São Crispin, em outubro de 1415, é um marco histórico. O Rei derrotou Carlos VI, da França, em Agincourt, mesmo estando em desvantagem. Como resultado do tratado de guerra, Henrique corteja a Princesa Katherine, que já se esforçava para aprender inglês, e assim formalizar a paz entre os reinos. 

As cenas das batalhas são maravilhosas e a grandeza da produção é impactante. Os discursos do Rei são eloquentes e motivadores.

Um clássico encantador que merece ser assistido!

Cardápio do Mês

Ficha Técnica

Titulo original e ano: Henry V, 1944. Direção: Laurence Olivier. Roteiro: Laurence Olivier, Dallas Bower, Alan Dent - adaptação de peça de William Shakespeare. Elenco: Leslie Banks, Felix Aylmer, Robert Helpmann, Vernon Greeves, Gerald Case, Griffith Jones, Morland Graham, Michael Warre, Nicholas Hannen. Gênero: Biografia, História, Guerra, Drama. Nacionalidade: Reino Unido. Trilha Sonora Original: William Walton. Fotografia: Robert Krasker e Jack Hildyard. Edição: Reginald Beck. Direção de Arte: Paul Sheriff. Figurino: Roger K. Furse. Duração: 02h17min.
 
Serviço:

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terça-feira, 25 de maio de 2021

O Último Jogo, de Roberto Studart

 

Se Futebol é arte, quando este toma as telas do cinema de forma tão consistente, não tem mesmo o que se discutir. Na comédia ''O Último Jogo'', de Roberto Studart, o espectador tem a chance de conhecer o amor do vilarejo de Belezura por seu time local e a rivalidade deste com o povoado argentino localizado a poucos quilômetros dali. A pequena cidadezinha recebe a visita de dois forasteiros logo após perder o jogo para os boludos portenhos. O moço chamado Expedito exibe boa forma e já chega se dizendo bom de bola, o que de cara conquista o técnico do time. 

Ao passo que um dos melhores jogadores da cidade está debilitado em uma cama de hospital, a chance que eles tem de ganhar o próximo jogo é que o rapaz fique na cidade com sua ruiva esquentada, mesmo que para isso tenham que inventar mentiras e criar toda uma lenda sobre ele. O lugar que também depende da renda da indústria moveleira dali, sofre com o anúncio de que esta pode fechar a qualquer momento e assim os habitantes voltam suas vidas para tentar ganhar a partida meio a confusões amorosas e trocas de casais. 

Trailer

Ficha Técnica

Título original e ano: O Último Jogo, 2018. DireçãoRoberto Studart. Roteiro: Roberto Studart  e Ecila Pedroso. Elenco: Pedro Lamin, Bruno Belarmino, Betty Barco, Norberto Presta  e Juliana Schalch. Gênero: Comédia. Nacionalidade: BrasilMúsica: Julian Carando. Montagem: Ximena Franco Lizarazo. Fotografia: Michel Gomes. Distribuição: Pandora Filmes. Produtora: Truque Produtora. Duração100 min. Classificação12 anos. 

A comédia entretém e diverte bastante e pode ser um ótimo momento de leveza para o público brasileiro. Estreia de Studart na ficção, pois tem no currículos alguns documentários, a produção tem uma ótima ambientação e um colorido que faz os cinéfilos vibrarem desta lindeza ter sido realizada por produtores brasileiros.

O elenco é extremamente competente e engraçado e as situações inusitadas que os atores tem de viver convencem até mesmo quando estas são fantasiosas ao extremo. Há um gostoso sotaque portenho misturado ao brasileiro nas vozes de alguns dos personagens e os causos amorosos para salvar o futebol nosso de cada dia revela a essência tupiniquim com muita graciosidade. 


Mais que uma boa história, o longa tem colhões enormes e encanta pelo conjunto da obra. Fala de tesão no jogo e na vida e de como a paixão move as pessoas a causas inimagináveis. Se ouvimos um bom dedilhado de um violão, também há tempo para um tango ou ainda instrumentais animadinhos ao fundo das inúmeras conversas de atletas beberrões e estrelinhas.

Em suma, o filme é imperdível e vai lhe fazer lembrar dos bons tempos do futebol com os amigos. 

O ÚLTIMO JOGO, de Roberto Studart, estreou no última dia 20 em salas de cinemas abertas. Em 10 de junho, a produção chega às plataformans Now, VivoPlay, Sky, Looke e no dia seguinte ao Belas Artes À La Carte.

Atlantis | Assista na Reserva Imovision


Ucrânia Oriental, 2025. Um ano após o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia. E esta última levou 10 anos para se livrar dos soviéticos, um período que pouco a pouco foi destruindo qualquer vestígio de civilização ou natureza. Não importa quem venceu, todos perderam.

Algumas cenas são realizadas como se o espectador estivesse assistindo os combatentes em modo de ''visão noturna'' por infravermelho, o que passa mais realismo e sensação de destruição. Assim, acompanhamos o dia a dia de dois ex-soldados, que encaram o stress pós-traumático causado pelo conflito. Ambos trabalham em uma das poucas fábricas que restaram. Com a destruição reinante, a fundição é a única opção de ocupação, em um ambiente inóspito e insalubre. Os dois moram em uma espécie de bunker e mantém a rígida rotina de treinos com as armas, caso ocorram novos ataques.


Um dos homens não aguenta a pressão e os traumas da guerra e tira a própria vida de maneira trágica e impressionante. Logo após, vem a notícia de que a fábrica irá implantar novas tecnologias para se tornar mais competitiva no futuro e a fundição irá fechar as portas. Sem opção, Serhiy (Andriy Rymaruk) se oferece como voluntário e aceita conduzir um caminhão pipa que leva água, líquido valioso, às outras localidades. Todo território tornou-se árido e impróprio para viver. É um cenário apocalíptico e as cenas são extremamente reais e bem construídas. Os rios estão contaminados, há minas espalhadas por toda parte e se locomover de um lugar a outro, pelas estradas precárias e desertas, é colocar a própria vida em risco. Há equipes desativando minas e barreiras nestas rodovias. 

Em uma dessas viagens, Serhiy conhece um casal ativista que trabalha na localização fazendo a exumação e reconhecimento de corpos de militares. Há imagens de valas com dezenas de cadáveres. As autópsias são narradas com detalhes pavorosos.

Trailer

Ficha Técnica

Título original e ano: Atlantis, 2019. Direção e RoteiroValentyn Vasyanovich. Elenco: Andriy Rymaruk, Liudmyla Bileka, Vasyl Antoniak, Lily Hyde, Philip Paul Peter Hudson, Igor Tytarchuk, Sergiy Komishon. Gênero: Drama, Scifi, Guerra. Nacionalidade: Ucrânia. Fotografia: Valentyn Vasyanovich. Edição: Valentyn Vasyanovich. Departamento de som: Oleksandr Verhovynets. Duração: 01h48min.

O único momento de um encontro amoroso acontece dentro do caminhão, o que é bem deprimente. Todo cenário pós-guerra é mostrado de forma fria e dura em planos distantes em cenas de longa duração. É, claramente, a narrativa de uma distopia que, além das perdas humanas, do desemprego e da destruição psíquica, resultou em um desastre ambiental sem precedentes. E que por ser tão real, se dá em futuro bem próximo.

Atlantis está disponível na plataforma da RESERVA IMOVISION (link aqui).

sexta-feira, 21 de maio de 2021

Faça um Desejo!

Baseado no livro de Jacqueline Wilson, ''Four Children and It'' (algo como Quatro Crianças e A Coisa, em tradução literal), o filme Faça um Desejo!, de Andy De Emmony, chega as plataformas digitais para o deleite das famílias que querem uma aventura divertida para deixar todos atentos. A trama gira em torno de quatro crianças: Smash, Maudie, Ros e Robbie. Elas acabaram de se conhecer, pois a mãe de Smash e Maudie e o pai de Ros e Robbie estão namorando e apresentam os quatros durante uma viagem forçada no feriado. As crianças mais velhas são rebeldes e de cara já começam a brigar, mas quando estão correndo pela praia do lugar que estão hospedados encontram uma criatura mágica e o monstrinho resolve conceder pedidos inusitados à eles.

A história é uma versão moderna para o livro de Edith Nesbit ''Cinco Crianças e um Segredo'' que também tem adaptação para as telas. Na produção que já pode ser assistida no NOW, Google Play, Vivo Play e outros, o ator e Sir Michael Cane dubla a criaturinha na versão em inglês. Ainda no elenco, Russell Brand e Matthew Goode


As crianças que dão vida as protagonistas convencem bem em seus papéis. Ashley Aufderheide é Smash. Uma menina rebelde e que sabe o quer quer. Sua irmã pequena é vivida pela fofa Ellie-Mae Siame. A mãe das garotas, Alice, é interpretada por Paula Patton. A mulher acaba conhecendo David (Goode) de uma forma acidental. O homem foi abandonado pela esposa e tem desde então cuidado dos dois filhos Ros (Teddie-Rose Malleson-Allen) e Robbie (Billy Jenkins). Ros ama ler e está sempre com um livro a mão. Seu irmão, Robbie, por outro lado, é muito ligado no celular e a todo momento está com o olho na tela do aparelho. O momento em que todos eles se juntam se torna um pouco confuso para as crianças, mas vai aos poucos trazendo conexão. Muito porquê Alice e David deixam eles bem livres e vão investir um no outro. 

Enquanto isso, o dono de uma mansão aos arredores, o maluco Tristan Trent (Brand), está em busca de algo e começa a seguir os passos das crianças. Logo, o espectador entende que a criaturinha que elas encontraram na praia corre risco, mas mal sabe disso, pois está por lá atendendo a todos os pedidos do quarteto. Desde voar, a ser uma rockstar ou até a escalar montanhas. 

O filme é uma diversão só! Pois a junção familiar é algo que o brasileiro está bem acostumado e pode se identificar facilmente. Além disso, temos tempo para ver um pouquinho de Londres e ainda a belíssima Irlanda. Como uma das família é norte-americana, rolam algumas piadas sobre qual inglês é mais inteligível - característica muito clara do humor britânico. Há fantasia, volta no tempo, um romance bem de leve e sim muita aventura.

Trailer


Ficha Técnica

Título original e ano: Four Kids and It, 2020. Direção: Andy De Emmony. Roteiro: Simon Lewis e Mark Oswin - baseado no livro ''Four Kids and It'' de  Jacqueline Wilson. Elenco: Russel Brand, Matthew Goode, Teddie-Rose Malleson-Allen, Ashley Aufderheide, Paula Patton, Billy Jenkins, Pippa Haywood, Ellie-Mae Siame, Michael Cane, Cheryl, Caroline Sheen. Gênero: Fantasia, família, aventura. Nacionalidade: Reino Unido. Trilha Sonora original: Anne Nikitin. Fotografia: John Pardue. Edição: Alex Mackie. Figurino: Tiziana Corvisieri. Distribuição: Synapse Distribution. Duração: 01h50min.

Indicadíssimo para suavizar os dias familiares e ter aquele momento com os entes queridos. As crianças, com certeza vão gostar, mas os adultos não ficam atrás! Então #fikdik!

Disponível para compra e aluguel em todas as plataformas digitais (Claro Now, Vivo Play, Sky Play, iTunes / Apple TV, Google Play e YouTube Filmes) a partir de 21 de maio.

quinta-feira, 20 de maio de 2021

Na Trilha do Sol | Assista no Belas Artes À LA CARTE

Michael Cimino, falecido em 2016, estudou arquitetura e artes dramáticas. Seu último trabalho como diretor, o filme '' Na Trilha do Sol'', foi lançado em 1996 e não obteve tanto sucesso de bilheteria.  Sequer pagou o custo da produção. Ainda assim é uma película fenomenal de excelente e joga luz a temas importantes como a importância que damos a coisas ao invés de pessoas, sejam elas parte das nossas famílias ou não.

Filmado quase como um roadmovie, The Sunchaser, nome original da produção, nos apresenta duas vidas que se cruzam para um momento de tensão e reflexão em uma viagem com direção a cura espiritual. Michael Reynolds, papel de um jovem Woody Harrelson, hoje não tão jovem assim, mas como uma carreira consolidada, é um médico oncologista e tem uma vida privilegiada. Anda no seu carro de luxo e vive com a esposa e a filha em uma casa que os dão conforto o suficiente para pensar em comprar outra ainda maior. Do outro lado da história, está o jovem Blue, vivido por Jon Seda da série de sucesso 'Chicago PD'. Blue está encarcerado e extremamente enfermo. Recebeu o diagnóstico de apenas poucos dias de vida em uma dessas vezes que foi levado ao hospital e seguindo seu livro de cabeceira e sua mente atormentada, decide sequestrar o médico e ir atrás do seu próprio remédio, as montanhas próximas a comunidade indígena Navajo.

Na Trilha do Sol está no cardápio de estreias do Belas Artes à La Carte esta semana.

O mais incrível na jornada de Blue é que é ele quem procura cura, mas acaba transformando a vida de Michael. Contudo, eles tem um começo difícil, afinal, não se conhecem, e Blue só consegue levar o médico usando uma arma e o ameaçando. 

Aos poucos, ele vai ficando revoltando com tudo aquilo que esta o acontecendo e tenta de todo jeito fugir do rapaz, mas acaba não conseguindo. Viajam então por dias e o espectador consegue ver com clareza o porquê Reynolds sente empatia pelo enfermo. O seu irmão mais velho também sofreu da mesma doença antes de falecer. Logo, um laço de amizade, admiração e revolta começa a nascer entre os dois e é muito bonito de se assistir.

Impactante e maduro, o filme tem cara de anos noventa e não deixa a peteca cair um segundo que seja. Sentimos a adrenalina tanto da fuga de Blue como o medo de Reynolds e Cimino tem em mãos um de seus melhores filmes. Aliás, a produção esteve na competição de Cannes, mas não faturou nada. Ainda assim, a beleza dessa relação que se constrói somada a boa técnica de direção, fotografia e edição entregam ao espectador duas horas de muito crescimento!

Indicadíssimo!

Estreias de Maio

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O Que Será? | Assista no Belas Artes À LA CARTE


A vida do cineasta Bruno Salvati (Kim Rossi Stuart) está saindo dos trilhos. Justamente quando sua carreira passa por uma péssima fase e seu casamento parece estar indo ladeira abaixo, ele é diagnosticado com câncer. A busca por um doador de medula compatível para salvá-lo traz à tona antigos segredos familiares e sentimentos nada bem-vindos. Drama, certo? Bom, não necessariamente.

O Que Será?’, filme do diretor Francesco Bruni, possui todos os elementos de dramas que lidam com a temática de doenças terminais (um subgênero cinematográfico inexplicavelmente popular), mas consegue sutilmente subverter as expectativas ao investir em personagens cativantes e uma história acolhedora.

O protagonista, Bruno, é um quarentão inseguro guiado por sentimentos não exatamente maduros, mas profundamente humanos. Através dele, acompanhamos uma tragicômica jornada de desconstrução do ideal de masculinidade do homem moderno. Bruno cresceu assombrado pelo medo de ser considerável “sensível” demais para os padrões da sociedade e criou sua persona adulta baseada em ser um “homem de verdade”, autoafirmando sua virilidade sempre que necessário. Sim, este heterossexual sofre de um grave quadro de masculinidade frágil. E o acaso não parece estar disposto a colaborar: Bruno tem seu posto como provedor da família ameaçado quando o lançamento de seu novo filme é cancelado, e a possibilidade de sua esposa deixá-lo por outra mulher é o estopim para nosso improvável herói entrar em parafuso. Então, surge o câncer e Bruno percebe da pior forma possível que há desafios muito maiores do que lidar com um ego ferido.


Ficha Técnica
Título original e ano: Cosa Sarà, 2020. Direção e Roteiro: Francesco Brunni.  ElencoKim Rossi Stuart, Lorenza Indovina, Barbara Ronchi, Giuseppe Pambieri, Raffaella Lebboroni, Nicola Nocella, Fotinì Peluso, Tancredi Galli, Elettra Mallaby, Stefano Rossi Giordani, Ninni Bruschetta. Gênero: Drama. Nacionalidade: Itália. Trilha Sonora Original: Ratchev & Carratello. Fotografia: Carlo Rinaldi. Edição: Luca Carrera e Alessandro Heffler. Duração: 01h41min.
O drama de ‘O Que Será?’ nunca é gratuito ou apelativo. As desventuras do protagonista são diluídas com situações divertidas e bem construídas, condizentes com a história. Mesmo com dolorosas cenas que ilustram a impotência de Bruno durante seu tratamento contra o câncer, o longa costura a dificuldade vivida pelo personagem com episódios que aprofundam a relação do público com ele, a fim de dar-lhe camadas e texturas que causam identificação. O processo de reconciliação do homem, tanto consigo quanto com sua família, é compartilhado com quem se permite abraçar a delicadeza dessa história, tão simples e ao mesmo tempo, tão potente e despretensiosa.

O elenco parece feito sob medida para este filme, dando o tom dramático e irônico necessário para as personas às quais dá vida. Kim Rossi Stuart é perfeito como Bruno Salvati, conferindo ao personagem nuances que vão do sagaz ao risível na mesma cena. Vale destacar, também, a jovem guarda do elenco: Fotinì Peluso e Tancredi Galli, respectivamente Adele e Tito, filhos de Bruno. Ela, excêntrica e madura; ele, sensível e inseguro. Ambos carregam as facetas do pai sem perceberem. Adele lida sozinha com seus sentimentos para parecer forte para a família, enquanto Tito é a personificação da vulnerabilidade masculina que Bruno tanto teme e considera como fraqueza.

‘O Que Será?’ não se propõe a apresentar conflitos familiares complexos ou reviravoltas melodramáticas dignas de Hollywood. E tudo bem. Quem precisa de exageros narrativos e tramas mirabolantes quando se tem uma história com tanto coração?

Disponível na plataforma Belas Artes A LA CARTE, a partir desta quinta-feira (20).

Cardápio Semanal


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Noite e Neblina | Assista no Belas Artes À LA CARTE


 
O documentário Noite e Neblina é um verdadeiro tesouro do cinema mundial. Jóia de apenas 36 minutos, surgida dos arquivos fotográficos da segunda guerra mundial (1939-1945) terminada há uma década, em 1956, ano de lançamento do filme, desvenda e relembra a tragédia do Holocausto e dos campos de concentração nazistas. Não sem razão, este filme está em várias listas de melhores documentários de todos os tempos.

O diretor, Alain Resnais, é um dos gênios da nouvelle vague francesa e põe todas suas obsessões nesta obra-prima: o esquecimento, a memória, o sofrimento, a poesia. Com uma narração em off constante, em paralelo com uma linda música clássica, imagens retiradas dos arquivos da guerra mostram todo o terror e sofrimento dos campos de concentração e dos seus prisioneiros. As poucas cenas coloridas passeiam em volta dos campos de concentração abandonados na década de 50, anos após a guerra, mostrando as ruínas das construções e o cenário rural bucólico em volta.

Ficha Técnica
Titulo original e ano: Nuit et Brouillard, 1956. Direção: Alain Resnais. Comentários: Jean Cayrol. Narração: Michel Bouquet. Nacionalidade: França. Gênero: Documentário, Curta, Histórico. Trilha Sonora Original: Hanns Eisler. Fotografia: Gislain Cloquet e SashaVierny. Edição: Alain Resnais. Duração: 36min.
É impressionante saber que a voz em off declama um texto do poeta francês Jean Cayrol, um dos sobreviventes desta tragédia. E que texto! Uma visão humana e compassiva de quem sofreu todos aqueles horrores e conta a história desde o início, com a construção dos campos, passando pela macabra Solução Final, até chegar na liberação dos prisioneiros, com a derrota dos alemães. Nesse ínterim, milhões foram torturados e mortos nessas instalações de terror, barbárie suprema da história do século XX.
A classificação é de 18 anos por causa do impacto das imagens mostradas. As fotos dos cadáveres, dos doentes, dos prisioneiros em condições subumanas, sensibilizam a qualquer espectador. Quanto horror mostrado em cada rosto daqueles, eternizado pela fotografia em suplícios indescritíveis! Mas a narração precisou ser feita, a memória dos mortos e torturados foi resgatada do esquecimento, o documentário foi realizado.  A discussão dos fatos e o registro dos horrores são necessários para que os eventos não se repitam.

Disponível na plataforma Belas Artes A LA CARTE, a partir de 20 de maio, este filme é um soco no estômago, mas imprescindível para conhecermos a dimensão do Holocausto e da Solução Final, mais de 70 anos após os acontecimentos.
Nota: 9/10. 
Estréia de Maio

Serviço:

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