Alice e Peter: Onde Nascem os Sonhos

 
E quando o mundo da fantasia tem a chance de misturar alguns de seus personagens mais amados em uma história repaginada e cheia de diversidade? Isto é o que acontece na aventura ''Alice e Peter: Onde Nascem os Sonhos'', com a dupla de atores David Oyelowo e Angelina Jolie. A produção estréia esta quinta-feira (03) nos cinemas brasileiros e promete encantar a garotada, ou ao menos revisitar um mundo que à elas não é muito desconhecido. 

A produção apresenta ao público o trio de irmãos Peter (Jordan A. Nash), Alice (Keira Chansa) e David (Reece Yates), resulado da união entre o artesão Jack (Oyelowo) e a bela Rose (Jolie). Os garotos e a pequena menina vivem correndo pelos bosques e inventando mil e uma brincadeiras. Nelas piratas e fadas juntam-se à eles deixando tudo mais divertido. Tia Elleanor (Anna Chancelor), visita constante do clã, não perde a chance de criticar o casamento de Jack e Rose. Aliás, sem filhos e rica, a mulher promete a esposa de Jack que tem uma oportunidade para um de seus filhos em uma boa escola e, caso aceite, em alguns dias ele terá de deixar a casa e ir para um internato. A notícia deixa a família abalada, mas todos acabam se acostumando com a idéia para o bem do jovemzinho. É por azar que uma tragédia então assola a família e planos tem de ser refeitos.

O filme tem direção da mesma realizadora e roteirista de Valente (2012), Brenda Chapman.

Trailer


Ficha Técnica
Título original e ano: Come Away, 2020. Direção: Brenda Chapman. Roteiro: Marissa Kate Goodhill - com personagem criados por Lewis Carroll (Alice no País das Maravilhas) e J. M. Barrie (Peter Pan). Elenco: Angelina Jolie, David Oyelowo, Gugu Mbatha-Raw, Carter Thomas, Ava Fillery, Jonathan Garcia, Keira Chansa,  Jordan A. Nash, Michael Caine, Clarke Peters,  David Gyasi,  Dereki Jacobi. Gênero: Drama, Aventura, Fantasia. Nacionalidade: Reino Unido. Trilha Sonora Original:  John Debney. Fotografia: Jules O'Loughlin. Edição: Dody Dorn. Figurino: Louise Stjernsward. Direção de arte: Andrew Munro,  Fabrice Spelta e  Christopher Tandon. Distribuição: Imagem Filmes. Duração: 01h34min. 
A história é contada em tempo real, ao mesmo passo que tem uma narração vinda do futuro. Ali assistimos uma moça contar a três crianças o que aconteceu em um passado que parece ser o de alguém muito familiar.

Conhecemos assim Alice, uma menina inteligente e espevitada e seus irmãos, Peter e David. Peter sempre muito criativo adora viver aventuras com o irmão David, mas se sente mal por não ir bem na escola. O pai tenta ser compreensivo com o pequeno, mas está envolvido em problemas adultos que deixa a esposa Rose bastante preocupada. 

Afetuosa com os filhos, Rose dá a Alice um pequeno sininho e diz a criança que na verdade o objeto é uma fadinha encantada e que faz bem conversar com ela. Aos garotos, dá o colo que pode, mas quando um deles sofre um acidente, fica desolada e sem rumo. Assim, não demora que Alice e um dos irmãos comece a imaginar um mundo cheio de fadas, crocodilos, relógios que aterrorizam com o passar do tempo e chapeleiros malucos. Aliás, mais do que imaginar, eles conseguem achar a entrada para um universo riquíssimo e ali até conhecem familiares de seu pai. Logo momentos de tensão os fazem correr contra o tempo para lutar contra tudo aquilo que quer destruir a infância deles.

A produção entrega muita diversidade. O casal principal é formado por uma mulher branca e um homem negro e este tem uma linda família. A relação inter-racial aqui não é exatamente um problema, mas a questão financeira do pai das crianças está sempre em cheque. Com o desenvolvimento da história, vão surgindo também traumas a serem superados e inúmeras conversas sobre o tempo, a infância, a imaginação e também o que um mundo de aventuras pode trazer. 

O roteiro relembra personagens clássicos, criados por Lewis Carroll e J.M. Barrie, em uma nova ambientação e os dá uma repaginada inclusiva. Não necessariamente temos um filme profundo e com significados ocultos, mas conseguimos captar mensagens de amor, união e homenagem a infância. 


Temos um elenco adulto muito pontual, desde Jolie (apesar do sotaque inglês forçado), Oyelowo e Chancelor a ainda Michael Caine. As crianças convencem como pequenos mentirosos e desenvolvem jornadas completas. Por ser uma produção de época, temos um figurino decente e um design de produção na mesma medida.

Na dúvida sobre o que escolher para embalar uma tarde divertida em familia, #FikDik: as aventuras de Alice e Peter pode fazer as crianças se entreterem e até pensarem um pouco na magia de seu tempo de criança. 

SOMENTE NOS CINEMAS


Escrito por Bárbara Kruczyński

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