Aquele que souber o que realmente quer da vida aos 20 e poucos anos, que atire a primeira pedra. Pois é uma fase de incertezas e muita indecisão, mas para o jovem Scott Carlin (Pete Davidson) este período está um pouco mais complicado. Aos 24 anos, ele ainda mora com a mãe Margie (Marisa Tomei), vê sua irmã mais nova Claire (Maude Apatow) se formar no ensino médio e partir para a vida de adulta e independente na Universidade, enquanto ele optou por ser um verdadeiro babaca que atormenta a vida de todos.
Scott abandonou os estudos e joga fora sua vida com drogas e companhias duvidosas. O rapaz não superou o trauma da perda do pai, um bombeiro que morreu em um trágico acidente. O fato abalou totalmente as estruturas familiares e o deixou sem objetivos de vida. Seu relacionamento amoroso com Kelsey (Bel Poley) é superficial e descompromissado. Ele deseja, sem muito afinco, montar um restaurante onde os clientes também façam tatuagens, uma ideia um tanto absurda. Scott tem talento como desenhista, mas suas tattoos deixam muito a desejar.
Trailer
Título original e ano: The King of State Island, 2020. Direção: Judd Apatow. Roteiro: Pete Davidson,Judd Apatow e Dave Sirus. Elenco: Marisa Tomei, Pete Davidson, Bel Powley, Lou Wilson, Moises Arias, Carly Aquilino, Maude Apatow, Angus Costello, Pauline Chalamet. Nacionalidade: Japão, EUA. Gênero: Drama, Dramédia. Trilha Sonora Original: Michael Andrews. Fotografia: Robert Elswit. Edição: JayCassidy, William Kerr, Brian Scott Olds. Distribuição: Universal Pictures. Duração: 2h16min.
A situação ganha um clima de competição, quando sua mãe, após 17 anos sozinha, encontra um novo amor. Por coincidência o novo namorado, Ray (Bill Burr), também é bombeiro e tem dois filhos pequenos, que farão diferença na vida de Scott. O clima pesa e Scott é expulso de casa. Ele precisa resignificar sua vida e encontrar equilíbrio e algum propósito. A família vive em Staten Island, um burgo de New York, conhecido como "borough esquecido", onde todos se conhecem por serem trabalhadores de classe média. Scott é acolhido na Central dos Bombeiros e ali passa a ter uma outra visão de família, solidariedade e valores, e passa a ver a figura paterna com um olhar mais realista. As cenas mais comoventes e emocionantes acontecem aqui, aliás.
O início do filme, por ter um estilo de comédia besteirol, pode não conquistar de cara. O espectador, inclusive, pode não sentir empatia por aquele jovem perdido. Entretanto, a narrativa escrita por Pete Davidson Dave Sirus e o próprio Judd Apatow (que assina a direção aqui) logo que ao envereda por caminhos mais emotivos e assume o estilo de dramédia, tem tudo para te ganhar. Pinceladas de humor em um assunto deveras sério e pesado - a difícil arte de crescer!
O elenco está bem seguro e consistente, e o fato de Davidson ter perdido o pai no World Trade Center e sofrer de depressão dá mais peso a obra. Sua dor foi transformada em um filme que merece ser visto. Hilário na medida certa, comovente e com uma mensagem de superação e esperança.
A produção está disponível no Streaming do NOSSO PARCEIRO, TELECINE (clique aqui).
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