Este texto pode conter spoilers
Querido Evan Hansen é um musical que explora temáticas como depressão, ansiedade e a dor do luto. Este longa trabalha abertamente sobre os problemas que todos escondemos, ele nos instiga a nos colocar no lugar do próximo, com um protagonista que claramente sofre com déficit social sendo obrigado a recorrer a terapias e a remédios controlados... e ao mesmo tempo que luta contra seu problema é fortemente ignorado não só pela sociedade, mas de certa forma também pela sua família que possui dificuldade em se conectar ou entender o mesmo.
É claro que o longa não aborda isso apenas no Evan (interpretado por Ben Platt), mas também seu “colega” Connor Murphy (interpretado por Colton Ryan) uma pessoa solitária e com uma série de problemas psicológicos que acaba por cometer suicídio, algo que acontece ainda no começo do filme. É lindo a forma que Stephen Chbosky (Diretor) aborda isso em seu filme, pois em um momento ninguém exceto sua família tentava de certa forma auxiliar com os problemas e transtornos com o jovem Murphy, mas após a tragédia todos se importassem com ele, uma certa hipocrisia social que infelizmente se faz presente na vida de todos nós.
Após a tragédia acontece um mal-entendido, onde a família Murphy acredita que Evan e Connor sejam melhores amigos ou até algo mais íntimo, já que nos bolsos do falecido Connor é encontrado uma carta que pertence ao jovem Evan, carta essa que fazia parte do tratamento de Evan, onde ele escrevia cartas para si mesmo para se distrair de seus problemas e dar a si mesmo um apoio moral. Por mais que no começo Evan tente explicar o que realmente aconteceu, eventualmente ele se entrega a mentira.
Trailer
Ficha Técnica
Título original e ano: Dean Evan Hansen, 2021. Direção: Stephen Chbosky. Roteiro: Steven Levenson — baseado na peça da Broadway escrita por Levenson, Justin Paul e Benj Pasek. Elenco: Ben Platt, Julianne Moore, Amy Adams, Kaitlyn Dever, Danny Pino, Amandla Stenberg, Colton Ryan e Nik Dodani. Gênero: Drama, Musical. Nacionalidade: EUA. Trilha Sonora Original: Dan Romer. Músicas compostas por: Justin Paul e Benj Pasek. Fotografia: Brandon Trost. Edição: Anne McCabe. Figurino: Sekinah Brown. Distribuição: Universal Pictures Brasil. Duração: 02h17min.
Graças a isso todo um movimento social é iniciado onde todos se propõem a ajudar os “anônimos” os milhares de pessoas que sofrem em silêncio mostrando que elas não estão sozinhas, em contraste vemos como a família lida e sofre com isso... a dor de saber que você poderia ter feito mais, a dor de pensar em todos os momentos que não foram vividos por certa negligência. Algo que é trabalhado de forma magnífica graças a excelente entrega dos atores, principalmente, Amy Adams que neste longa é o personagem mais sofrido devido ao faot de ser a mãe de Connor, por sua vez, a forma como ela transmite esse sofrimento para os espectadores faz com que nos conectamos com esse universo e com os traums destes personagens com muito mais facilidade.
Ademais, o longa não é puramente sombrio, ainda é rodeado de “piadinhas” e alívios cômicos, escolha que não estraga em nada a experiência já que o humor é outra excelente forma de conectar o público aos personagens. Não há ressalvas contra a fotografia e os cenários não é algo que chega a ser grandioso, e sua “simplicidade” não exatamente diminue o resultado final. Em suma, Querido Evan Hansen é um musical dramático que não busca algo grandioso, mas trabalha com excelência os assuntos e temas que busca abordar em suas 02hrs e 17 minutos.
HOJE NOS CINEMAS
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