Longa não apresenta muita inovação, mas ao mesmo tempo se faz como um presente aos fãs e uma bela homenagem aos seus criadores.
Com lançamento nesta quinta-feira (13), “Pânico”, quinto capitulo da franquia de sucesso criada em 1996 pelo roteirista Kevin Williamson e dirigidos pelo cineasta Wes Craven, surge como um presente para os fãs, no aniversário de 25 anos do primeiro filme, cheio de piadas sobre o gênero, sustos e muito mais sangue do que o habitual.
Na trama, vinte e cinco anos depois que uma série de assassinatos brutais chocou a pacata cidade de Woodsboro, na Califórnia. Agora um novo assassino veste a máscara do Ghostface e começa a mirar em um grupo de adolescentes, o que será capaz de ressuscitar segredos do passado mortal da cidade, além de reacender traumas nos sobreviventes, que, novamente, precisaram enfrentar essa ameaça obscura e violenta.
Trailer
Título original e ano: Scream, 2022. Direção: Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillet. Roteiro: James Vanderbilt e Guy Busick - baseado nos personagens criados por Kevin Williamson. Elenco: Dylan Minnette, Jack Quaid, Jenna Ortega, Neve Campbell, David Arquette, Courtney Cox, Melissa Barrera, Sonia Ammar,Mikey Madison, Kyle Gallner, Reggie Conquest. Gênero: Suspense, Terror. Nacionalidade: EUA. Trilha Sonora Original: Brian Tyler. Fotografia: Brett Jutkiewicz. Edição: Michael Aller. Figurino: Helen Britten. Direção de Arte: Jonathan Guggenheim. Distribuidora: Paramount Pictures Brasil. Duração: 01h54min.
A produção começa exatamente como os seus antecessores, mas com sutis diferenças que já mostram ao espectador que aqui encontrará algumas surpresas. Na introdução dos novos personagens você já identifica por quem terá mais simpatia e, ao longo das quase duas horas de duração, poderá se deparar com personagens astutos e carismáticos como a protagonista Sam, interpretada por Melissa Barrera, ou então Mindy (Jasmin Savoy Brown) que traz uma representativa grande nesta personagem que, além de sua inteligência para analisar a estrutura dos filmes de terror, no melhor estilo Randy, é uma mulher negra, LGBT e totalmente desconstruída, sendo talvez o filme com maior protagonismo feminino (e olha que os anteriores já apresentava bastante). Além dos novos protagonistas que contam com nomes como Dylan Minnette, Jack Quaid e Jenna Ortega, os personagens icônicos de Neve Campbell, David Arquette e Courtney Cox, voltam respectivamente como Sidney Prescott, Dewey Riley e Gale Wethers, em um retorno a Woodsboro para ajudar estes novatos a solucionarem mais este caso.
Pânico não chega a ser exatamente um reboot, mas funciona muito bem e é uma ótima introdução da franquia para as novas gerações, visto que as referências aos outros quatro filmes são constantes. O roteiro assinado por James Vanderbilt e Guy Busick exalam respeito as obras anteriores, mas ainda traz um frescor em piadas com as produções de Hollywood, inclusive com filmes do “pôs horror” como “Babadook”, “Hereditário” e “A Bruxa”, assim como com os famigerados clichês que são a marca registrada da franquia, nem a fã-base ficou de fora da zoeira, com leves críticas e divertidas piadas aos fãs.
Desta maneira, a película (que não leva o título de “Pânico 5”, mas que traz boas e divertidas explicações em seu decorrer) talvez não seja o melhor filme da franquia, no entanto, sem sombra de dúvidas, não é a pior. A sensação que fica é a de que seus diretores, Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillet, se esforçaram ao máximo para presentear os fãs e também realizar uma boa homenagem a Wes Craven, que faleceu em 2015, mas deixou um grande e importante legado não só com a série “Pânico” ou “A Hora do Pesadelo, porém para todo um gênero em que foi capaz de criar, inovar e se reinventar. Apesar de algumas pequenas falhas no script, e sem muitas novidades significativas, você e seus amigos devem sair satisfeitos do cinema.
HOJE NOS CINEMAS
1 comments:
Olha, fiquei até com vontade de assistir; temia um reboot cuja emenda ficaria pior que o conserto.
Nota ao autor da crítica: adorei, de verdade mesmo, o uso do verbo "exalar" na frase: "O roteiro assinado por James Vanderbilt e Guy Busick exalam respeito as obras anteriores, mas ainda traz um frescor em piadas com as produções de Hollywood, inclusive com filmes do “pôs horror” como “Babadook”, “Hereditário” e “A Bruxa”, assim como com os famigerados clichês que são a marca registrada da franquia, nem a fã-base ficou de fora da zoeira, com leves críticas e divertidas piadas aos fãs"; definitivamente, a parte do comentário que me fará assistir à nova produção.
Valeu!
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