Assista esta terça-feira (05), a partir das 21 horas, na plataforma É Tudo Verdade Play (link direto aqui)
COMPETIÇÃO BRASILEIRA DE LONGAS
O documentário Adeus, Capitão é um épico grandioso e imprescindível. Centrado na vida do Capitão, o indígena Krohokrenhum, o último gavião “selvagem”, este longa-metragem com duração de três horas narra a agonia e resistência da etnia Gavião, povo silvícola do sul do Pará.
Que nos anos que vem ai, o filme seja obrigatório nas salas de aula. Afinal, por mais angustiante que seja, é uma lição de história super importante de ser vista e motivo de reflexão sobre os caminhos da civilização. Ocorre que devido a uma série de guerras tribais, uma aldeia resolve ter contato com os “brancos”. Para quê? Dezenas de aldeões morrem logo nos primeiros dias, vítimas de doenças comuns como varíola e sarampo. Aos sobreviventes, crianças e adolescentes, restam duas saídas: a diáspora para as cidades ou ficar sob a liderança do Capitão.
Krohokrenhum lidera o povo Gavião nas próximas décadas, sofrendo os desmandos dos brasileiros e de seus órgãos governamentais. Praticamente escravizados no extrativismo da castanha pelo SPI e depois também pela Funai, deslocados do seu território ao bel-prazer dos poderosos, subjugados pela cachaça e por religiosos cristãos, aos gaviões só resta aguentar passivamente o declínio e a extinção. Mas o Capitão não deixa isso acontecer e em Brasília acertam um acordo de autogestão: as aldeias trabalhariam no extrativismo, mas usufruiriam dos lucros da castanha.
Que nos anos que vem ai, o filme seja obrigatório nas salas de aula. Afinal, por mais angustiante que seja, é uma lição de história super importante de ser vista e motivo de reflexão sobre os caminhos da civilização. Ocorre que devido a uma série de guerras tribais, uma aldeia resolve ter contato com os “brancos”. Para quê? Dezenas de aldeões morrem logo nos primeiros dias, vítimas de doenças comuns como varíola e sarampo. Aos sobreviventes, crianças e adolescentes, restam duas saídas: a diáspora para as cidades ou ficar sob a liderança do Capitão.
Krohokrenhum lidera o povo Gavião nas próximas décadas, sofrendo os desmandos dos brasileiros e de seus órgãos governamentais. Praticamente escravizados no extrativismo da castanha pelo SPI e depois também pela Funai, deslocados do seu território ao bel-prazer dos poderosos, subjugados pela cachaça e por religiosos cristãos, aos gaviões só resta aguentar passivamente o declínio e a extinção. Mas o Capitão não deixa isso acontecer e em Brasília acertam um acordo de autogestão: as aldeias trabalhariam no extrativismo, mas usufruiriam dos lucros da castanha.
Ficha Técnica
Título original e ano: Adeus, Capital, 2022. Direção e Roteiro: Vincent Carelli e Tita. Genêro: Documentário. Duração: 175
Essa onda de independência e dignidade é abruptamente interrompida pelo governo brasileiro. A reserva indígena teria que ser atravessada por linhas de energia elétrica e ferrovias; as castanheiras seriam cortadas, o extrativismo acabaria. Mais uma vez, sob a liderança de Krohokrenhum, os gaviões resistem e acordam uma indenização. Seu meio de subsistência seria destruído, mas o estado indenizaria as aldeias por isso.
Mesmo com essa aparente entrada de recursos financeiros, casas de alvenaria substituindo as antigas ocas, eletrodomésticos e móveis sendo fornecidos às famílias, a cultura gavião estava sendo destruída, a língua original sendo esquecida, os evangélicos obliterando as antigas crenças. O Capitão, heroico resistente, tenta reverter essa tendência e, incentivando os jovens, recupera antigos costumes e festas, ensinando pacientemente aos seus liderados as antigas práticas. Nem sempre exitoso no seu trabalho de recuperação, mas sempre um guerreiro, um dia a morte chega. O Capitão faleceu em 2016, aos noventa anos. A história do filme acaba? Sim, mas a história real continua se desdobrando lá no Pará, nesse grande imbróglio que é o choque de civilizações. Os Gaviões vão ter futuro? Sua língua permanecerá? O Capitão fez sua parte na resistência, agora cabe ao seu povo continuar este legado de luta.
Os diretores Vincent Carelli e Tita fazem um excelente trabalho, compilando e editando material filmado por décadas. O documentário talvez seja extenso demais, todavia cada minuto vale a pena. Épicos tem longas durações porque suas narrativas comportam muito material. Os Gaviões merecem esse tributo,. Quem sabe em alguns anos só restem lembranças, mas sua língua estará eternizada nesse filme, bem como a figura do Capitão, autêntico herói do seu povo. Assistam e aprendam um pouco mais sobre a História do Brasil e de seus inúmeros povos.
Nota: 9/10.
Mesmo com essa aparente entrada de recursos financeiros, casas de alvenaria substituindo as antigas ocas, eletrodomésticos e móveis sendo fornecidos às famílias, a cultura gavião estava sendo destruída, a língua original sendo esquecida, os evangélicos obliterando as antigas crenças. O Capitão, heroico resistente, tenta reverter essa tendência e, incentivando os jovens, recupera antigos costumes e festas, ensinando pacientemente aos seus liderados as antigas práticas. Nem sempre exitoso no seu trabalho de recuperação, mas sempre um guerreiro, um dia a morte chega. O Capitão faleceu em 2016, aos noventa anos. A história do filme acaba? Sim, mas a história real continua se desdobrando lá no Pará, nesse grande imbróglio que é o choque de civilizações. Os Gaviões vão ter futuro? Sua língua permanecerá? O Capitão fez sua parte na resistência, agora cabe ao seu povo continuar este legado de luta.
Os diretores Vincent Carelli e Tita fazem um excelente trabalho, compilando e editando material filmado por décadas. O documentário talvez seja extenso demais, todavia cada minuto vale a pena. Épicos tem longas durações porque suas narrativas comportam muito material. Os Gaviões merecem esse tributo,. Quem sabe em alguns anos só restem lembranças, mas sua língua estará eternizada nesse filme, bem como a figura do Capitão, autêntico herói do seu povo. Assistam e aprendam um pouco mais sobre a História do Brasil e de seus inúmeros povos.
Nota: 9/10.
Vinheta do É Tudo Verdade
27º Festival Internacional de Documentários
Serviço:
Os filmes ficam disponíveis até o limite de visionamentos ou 24 horas.
COMO ASSISTIR AOS FILMES:
É TUDO VERDADE PLAY
1. Entre no site www.etudoverdadeplay.com.br
e faça seu cadastro.
2. Depois de realizar o login
é só clicar no filme selecionado.
3. Aperte o play e boa sessão!
ITAÚ CULTURAL PLAY:
1 - Entre no site www.itauculturalplay.com.br
2 - Clique em "Criar sua Conta" e preencha o cadastro.
3 - Clique no filme escolhido e boa sessão
A Plataforma Itaú Play abrigará a Competição Brasileira de Curtas-metragens de 01 a 10 de abril.
SESC DIGITAL:
Entre no site do Sesc Digital pelo endereço
sescsp.org.br/etudoverdade e acompanhe a programação.
Não é necessário fazer cadastro.
A Plataforma Sesc Digital abrigará a Competição Internacional de Curtas-Metragens de 01 a 05 de abril. Com limite de 2000 visionamentos por título, exceto “Como se mede um ano?” 1000 visionamentos.
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