Muitos cineastas relatam a pressão de estúdios para lançar filmes em um prazo específico e como esta ação prejudica a produção. Pois a realidade é que o cinema é uma indústria e os produtos são filmes. O artista é um trabalhador contratado para entregar um trabalho e caso o produto final não esteja de agrado, alguns produtores chegam a fazer várias mudanças ou exigências que entram em conflito com a visão de quem está fazendo o filme. Mas existem também os projetos pessoais desses artistas. Filmes de pequeno orçamento que vem de um desejo profundo de contar uma história. E esses filmes não tem essas limitações de tempo, de estética ou de história. Há uma liberdade incrível em poder contar a história da maneira que se desejar e entrega-la ao público apenas quando satisfeito.
Kurt Vonnegut: Desprendido do Tempo é um projeto pessoal do diretor Robert B. Weide e a realização desse projeto já é algo a ser comemorado. O diretor da sitcom Segura a Onda foi de fã a amigo pessoal do escritor de ficção científica Kurt Vonnegut quando, aos 16 anos, propôs ao homem a produção de um documentário sobre sua vida obra. Após 40 anos em produção e a morte de Kurt em 2009, o desejo desse fã finalmente foi entregue e Robert tem muito do que se orgulhar por esse feito. E com certeza fãs do autor devem ver o filme.
Kurt Vonnegut: Desprendido do Tempo é um projeto pessoal do diretor Robert B. Weide e a realização desse projeto já é algo a ser comemorado. O diretor da sitcom Segura a Onda foi de fã a amigo pessoal do escritor de ficção científica Kurt Vonnegut quando, aos 16 anos, propôs ao homem a produção de um documentário sobre sua vida obra. Após 40 anos em produção e a morte de Kurt em 2009, o desejo desse fã finalmente foi entregue e Robert tem muito do que se orgulhar por esse feito. E com certeza fãs do autor devem ver o filme.
Título original e ano: Kurt Vonnegut - Unstuck in Time, 2021. Direção: Robert B. Weide e Don Argott. Roteiro: Robert B. Weide. Com: Linda Bates, Jerome Klinkowitz, Morley Safer, Sidney Offit, Daniel Simon, David L. Ulin, Nanny Vonnegut. Gênero: Documentário. Nacionalidade: Estados Unidos da América. Trilha Sonora Original: Alex Mansour. Fotografia: David Yosha. Edição: Demian Fenton, Bo Proce e William Neal. Duração: 2h07min.
Dito isso, esta película, infelizmente, é extremamente prejudicada pela falta de direcionamento em sua realização. Produtores são constantemente vilanizados na indústria, especialmente por criativos com uma visão muito forte. Mas o fato é que mesmo os grandes gênios do cinema têm muitas ideias ruins durante o processo de um filme. Um bom produtor vai se livrar das ideias ruins e deixar as boas, dar soluções eficientes para o orçamento e manter tudo em um cronograma. Certamente, em todos estes anos de filmagem do material há acontecimentos muito únicos e que poderiam ser usados de forma criativa para que o longa se destacasse. Mas nada do tipo aparece no produto final. É um documentário repleto de entrevistas com uma linguagem super básica e sem grandes revelações a respeito do autor que não poderiam ser encontradas em uma pesquisa rápida.
Ao olhar para as duas horas de projeção, seria difícil acreditar que é um trabalho de tantos anos. Se o filme não te dissesse e com a exceção de uma ou duas entrevistas, seria fácil acreditar que tudo foi feito ao decorrer de menos tempo e por um canal de televisão.
Embora a relação de amizade entre documentarista e documentado seja emocionante, com certeza a proximidade entre os dois torna o filme morno, passando por questões como o divórcio do autor, a relação dele com os filhos e até as questões políticas em sua obra muito rapidamente e sempre cheio de desculpas. Para uma figura pública que se orgulhava de seu humor crítico e ácido, temos um filme que toma o caminho inverso e quer a todo momento retratá-lo com admiração e louvor. Isso não seria tão problemático caso houvesse algo significante na linguagem, mas a falta de criatividade em texto e forma torna este um documentário previsível e com pouco a dizer. Caso Robert fosse uma fonte e não cineasta, talvez teríamos outro olhar sobre o protagonista, e não se pode culpa-lo pela abordagem mais branda em relação a história. Todavia pela duração do que se apresenta, é frustrante que o resultado final seja tão raso em níveis de linguagem.
Ao olhar para as duas horas de projeção, seria difícil acreditar que é um trabalho de tantos anos. Se o filme não te dissesse e com a exceção de uma ou duas entrevistas, seria fácil acreditar que tudo foi feito ao decorrer de menos tempo e por um canal de televisão.
Embora a relação de amizade entre documentarista e documentado seja emocionante, com certeza a proximidade entre os dois torna o filme morno, passando por questões como o divórcio do autor, a relação dele com os filhos e até as questões políticas em sua obra muito rapidamente e sempre cheio de desculpas. Para uma figura pública que se orgulhava de seu humor crítico e ácido, temos um filme que toma o caminho inverso e quer a todo momento retratá-lo com admiração e louvor. Isso não seria tão problemático caso houvesse algo significante na linguagem, mas a falta de criatividade em texto e forma torna este um documentário previsível e com pouco a dizer. Caso Robert fosse uma fonte e não cineasta, talvez teríamos outro olhar sobre o protagonista, e não se pode culpa-lo pela abordagem mais branda em relação a história. Todavia pela duração do que se apresenta, é frustrante que o resultado final seja tão raso em níveis de linguagem.
Aparentemente, a família de Kurt deve estar feliz ao ver o filme terminado, Robert também. Mas Kurt provavelmente olharia e faria uma piada do tipo “Quarenta anos para realizarmos um documentário que poderia ter sido feito em um, Coisas da vida”.
Vinheta do É Tudo Verdade
27º Festival Internacional de Documentários
Serviço:
Os filmes ficam disponíveis até o limite de visionamentos ou 24 horas.
COMO ASSISTIR AOS FILMES:
É TUDO VERDADE PLAY
1. Entre no site www.etudoverdadeplay.com.br
e faça seu cadastro.
2. Depois de realizar o login
é só clicar no filme selecionado.
3. Aperte o play e boa sessão!
ITAÚ CULTURAL PLAY:
1 - Entre no site www.itauculturalplay.com.br
2 - Clique em "Criar sua Conta" e preencha o cadastro.
3 - Clique no filme escolhido e boa sessão
A Plataforma Itaú Play abrigará a Competição Brasileira de Curtas-metragens de 01 a 10 de abril.
SESC DIGITAL:
Entre no site do Sesc Digital pelo endereço
sescsp.org.br/etudoverdade e acompanhe a programação.
Não é necessário fazer cadastro.
A Plataforma Sesc Digital abrigará a Competição Internacional de Curtas-Metragens de 01 a 05 de abril. Com limite de 2000 visionamentos por título, exceto “Como se mede um ano?” 1000 visionamentos.
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