Indicado a quatro prêmios, incluindo o ''NEXT Innovator Award' para a diretora Sierra Pettengill no Festival de Sundance de 2022, Riotsville, EUA, foca sua narrativa na cidade fictícia construida pelos militares norte-americanos, em 1967, para fazer ficção de suas ações em campo como um treinamento reacional a protestos, principalmente, da comunidade negra. O filme de Pettengill faz o uso de imagens de arquivo filmada pelos próprios militares e também representantes do governo e nos faz refletir sobre a militarização e suas formas de combate a desordem civil. Mais que isso nos faz ver como o racismo esta entranhando na cultura estadounidense e persiste e até os dias atuais de forma tão ou mais cruel.
Se a cineasta Ava DuVernay, em ''A 13º Emenda'' (Disponível na Netflix), convoca o mundo inteiro para entender as faces da escravidão e seu papel nos dias modernos, Sierra propõe um olhar especifico sobre a mão direita do Estado, policiais e exércitos, especificamente os seus testes e simulações para conter qualquer tipo de protesto em tempos passados. A população composta com homens e mulheres brancos também aparecem no filme opinando sobre questão X ou Y, mas não necessariamente vem em defesa daqueles que estão nos guetos das cidades de Chicago, Newark e Detroit.
Trailer
Ficha Técnica
Título título original: Riotsville. U.S.A, 2022. Direção: Sierra Pettemgill. Roteiro: Tobi Haslett. Com: Charlene Modeste. Gênero: Documentário. Nacionadalide. EUA. Duração:01h31min.
Os vídeos dos arquivos mostram jornais de tevê deflagrando inúmeras situações de conflitos e o inicio do uso do gás lacrimogêneo para fazer moradores dispersarem do fronte. As simulações iniciais em que assistimos policiais retirarem armamentos de civis ou defenderem Riotsville, tais pessoas são vividas por soldados e recebem um tratamento extremamente hostil para a plateia sentada na arquibancada, montada com uma certa distância dali, assistir e proferir um largo e amarelo sorriso.
Há vídeos com reuniões da comunidade negra e, em alguns deles, o áudio parece ter sido cortado propositalmente. Nestes momentos, sabemos da indignação daqueles que sempre são tratados como criminosos antes de qualquer tipo de análise e verificação dos ocorridos. Um racismo na cara e na boca dos privilegiados que traz muita revolta. E aqui assistimos como aqueles que deveriam proteger, na verdade, são domesticados para atacar e muitas vezes até ferir para matar.
O documentário de Sierra consegue usar os vídeos do próprio governo e apontar as feridas. Critica todo o institucionalismo da era Johnson e as comissões equivocadas que nele foram criadas. Retrata a história, mas não deixa de ser atual vide as mortes recentes de inúmeros jovens negros nos Euas pelas mãos de uma política militarizada e sem humanidade alguma.
Avaliação: Três olhos vermelhos e ardendo (3/5).
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