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COMPETIÇÃO BRASILEIRA DE LONGAS
Sobre o olhar do diretor Pedro Rossi, paralelo ainda as lembranças de amigos, a vida de Rubens Gerchman é recordada. Ele foi um artista plástico brasileiro que construiu seu trabalho através da xilogravura e serigrafia, explorando a vida cotidiana das grandes cidades no contexto social, político e cultural. Em um cenário em que as artes visuais assumiram o papel de crítica e reflexão do período vigente que era a ditadura militar no Brasil. Rubens estudou na Liceu de Artes e Ofícios, no Rio de Janeiro, fez cursos de Xilogravura com Adir Botelho e teve passagem pelos Estados Unidos, onde morou e estudou com bolsa. Retornou ao Brasil e trabalhou na área do audiovisual. Logo assumiu a direção de uma Escola de Arte Visual do Rio e, durante os anos 80, realizou painel no Sesc Pompéia, em São Paulo, a convite da arquiteta Lina Bo Bardi. Também passou por Berlim, como artista residente, lançou livros e álbuns de litografias e ministrou cursos fora do país.
O filme propõe um passeio pela carreira do artista, expondo a vida artística andando em paralelo ao contexto político. Durante o regime militar, a chamada “nova figuração” adaptou a pop art norte-americana para fazer críticas ao imperialismo, à cultura de massa e ao autoritarismo. E, sem se preocupar em transmitir mensagens fáceis, os artistas plásticos brasileiros reinventaram a vanguarda e o próprio sentido do engajamento político contra o regime militar. O contexto político social influenciou as criações de Rubens, que mesmo com a censura, continuou a denunciar e criticar. Ele fez seus primeiros trabalhos tridimensionais atrelados às discussões da Nova Objetividade Brasileira. Juntamente com Hélio Oiticica e Carlos Vergara, o debate se transformou em exposição, que foi premiada pelo Salão Nacional de Arte Moderna (SNAM), que é fruto de uma divisão no Salão Nacional de Belas Artes (SNBA). Após ganhar o prêmio, ele se muda para os Estados Unidos. Isso em um período em que repressão e censura tomavam proporções gigantescas no Brasil, artistas opositores ao governo estavam sendo presos e perseguidos. Mesmo distante, o artista ajudou a organizar boicote à bienal e continuou produzindo. A partir de 1972, o artista obteve grande sucesso comercial com suas esculturas.
Ficha Técnica
Título original: Rubens Gerchman: O Rei do Mau Gosto, 2022. Direção: Pedro Rossi. Roteiro: Bianca Oliveira, Isabel Joffij, Pedro Rossi. Música: Pedro Franco. Montagem: Bianca Oliveira. Edição: Guilherme Farkas. Produção: Isabel Joffij. Duração: 71min.
Para rememorar a vida e obra do artista plástico brasileiro, falecido em 2008, o filme conta com a realização de leitura de cartas que foram destinadas a Rubens. Elas suscitam memórias dos eventos narrados e das pessoas que as escreveram. E, para completar e tornar o filme visual, a montagem é feita utilizando filmagens e fotografias documentais. Então, a maneira como se faz a recordação do personagem é através de material de arquivo e de uma memória coletiva. Com isso, é retratado também uma geração de artistas que viveram sob circunstâncias similares. O filme conseguiu, de fato, concluir o que se propôs, por meio de arquivos documentais e depoimentos excelentes, conseguiram captar a essência do artista sem ao menos fazê-lo presente de maneira ativa.
”Rubens Gerchman: O Rei do Mau Gosto” É um trabalho muito bem construído, que conta com um material de arquivo de grande excelência. Capaz de apresentar as veias do artista e documentar um contexto histórico que não deve ser esquecido.
Vinheta do É Tudo Verdade
27º Festival Internacional de Documentários
Serviço:
Os filmes ficam disponíveis até o limite de visionamentos ou 24 horas.
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A Plataforma Itaú Play abrigará a Competição Brasileira de Curtas-metragens de 01 a 10 de abril.
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Não é necessário fazer cadastro.
A Plataforma Sesc Digital abrigará a Competição Internacional de Curtas-Metragens de 01 a 05 de abril. Com limite de 2000 visionamentos por título, exceto “Como se mede um ano?” 1000 visionamentos.
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